INFORME DO VALEDOR DO POBO AO PARLAMENTO DE GALICIA ANO 2016 INDICE XERAL Páxina PRESENTACIÓN ................................................................................................................. 1 CAPITULO 1. A ACTIVIDADE DA INSTITUCIÓN DO VALEDOR DO POBO EN CIFRAS................. 3 I. Introdución.......................................................................................................................... 5 II. Atención ao cidadán .......................................................................................................... 6 III. Datos xerais ....................................................................................................................... 7 1. Expedientes iniciados no ano 2016 ........................................................................... 7 2. Entradas e saídas de documentos ............................................................................. 8 IV. Queixas recibidas en 2016 .............................................................................................. 10 1. Comparación con exercicios anteriores (de 1990 a 2011) ...................................... 10 2. Comparación dos exercicios 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 ................................. 12 3. Datos sociolóxicos reflectidos nas queixas ............................................................. 13 V. Distribución das queixas por razón das provincias e municipios de procedencia .......... 17 1. Por provincias .............................................................................................................. 17 2. Por concellos ............................................................................................................... 19 VI. Curso dado ás queixas recibidas ..................................................................................... 27 VII. Estatísticas por área temática ....................................................................................... 29 1. Distribución de queixas segundo as áreas temáticas ás que se refiren .................. 29 2. Curso das queixas por áreas .................................................................................... 32 3. As causas de non admisión por áreas ..................................................................... 33 VIII. Estatística por administracións afectadas .................................................................... 34 1. Distribución das queixas admitidas por razón das áreas da administración pública ás que se refiren e polo seu estado (concluídas ou en trámite) ................ 34 2. Distribución de queixas entre as administracións galegas ...................................... 35 3. Distribución das queixas que se refiren á Xunta de Galicia, segundo consellerías .. 37 4. Distribución das queixas referidas ás deputacións provinciais e aos concellos ....... 42 A. Queixas referidas ás deputacións provinciais ..................................................... 42 B. Queixas referidas aos concellos ........................................................................... 42 a. A Coruña .......................................................................................................... 42 b. Lugo ................................................................................................................. 45 c. Ourense ........................................................................................................... 47 d. Pontevedra ...................................................................................................... 49 IX. Actuacións de oficio ........................................................................................................ 51 1. Queixas de oficio de 2016 ........................................................................................... 51 2. Comparativa con outros anos ..................................................................................... 52 X. Resolucións do Valedor do Pobo ..................................................................................... 53 XI. Estatísticas relacionadas co deber de colaboración ....................................................... 55 Páxina XII. Estatísticas relacionadas co deber de informar ............................................................ 59 XIII. Estatísticas da páxina web do Valedor do Pobo ........................................................... 63 XIV. Estatísticas das redes sociais ........................................................................................ 65 1. TWITTER ................................................................................................................... 65 A) Chíos enviados en 2016 ....................................................................................... 65 B) Seguidores ........................................................................................................... 66 C) Visitas ao perfil .................................................................................................... 67 D) Impresións dos chíos ........................................................................................... 67 E) Mencións ao perfil do Valedor do Pobo .............................................................. 68 F) Chíos con maior cantidade de impresións ........................................................... 68 G) Tipoloxía dos seguidores en Twitter ................................................................... 69 2. FACEBOOK ................................................................................................................ 69 A) Total de gústame en Facebook ........................................................................... 70 B) Total de usuarios que interactúan coa páxina .................................................... 70 C) Alcance total do perfil de Facebook. .................................................................. 71 D) Publicacións realizadas polo Valedor do Pobo no seu perfil de Facebook ......... 71 E) Alcance das publicacións do perfil de Facebook do Valedor .............................. 72 CAPÍTULO 2. RESUME DAS QUEIXAS POR ÁREAS .................................................................. 73 Área de emprego público e interior ......................................................................................... 75 I. Introdución................................................................................................................... 77 II. Datos cuantitativos ..................................................................................................... 79 III. Actividade de supervisión .......................................................................................... 81 1. Emprego público ................................................................................................... 81 A) Oferta Pública de Emprego. .............................................................................. 81 B) Sistemas de acceso ao emprego público .......................................................... 83 a- Bases das convocatorias ............................................................................... 83 b- Incidencias durante o desenvolvemento do proceso selectivo..................... 91 C) Acceso á documentación .................................................................................. 98 D) Xestión de listas de contratación temporal ...................................................... 99 E) Provisión de postos. ........................................................................................ 103 F) Promoción e carreira profesional .................................................................... 116 G) Condicións laborais dos empregados públicos ............................................... 118 a- Retribucións salariais e extrasalariais ........................................................ 119 b- Xornadas, permisos e conciliación da vida persoal e laboral ..................... 123 c- Modificación do centro de traballo ............................................................. 124 H) Conflitos laborais ............................................................................................ 127 Páxina I) Información e comunicación coa administración ............................................ 128 2. Orde pública ......................................................................................................... 129 A) Tráfico .............................................................................................................. 130 a- Sancións en materia de tráfico ................................................................... 130 b-Seguridade viaria e sinalización de vías urbanas e interurbanas ................ 139 B) Orde pública .................................................................................................... 144 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 149 V. Consideracións finais ............................................................................................... 150 Área de urbanismo ................................................................................................................. 153 I. Introdución ................................................................................................................. 155 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 157 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 158 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 176 V. Consideracións finais ............................................................................................... 177 Área de medio ambiente ....................................................................................................... 179 I. Introdución ................................................................................................................. 181 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 182 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 183 1. As conclusións das XXXI Xornadas de Coordinación de Defensores do Pobo sobre ruídos ......................................................................................................... 183 2. As queixas por vulneracións do dereito fundamental á intimidade domiciliaria fronte aos ruídos.................................................................................................. 190 A) A necesidade de comprobar e corrixir as deficiencias dos locais de ocio ...... 190 B) As zonas saturadas ou con acumulación de locais .......................................... 192 C) Botellóns e menores ........................................................................................ 192 D) As terrazas ....................................................................................................... 193 E) Locais en particular .......................................................................................... 194 F) A necesidade de controlar os ruídos provocados polas festas ....................... 195 G) Concertos na rúa ............................................................................................. 196 H) Os horarios dos locais ..................................................................................... 198 I) Outras fontes de ruído e outras molestias ....................................................... 199 3. A avaliación dos impactos ambientais; a protección da Fraga de Catasós .......... 199 4. Transparencia e información ambiental .............................................................. 200 5. As explotacións mineiras; a protección da Cova de Eirós .................................... 202 6. Incidencias no servizo de auga potable na comarca de Ferrol ............................ 203 7. A protección da biodiversidade ............................................................................ 204 Páxina 8. A prevención da contaminación das augas e o funcionamento das depuradoras ........................................................................................................ 205 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 207 V. Consideracións finais ............................................................................................... 207 Área de educación .................................................................................................................. 211 I. Introdución................................................................................................................. 213 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 216 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 218 1. Educación non universitaria ................................................................................. 218 A) Admisión do alumnado ................................................................................... 218 B) Atención ao alumnado con necesidades específicas de apoio educativo ...... 220 C) Acoso escolar .................................................................................................. 223 D) Mantemento, conservación e reforma de instalacións educativas ............... 230 a- Os riscos derivados da exposición ao amianto ........................................... 230 b- Problemas competenciais sobre o mantemento dos centro educativos .... 236 c- Os protocolos de colaboración asinados entre a xefatura territorial da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria e concellos da provincia de Pontevedra........................................................ 237 E) Atención ao alumnado con necesidades educativas especiais ....................... 241 F) Escolas infantís ................................................................................................ 244 a- Ratio de alumnos por aula.......................................................................... 244 b- Estado das instalacións .............................................................................. 245 G) Entrega de copias de exames e custodia de documentos de avaliación ....... 247 H) Algúns problemas en Formación Profesional ................................................. 249 a- Falta de convocatoria de premios extraordinarios nos ciclos formativos de grao medio de ensinos artísticos ............................................................... 249 b- Mellora no proceso de matrícula nas adxudicacións continuadas de prazas de formación profesional .................................................................... 253 2. Educación universitaria ........................................................................................ 254 A) Prazas de profesorado .................................................................................... 254 B) Reserva de prazas para persoas con discapacidade no sistema universitario de Galicia ........................................................................................................ 256 a- Acceso a estudos oficiais de máster e doutoramento ............................... 256 b- Acceso a estudos oficiais de grao: cota de reserva para persoas con discapacidade na convocatoria extraordinaria de setembro ......................... 259 C) Premios extraordinarios en graos e máster .................................................... 262 D) Exención de taxas académicas nos estudos de posgrao para os estudantes que obtivesen matrículas de honra no último curso dos estudos de grao. ... 263 E) Prazos de admisión a máster Universidade de Santiago de Compostela: ...... 265 Páxina F) Mala praxe de determinados servizos e unidades da Universidade de Santiago de Compostela ................................................................................. 265 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 267 V. Consideracións finais ............................................................................................... 268 Área de industria, comercio e turismo ................................................................................... 275 I. Introdución ................................................................................................................. 277 1. En industria ........................................................................................................... 277 2. En comercio e consumo ....................................................................................... 277 3. En turismo ............................................................................................................ 278 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 278 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 279 1. Industria ................................................................................................................ 279 A) Dereito á subministración de enerxía eléctrica .............................................. 280 B) Comunicacións telefónicas e electrónicas como servizo universal ................ 284 2. Consumo ............................................................................................................... 286 3. Comercio .............................................................................................................. 287 4. Turismo ................................................................................................................. 288 5. Queixas inadmitidas. Causas ................................................................................ 288 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 289 V. Consideracións finais ............................................................................................... 289 Área de agricultura, gandería e pesca .................................................................................... 297 I. Introdución ................................................................................................................. 299 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 301 1. Queixas recibidas .................................................................................................. 301 2. Estado de tramitación o 31 de decembro de 2016 .............................................. 301 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 302 1. Sector agropecuario ............................................................................................. 302 2. Unha xestión forestal sustentable ....................................................................... 303 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 308 V. Consideracións finais ............................................................................................... 308 Área de servizos sociais ......................................................................................................... 317 I. Introdución ................................................................................................................. 319 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 320 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 321 1. As axudas sociais autonómicas e locais ................................................................ 321 Páxina 2. Outras intervencións ante situacións de risco de exclusión; medidas contra os desafiuzamentos e a pobreza enerxética ....................................................... 325 3. A situación da protección á dependencia ............................................................ 327 4. Os servizos para a atención á dependencia ......................................................... 336 5. A atención ás persoas con diversidade funcional ................................................ 337 6. A necesidade de resolver as carencias de accesibilidade .................................... 342 7. A chegada de refuxiados e a necesidade de mellorar as políticas de apoio ....... 348 8. A falta de pagamento das pensións de Venezuela .............................................. 350 9. A atención ás persoas sen teito ........................................................................... 351 10. A atención sociosanitaria a persoas con enfermidade mental .......................... 352 11. As axudas por fillos menores de 3 anos ............................................................. 353 12. Queixas non admitidas a trámite e remitidas a outros defensores .................. 354 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 355 V. Consideracións finais ............................................................................................... 355 Área de emigración e traballo ................................................................................................ 359 I. Introdución................................................................................................................. 361 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 362 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 363 1. Traballo................................................................................................................. 364 2. Seguridade social ................................................................................................. 368 3. Queixas remitidas ao Defensor del Pueblo e queixas non admitidas .................. 370 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 370 V. Consideracións finais ............................................................................................... 370 Área de sanidade .................................................................................................................... 373 I. Introdución................................................................................................................. 375 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 377 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 379 1. Recursos humanos e dotación de persoal ........................................................... 379 2. Xestión das listas de espera ................................................................................. 389 3. Prestacións farmacéuticas e reintegro de gastos sanitarios ............................... 392 A) Copago farmacéutico ...................................................................................... 393 B) Acceso a tratamentos e medicamentos.......................................................... 397 C) Reintegro de gastos (médicos, desprazamentos e transporte) ...................... 400 4. Transporte sanitario ............................................................................................. 402 5. Dereitos dos usuarios ........................................................................................... 403 A) Xestión de centros sanitarios e mantemento da calidade asistencial ......... 403 B) Dereito á información e autonomía do paciente ......................................... 406 Páxina 6. Práctica profesional e responsabilidade patrimonial ........................................... 408 7. Relación entre profesionais sanitarios e pacientes/usuarios ............................. 412 8. Organización e funcionamento dos servizos sanitarios ....................................... 414 A) Xestión de recursos ......................................................................................... 414 B) Xestión administrativa ..................................................................................... 430 9. Ámbito socio-sanitario .............................................................................................. 431 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 434 V. Consideracións finais ............................................................................................... 434 Área de xustiza ....................................................................................................................... 439 I. Introdución ................................................................................................................. 441 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 443 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 444 1. Discrepancia con resolucións xudiciais ................................................................ 445 2. Demoras en procedementos xudiciais ................................................................. 445 3. Xustiza gratuíta. .................................................................................................... 446 4. Queixas inadmitidas ............................................................................................. 451 5. Queixas remitidas ao Defensor del Pueblo .......................................................... 451 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 451 V. Consideracións finais ............................................................................................... 451 Área de administración económica e transportes ................................................................. 453 I. Introdución ................................................................................................................. 455 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 459 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 461 1. Entidades financeiras .......................................................................................... 461 2. Tributos estatais ................................................................................................... 464 3. Facenda autonómica ............................................................................................ 474 4. Tributos locais....................................................................................................... 479 5. Transportes ........................................................................................................... 484 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 485 V. Consideracións finais ............................................................................................... 486 Área de obras públicas e expropiacións ................................................................................. 491 I. Introdución ................................................................................................................. 493 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 499 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 501 1. Estradas ................................................................................................................ 501 Páxina 2. Expropiacións ....................................................................................................... 510 3. Augas .................................................................................................................... 512 4. Portos ................................................................................................................... 517 5. Desafección expresa de bens e posterior alleamento por adxudicación directa. 520 6. Cesión de terreos para obras públicas sen contraprestación .............................. 521 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 522 V. Consideracións finais ............................................................................................... 522 Área de corporacións locais, servizos municipais e protección civil ...................................... 525 I. Introdución................................................................................................................. 527 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 529 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 530 1. Dereito de participación nas corporacións locais ................................................ 530 A) O dereito dos membros das corporacións locais de acceder á información e documentación municipal .......................................................................... 531 B) O dereito de participación do veciño na actividade municipal ...................... 531 2. Organización e funcionamento das corporacións locais ..................................... 533 3. Réxime xurídico dos servizos públicos locais ....................................................... 534 A) Humanización do servizo de abastecemento de auga potable a domicilio ..................................................................................................... 535 B) Prestación do servizo de recollida de lixo e limpeza viaria ........................ 536 C) Limpeza de leiras próximas e de accesos a vivendas e edificacións .......... 537 D) Prestación dos servizos de saneamento e depuración .............................. 538 E) Reparación de vías públicas e iluminación ................................................. 539 F) Recuperación e utilización de camiños públicos e de espazos libres ......... 539 G) Protección civil e outros ............................................................................. 540 4. Queixas non admitidas a trámite. Causas xustificativas ...................................... 540 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 541 V. Consideracións finais ............................................................................................... 542 Área de menores .................................................................................................................... 553 I. Introdución................................................................................................................. 555 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 558 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 560 1. Problemas denunciados polo persoal educativo do centro Santo Anxo de Rábade (Lugo) ...................................................................................................... 560 2. Queixas relativas ao funcionamento dalgúns centros do sistema de protección 570 3. As disfuncións nos informes psicosociais do Imelga ............................................ 574 4. Falta de apoio económico suficiente nos acollementos en familia extensa ....... 580 Páxina 5. Problemas derivados da garda, custodia e réxime de visitas en rupturas contenciosas entre os proxenitores ............................................................... 583 6. Apoio económico estable ás familias ................................................................... 584 7. As medidas en materia de conciliación familiar e laboral.................................... 587 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 591 V. Consideracións finais ............................................................................................... 591 Área de cultura e política lingüística ...................................................................................... 597 I. Introdución ................................................................................................................. 599 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 603 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 604 1. Cultura e patrimonio cultural ............................................................................... 604 2. Política lingüística ................................................................................................. 609 A) Web do Valedor do Pobo accesible por defecto en castelán .................... 609 B) Queixas da Mesa pola Normalización Lingüística no ámbito da administración sanitaria ............................................................................. 610 C) Outras situacións de vulneración dos dereitos lingüísticos ....................... 613 D) O uso do topónimo de Ribeira. .................................................................. 619 E) Cursos de certificación de lingua galega CELGA ......................................... 620 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 621 V. Consideracións finais ............................................................................................... 622 Área de sociedade da información ......................................................................................... 625 I. Introdución ................................................................................................................. 627 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 629 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 630 1. Control de videocámaras nos termos municipais galegos .................................. 630 2. Deficiencias coa recepción do sinal de televisión no rural .................................. 634 3 Publicación de datos persoais necesitados de especial protección ..................... 637 4 Incompatibilidades dos servizos electrónicos da Xunta de Galicia ....................... 638 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 641 V. Consideracións finais ............................................................................................... 641 Área de discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero .................. 643 I. Introdución ................................................................................................................. 645 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 649 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 650 Páxina 1. Cirurxía de reasignación de sexo.......................................................................... 650 2. Denuncia de acoso homofóbico a un menor no centro escolar .......................... 651 3. Denegación a un transexual do acceso a unha sala de espectáculos .................. 654 4. Viñetas homófobas .............................................................................................. 655 5. Cartel publicitario dun festival musical ................................................................ 655 6. Campaña publicitaria de rexeitamento ao recoñecemento á diversidade de xénero ...................................................................................................................... 657 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 657 V. Consideracións finais ............................................................................................... 657 Área de transparencia ............................................................................................................ 661 Área de vivenda e desafiuzamentos ...................................................................................... 665 I. Introdución................................................................................................................. 667 II. Datos cuantitativos ................................................................................................... 678 III. Actividade de supervisión ........................................................................................ 680 1. Desafiuzamentos en vivenda habitual ................................................................. 680 2. Revisión de tipos de xuros en vivendas de protección autonómica .......................... 3. Axudas económicas programa fomento alugueiro vivendas ao amparo do Plan estatal 2013-2016. ................................................................................................... 695 4. Deficiencias en vivendas de protección oficial .................................................... 696 5. Atrasos na entrega de vivendas de protección oficial ......................................... 698 6. Imposición de sanción económica ao promotor dunha edificación .................... 699 IV. Resolucións do Valedor do Pobo ............................................................................ 700 V. Consideracións finais ............................................................................................... 700 Queixas de oficio .................................................................................................................... 703 CAPÍTULO 3. INFORME SOBRE TRANSPARENCIA ................................................................. 721 I. Introdución ............................................................................................................ 723 II. As funcións do valedor do pobo como comisionado da transparencia e o seu informe ................................................................................................................. 724 III. A transparencia no Valedor do Pobo .................................................................... 730 IV. A constitución e o funcionamento da Comisión da Transparencia ...................... 732 V. Análise das queixas relativas a transparencia ...................................................... 749 VI. A promoción da cultura da transparencia ............................................................ 751 VII. Relacións co Consello de Transparencia e Bo Goberno ........................................ 752 VIII. Consideracións finais ............................................................................................ 754 Páxina CAPÍTULO 4. ANÁLISIS DO CUMPRIMENTO DO DEBER DE COLABORACIÓN DAS ADMINISTRACIÓNS PÚBLICAS NAS INVESTIGACIÓNS DA INSTITUCIÓN ....... 805 I. O deber legal de colaboración nas investigacións da institución .............................. 807 1. O deber de colaboración, en xeral.......................................................................... 807 2. As advertencias urxentes ........................................................................................ 807 3. As administracións u órganos aos que se reiterou a petición de informe ata en dúas ocasións e número de queixas en que tal circunstancia se deu ....... 812 CAPÍTULO 5. AS RESPOSTAS ÁS RESOLUCIÓNS FORMULADAS POLO VALEDOR DO POBO ........................................................................................................ 817 I. As respostas das Administracións, órganos e empresas de servizos aos que se dirixiu algunha resolución .......................................................................................... 819 1. Introdución ........................................................................................................... 819 2. Respostas das diferentes administracións, órganos e empresas des servizos ás resolucións do Valedor do Pobo .................................................................... 821 II. Resumo das resolucións do Valedor do Pobo e da súa aceptación polas correspondentes administracións ............................................................................ 825 III. As respostas ás resolucións ...................................................................................... 828 1. Recordatorios de deberes legais .......................................................................... 828 2. Recomendacións .................................................................................................. 829 3. Suxestións ............................................................................................................. 833 CAPÍTULO 6. RELACIÓNS INSTITUCIONAIS ............................................................................ 835 I. Introdución ................................................................................................................ 837 II. Novas funcións para a institución do valedor ........................................................... 837 III. Comparecencias ante o Parlamento de Galicia ....................................................... 839 IV. Reunións de traballo ................................................................................................ 840 1. Reunións con representantes da administración autonómica, municipal e doutros servizos públicos .................................................................................... 840 2. Reunións con organizacións sociais e cidadáns ................................................... 842 3. Reunións con empresas e entidades de servizos públicos .................................. 845 V. Encontros e actos oficiais .......................................................................................... 845 VI. Actividades de colaboración, divulgación e pedagoxía de dereitos ........................ 846 1. Grupo de traballo sobre a escolarización hospitalaria e domiciliaria .................. 847 2. Respaldo ao programa de adopcións especiais ................................................... 847 3. Divulgación de novas funcións ............................................................................. 848 Páxina 4. Un ano de web renovada ..................................................................................... 848 5. Convenio para asistir a persoas en risco de perder a vivenda............................. 849 6. Formación de profesionais en materia de transparencia .................................... 850 7. Visitas aos concellos ............................................................................................. 851 8. Día Internacional para a erradicación da pobreza ............................................... 852 9. Loito polo falecemento de don José Ramón Vázquez Sandes (ex valedor) ......... 852 10. Colaborando pola accesibilidade”...................................................................... 853 11. Publicación “En familia!”, un libro que fomenta valores de tolerancia............. 854 VII. Relación con outros ombudsman e defensores ..................................................... 855 VIII. Redes internacionais e programas de cooperación .............................................. 862 1. Federación Iberoamericana de Ombudsman (FIO) ............................................. 862 2. Instituto Internacional de Ombudsman (IIO) ....................................................... 864 3. Rede europea de defensores do pobo ................................................................. 865 4. European Network of Ombudspersons for Children (ENOC) ................................ 865 5. International Association of Language Commisioners (IALC) .............................. 866 IX. Visitas culturais á institución ................................................................................... 866 X. Difusión e divulgación da institución ........................................................................ 867 1- Horario de atención ao público ........................................................................... 867 2. Plan de eficacia e aforro ....................................................................................... 868 3. . Seguridade laboral ............................................................................................. 870 XI. Liñas estratéxicas de actuación do valedor ............................................................. 870 XII. Convenios subscritos pola institución .................................................................... 881 XIII- Compromiso coa transparencia............................................................................. 881 1. Publicidade activa .......................................................................................... 882 2. Premio á transparencia .................................................................................. 885 3. Creación dunha oficina da transparencia ...................................................... 886 4. Relacións co Consello de Transparencia e Bo Goberno ................................. 887 5. Formación superior en transparencia ............................................................ 888 Anexo. Liquidación do orzamento (artigo 37.4 da Lei 6/84) .............................................. 889 PRESENTACIÓN O informe que a continuación se presenta ofrece ao Parlamento de Galicia e a todos os cidadáns galegos interesados no traballo desta institución, o conxunto de actuacións realizadas pola oficina do Valedor do Pobo durante o ano 2016. O seu contido responde a un reto; o reto de servir á sociedade galega velando polo eficaz goce dos seus dereitos, especialmente cando estes non se perciben polos interesados como adecuadamente atendidos pola Administración. A institución do Valedor do Pobo traballou arduamente este ano. Atendeu a moitas máis persoas, a moitas máis organizacións e entidades e preocupouse por moitos máis problemas. Tamén asumiu e puxo en marcha a Comisión da Transparencia de Galicia, que supuxo un importante esforzo de adaptación, interpretación e mellora dos dereitos dos galegos. No ano de 2016 a institución atendeu as queixas dun total de 64.937 persoas, isto é, 25.528 expedientes máis que o ano pasado. Este incremento, significativo sen dúbida, responde nalgunha medida a algunhas queixas colectivas, pero indica que a institución do Valedor do Pobo é cada vez máis coñecida polo pobo galego e que cada vez son máis as persoas que confían nela para resolver os seus problemas. Somos unha institución eficaz e necesaria para a sociedade galega. Traballamos con dedicación para atender as súas demandas dunha forma áxil, clara, gratuíta e imparcial. A sociedade sábeo e por iso acode a nós conscientes de que non imos xulgalos, senón unicamente escoitalos e axudalos no que estea nas nosas mans. Do conxunto de queixas presentadas e das que se dá conta a continuación, foron admitidas 64.554, é dicir, o 99,41%. Do total das 64.554 queixas tramitadas este ano concluíronse 63.419, é dicir, o 98,24%, quedando aínda pendentes 1.135, é dicir, un 1,76%. No informe extenso que agora se presenta e que está a disposición das súas señorías e é de público coñecemento, están recollidas as queixas desagregadas por temas, por áreas, e cun coidado estudo de tendencias e porcentaxes. Síntome satisfeita coa posta en marcha da Comisión da Transparencia de Galicia. A sociedade actual busca a claridade, quere saber, quere que a informen; quere entender, quere poder formarse unha opinión e quere, sobre todo, poder exercitar os seus dereitos. Para apoiar as funcións de control da transparencia e bo goberno, o artigo 32 da Lei galega de transparencia e bo goberno creou o Comisionado da Transparencia cuxas funcións se atribúen ao Valedor do Pobo. Esta Comisión constituíuse na Comunidade Autónoma de Galicia o 10 de maio de 2016, e comezou a funcionar desde ese momento, aprobando o seu regulamento interno o 14 de xuño dese ano. Desde a súa constitución traballou reuníndose de forma periódica en máis de 10 ocasións ata agora. Ata este momento (datos ata febreiro de 2017) recibiu 55 reclamacións. Destes 55 recursos substitutivos, 30 foron resoltos; 10 de forma favorable (8 concedendo acceso total, e 2 outorgándoo parcial); 8 máis foron resoltos de forma negativa; 2 foron inadmitidos; e 10 foron arquivados (7 foron arquivados porque o solicitante xa dispoñía da información; 1 foi por inactividade do interesado cando foi requirido pola comisión; e 1 por desistencia do interesado). Creo que o traballo en prol da transparencia iniciouse e está a mostrar bos froitos, pero resta moito por facer. É necesario romper moldes. É necesario convencer aos cidadáns e aos poderes públicos da importancia da transparencia a fin de que esta se converta nunha “forma de vida”, nunha cultura identificativa de todo un pobo. O informe que agora se presenta ofrece unha mostra do que facemos no Valedor do Pobo. Son consciente de que hai moitas situacións que mellorar, cousas que cambiar e accións que emprender. Esas deficiencias, xunto cos logros acadados na defensa dos dereitos dos galegos, determinan a utilidade e a eficacia da institución, así como a necesidade de seguir traballando. Comprometo unha vez máis o meu esforzo persoal, e o de todo o equipo da oficina do Valedor do Pobo, na defensa dos dereitos dos galegos. Somos conscientes da responsabilidade que implica o noso traballo e das expectativas que o pobo galego ten postas en nós. Asumímolas con humildade e con entrega e seguiremos traballando para ser merecedores delas. En Santiago de Compostela, a 14 de marzo de 2017 siantura-3 Milagros Otero Parga Valedora do Pobo de Galicia CAPÍTULO 1 A ACTIVIDADE DA INSTITUCIÓN DO VALEDOR DO POBO EN CIFRAS I- INTRODUCCIÓN Neste capítulo ofrecemos unha visión global e esquematizada das actuacións desenvolvidas polo Valedor do Pobo durante 2016 reflectidas en gráficos e cadros acompañados dun breve comentario a efectos de facilitar a súa interpretación. Este capítulo ten unha especial importancia dada a necesidade de visibilizar de forma sistemática o labor desenvolvido. Orientada a facer avaliacións de políticas públicas concretas e a salvagardar a defensa dos dereitos dos cidadáns, este ano proseguimos a nosa tarefa de atención á cidadanía. Todas as persoas poden dirixirse ao Valedor en demanda de axuda por medio da queixa ou de calquera outra maneira, como mediante chamadas telefónicas ou acudindo en persoa en busca de asesoramento ou axuda. Todos os nosos servizos préstanse sen custo algún para o cidadán. Ese traballo faise visible na primeira parte do capítulo, na que facemos reconto da atención prestada ao cidadán. Expoñemos as cifras de actuacións de atención ao cidadán, as persoas que promoveron queixas, o número de asuntos, as visitas recibidas e as consultas feitas por calquera medio, fundamentalmente a través do teléfono. Ademais, ofrecemos táboas comparativas por anualidades e estatísticas por áreas temáticas, administracións e territorios. Pretendemos dar unha idea axustada dos datos sociolóxicos relevantes no desenvolvemento da nosa actividade. Con eles pódese coñecer a orixe xeográfica das persoas reclamantes, a distribución por xénero e o curso dado ás iniciativas recibidas. En canto ás administracións afectadas polas queixas, faise unha distribución inicial por área da administración pública galega afectada e, nun segundo termo, por departamentos do executivo autonómico. Inclúense neste capítulo datos relacionados co resultado da intervención do Valedor do Pobo, sobre todo as aceptacións de resolucións por parte dos órganos da administración. Ademais recóllese o detalle das actuacións de oficio desenvolvidas por áreas e estatísticas sobre o cumprimento do deber de colaboración por parte das administracións requiridas. En resumo, neste capítulo pretendemos realizar unha aproximación aos números máis relevantes da nosa actuación; no seguinte faremos unha descrición pormenorizada das actuacións encamiñadas a supervisar e procurar a corrección de determinados actos ou decisións dos poderes públicos ou entidades prestadoras de servizos esenciais en Galicia. II- ATENCIÓN AO CIDADÁN Durante 2016 o Valedor do Pobo despregou unha importante actividade en canto á súa atención ao cidadán. Un total de 75780 persoas dirixíronse á institución para presentar reclamacións ou pedir orientación e asesoramento sobre os seus problemas. A continuación citamos a modalidade de actuacións e as súas cifras: - Atención presencial 1199 (media mensual 99) - Atención telefónica 8644 (media mensual 720) - Expedientes de queixa 64937 (media mensual 5411) - Total de actuacións 75780 (media mensual 6315) III- DATOS XERAIS 1. Expedientes iniciados en 2016 O número de expedientes iniciados polo Valedor do Pobo de oficio ou a proposta dos cidadáns durante 2016 ascendeu a 64937, co cal aumenta considerablemente o número de iniciativas respecto de exercicios precedentes (un 65 % respecto de 2015). A cifra anterior refírese ao número de reclamantes que acudiron á institución. O número de asuntos coñecidos foi de 2356. Ano Total reclamantes Total asuntos 2013 18887 2746 2014 24149 2310 2015 39409 2287 2016 64937 2356 Rexistrouse unha media mensual de 5411 expedientes, cun máximo de 50349 no mes de setembro e un mínimo de 160 en xaneiro. ENTRADA DE EXPEDIENTES AÑO 2016 Mes Entrada de expedientes Xaneiro 160 Febreiro 202 Marzo 223 Abril 399 Maio 172 Xuño 11550 Xullo 274 Agosto 340 Setembro 50349 Outubro 182 Novembro 237 Decembro 849 Total 64937 Media mensual de expedientes: 5411 2. Entradas e saídas de documentos As entradas de documentos que se recibiron na institución durante 2016 foron en total 69804, o que da unha media mensual de 5817 entradas. Neste mesmo ano a institución trasladou un total de 13663 documentos, o que supón unha media de 1138 saídas por mes. ENTRADAS E SALIDAS DE ESCRITOS POR MESES ANO 2016 Mes Entradas de escritos Saídas de escritos Xaneiro 627 1230 Febreiro 661 1241 Marzo 683 1198 Abril 869 1191 Maio 578 1009 Xuño 11918 1170 Xullo 616 1025 Agosto 599 502 Setembro 50735 1465 Outubro 612 1232 Novembro 688 1215 Decembro 1218 1185 Total 69804 13663 Media mensual de entradas: 5817 Media mensual de saídas: 1138 ENTRADAS E SAIDAS DE ESCRITOS POR MESES IV- QUEIXAS RECIBIDAS EN 2016 Durante 2016 a institución recibiu o maior número de expedientes de queixa da súa historia; foron 64937 iniciativas, das cales 21 son promovidas de oficio pola propia defensoría. Tentamos mellorar a metodoloxía do noso traballo estatístico para ser cada vez máis ilustrativos da realidade. En 2012 comezamos a ter en conta o número de persoas que acudían á institución, aínda que fose presentando asuntos cun contido idéntico ou similar. Parécenos relevante recoller este dato. 1. Comparación con exercicios anteriores (de 1990 a 2011) NÚMERO DE QUEIXAS POR ANO Año Total 1990 (6 meses) 372 1991 781 1992 733 1993 805 1994 1301 1995 1056 1996 1615 1997 1397 1998 1900 1999 1581 2000 1188 2001 2656 2002 1635 2003 1307 2004 1400 2005 1309 2006 1805 2007 2280 2008 2558 2009 2634 2010 2396 2011 2768 ENTRADA DE QUEIXAS POR ANOS 1990-2011 2. Comparación de los exercicios 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 QUEIXAS NOS ÚLTIMOS ANOS Ano Total reclamantes Total asuntos 2012 7382 1999 2013 18887 2746 2014 24149 2310 2015 39409 2287 2016 64937 2356 Total reclamantes Total asuntos % Incremento de reclamantes e asuntos Ano 2012 Ano 2013 Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016 % Incremento 2015-2016 Total reclamantes 7382 18887 24149 39409 64937 65 % Total asuntos 1999 2746 2310 2287 2356 3 % 2. Datos sociolóxicos reflectidos nas queixas Expoñemos as queixas promovidas por persoas e as que comezaron por iniciativa da propia institución (de oficio). Persoas que presentaron queixa: 64916 (99,96 %) Queixas ou actuacións de oficio: 21 (0,04%) Total: 64937 Nos seguintes cadros ofrecemos algúns datos sociolóxicos reflectidos nas queixas: idioma (galego, castelán ou outros); xénero dos reclamantes; procedencia (medio urbano ou rural; de Galicia, Dalgunha outra comunidade autónoma ou doutro país); modo de presentación (correo, internet, ...). Loxicamente, estes datos exclúen as queixas de oficio (21). TOTAL DE QUEIXAS PRESENTADAS EN 2016: 64937 DATOS SOCIOLÓXICOS (referidos a 64916, dado que 21 queixas son de oficio) XÉNERO DOS RECLAMANTES: Homes 22582 Mulleres 42321 IDIOMA: Galego 63831 Castelán 2085 MEDIO DO RECLAMANTE: Medio urbano 64785 Medio rural 131 PROCEDENCIA TERRITORIAL: Residencia en Galicia 64875 Residencia fóra de Galicia 41 MODO DE PRESENTACION DAS QUEIXAS: Presencial ou por correo postal 62822 Páxina web do Valedor do Pobo 1032 Correo electrónico 1062 V. DISTRIBUCIÓN DAS QUEIXAS POR RAZÓN DAS PROVINCIAS E CONCELLOS DE PROCEDENCIA Nos cadros que seguen presentamos as queixas por razón das provincias e municipios dos que proceden. En canto ás provincias, ofrecemos tamén a porcentaxe representada por cada unha delas no conxunto da Comunidade Autónoma, así como o número de queixas por cada dez mil habitantes. No tocante aos municipios, limitámonos a ofrecer o número de queixas procedentes de cada un deles. Aqueles dos que non recibimos ningunha queixa aparecen coa cuadrícula en branco. 1. Por provincias Como se pode observar no seguinte cadro, o maior número de queixas procede da provincia de Pontevedra, e o menor provén da provincia de Ourense. Pontevedra é a provincia que promove un maior número de queixas por cada 10000 habitantes. Provincia Núm. de queixas presentadas Porcentaxe sobre a Comunidade Autónoma Queixas por cada 10.000 habitantes A Coruña 13013 20,10 % 115,89 Lugo 395 0,61 % 11,73 Ourense 169 0,26 % 5,36 Pontevedra 51152 79,02 % 541,66 Total Galicia 64729 Fóra de Galicia 187 DISTRIBUCIÓN DAS QUEIXAS POR PROVINCIAS 2. Por concellos Como podemos observar, a poboación desde a que se presentaron máis queixas foi Vigo (50469), seguida de Santiago de Compostela (11498) e A Coruña (837). A causa de que destaque tanto o número de queixas procedentes de Vigo e Santiago de Compostela é que desde a primeira promovéronse as referidas a unha petición colectiva para a reapertura do Hospital Meixoeiro nos servizos de urxencias e quirófanos, e desde Santiago de Compostela, a queixa sobre o traslado dos traballadores do 112 e do 061 do Concello de Santiago de Compostela ao Concello da Estrada. A CORUÑA Concello Núm. Queixas Abegondo 1 Ames 56 Aranga 2 Ares 5 Arteixo 24 Arzúa 7 Baña, A 5 Bergondo 10 Betanzos 12 Boimorto 1 Boiro 15 Boqueixón 4 Brión 12 Cabana de Bergantiños 2 Cabanas 3 Camariñas 8 Cambre 15 Capela, A Carballo 12 Cariño 2 Carnota 3 Concello Núm. Queixas Carral 1 Cedeira 6 Cee 3 Cerceda Cerdido Coirós 3 Corcubión 2 Coristanco 2 Coruña, A 837 Culleredo 31 Curtis 5 Dodro 4 Dumbría 1 Fene 8 Ferrol 68 Fisterra 5 Frades 2 Irixoa, A Laracha, A 16 Laxe Lousame 5 Concello Núm. Queixas Malpica de Bergantiños Mañón Mazaricos Melide 4 Mesía 2 Miño 2 Moeche Monfero Mugardos 4 Muros 5 Muxía 2 Narón 17 Neda 3 Negreira 7 Noia 26 Oleiros 23 Ordes 9 Oroso 12 Ortigueira 1 Outes 8 Oza-Cesuras Paderne 4 Padrón 11 Pino, O 3 Pobra do Caramiñal , A 12 Ponteceso 6 Pontedeume 6 Pontes de García Rodríguez, As 6 Porto do Son 8 Rianxo 8 Ribeira 69 Rois 3 Concello Núm. Queixas Sada 8 San Sadurniño 3 Santa Comba 6 Santiago de Compostela 11498 Santiso 1 Sobrado Somozas, As Teo 21 Toques Tordoia Touro 3 Trazo Val do Dubra 1 Valdoviño 4 Vedra 3 Vilarmaior Vilasantar 1 Vimianzo 3 Zas 2 TOTAL A CORUÑA 13013 LUGO Concello Núm. Queixas Abadín 59 Alfoz Antas de Ulla Baleira Baralla Barreiros 2 Becerreá 3 Begonte 1 Bóveda Burela 5 Carballedo Castro de Rei Castroverde 2 Cervantes 1 Cervo 1 Corgo, O 2 Cospeito Chantada 9 Folgoso do Courel Fonsagrada, A 10 Foz 6 Friol Guitiriz 2 Guntín Incio, O Láncara 1 Lourenzá Concello Núm. Queixas Lugo 63 Meira Mondoñedo 7 Monforte de Lemos 16 Monterroso Muras Navia de Suarna Negueira de Muñiz Nogais, As 1 Ourol Outeiro de Rei 3 Palas de Rei Pantón Paradela 1 Páramo, O Pastoriza, A Pedrafita do Cebreiro Pobra de Brollón, A Pol Pontenova, A Portomarín 2 Quiroga 4 Rábade 20 Ribadeo 10 Ribas de Sil 1 Ribeira de Piquín Riotorto Samos Sarria 132 Saviñao, O Concello Núm. Queixas Sober Taboada 1 Trabada 1 Triacastela 6 Valadouro, O 3 Vicedo, O 1 Vilalba 7 Viveiro 11 Xermade Xove 1 TOTAL LUGO 395 OURENSE Concello Núm. Queixas Allariz Amoeiro 2 Arnoia, A Avión Baltar Bande 1 Baños de Molgas Barbadás 4 Barco de Valdeorras, O 5 Beade Beariz Blancos, Os Boborás 1 Bola, A 1 Bolo, O Calvos de Randín Carballeda de Valdeorras Carballeda de Avia 1 Carballiño, O Cartelle Castrelo de Miño 1 Castrelo do Val Castro Caldelas Celanova 3 Cenlle 2 Coles Cortegada 1 Cualedro Concello Núm. Queixas Chandrexa de Queixa Entrimo Esgos Gomesende Gudiña, A Irixo, O Larouco Laza 1 Leiro Lobeira Lobios 2 Maceda Manzaneda Maside 2 Melón Merca, A Mezquita, A Montederramo Monterrei 1 Muíños Nogueira de Ramuín Oímbra 2 Ourense 100 Paderne de Allariz Padrenda Parada de Sil Pereiro de Aguiar, O 2 Peroxa, A 1 Concello Núm. Queixas Petín Piñor Pobra de Trives, A 3 Pontedeva 1 Porqueira Punxín 1 Quintela de Leirado Rairiz de Veiga Ramirás Ribadavia 4 Riós Rúa, A 1 Rubiá San Amaro San Cibrao das Viñas 3 San Cristovo de Cea 1 San Xoán de Río Sandiás Sarreaus 1 Taboadela 1 Teixeira, A Toén 1 Trasmiras Veiga, A 4 Verea Verín 2 Viana do Bolo 2 Vilamarín Vilamartín de Valdeorras Vilar de Barrio Vilar de Santos Vilardevós 2 Concello Núm. Queixas Vilariño de Conso Xinzo de Limia 4 Xunqueira de Ambía Xunqueira de Espadañedo TOTAL OURENSE 169 PONTEVEDRA Concello Núm. Queixas Agolada Arbo 4 Baiona 6 Barro 1 Bueu 5 Caldas de Reis 14 Cambados 7 Campo Lameiro 1 Cangas 18 Cañiza, A 1 Catoira 1 Cerdedo 1 Cotobade 1 Covelo, O 2 Crecente Cuntis 4 Dozón Estrada, A 8 Forcarei 1 Fornelos de Montes Gondomar 13 Grove, O 3 Guarda, A 5 Illa de Arousa 3 Lalín 9 Lama, A 10 Marín 17 Meaño 4 Meis 3 Moaña 48 Concello Núm. Queixas Mondariz 1 Mondariz-Balneario 2 Moraña 2 Mos 15 Neves, As 4 Nigrán 11 Oia 2 Pazos de Borbén 2 Poio 11 Ponteareas 22 Ponte Caldelas 3 Pontecesures 1 Pontevedra 271 Porriño, O 15 Portas Redondela 7 Ribadumia 1 Rodeiro 1 Rosal, O 7 Salceda de Caselas 9 Salvaterra de Miño 1 Sanxenxo 29 Silleda 15 Soutomaior 4 Tomiño 6 Tui 5 Valga 3 Vigo 50469 Vila de Cruces Vilaboa 3 Concello Núm. Queixas Vilagarcía de Arousa 37 Vilanova de Arousa 3 TOTAL PONTEVEDRA 51152 VI. CURSO DADO ÁS QUEIXAS RECIBIDAS Aquí clasificamos as queixas en tres grupos, por razón do procedemento seguido na súa tramitación. Incluímos no primeiro grupo as queixas que admitimos a trámite, distinguindo entre elas aquelas nas que concluímos a súa tramitación durante 2016 e as que aínda continuaban en trámite ao finalizar o exercicio. No segundo grupo describimos as queixas que non foron admitidas a trámite por carecer das condicións esixidas pola lei que rexe a nosa institución, mencionando a causa. E en terceiro lugar tratamos as queixas que enviamos á Defensora del Pueblo ou a outros comisionados parlamentarios autonómicos, por ser da súa competencia. CURSO DAS QUEIXAS QUEIXAS PRESENTADAS Núm. 64937 Admitidas: 64554 En trámite 1136 Concluídas 63418 No admitidas 314 Causas: Non actuación administrativa irregular 43 Non actuación administrativa previa 72 Relación xurídico-privada 43 Competencia xudicial 41 Non competencia do Valedor do Pobo 92 Queixa inconcreta 8 Sentencia firme 1 Carencia de fundamento 2 Asunto sub-iudice 3 Toma de coñecemento 2 Queixa anónima 4 Prazo superior a un año 1 Inexistencia de pretensión 1 Non interese lexítimo 1 Outras 7 Remitidas á Defensora del Pueblo e outros comisionados parlamentarios 69 DISTRIBUCIÓN DAS QUEIXAS PRESENTADAS VII. ESTATÍSTICAS POR ÁREA TEMÁTICA Distribución de queixas segundo as áreas temáticas ás que se refiren Distribuímos no seguinte cadro as queixas iniciadas no ano 2016 segundo as áreas temáticas ás que se refiren. Como se pode comprobar, as áreas que concentraron un maior número de reclamantes ou queixas foron as de sanidade, con 50368 (77,56 %), emprego público e interior, con 11642 (17,93 %), e educación, con 818 (1,26 %). ÁREAS NÚMERO PORCENTAJE Emprego público e interior 11642 17,93 Urbanismo e vivenda 114 0,18 Medio ambiente 296 0,46 Educación 818 1,26 Industria, comercio e turismo 101 0,16 Agricultura, gandería e pesca 48 0,07 Servicios sociais 274 0,42 Emigración e traballo 79 0,12 Sanidade 50368 77,56 Xustiza 78 0,12 Administración económica e transportes 295 0,45 Obras públicas e expropiacións 104 0,16 Corporacións locais, servizos municipais e protección civil 463 0,71 Menores 63 0,10 Cultura e política lingüística 70 0,11 Sociedade da información 24 0,04 Discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero 14 0,02 Transparencia 21 0,03 Vivenda e desafiuzamentos 65 0,10 Total 64937 Como xa tivemos ocasión de explicar, o anterior reconto fai referencia ao número de persoas que promoveron queixa na institución. Tal e como se pode apreciar no seguinte cadro, se temos en conta o número de asuntos, as áreas con máis volume son corporacións locais, servizos municipais e protección civil, con 382 (16,21 %), emprego público e interior, con 319 (13,54 %) e sanidade, con 274 (11,63 %). Os asuntos distribúense por áreas da forma que expoñemos no seguinte cadro. ÁREAS NÚMERO PORCENTAJE Emprego público e interior 319 13,54 Urbanismo e vivenda 114 4,84 Medio ambiente 173 7,34 Educación 154 6,54 Industria, comercio e turismo 101 4,29 Agricultura, gandería e pesca 48 2,04 Servicios sociais 217 9,21 Emigración e traballo 79 3,35 Sanidade 274 11,63 Xustiza 78 3,31 Administración económica e transportes 129 5,48 Obras públicas e expropiacións 51 2,16 Corporacións locais, servizos municipais e protección civil 382 16,21 Menores 43 1,83 Cultura e política lingüística 70 2,97 Sociedade da información 24 1,02 Discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero 14 0,59 Transparencia 21 0,89 Vivenda e desafiuzamentos 65 2,76 Total 2356 Os asuntos con respaldo dunha pluralidade de persoas son os seguintes: . 50042 cidadáns presentaron queixa sobre petición colectiva para a reapertura do Hospital Meixoeiro dos servizos de urxencias e quirófanos (Q/1311/16 e Q/13536/16 a Q/63576/16 -área de sanidade -). . 11238 cidadáns presentaron queixa sobre traslado dos traballadores do 112 e do 061 do Concello de Santiago de Compostela ao Concello da Estrada (Q/1145/16 a Q/12382/16 -área de emprego público e interior-). . 486 cidadáns presentaron queixa sobre a paralización dun programa de inmersión lingüística no CEIP Emilia Pardo Bazán (Q/64304/16 a Q/64789/16 -área de educación-) . 181 cidadáns presentaron queixa sobre a falta de limpeza dunha leira colindante cunha fábrica de madeiras (Q/13128/16 a Q/13308/16 -área de corporacións locais e servizos municipais-). . 166 cidadáns presentaron queixa sobre mal funcionamento da liña regular Marín- Pontevedra-Vigo (Q/730/16 a Q/895/16 -área de administración económica e transportes-). . 153 cidadáns presentaron queixa sobre obras de retirada de amianto no CEIP Ramón de la Sagra (Q/64055/16 e Q/64117/16 a Q/64268/16-área de educación-). . 122 cidadáns presentaron queixa sobre solicitude de peche dun refuxio de animais no Concello de Sarria (Q/13387/16 a Q/13508/16 -área de medio ambiente-). 2. Curso das queixas por áreas CURSO DAS QUEIXAS POR ÁREAS POR ÁREAS NUM. QUEIXAS EN CADA ÁREA QUEIXAS ADMITIDAS QUEIXAS NON ADMITIDAS QUEIXAS REMITIDAS AO DP Núm. % Núm. % Núm. % Emprego público e interior 11642 11584 99,50 54 0,46 4 0,03 Urbanismo e vivenda 114 108 94,74 6 5,26 0 0,00 Medio ambiente 296 291 98,31 5 1,69 0 0,00 Educación 818 788 96,33 28 3,42 2 0,24 Industria, comercio e turismo 101 61 60,40 40 39,60 0 0,00 Agricultura, gandería e pesca 48 48 100,00 0 0,00 0 0,00 Servicios sociais 274 259 94,53 12 4,38 3 1,09 Emigración e traballo 79 41 51,90 21 26,58 17 21,52 Sanidade 50368 50341 99,95 27 0,05 0 0,00 Xustiza 78 32 41,03 28 35,90 18 23,08 Administración económica e transportes 295 240 81,36 44 14,92 11 3,73 Obras públicas e expropiacións 104 86 82,69 11 10,58 7 6,73 Corporacións locais, servizos municipais e protección civil 463 448 96,76 14 3,02 1 0,22 Menores 63 55 87,30 8 12,70 0 0,00 Cultura e política lingüística 70 59 84,29 5 7,14 6 8,57 Sociedade da información 24 20 83,33 4 16,67 0 0,00 Discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero 14 13 92,86 1 7,14 0 0,00 Transparencia 21 20 95,24 1 4,76 0 0,00 Vivenda e desafiuzamentos 65 60 92,31 5 7,69 0 0,00 TOTAL 64937 64554 99,41 314 0,48 69 0,11 3. As causas de non admisión por áreas As queixas que non foron admitidas a trámite durante 2016 son en total 314. Hai que resaltar que a “non admisión” non significa falta de atención á queixa formulada; sempre se motiva amplamente esa non admisión e sobre todo infórmase sobre o máis conveniente á defensa dos dereitos ou intereses do reclamante, se observamos a existencia dunha actuación alternativa. No cadro que segue ofrecemos esquematicamente e por áreas as causas polas que non foron admitidas. No capítulo 2, ao facer a descrición das queixas por áreas, xa se realiza unha exposición pormenorizada de moitas delas. Area Total Area Queixa anónima Non actuación administrativa irregular Non actuación administrativa previa Relación xurídico- privada Asunto sub- iudice Sentencia firme Prazo superior a un ano Carencia de fundamento Inexistencia de pretensión Queixa inconcreta Non interés lexítimo Toma de coñecemento Competencia xudicial Non competencia do valedor do pobo Outra EMPREGO PÚBLICO E INTERIOR 543792110001012276URBANISMO6012000000000300MEDIO AMBIENTE 5001100000200010EDUCACIÓN 2801215000000000010INDUSTRIA, COMERCIO E TURISMO 4000141900000000070AGRICULTURA, GANDERÍA E PESCA 0000000000000000SERVIZOS SOCIAIS 12010100000510130EMIGRACIÓN E TRABALLO 21103100100000780SANIDADE 270931000100011110XUSTIZA 280022000010002210ADMINISTRACIÓN ECONÓMICA E TRANSPORTES 4401119000000003200OBRAS PÚBLICAS E EXPROPIACIÓNS 11004000000000160CORPORACIÓNS LOCAIS, SERVIZOS MUNICIPAIS E PROTECCION CIVIL 14053000010000141MENORES 8022120000000010CULTURA E POLÍTICA LINGÜÍSTICA 5031000000000010SOCIEDADE DA INFORMACION 4001200000000010DISCRIMINACION POR RAZON DE IDENTIDADE SEXUAL E IDENTIDADE DE XENERO 1010000000000000TRANSPARENCIA 1010000000000000VIVENDA E DESAFIUZAMENTOS 5001400000000000Total 31444372433112181241927 VIII. ESTATÍSTICA POR ADMINISTRACIONS AFECTADAS 1. Distribución das queixas admitidas por razón das áreas da administración pública ás que se refiren e polo seu estado (concluídas ou en trámite) No cadro que segue ofrecemos as queixas que foron admitidas a trámite, distribuídas por razón das áreas da administración pública ás que se refiren. Distinguimos aquí tamén entre as queixas que estaban concluídas ao finalizar 2016 e as que seguían en proceso de tramitación. ÁREAS NÚM. QUEIXAS ADMITIDAS EN TRÁMITE CONCLUIDAS Núm. Núm. % Núm. % Emprego público e interior 11584 75 0,65 11509 99,35 Urbanismo e vivenda 108 13 12,04 95 87,96 Medio ambiente 291 88 30,24 203 69,76 Educación 788 523 66,37 265 33,63 Industria, comercio e turismo 61 11 18,03 50 81,97 Agricultura, gandería e pesca 48 5 10,42 43 89,58 Servicios sociais 259 63 24,32 196 75,68 Emigración e traballo 41 8 19,51 33 80,49 Sanidade 50341 73 0,15 50268 99,85 Xustiza 32 1 3,13 31 96,88 Administración económica e transportes 240 15 6,25 225 93,75 Obras públicas e expropiacións 86 6 6,98 80 93,02 Corporacións locais, servizos municipais e protección civil 448 46 10,27 402 89,73 Menores 55 7 12,73 48 87,27 Cultura e política lingüística 59 35 59,32 24 40,68 Sociedade da información 20 5 25,00 15 75,00 Discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero 13 6 46,15 7 53,85 Transparencia 20 3 15,00 17 85,00 Vivenda e desafiuzamentos 60 11 18,33 49 81,67 TOTAL 64554 994 1,54 63560 98,46 2.Distribución de queixas entre as administracións galegas Ofrecemos no seguinte cadro as queixas que se refiren ás administracións públicas galegas, distribuídas entre cada unha, isto é, en función de se afectan á Xunta de Galicia, aos concellos, ás deputacións provinciais ou ás universidades. Quedan por tanto fóra desta clasificación as que se refiren a cuestións de carácter xeral, a Administración Xeral do Estado ou aos órganos xurisdicionais. Administración Queixas Número Porcentaxe Administración autonómica 63095 98,30 % Concellos 994 1,54 % Deputacións Provinciais 71 0,11 % Universidades galegas: * Santiago de Compostela 11 * A Coruña 3 * Vigo 4 * CIUG 3 21 0,03 % Total 64181 TOTAL DE ACTUACIÓNS Administracións galegas 64181 Outras (Estado, órganos Xurisdicionais, etc.) 452 TOTAL 64633 DISTRIBUCIÓN DAS QUEIXAS POLAS ADMINISTRACIÓNS AFECTADAS 3. Distribución das queixas que se refiren á Xunta de Galicia, segundo consellerías A distribución das queixas que afectan ás consellerías polo número de asuntos sería a que figura no cadro seguinte. Como se observa no cadro, as máis numerosas son as que se refiren á Consellería de Sanidade e á Consellería de Política Social con porcentaxes do 27,35 % e 19,68 %, Consellerías Núm. Asuntos Porcentaxes Presidencia da Xunta de Galicia 4 0,43 % Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza 20 2,16 % Consellería de Facenda 35 3,78 % Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio 82 8,86 % Consellería de Infraestruturas e Vivenda 82 8,86 % Consellería de Economía, Emprego e Industria 73 7,89 % Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 142 15,35 % Consellería de Sanidade 253 27,35 % Consellería de Política Social 182 19,68 % Consellería do Medio Rural 41 4,43 % Consellería do Mar 11 1,19 % Total 925 DISTRIBUCIÓN POR CONSELLERÍAS DOS ASUNTOS QUE AFECTAN Á XUNTA DE GALICIA A distribución das queixas que afectan ás consellerías polo número de queixas sería a que figura no cadro seguinte. Como se observa no cadro, as máis numerosas son as que se refiren á Consellería de Sanidade e á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria con porcentaxes do 97,66 % e 1,24 %, respectivamente Consellerías Núm. queixas Porcentaxes Presidencia da Xunta de Galicia 4 0,01 % Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza 20 0,03 % Consellería de Facenda 35 0,06 % Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio 82 0,13 % Consellería de Infraestruturas e Vivenda 248 0,39 % Consellería de Economía, Emprego e Industria 73 0,12 % Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 781 1,24 % Consellería de Sanidade 61618 97,66 % Consellería de Política Social 182 0,29 % Consellería do Medio Rural 41 0,06 % Consellería do Mar 11 0,02 % Total 63095 DISTRIBUCIÓN POR CONSELLERÍAS DAS QUEIXAS QUE AFECTAN Á XUNTA DE GALICIA QUEIXAS CON UN MESMO ASUNTO E VARIOS RECLAMANTES EXPEDIENTES ADMINISTRACION AFECTADA ASUNTO RECLAMANTES ASUNTOS Q/13111/16 e Q/13536/16 á Q/63576/16 Consellería de Sanidade Petición colectiva para a reapertura do Hospital Meixoeiro nos servizos de urxencias e quirófanos 50042 1 Q/1145/16 á Q/12382/16 Consellería de Sanidade Traslado dos traballadores do 112 e do 061 do Concello de Santiago de Compostela ao Concello da Estrada 11238 1 Q/64304/16 á Q/64789/16 Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria Paralización dun programa de inmersión lingüística no CEIP Emilia Pardo Bazán 486 1 Q/730/16 á Q/895/16 Consellería de Infraestruturas e Vivenda Mal funcionamento da línea regular Marín-Pontevedra-Vigo 166 1 Q/64055/16 e Q/64117/16 á Q/64268/16 Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria Obras de retirada de amianto no CEIP Ramón de la Sagra 153 1 Q/12481/16 a Q/12486/16 Q/12489/16 a Q/12494/16 Q/12517/16 a Q/12524/16 Q/12548/16 a Q/12551/16 Q/12564/16 a Q/12568/16 Q/12575/16 a Q/12579/16 Q/12603/16, Q/12612/16, Q/12613/16, Q/12623/16 a Q/12634/16, Q/12636/16 Q/12654/16 a Q/12661/16 Q/12778/16 a Q/12797/16 Q/12878/16, Q/13343/16 Consellería de Sanidade Plus de nocturnidade e festividade do persoal dos PACs 85 1 4.Distribución das queixas referidas ás deputacións provinciais e aos concellos Nestes cadros constan os datos numéricos sobre as queixas referidas ás deputacións provinciais e aos concellos. Os datos referidos aos concellos presentámolos distribuídos por provincias. Observamos que o concello con máis queixas é Vigo, con 216 queixas, e a deputación provincial contra a que se promoveron máis queixas é a de Pontevedra, con 44. Queixas referidas ás deputacións provinciais: Deputación Provincial de A Coruña 13 Deputación Provincial de Lugo 5 Deputación Provincial de Ourense 9 Deputación Provincial de Pontevedra 44 Queixas referidas aos concellos: A CORUÑA Concello Núm. Queixas Abegondo 1 Ames 19 Aranga 1 Ares 4 Arteixo 10 Arzúa 1 Baña, A 7 Bergondo 7 Betanzos 1 Boimorto Boiro 6 Boqueixón 1 Brión 2 Concello Núm. Queixas Cabana de Bergantiños 7 Cabanas 3 Camariñas 4 Cambre 5 Capela, A Carballo 1 Cariño 2 Carnota 1 Carral 1 Cedeira 1 Cee 1 Cerceda Cerdido 1 Concello Núm. Queixas Coirós 2 Corcubión Coristanco 4 Coruña, A 39 Culleredo 8 Curtis Dodro 2 Dumbría Fene 1 Ferrol 16 Fisterra 3 Frades 1 Irixoa, A Laxe Laracha 1 Lousame 4 Malpica de Bergantiños Mañón Mazaricos Melide 1 Mesía Miño 4 Moeche Monfero Mugardos 1 Muxía 2 Muros 1 Narón 8 Neda Negreira Noia 8 Oleiros 4 Concello Núm. Queixas Ordes 3 Oroso 3 Ortigueira Outes 1 Oza-Cesuras 1 Paderne Padrón 5 Pino, O 1 Pobra do Caramiñal, A 13 Ponteceso 3 Pontedeume 3 Pontes de García Rodríguez, As Rodríguez, As 3 Porto do Son 2 Rianxo 1 Ribeira 32 Rois 2 Sada 4 San Sadurniño Santa Comba Santiago de Compostela 54 Santiso Sobrado Somozas Teo 5 Toques Tordoia Touro Trazo Val do Dubra Valdoviño 6 Vedra Vilarmaior Concello Núm. Queixas Vilasantar 2 Vimianzo Zas 1 TOTAL A CORUÑA 342 LUGO Concello Núm. Queixas Abadín 1 Alfoz Antas de Ulla Baleira Baralla Barreiros 1 Becerreá Begonte 1 Bóveda Burela 3 Carballedo Castro de Rei Castroverde Cervantes Cervo Corgo, O 1 Cospeito Chantada 6 Folgoso do Courel Fonsagrada, A 11 Foz 1 Friol Guitiriz Guntín 1 Incio, O Láncara Lourenzá Lugo 14 Meira Concello Núm. Queixas Mondoñedo 1 Monforte de Lemos 2 Monterroso Muras Navia de Suarna Negueira de Muñiz Nogais, As Ourol Outeiro de Rei Palas de Rei Pantón Paradela Páramo, O Pastoriza, A Pedrafita do Cebreiro Pobra de Brollón, A Pol 1 Pontenova, A Portomarín Quiroga 1 Rábade 2 Ribadeo 5 Ribas de Sil 1 Ribeira de Piquín Riotorto Samos Sarria 127 Saviñao, O Sober Taboada Trabada 2 Triacastela 1 Concello Núm. Queixas Valadouro, O 1 Vicedo, O Vilalba 4 Viveiro 6 Xermade Xove TOTAL LUGO 194 OURENSE Concello Núm. Queixas Allariz 1 Amoeiro Arnoia, A Avión Baltar Bande Baños de Molgas Barbadás 1 Barco de Valdeorras, O 1 Beade Beariz Blancos, Os Boborás 1 Bola, A 1 Bolo, O 2 Calvos de Randín Carballeda de Valdeorras Carballeda de Avia Carballiño, O 6 Cartelle Castrelo de Miño Castrelo do Val Castro Caldelas 1 Celanova 1 Cenlle Coles Cortegada Cualedro Chandrexa de Queixa 1 Concello Núm. Queixas Entrimo Esgos Gomesende Gudiña, A Irixo, O Larouco Laza 2 Leiro Lobeira 1 Lobios 1 Maceda Manzaneda Maside Melón Merca, A Mezquita, A Montederramo Monterrei 1 Muíños Nogueira de Ramuín Oímbra 1 Ourense 18 Paderne de Allariz Padrenda Parada de Sil Pereiro de Aguiar, O 2 Peroxa, A Petín Piñor Concello Núm. Queixas Pobra de Trives, A 3 Pontedeva Porqueira Punxín 1 Quintela de Leirado Rairiz de Veiga Ramirás Ribadavia 2 Riós Rúa, A Rubiá San Amaro San Cibrao das Viñas 1 San Cristovo de Cea 1 San Xoán de Río Sandiás Sarreaus 1 Taboadela 1 Teixeira, A Toén Trasmiras Veiga, A 6 Verea Verín Viana do Bolo Vilamarín Vilamartín de Valdeorras Vilar de Barrio Vilar de Santos Vilardevós 1 Vilariño de Conso Xinzo de Limia Concello Núm. Queixas Xunqueira de Ambía Xunqueira de Espadañedo TOTAL OURENSE 59 PONTEVEDRA Concello Núm. Queixas Agolada 1 Arbo Baiona 2 Barro 1 Bueu 4 Caldas de Reis Cambados 6 Campo Lameiro 1 Cangas 5 Cañiza, A Catoira Cerdedo 1 Cotobade 1 Covelo, O Crecente Cuntis 6 Dozón Estrada, A Forcarei Fornelos de Montes Gondomar 7 Grove, O Guarda, A 2 Illa de Arousa, A 2 Lalín 1 Lama, A 3 Marín 5 Meaño 2 Meis 1 Concello Núm. Queixas Moaña 29 Mondariz 3 Mondariz-Balneario Moraña 1 Mos 4 Neves, As 2 Nigrán 4 Oia 2 Pazos de Borbén Poio 1 Ponteareas 14 Ponte Caldelas Pontecesures 1 Pontevedra 22 Porriño, O 4 Portas Redondela 3 Ribadumia 1 Rodeiro 1 Rosal, O 3 Salceda de Caselas 1 Salvaterra de Miño Sanxenxo 13 Silleda 1 Soutomaior 3 Tomiño Tui 2 Valga 6 Vigo 216 Vila de Cruces 1 Concello Núm. Queixas Vilaboa 1 Vilagarcía de Arousa 8 Vilanova de Arousa 1 TOTAL PONTEVEDRA 399 IX. ACTUACIÓNS DE OFICIO O Valedor do Pobo promoveu durante o ano 2016 un total de 21 queixas de oficio, polas que iniciou investigacións sobre asuntos que, ao seu criterio, poderían xerar un prexuízo importante aos afectados. 1. Queixas de oficio de 2016 ÁREAS QUEJAS DE OFICIO Emprego público e interior 0 Urbanismo e vivenda 0 Medio ambiente 0 Educación 1 Industria, comercio e turismo 0 Agricultura, gandería e pesca 0 Servizos sociais 6 Sanidade 1 Xustiza 0 Administración económica e transportes 10 Obras públicas e expropiacións 0 Corporacións locais, servizos municipais e protección civil 0 Menores 0 Cultura e política lingüística 0 Sociedade da información 1 Discriminación por razón de identidade sexual e identidade de xénero 0 Transparencia 0 Vivenda e desafiuzamentos 2 TOTAL 21 Comparativa con outros anos QUEJAS DE OFICIO POR ANOS Año Total 2002 37 2003 14 2004 21 2005 22 2006 29 2007 40 2008 27 2009 14 2010 21 2011 18 2012 36 2013 46 2014 37 2015 15 2016 21 X. RESOLUCIÓNS DO VALEDOR DO POBO O artigo 32.1 da Lei 6/1984, do Valedor do Pobo, preceptúa que a institución poderá “formular ás autoridades e funcionarios das administracións públicas advertencias, recomendacións, recordatorios de deberes legais e suxestións para a adopción de novas medidas”, mentres o parágrafo 2º do mesmo artigo impón a funcionarios e autoridades o deber de responder “sempre por escrito e no prazo dun mes” a estas resolucións. Por tanto, establécese unha obrigación de colaboración relacionada coa formulación das resolucións: o deber de responder a estas. Como consecuencia das investigacións realizadas o Valedor do Pobo formulou durante 2016 un total de 103 recordatorios de deberes legais, recomendacións ou suxestións, o que evidencia unha intensa actividade. De todos eles foron aceptados 78 (75,73%). Un total de 15 foron rexeitados ou non tiveron efectividade, atopándose pendentes de resposta expresa 10 resolucións ao final do ano. A maioría das indicacións expresas dirixidas ás administracións galegas, por tanto, deron lugar á solución do problema. Da mesma forma, outras intervencións proactivas de diferente tipo ante eses poderes públicos permitiron solucionar multitude de situacións nas que constatamos que o cidadán vía vulnerados os seus dereitos. RESOLUCIONS FORMULADAS TOTAL ACEPTADAS NON ACEPTADAS PENDENTES Nº % Nº % Nº % Recordatorios deberes legais 7 7 100,00 0 0,00 0 0,00 Recomendacións 81 61 75,31 11 13,58 9 11,11 Suxestións 15 10 66,67 4 26,67 1 6,66 Total resolucións 103 78 75,73 15 14,56 10 9,71 XI. ESTATÍSTICAS RELACIONADAS CO DEBER DE COLABORACIÓN Os poderes públicos de Galicia están obrigados a prestar a axuda e a colaboración que lles sexan demandados polo Valedor do Pobo nas súas actuacións. No caso de que exista unha desatención grave coa institución, a lei establece a posibilidade de declaralos hostís ou entorpecedores para co labor da defensoría. Durante o ano 2016, a pesar de non ser necesario chegar a este último extremo, o Valedor do Pobo si se viu obrigado a realizar numerosos recordatorios de deberes legais e advertencias enérxicas esixindo o respecto á legalidade. Esas chamadas de atención máis contundentes dirixíronse durante o exercicio en 26 ocasións a algún departamento da administración autonómica e en 72 a diferentes concellos. Administración Autonómica: - Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio: 2 veces (Q/14381/15 e Q/23118/15) - Consellería de Economía, Emprego e Industria: 7 veces (Q/23565/15, Q/23346/15, Q/14535/15, Q/330/16, Q/14572/15, Q/35786/15 e Q/555/16) - Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria: 12 veces (Q/12859/16, Q/12861/16, Q/12862/16, Q/13266/15, Q/14362/15, Q/12595/16, Q/1041/16, Q/23516/15, Q/12738/16, Q/12500/16, Q/1136/16, Q/12685/16) - Consellería de Política Social: 5 veces (Q/23263/15, Q/14/15, Q/48/16, Q/14181/15, Q/14159/15) Administración Local: Provincia de A Coruña Concello de Bergondo 1 vez Q/12743/16 Concello de Betanzos 1 vez Q/76/13 Concello de Boiro 2 veces Q/14034/15 Q/13195/15 y acumulados Concello da Coruña 1 vez Q/471/16 Concello de Cabana de Bergantiños 1 vez Q/14580/15 Concello de Cabanas 1 vez Q/693/16 Concello de Camariñas 1 vez Q/23473/15 Concello de Irixoa 1 vez Q/23502/15 Concello de Laracha 1 vez Q/13322/15 Concello de Malpica de Bergantiños 1 vez Q/24105/14 Concello de Padrón 1 vez Q/12585/16 Concello da Pobra do Caramiñal 5 veces Q/12830/15 Q/12615/16 Q/367/16 Q/12934/16 Q/13019/16 Concello de Porto do Son 4 veces Q/13950/15 Q/14001/15 Q/14173/15 Q/14183/15 Concello de Sada 1 vez Q/13968/15 Concello de Santiago de Compostela 6 veces Q/12584/15 Q/12525/15 Q/124/15 Q/21799/14 Q/39390/15 Q/35804/15 Concello de Sobrado 4 veces Q/14465/13 Q/23331/15 Q/13452/15 Q/23339/15 Provincia de Lugo Concello de Baralla 1 vez Q/226/15 Concello de Chantada 2 veces Q/20746/14 Q/14358/15 Concello de Lugo 2 veces Q/22971/14 Q/402/16 Concello de Taboada 1 vez Q/13992/15 Concello de Sarria 3 veces Q/23271/15 Q/23358/15 Q/258/16 Provincia de Ourense Concello de Ourense 1 vez Q/22659/14 Concello de Amoeiro 2 veces Q/23117/14 Q/39366/15 Provincia de Pontevedra Concello de Agolada 1 vez Q/12938/16 Concello de Baiona 2 veces Q/31/15 Q/12814/15 Concello de Cambados 2 veces Q/929/16 Q/1020/16 Concello de Gondomar 3 veces Q/23080/14 Q/700/16 Q/13067/16 Concello de Moaña 3 veces Q/354/16 Q/658/16 Q/12761/16 Concello de Marín 2 veces Q/12933/15 Q/14222/15 Concello de Pontecesures 1 vez Q/12944/15 Concello de Poio 1 vez Q/163/15 Concello de Porriño 2 veces Q/237/15 Q/14579/15 Concello de Salceda de Caselas 2 veces Q/20584/14 Q/1069/16 Concello de Tui 2 veces Q/21977/14 Q/13318/15 Concello de Vigo 5 veces Q/23353/15 Q/14179/15 Q/23582/15 Q/23508/15 Q/12642/16 Concello de Vilagarcía de Arousa 2 veces Q/13323/15 Q/14411/15 XII. ESTATÍSTICAS RELACIONADAS CO DEBER DE INFORMAR No deber de colaboración enmárcase o deber específico de que as administracións afectadas informen en prazo do que se lles requira polo alto comisionado parlamentario. Os seguintes cadros ofrecen unha aproximación das administracións e órganos aos que se lles tivo que reiterar a petición de informe en máis de dúas ocasións e o número de veces que tal circunstancias tivo lugar. A) XUNTA DE GALICIA ADMINISTRACIÓN Nº Queixas Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza 1 Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio 16 Consellería de Economía, Emprego e Industria 24 Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 79 Consellería de Sanidade 55 Consellería de Política Social 32 Consellería do Medio Rural 15 Consellería do Mar 1 Consellería de Facenda 3 Consellería de Infraestruturas e Vivenda 8 B) OUTRAS ADMINISTRACIÓNS ADMINISTRACIÓN Nº Queixas Deputación Provincial da Coruña 2 Deputación Provincial de Lugo 1 Universidade de Santiago de Compostela 1 B) CONCELLOS A CORUÑA Concello Nº Queixas A Baña 2 A Coruña 8 A Laracha 1 A Pobra do Caramiñal 4 Ames 3 Bergondo 1 Betanzos 1 Boiro 4 Cabana de Bergantiños 1 Camariñas 1 Coristanco 1 Culleredo 3 Dodro 1 Ferrol 2 Irixoa 1 Noia 3 Oleiros 1 Ordes 2 Oroso 2 Oza-Cesuras 5 Padrón 1 Ponteceso 1 Pontedeume 1 Concello Nº Queixas Ribeira 3 Sada 2 Santiago de Compostela 19 Sobrado 3 Teo 1 Vilasantar 1 LUGO Concello Nº Queixas Abadín 1 Baralla 1 Chantada 4 Lugo 3 Monforte de Lemos 2 O Saviñao 1 Pol 1 Sarria 6 Taboada 1 Vilalba 2 OURENSE Concello Nº Queixas Amoeiro 1 A Bola 1 Maside O Carballiño Ourense 7 Vilardevós 2 PONTEVEDRA Concello Nº Queixas A Cañiza 1 A Estrada 1 As Neves 1 Agolada 1 Baiona 1 Barro 1 Bueu 2 Cambados 2 Cangas 1 Cuntis 1 Gondomar 8 Marín 1 Moaña 7 Oia 2 O Porriño 4 Ponteareas 3 Poio 2 Pontecesures 1 Ribadumia 1 Salceda de Caselas 2 Salvaterra de Miño 1 Sanxenxo 1 Tui 1 Vigo 18 Vilagarcía de Arousa 1 Vilanova de Arousa 1 XIII- ESTATISTICAS DA PÁXINA WEB DO VALEDOR DO POBO Entre o 1 de xaneiro e o 31 de decembro de 2016, a páxina web do Valedor do (www.valedordopobo.gal y www.valedordopobo.es ) recibió: . 24.179 visitas a páxinas. Reúne o número total de páxinas vistas. As visitas repetidas a unha mesma páxina tamén se contabilizan. . 11.533 sesións. Unha sesión é o período durante o cal un usuario interactúa co seu sitio web, aplicación, etc.. Todos os datos de uso (visitas a unha pantalla, eventos, etc.) están asociados a unha sesión. . usuarios. Contabilízanse, neste caso, os usuarios que abriron polo menos unha sesión no período, incluídos tanto os usuarios novos como os recorrentes. . Un 73,06% das visitas foron realizadas por primeira vez ao sitio do Valedor do Pobo. . Cada visitante accedeu a 2,10 páxinas en cada sesión vista e o tempo medio de permanencia dos visitantes situouse en 2,19 minutos. Concepto 2014 2015 2016 Visitas 23.725 25.631 24.179 Páxinas vistas 42.705 61.594 50.776 Páxinas vistas por visitante 1,80 2,40 2,10 Tempo de permanencia (en minutos) 2,44 2,33 2,19 Atendendo a rexistros de anos anteriores, no 2016 reducíronse lixeiramente as visitas respecto do exercicio precedente no que o lanzamento dunha páxina web renovada e a difusión da mesma incidiu de maneira notable no incremento de tráfico. Reducíronse así mesmo os tempos de permanencia e páxinas vistas por visitante. Neste último parámetro influíu claramente a organización de contidos concentrados nunha mesma dirección de páxina, o que facilita a súa localización en menos clics. O 70,40% das visitas da páxina web proceden de España. Por cidades, cerca do 51% das mesmas se producen desde as principais cidades galegas. ORDE CIDADE SESIONS % DE SESIONS 1. Santiago de Compostela 2.298 19,93 % 2. A Coruña 1.499 13,00 % 3. Vigo 948 8,22 % 4. Madrid 929 8,06 % 5. (not set) 754 6,54 % 6. Lugo 390 3,38 % 7. Pontevedra 365 3,16 % 8. Ourense 340 2,95 % 9. Saint Petersburg 260 2,25 % 10. Barcelona 225 1,95 % Táboa: Distribución de sesións por procedencia dos usuarios Das 11.533 sesións, un 82,42% partiron de dispositivos de sobremesa, mentres que tan só o 17,58 producíronse con dispositivos móbiles. TIPO DE DISPOSITIVO NÚMERO DE SESIONS PORCENTAXE Sobremesa 9.506 82,42% Teléfono móvil 1.670 14,48% Tableta 357 3,10% TOTAL 11.533 Táboa: Distribución de sesións por tipo de dispositivo As páxinas de inicio en ambos os idiomas (galego e castelán) habitualmente resultan as máis visitadas, así como as que ofrecen o formulario en liña para presentar queixas e a información institucional do portal de transparencia da defensoría. ORDEN DIRECCIÓN NÚMERO DE VISITAS % 1. / 6.203 25,65 2. /es/ 4.292 17,75 3. /es/tu-queja/ 1.734 7,17 4. /es/el-valedor-do- pobo/ 1.155 4,78 5. /es/nuestra- institucion/ 982 4,06 6. /es/normativa/ 977 4,04 7. /presentar-unha- queixa/ 745 3,08 8. /informacion- institucional- organizativa-e-de- planificaciona-nosa- institucion/ 544 2,25 9. /es/nuestra-sede/ 490 2,03 10. /o-valedor-do-pobo/ 439 1,82 Táboa: Distribución de visitas por páxina de destino, as 10 páxinas máis visitadas do portal Por último, destacar que o 52% do tráfico recibido canalízase a través do buscador de referencia, un 28,63% vén remitido doutra páxina web, mentres que o 14,97% das sesións inícianse directamente tecleando na barra do navegador a dirección do Valedor do Pobo. CANAL DE ACCESO SESIONS % Buscadores 6.332 54,90% *O 52% destas entradas realízanse a través de Google. Redireccionamento 3.302 28,63% Acceso directo 1.727 14,97% Redes sociais 172 1,49% Táboa: Canais e fontes de acceso dos usuarios XIV- ESTATISTICAS DAS REDES SOCIAIS 1.TWITTER A) Tweets ou chíos enviados en 2016 Na táboa recóllense o número de chíos enviados entre o 1 de xaneiro de 2016 ao 31 de decembro de 2016 desde o perfil de Twitter do Valedor do Pobo (@Valedordopobo). Póñense estes datos en comparación cos exercicios previos, desde que se teñen rexistros desta rede social. 2016 2015 2014 2013 Xaneiro 9 27 21 4 Febreiro 30 28 7 5 Marzo 14 42 12 9 Abril 13 31 30 31 Maio 25 47 5 16 Xuño 32 56 9 7 Xullo 31 36 18 22 Agosto 4 13 17 5 Setembro 23 29 57 9 Outubro 32 35 47 6 Novembro 24 43 78 13 Decembro 13 14 19 10 TOTAL 250 401 310 137 Táboa: Número de chíos enviados por ano B) Seguidores Tamén chamados followers, son aqueles usuarios que seguen o perfil do Valedor do Pobo en Twitter por coincidir nos seus intereses ou simplemente por permanecer informados da actividade despregada pola institución nesta rede social. Hai que ter en conta que aínda que se rexistran altas cada ano, tamén existen seguidores fuxidos, que deciden deixar de seguir un perfil nun momento determinado. Ata o 31 de decembro de 2016 contabilizábanse 1890 seguidores. Nos rexistros previos acadáronse os 1732 seguidores (ao 31 de decembro de 2015) e, previamente, 1298 seguidores (ao 31 de decembro de 2014). Gráfico: Evolución do número de seguidores do perfil nos últimos 3 anos 1298173218900500100015002000201420152016Número deseguidores C) Visitas ao perfil Esta estatística computa o número de persoas ou usuarios que accederon nalgún momento ao perfil de Twitter do Valedor do Pobo. Mes Número de visitas 2016 Número de visitas 2016 Xaneiro 480 NON DISPONIBLE Febreiro 1007 NON DISPONIBLE Marzo 418 NON DISPONIBLE Abril 561 NON DISPONIBLE Maio 667 NON DISPONIBLE Xuño 758 NON DISPONIBLE Xullo 1024 NON DISPONIBLE Agosto 149 38 Setembro 570 1016 Outubro 1284 874 Novembro 683 1259 Decembro 689 502 TOTAL 8.290 3.689* Táboa: Número de visitas ao perfil en 2016 e *2015 desde que hai reconto D) Impresións dos chíos Esta estatística computa o alcance dos chíos publicados nun perfil, ou o que é o mesmo, o número de persoas que viron pasar pola súa timeline (liña de tempo) algún dos chíos do Valedor do Pobo nese período. En dous anos, a actividade despregada pola institución do Valedor do Pobo permitiu superar as 250.000 impresións das súas tweets. Mes Nº de impresións 2016 Nº de impresións 2015 Xaneiro 4859 8299 Febreiro 8555 8382 Marzo 5561 13100 Abril 7341 10200 Maio 12500 17700 Xuño 11900 20100 Xullo 13700 16400 Agosto 4546 9325 Setembro 8679 11800 Outubro 16200 12400 Novembro 11400 11300 Decembro 7602 8679 TOTAL 112.843 139.303 E) Mencións ao perfil de Valedor do Pobo Número de veces que o perfil @Valedordopobo foi mencionado por outros usuarios. Esta estatística está directamente relacionada coa viralidade das mensaxes. Mes Nº de mencións 2016 Nº de mencións 2015 Nº de mencións 2014 Nº mencións 2013 Xaneiro 30 29 15 1 Febreiro 60 23 17 0 Marzo 22 64 6 2 Abril 22 24 22 13 Maio 25 25 12 11 Xuño 49 59 25 5 Xullo 80 41 31 5 Agosto 24 35 23 0 Setembro 24 48 37 6 Outubro 118 51 34 5 Novembro 34 81 54 14 Decembro 30 218 25 15 TOTAL 518 677 301 77 F) Chíos con maior cantidade de impresións Na táboa que sucede, inclúese a listaxe cos chíos publicados en 2016 no perfil de Valedor do Pobo que obtiveron un maior seguimento, é dicir, un mellor comportamento viral ORDE CHÍOS Impresións 1 O Valedor colabora coa @ONCE_oficial @COGAMI_Galicia FADEMGA e @faxpg para valorar a accesibilidade en Galicia 1865 2 Interesante iniciativa co grupo galego para achegar mensaxes #contraoacoso aos máis novos https://twitter.com/FundacionANAR/status/784315451329290240 1370 3 Bota unha ollada aos criterios interpretativos do @ConsejoTBG. Moita utilidade. 1277 4 En @Par_Gal : o Valedor cumpre unha función social importante porque cada vez acoden a el maior número de galegos pic.twitter.com/ZppRU2Dv02 1021 5 O Valedor do Pobo xa brindou o seu apoio. Agora vos toca... https://twitter.com/downgalicia/status/800682382823137280 … 868 6 #nonadiscriminacion Moito traballo por diante https://twitter.com/gitanos_org/status/738406803042643968 … 825 7 Moitas grazas a vós pola colaboración prestada https://twitter.com/MFdzNeira/status/704389130071973888 … 757 8 Achegando a figura do Valedor do Pobo aos rapaces do centro San Pelayo-Emma #avaledoramaiscerca pic.twitter.com/kkQBMWGLt5 712 9 O Valedor amplía o convenio co IGVS a persoas desafiuzadas por impago do alugueiro 703 10 Trabajando unidos #grazas pola acollida https://twitter.com/ConsejoTBG/status/699598593662021632 … 651 G) Tipoloxía dos seguidores en Twitter - Por procedencia: 47% de Galicia -Por xénero: 47% homes e 53% mulleres -Por idade: Franxa de idade % seguidores 13-17 años 1% 14-24 5% 25-34 37% 35-44 39% 45-54 14% 55-64 2% Máis de 65 menos do 1% 2. FACEBOOK Nesta sección recóllense as principais estatísticas relacionadas coa actividade despregada na rede social Facebook na que o Valedor do Pobo está presente desde 2011. A) Total de “me gusta” (seguidores) da páxina en Facebook. Esta estatística refírese ao total de persoas que fixeron clic no botón “me gusta” do perfil de Facebook do Valedor do Pobo. Tamén se coñece este rexistro como “usuarios únicos”. 2016 2015 A 31 de xaneiro 408 280 A 30 de xuño 478 345 A 31 de decembro 528 403 B) Total de usuarios que interactúan coa páxina. Esta táboa recolle o número de persoas que interactuaron dun ou doutro xeito coa páxina. Dentro da interacción inclúese calquera clic ou historia creada. Mes de 2016 interactuacións Xaneiro 20 Febreiro 122 Marzo 48 Abril 59 Maio 106 Xuño 130 Xullo 31 Agosto 9 Setembro 47 Outubro 41 Novembro 31 Decembro 120 TOTAL 764 C) Alcance total do perfil de Facebook. Número de persoas que viron algún contido asociado á páxina do Valedor do Pobo no período. Mes de 2016 Nº de persoas Xaneiro 366 Febreiro 2424 Marzo 630 Abril 1796 Maio 1883 Xuño 2547 Xullo 443 Agosto 56 Setembro 1424 Outubro 4361 Novembro 627 Decembro 2506 TOTAL 19063 D) Publicacións realizadas polo Valedor do Pobo no seu perfil de Facebook Durante 2016, o Valedor do Pobo realizou no seu perfil de Facebook un total de 115 publicacións cuxa tipoloxía distribúese do seguinte modo: -69 enlaces -20 fotos -23 estados actualizados -3 vídeos 0501002016EstadosFotosVídeosEnlaces E) Alcance das publicacións do perfil de Facebook do Valedor Rexistra o número de persoas que viron calquera das publicacións da páxina. Mes de 2016 Nº de persoas Xaneiro 293 Febreiro 1115 Marzo 476 Abril 5182 Maio 4176 Xuño 7161 Xullo 314 Agosto 0 Setembro 112 Outubro 992 Novembro 571 Decembro 1926 TOTAL 22318 CAPÍTULO 2 RESUMO DAS QUEIXAS POR ÁREAS ÁREA DE EMPREGO PÚBLICO E INTERIOR I. INTRODUCIÓN Dentro da área denominada “emprego público e interior”, a problemática que centra a maior actividade supervisora desta institución é a que se refire a denuncias sobre función pública, xa sexan sobre o acceso ao emprego na administración pública, ou sobre dereitos ou condicións laborais dos traballadores ao servizo da administración galega con independencia do seu vínculo laboral (funcionarial, estatutario ou laboral) ou do carácter temporal ou indefinido da súa relación (de carreira, interino, etc.). Pero ademais deste tipo de intervencións, esta sección tamén comprende un conxunto de expedientes relacionados con alteracións de orde pública, así como aqueles relativos a asuntos de tráfico e seguridade viaria. Empezando a nosa análise introdutoria polo apartado específico de emprego público, debemos sinalar que o contexto socio económico dos últimos anos continúa condicionando o volume de intervencións da Valedora, tendo en conta que a maior parte das medidas de alcance xeral sobre sustentabilidade financeira adoptadas desde o ano 2012 seguen vixentes a día de hoxe, o que determina que os afectados acudan na mesma medida que en anos anteriores á nosa institución, tanto no que se refire ao volume de queixas recibidas como no que concirne ao fondo das mesmas (escasa oferta de emprego público, irregularidades en procesos selectivos e restricións nas condicións laborais dos empregados públicos). Para perfilar cales foron as liñas principais de actuación da valedora neste campo, é preciso facer referencia á precariedade laboral rexistrada nos últimos tempos no noso país. Aínda que é certo que os datos arroxan melloras neste terreo, non deixa de ser unha realidade que as taxas de desemprego e a temporalidade na contratación levou a un importante aumento de reclamacións da cidadanía, que, na súa procura de acceder a un posto na Administración, considera que se están producindo irregularidades na xestión dos instrumentos xurídicos existentes para este fin, tanto pola limitación na oferta pública de emprego como no desenvolvemento dos procesos selectivos convocados para superar as probas necesarias que permitan o desempeño dun posto no sector público. Así, o feito de que as últimas leis de orzamentos xerais, tanto estatais como autonómicas limitasen as contratacións, restrinxindo así a incorporación de novo persoal no sector público, xerou un notable incremento do número de queixas nos últimos anos, non só en canto ás convocatorias de prazas senón tamén ao funcionamento das listas de contratación temporal e ás interinidades. O establecemento dunha taxa de reposición de efectivos de ata un máximo do 10 %, e a restrición da contratación de persoal temporal salvo en casos excepcionais e para cubrir necesidades urxentes e inaprazables unicamente en sectores, funcións e categorías profesionais que se consideren prioritarios ou que afecten o funcionamento dos servizos públicos esenciais (persoal de centros docentes, centros asistenciais, servizos sociais, entre outros), provocan que os potenciais aspirantes a unha praza na Administración realicen un escrutinio máis intenso sobre as posibilidades dunha convocatoria aberta de emprego público. Por outra banda, o incremento do número de participantes en procesos selectivos –xa sexa para prazas de funcionarios de carreira, interinos, persoal laboral, persoal eventual, ou bolsas de emprego-, xerou maiores solicitudes de intervención ante o Valedor do Pobo por presuntas irregularidades neste tipo de procedementos. Tense consolidado unha clara conciencia cidadá: o cumprimento dos principios de transparencia e legalidade nestas probas constitúe un piar esencial da nosa sociedade democrática. Como diciamos ao principio desta introdución, as condicións de traballo dos empregados públicos víronse afectadas polas decisións adoptadas en materia de políticas públicas sobre contención do gasto público, xa sexa de forma directa pola aprobación de disposicións que expresamente modifican atribucións anteriores ou suspenden acordos ou convenios en vigor, ou ben de modo indirecto pola reorganización de servizos públicos que redundan á súa vez en cuestións de emprego público. Boa parte destas medidas manteñen a súa vixencia, e en consecuencia, o Valedor do Pobo viuse compelido a iniciar a súa actividade de supervisión e investigación por mor de escritos de queixa recibidos a instancia de parte, cuxos reclamantes cuestionan a vulneración de dereitos fundamentais en materia laboral baixo o amparo de medidas urxentes dirixidas ao control do déficit e a sustentabilidade financeira. Nesta liña, continúa suscitando unha importante cantidade de expedientes de queixa as medidas que afectan as condicións laborais dos empregados públicos en canto ao cómputo e distribución de xornadas, horarios, substitucións, prestacións por incapacidade temporal, permisos e vacacións, ou concursos de traslados. Como comentario final desta sección, é preciso mencionar que xunto coas cuestións de fondo da reclamación que sustancia a apertura dun expediente de queixa, seguimos apreciando un problema de forma fundamental, pois nun bo número de denuncias alúdese á falta de resposta por parte da administración ante as alegacións ou recursos interpostos polos interesados. Esta defensoría mantén unha clara liña directriz de censurar a perniciosa práctica do silencio administrativo, que xera nos cidadáns unha auténtica inseguridade xurídica e indefensión material, obrigándoos a acudir á vía xurisdicional. Como xa avanzamos no primeiro parágrafo deste preámbulo, os asuntos sobre Orde Pública constitúen a segunda sección incluída en “emprego público e interior”, manténdose estable o número de escritos remitidos polos interesados que solicitan a nosa intervención; intervención que en moitas ocasións se concreta na translación da queixa ao Defensor del Pueblo xa que adoitan facer referencia a actuacións dos Corpos e Forzas de Seguridade do Estado, dependentes do Ministerio del Interior. Por último, a terceira sección que conforma esta área é a relativa a cuestións de Tráfico e Seguridade Viaria. Aquí podemos confirmar que non se producen variacións destacadas con respecto a exercicios anteriores, nin cuantitativa nin cualitativamente, referíndose a maior parte das queixas a expedientes sancionadores incoados pola presunta comisión de infraccións de tráfico a nivel local. II. DATOS CUANTITATI VOS O cómputo total de queixas recibidas na nosa institución durante o ano 2016 elévase a 319 asuntos, o que supón un notable incremento con respecto ao rexistrado no 2015 con 261 asuntos, reflectíndose así un incremento do 22%. É importante aclarar que a cifra antedita refírese exactamente ao número de asuntos tramitados, independentemente do número de asinantes dunha mesma problemática. Diferente é o dato do número dos reclamantes que acudiron a esta institución, rexistrándose un total de 11.642 expedientes individuais. A disparidade entre ambas as cifras atópase no feito de que no exercicio 2016 recibíronse dous grandes grupos de queixas múltiples con idéntico contido (11.323 expedientes relativos ao traslado dos traballadores do 112 e do 061 á nova sede sita no Concello da Estrada, e 28 expedientes referentes ao plus de nocturnidade e festivos do persoal dos PAC). Para realizar unha comparativa equilibrada que permita facer unha análise cuantitativa co ano anterior, a desagregación debe realizarse tendo en conta ,por unha banda, o total de queixas recibidas (total reclamantes), e por outra, o número de queixas rexistradas contabilizando como un único expediente o grupo de queixas idénticas ao que nos referimos (total asuntos). Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 11.642 319 Admitidas 11.584 99,50 % 261 81,82 % Non admitidas 54 0,46 % 54 16,93 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 4 0,03 % 4 1,25 % A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 11.509 99,35 % 186 71,26 % En trámite 75 0,65 % 75 28,74 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2012 1 0 1 1 0 2013 2 0 2 2 0 2014 23 0 23 22 1 2015 110 2 112 108 4 Tal e como se reflicte nos cadros estatísticos, durante o ano 2016 inadmitíronse 54 queixas e 4 foron remitidas ao Defensor del Pueblo. O motivo principal de inadmisión é a falta de competencia do Valedor do Pobo ao depender o órgano administrativo que ditou o acto obxecto de controversia da Administración Xeral do Estado. Esta situación é frecuente en materia de tráfico e orde pública nos que poden intervir axentes pertencentes ao corpo da Policía Nacional ou á Garda Civil. III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1. Emprego público Dada a variedade de queixas recibidas sobre emprego público, consideramos oportuno agrupalas a efectos expositivos en varios apartados que inclúen tanto os diversos instrumentos de acceso a emprego público como as condicións laborais e dereitos e deberes dos traballadores ao servizo da administración pública. A) Oferta Pública de Emprego As medidas relativas ás limitacións para incorporar novo persoal ao servizo da administración pública foi o detonante básico para o incremento das queixas sobre esta materia. A escaseza de oferta de emprego público provoca insatisfacción na cidadanía. Destacan aquí os expedientes Q/15/16 a Q/21/16, ambos incluídos, nos que os interesados denunciaban a falta de persoal enfermeiro especializado en saúde mental nos centros sanitarios galegos debido á inexistente convocatoria de prazas específicas. A Consellería de Sanidade no seu informe sinala que no ano 2014, a mesa sectorial de negociación do persoal das institucións sanitarias do Sergas acordou iniciar a negociación dun proceso dirixido á implantación das especialidades de enfermería reguladas no Real Decreto 639/2014. Neste proceso partíase da creación dunha categoría xenérica de persoal de enfermería, que comprendería as distintas especialidades recollidas no RD citado, coa excepción da correspondente á Enfermería Obstétrico-Xinecolóxica (matronas) que se mantería coa súa denominación pola súa consideración como unha profesión diferenciada. Segundo a consellería, esta situación paralizou o proceso de dotación de prazas de persoal enfermeiro especialista en saúde mental, xa que parecía carente de sentido adoptar medidas de carácter estrutural cando se estaba nun proceso de globalización das especialidades de enfermería. Consta no informe que o 12 de febreiro de 2016, a mesa sectorial aprobou, por unanimidade, o texto dun anteproxecto de decreto polo que se crea no Servizo Galego de Saúde a categoría estatutaria de persoal enfermeiro especialista. Igualmente acordouse crear unha comisión técnica, con representación da Administración sanitaria e das organizacións sindicais, para abordar a planificación nesta materia e a dotación e provisión de prazas desta categoría. Á vista da información recibida, entendemos que a consellería está a realizar as actuacións precisas para que nun breve e prudencial espazo temporal, se solucionen as carencias e problemas que orixinaron a apertura dos expedientes citados, trasladando este compromiso aos interesados. O Sergas transmite a súa vontade de dotar de base normativa a figura do persoal enfermeiro especialista e de potenciar a incorporación deste colectivo, acreditando a especialidade de saúde mental. Outros expedientes relativos á oferta de emprego público concluíron co simple arquivo por non detectarse ningunha vulneración de dereitos, como foi o caso da queixa Q/291/16 sobre a caducidade dun proceso selectivo referido á OEP 2010-2011 no Concello de Vigo, ou o do expediente Q/274/16 sobre a falta de convocatorias para a cobertura de postos de psicólogos clínicos no Sergas, suposto en que a decisión da administración de considerar adecuada o actual persoal dese tipo de profesionais vén corroborada non só polas limitacións orzamentarias que permitirían excepcionar a convocatoria de prazas, senón tamén polas razóns técnicas sobre as que se fundamenta esta decisión en atención ao informe da OMS "Mental Health Atlas", no que se pon de manifesto a importante variabilidade existente, mesmo en países do contorna europea, tanto no referido á dotación de persoal como dos custos asociados ao tratamento. Segundo este informe na zona euro o número medio de psiquiatras sitúase en 7 por cada 100.000 usuarios e o de psicólogos nun 2,7 por cada 100.000. Na "Avaliación da Estratexia Nacional en Saúde Mental" recóllense as cocientes de persoal en España, situándose no ano 2013, nun 8,3 a taxa de psiquiatras e nun 4,5 o de psicólogos por cada 100.000 habitantes. B) Sistemas de acceso ao emprego público Un dos apartados principais nos que se centra o traballo desta institución na área de emprego público é o control e supervisión dos procesos selectivos convocados para optar a un posto de traballo nas diferentes administracións galegas. Nestes procedementos debe cumprirse estritamente cos principios de igualdade, mérito, capacidade, publicidade e obxectividade, con independencia da modalidade contractual a celebrar. Os principios de transparencia e suxeición á legalidade son unha esixencia ineludible que a cidadanía pode e debe invocar, e así o expón cando se dirixe á nosa institución. O número de queixas nesta materia veu experimentando un constante incremento nos últimos anos. Esta evolución non se debe tanto a que se produzan maior número de irregularidades por parte das administracións convocantes, senón a que os participantes alcanzaron unha maior conciencia acerca do seu dereito para formular a súa desconformidade fronte aos que consideran anomalías nas probas de acceso. Os avances xurisprudenciais en materia de discrecionalidade técnica ou a implantación efectiva da normativa en materia de transparencia (entre outras cuestións) calaron no colectivo de opositores, os cales entenden que os órganos cualificadores deben ser obxecto dun axustado control que garanta o cumprimento efectivo dos principios de acceso ao emprego público. a- Bases das convocatorias Boa parte das solicitudes de intervención do Valedor do Pobo parten de discrepancias sobre as propias premisas establecidas nas bases das convocatorias dos procesos de selección. Así, os reclamantes consideran que certos requisitos (condición imprescindible para participar e ser admitido nun determinado procedemento selectivo sen que prexulgue a capacidade e cualificación do aspirante) esixidos nas bases, ou a concreción e/ou valoración dos méritos (valor positivo do aspirante que mostra así unha maior adecuación para o posto ofertado) a ter en conta, non son conformes a dereito. Cuestiónase a oportunidade de incluír requisitos ou méritos concretos, e/ou a proporcionalidade destes últimos. Os expedientes Q/182/16 e Q/397/16 son exemplo de controversia sobre requisitos e méritos esixidos nunha convocatoria, ante o Concello de Cambre no primeiro caso e ante o Sergas no segundo, sen que en ningún dos dous supostos se apreciase incumprimento da normativa. A confección dos méritos nos procesos selectivos debe respectar os principios de igualdade, mérito e capacidade, e serán obxectivos, comúns e directamente vinculados cos labores que legal ou regulamentariamente están previstos para o posto de traballo ao que se adscriba. A nosa xurisprudencia fixo mención á ampla potestade de que dispón a Administración para definir os requisitos e méritos que mellor se axustan ás necesidades e funcións que deberán ser atendidas polo persoal ao seu servizo. Como consecuencia do anterior, de entre os numerosos méritos relacionados coas funcións de cada posto, é o poder público o que debe optar polos máis relevantes, a condición de que non se actúe con arbitrariedade para favorecer uns aspirantes por encima doutros. No informe da administración do expediente Q/182/16, aparece suficientemente motivado a necesidade de cobertura da praza e as funcións a realizar. Da análise dos méritos formulados na convocatoria no apartado de experiencia profesional, consideramos que estes se adecuaban ás tarefas para desempeñar e a súa esixencia resultaba coherente por existir unha relación inmediata co contido funcional do posto ofertado. Tamén se consideraba proporcionada a puntuación dos méritos en canto que que a esixencia de experiencia en sectores concretos responde a necesidades do propio posto. Cousa distinta podería chegar a concluírse se no curso da materialización efectiva das tarefas a exercer, estas se desviasen do xustificado pola administración, pero a priori, non existen razóns que constaten a improcedencia da esixencia inicial. No segundo caso, Q/397/16, o Sergas contemplaba un conxunto de méritos profesionais de formación continua ademais da superación dun exame baseado nun amplo temario. Para a administración resultaba relevante tanto a superación da proba teórica como a formación continua. Así o especifica o propio pacto que regula o procedemento de selección das categorías do persoal estatutario da Consellería de Sanidade ao recoller expresamente a asistencia, debidamente xustificada, a cursos de formación. Esta opción non vulnera os principios de acceso á función pública e resulta totalmente lexítima, e será decisión da administración a posibilidade de variar os méritos esixidos en futuras convocatorias. Situación similar reflíctese no expediente Q/1078/16 no que a interesada cuestionaba a esixencia como requisito dun curso de 400 horas á vez que debía superarse un exame de temario similar. Non apreciamos irregularidade ningunha neste caso, pois o requisito é unha condición imprescindible para participar e para ser admitido nun determinado procedemento selectivo e non prexulga sobre a capacidade e a cualificación do aspirante, e estará directamente vinculado cos labores que legal ou regulamentariamente estean previstos para a praza e posto de traballo ao que esta se adscriba. A concreción de titulacións profesionais específicas non resulta discriminatoria sempre que se trate dunha aplicación racional do principio de división do traballo. Os argumentos esgrimidos polo concello ao requirir unha formación específica que leva un coñecemento das funcións para desenvolver no posto convocado, reflicten, ao noso entender, unha relación directa entre ambas as categorías (formación e funcións), e facilita sen dúbida a execución das tarefas encomendadas. A permisividade de que, ademais da titulación específica, se contemplen outras titulacións conexas que precisan de formación complementaria, reforza o criterio de adecuación entre formación e tarefas a desenvolver no posto, sen presentar limitacións forzadas dada a flexibilidade de cursos e duración dos mesmos, sempre que a súa valoración global alcance os requisitos básicos. O feito de establecer como requisito unha titulación/formación idónea ao posto non limita en absoluto a inclusión dunha ou varias probas para determinar a capacidade dos aspirantes e establecer a orde de prelación. Pasado o filtro inicial ao cumprir os requisitos de admisión, o criterio de selección consiste en que os participantes deben demostrar os seus coñecementos, capacidades e habilidades a través de exercicios obxectivos. Este sistema está contemplado no acceso á función pública como o máis neutro e adecuado para dar efectividade aos principios de mérito e capacidade, facilitando a selección de colectivos numerosos e homoxéneos. Outros expedientes analizan a puntuación dada aos méritos nun concurso-oposición, tal e como recolle o expediente Q/63882/16, non apreciándose mala praxe administrativa aquí. A nosa xurisprudencia clarifica qué debe entenderse por capacidade e mérito, determinando que a primeira comprendería aquelas probas teóricas e/ou prácticas destinadas a contrastar os coñecementos e aptitude dos aspirantes para obter un emprego público; pola súa banda, o mérito faría referencia a aqueles elementos tendentes a acreditar a cualificación adquirida polos aspirantes ao longo de toda a súa traxectoria vital e profesional, tales como experiencia, formación e perfeccionamento recibidos, publicacións efectuadas, cursos impartidos e similares. Por iso é polo que entre os diferentes sistemas de acceso á Administración se atopen a oposición, o concurso- oposición e o concurso. Dito o anterior, cabe lembrar que o principio de igualdade debe impedir a produción de discriminacións por circunstancias que poidan levar situacións de superioridade ou de inferioridade duns aspirantes fronte a outros, polo que a proporcionalidade na valoración que implica un concurso-oposición, e mesmo entre os méritos esixidos na propia fase do concurso, resulta determinante para considerar adecuada aos principios constitucionais arriba citados calquera proceso selectivo público. Certo é que a administración ten unha ampla marxe de discrecionalidade para establecer requisitos, méritos e puntuacións, pero non pode esquecerse que a igualdade de trato esixe que a valoración de aspectos como a antigüidade, a experiencia e a formación estean dentro dos límites constitucionalmente tolerables, debendo establecerse distribucións cuxa relevancia cuantitativa non xere unha diferenza de trato arbitraria ou irracional. Na análise do caso concreto, temos que dicir que as proporcións asignadas á fase de oposición (60%) e á fase de concurso (40%) resultan totalmente admisibles, e a distribución dos méritos dentro da propia fase do concurso tamén conseguen porcentaxes perfectamente compatibles coas esixencias constitucionais de ingreso na función pública. A asignación de 22 puntos ao mérito da experiencia profesional e de 14 á formación ten unha relevancia cuantitativa compatible co principio de igualdade ao ser proporcionada na valoración total da fase de concurso, non resultando determinante do resultado final ao non outorgar posición vantaxosa ou ponderación maioritaria que apartaría de opción a outros aspirantes. Ligado tamén coa concreción de requisitos esixidos para o acceso á función pública, podemos mencionar neste apartado varias queixas que fan referencia á reforma da lei de coordinación de policías locais de Galicia. Nelas, os interesados denunciaban que os requisitos para o acceso libre e por promoción interna eran diferentes, e que tal diverxencia se recollía na propia Lei 9/2016 pola que se modifica a Lei 4/2007 que eliminou o tope de idade máximo para acceder ao corpo. Con todo, puidemos confirmar que non había diferenza real ninguha, podendo concorrer en ambos os supostos co título de bacharelato, técnico ou equivalente. Certo é que á vista da redacción da actual da Disposición adicional primeira da Lei 9/2016 pode xurdir confusión sobre a admisibilidade de titulacións equivalentes pola vía de acceso libre aos postos de policía local na categoría C1. Pero da lectura conxunta da normativa de aplicación, queda constatada que as equivalencias son totalmente aplicables tanto para os supostos de promoción interna como para acceso libre. Efectivamente, a redacción da disposición obxecto de controversia é mellorable, de maneira que podería utilizarse expresións similares que evitarían calquera xénero de dúbida sobre a aplicación específica das equivalencias. Con todo, queda de manifesto que as equivalencias ás que se refire expresamente o apartado segundo de DA 1ª son de carácter automático, por estar reguladas na normativa de educación (e non precisan dunha resolución individualizada), sendo de aplicación directa, a efectos profesionais, en todas as convocatorias que esixen o título de bacharelato ou técnico, independentemente de que apareza especificada calquera outro que sexa equivalente. Para terminar, cabe incluír aquí a recomendación dirixida á Consellería de Educación, Cultura e Ordenación Universitaria por mor dun grupo de queixas iniciadas por varios aspirantes ás bolsas de formación en arquivos. Neste suposto consideramos inadecuada a decisión da administración de excluír a estas persoas na resolución de adxudicación definitiva (Q/12859, 12861, 12862 e 12875/16). En esencia, a reclamación baséase no feito de que, os autores da queixa figuraban como adxudicatarios provisionais dunha bolsa de formación en materia de arquivos para o programa 2016, chegando mesmo a elixir destino o 15 de xuño de 2016, asinando a aceptación da bolsa e a elección de destino. Tras remitir diversa documentación, quedaron convocados para o inicio da relación formativa o día 1 de xullo de 2016. Con todo, o día 30 de xuño, comunicóuselles telefonicamente que resultaban excluídos da bolsa en aplicación do artigo 2.3 das bases da convocatoria, ao gozar da mesma bolsa no ano anterior por substituír aos titulares do programa 2015. O mencionado artigo 2.3 establecía como requisito "Non ter desfrutado con anterioridade á publicación da respectiva convocatoria de becas de ningunha beca das convocadas pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria para a organización e descrición de arquivos galegos". Os interesados afirman que a aceptación da substitución no ano 2015 estivo condicionada pola información achegada polos funcionarios do Servizo de Arquivos, quen confirmou que as persoas suplentes que realizaran substitucións poderían ser beneficiarias das mesmas bolsas en convocatorias posteriores, criterio seguido ata ese momento. Os reclamantes consideran que o cambio de criterio polo interventor delegado vulnera o principio de igualdade e non discriminación, así como do principio de seguridade xurídica. A información dada pola administración provocou unha toma de decisión e unha expectativa de dereitos que determina un vicio de consentimento na aceptación das substitucións do ano 2015. Estiman tamén que coa modificación das pautas sucesivas ata o ano 2016 produciuse un evidente prexuízo patrimonial e dano moral. Tras o estudo da información achegada polo interesado e o contido do oficio remitido pola administración (cuxo contido íntegro consta nos anexos a este informe que recollen as resolucións completas), esta institución considera de plena aplicación ao caso a denominada doutrina dos actos propios ou "venire contra factum proprium non valet". Esta doutrina conforma un principio xeral do dereito polo que non resulta admisible actuar contra os propios actos feitos con anterioridade, é dicir, implica a prohibición de adoptar a posteriori un comportamento contraditorio para limitar os dereitos doutro suxeito, que actuara desa maneira na boa fe do primeiro. A doutrina dos actos propios obriga a observar, dentro do tráfico xurídico, un comportamento consecuente. O fundamento xurídico desta doutrina achámolo na protección da confianza e no principio de boa fe que impoñen un deber de coherencia e de limitar a liberdade de actuación cando se crearon expectativas razoables no comportamento dos demais. Para a súa invocación é necesario que exista unha grave e evidente contradición entre o realizado polo autor e a acción que o interesado exercita; é dicir, debe existir nexo de causalidade entre os actos e a súa incompatibilidade co posteriormente pretendido. O principio de que ninguén pode ir contra os seus propios actos é de aplicación cando o realizado se opoña aos actos que de forma previa creasen unha relación ou situación de dereito que non podía ser alterada de forma unilateral por quen está obrigado a respectala. A doutrina dos actos propios resulta de plena aplicación no ámbito da administración pública e atópase plenamente consagrada pola xurisprudencia. O artigo 3 da 30/1992 de Réxime Xurídico das Administracións Públicas e do Procedemento Administrativo Común, vixente ata o 2 de outubro de 2016, recolle os principios xerais dispoñendo que “as Administracións públicas serven con obxectividade os intereses xerais e actúan de acordo cos principios de eficacia, xerarquía, descentralización, desconcentración e coordinación, con sometemento pleno á Constitución, á Lei e ao dereito. Igualmente, deberán respectar na súa actuación os principios de boa fe e de confianza lexítima” As altas instancias xurisdicionais definiron os requisitos necesarios para considerala como un principio xeral do Dereito, esixindo que: os actos propios sexan inequívocos (é necesario que a Administración cre, defina, modifique, extinga ou fixe unha determinada situación xurídica respecto do seu autor); incompatibilidade coa boa fe que pode atribuírse ás anteriores condutas; na conduta da persoa non se aprecie erro ningún actuando con plena conciencia, liberdade de criterio e vontade non coartada (non cabe cando o acto vén provocado pola mesma conduta de quen pretende valerse en proveito propio do mesmo); é necesario un nexo causal entre o acordo adoptado ou acto realizado e a súa incompatibilidade coa conduta posterior; debe ser razoable a xeración da expectativa primixenia e tal expectativa debe ser lexítima (que garde conformidade cos principios do ordenamento xurídico), debe provocarse un dano a terceiros coa conduta cambiante pois pola contra será irrelevante para o Dereito. Tan só se créba esta doutrina dos actos propios cando se utiliza para validar actos xuridicamente nulos ou ineficaces. Á vista dos feitos narrados neste expediente, consideramos plenamente aplicable a doutrina dos actos propios detallada nos parágrafos anteriores. Efectivamente, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria viña aplicando en convocatorias anteriores un criterio interpretativo máis amplo que o actual, entendendo que as substitucións por renuncia dos titulares adxudicatarios non eran afectadas polo artigo 2.3 das bases reguladoras da convocatoria. O persoal da unidade responsable de tramitar as bolsas confirmou que era esa a interpretación que se estaba seguindo na consellería, tal e como se recoñece no oficio da administración. Chegados a ese punto, cabe preguntarse se o primeiro criterio seguido pola Consellería de Cultura resulta razoable e acorde ao ordenamento xurídico. A resposta sen dúbida resulta afirmativa, pois cabe marxe de interpretación suficiente para entender que a limitación da base 2.3 da convocatoria pode afectar unicamente os adxudicatarios titulares das bolsas, e non aos substitutos. De feito, unha interpretación máis estrita podería mesmo levar que non resultase posible a cobertura dunha renuncia por apenas un mes (como é o caso de varios bolseiros afectados por este expediente) debido a que implica renunciar a unha posible adxudicación na seguinte convocatoria por un tempo notablemente superior. Mesmo cabería dicir que, a finalidade á que se fai referencia no propio informe de conseguir unha formación suficiente non se consegue co goce da bolsa por un período mínimo como é o caso dalgunhas substitucións. As actuacións precedentes da administración, corroboradas polos funcionarios da unidade competente, son suficientemente concluíntes para que induzan razoablemente a confiar na legalidade da actuación administrativa, polo que a adopción posterior dun comportamento contraditorio por parte da consellería causa un prexuízo evidente, e vulnera o principio de confianza lexítima e a regra da boa fe. Ademais, queda claro que o criterio aplicado nas convocatorias anteriores non resulta antixurídico. Así, a Administración falta á boa fe cando vai contra o resultado dos actos propios: a creación dunha aparencia xurídica non pode ser contradita máis tarde en prexuízo de quen puxo a súa confianza nela. Certo é que a administración, no marco das súas facultades de organización e xestión, pode modificar as regulacións existentes, sen ter que verse abocada a manter un criterio de forma continua cando aprecia novas necesidades de interese xeral. Pero tales modificacións precisan dos trámites e coñecemento transitorio oportuno para aqueles administrados aos que se lles xerou a confianza sobre unha determinada situación aparente que a induce a obrar nun determinado sentido. Tamén é preciso significar que a desvinculación por parte da Administración do seu propio criterio manifestado nun acto propio ocasiona un trato inxustificadamente desfavorable para outro administrado, e prodúcese consecuentemente unha infracción do principio de igualdade e de prohibición da discriminación (art. 14 CE). Non debe entenderse con isto que a actuación da administración debe quedar estancada ao previamente ditado, xerando unha inmutabilidade manifesta. A doutrina dos actos propios evita a arbitrariedade na confección do acto administrativo e consegue o sometemento da Administración ao principios de xerarquía e legalidade, pero tamén aos de boa fe e confianza lexítima. En todo caso, a posible aplicación do principio de confianza lexítima aséntase sobre o necesario exame das circunstancias concretas que concorren en cada suposto (comportamento da Administración, conduta sancionada, intereses xerais e particulares en xogo), e, sen dúbida, será preciso analizar circunstancias como o coñecemento anticipado ou medidas transitorias suficientes para que os suxeitos poidan acomodar a súa conduta realizada en función das circunstancias habituais e estables, xeradoras de esperanzas fundadas de mantemento. E, precisamente, valorando as circunstancias específicas deste caso concreto, apreciamos vulneración dos principios de boa fe e confianza lexítima, tendo completa aplicación a doutrina dos actos propios. Por todo o anterior, recomendouse á consellería que adopte as medidas necesarias para repoñer ao autor da queixa no dereito que lle corresponde, inicialmente conferido pola consellería na resolución provisional de adxudicacións das bolsas, e que non chegou a facerse efectivo ao ser excluído indebidamente. b- Incidencias durante o desenvolvemento do proceso selectivo O correcto desenvolvemento dos procedementos de selección realizados polas diferentes administracións públicas é unha reivindicación que fundamenta gran parte das solicitudes de intervención que nos dirixen os cidadáns. Estas reclamacións céntranse fundamentalmente en erros na configuración das probas ou exercicios, e nas incidencias no desenvolvemento dos exames e preguntas. Nun bo número de expedientes cuestiónase se as preguntas ou probas expostas son adecuadas ao proceso atendendo ás características do posto obxecto de cobertura. Tal é o caso do expediente Q/91/2016, que concluíu sen apreciarse ningunha actuación incorrecta por parte da administración. Denunciábase que a Xunta de Galicia expuña casos prácticos similares aos de anteriores convocatorias para postos de arqueólogos. A nosa formulación parte do feito de que os tribunais cualificadores posúen unha marxe de discrecionalidade técnica baseado na presunción de certeza e de razonabilidade na especialización e imparcialidade de tales órganos, e implica que o xuízo técnico emitido por estes non pode ser substituído por outros órganos, administrativos ou xudiciais -salvo que exista desviación de poder, erro ou arbitrariedade-. Os tribunais teñen o deber de explicar as razóns dese determinado xuízo técnico cando expresamente se lles solicite ou cando se demande a revisión da cualificación que exteriorice tal xuízo técnico. Por tal razón, a constitucional prohibición de arbitrariedade ante as reclamacións fronte as decisións adoptadas polo tribunal obriga a un pronunciamento expreso sobre as razóns que conduciron á decisión concreta cuestionada. Así, unha consolidada doutrina xurisprudencial pon de manifesto que os órganos xulgadores das oposicións ou concursos realizan valoracións de apreciación técnica, é dicir, toman decisións fundadas en elementos de carácter exclusivamente técnico, que só pode ser formulada por un órgano especializado da Administración. Así, a discrecionalidade técnica significa, por unha banda, respectar as valoracións desa índole que foron realizadas polos órganos cualificados pola posesión do correspondente saber especializado e, por outro, admitir a marxe de polémica ou discrepancia que sobre determinadas cuestións sexa tolerable no concreto sector de coñecementos técnicos de que se trate. Aínda estando claramente establecido a marxe de discrecionalidade (que non arbitrariedade) que posúen os Tribunais cualificadores de oposicións e concursos, non significa que as súas resolucións non sexan susceptibles de revisión cando se desvirtúe a presunción iuris tantum de certeza da que gozan, ao acreditarse un erro de redacción ou cualificación como correcta ou incorrecta dunha resposta ou dando por boas contestacións manifestamente equivocadas, pois afectaría aos principios constitucionais que rexen os procesos selectivos de acceso á función pública. Deste xeito, caen fóra do ámbito da discrecionalidade técnica as apreciacións que, ao estar referidas a erros constatables con simples comprobacións sensoriais ou con criterios de lóxica elemental ou común, non requiren ese saber especializado. No caso concreto do expediente Q/91/16, entendemos que a discrecionalidade á que se fai referencia non versa sobre a valoración dos exercicios en si, senón sobre a elección mesma do contido dos supostos prácticos. Desde o noso punto de vista, debe aplicarse igualmente a figura da discrecionalidade técnica dos tribunais cualificadores xa que son eles quen, atendendo ás funcións do posto para desenvolver, teñen a capacidade técnica adecuada para determinar cales son as probas que mellor examinan os coñecementos e valía profesional dos aspirantes. Non apreciamos desigualdades ou diferenzas entre os aspirantes, xa que o contido dos supostos, similar aos do ano anterior, podían ser coñecidos por todos os participantes toda vez que foron publicados na propia páxina da consellería, tendo en conta que formulan supostos bastante xenéricos que poden ter encaixe nun bo número de oposicións parecidas á referida. Noutro tipo de expedientes, como o Q/264/16 ou o Q/13029/16, denúnciase a formulación incorrecta tanto de preguntas como de respostas en probas tipo test que as faría anulables. Parecidas reflexións sobre a discrecionalidade técnica das liñas anteriores deben aplicarse aquí sobre a presumible imparcialidade dos compoñentes dos órganos cualificadores, a especialización dos seus coñecementos e a intervención directa nas probas realizadas. A nosa actividade supervisora permite controlar a legalidade da actuación dos órganos xulgadores das oposicións ou concursos, pero, de ningún xeito esta institución pode substituír a estes no que as súas valoracións teñen de apreciación técnica. Con todo, non se pode obviar que, en todo caso, é unha presunción iuris tantum, que pode quedar desvirtuada se se acredita a infracción, ou o descoñecemento do proceder razoable que se presume do Tribunal, ben por desviación de poder, arbitrariedade ou ausencia de toda posible xustificación do criterio adoptado por fundarse en patente erro. Neste caso, a pretensión centrábase na nulidade de certas preguntas do exercicio test da oposición convocado pola Deputación de Lugo para unha praza de xornalismo. Aquí debemos recoñecer que a liña evolutiva en materia de discrecionalidade técnica da nosa xurisprudencia é tendente a ampliar as marxes de actuación dos xuíces ao irse acoutando aqueles espazos nos que cabe a revisión das probas selectivas. Así, por exemplo, destaca a inclusión, como obxecto de supervisión, daquelas materias nas que o obxecto da pericia sexa unha cuestión xurídica. A xustiza viña esixindo que as resolucións dos tribunais cualificadores estean argumentadas de forma que, cando así o solicite un aspirante ou cando sexa obxecto de impugnación, o xuízo técnico debe estar suficientemente motivado. O contido desta motivación para que sexa acorde aos nosos principios de acceso á función pública debe cumprir coas seguintes esixencias: (a) expresar o material e fontes de información sobre as que vai operar o xuízo técnico; (b) consignar os criterios de valoración cualitativa que se utilizarán para emitir o xuízo técnico; (c) expresar por que a aplicación deses criterios conduce ao resultado individualizado que outorga a preferencia a un candidato fronte aos demais. Xunto co anterior, está totalmente aceptada a posibilidade de control xudicial das esixencias que deben rexer na modalidade de probas de coñecementos tipo test, e isto á marxe da específica materia ou disciplina sobre a que poidan versar, sendo lícito requirir nas ditas probas unha cota máxima de precisión para a formulación tanto das cuestións como das respostas alternativas que se ofrezan respecto de cada unha desas cuestións. Tal valoración pode efectuarse con pautas de racionalidade común e, conseguintemente, sen necesidade de servirse de coñecementos especializados. O criterio de racionalidade consiste en ponderar un dato, unha meta e unha esixencia que dificilmente son obxectables con parámetros dunha lóxica elemental. O dato é a específica configuración que teñen esas tan repetidas probas, consistente en que o único permitido ao examinando é elixir unha das varias alternativas propostas, sen que lle sexa posible un desenvolvemento expositivo que manifeste as razóns da súa opción. A meta consiste en evitar situacións nas que, por ser claramente equívoca o errónea a formulación da pregunta ou das respostas, existan dúbidas razoables sobre cal pode ser a resposta correcta e, pola devandita razón, careza de xustificación racional aceptar a validez soamente dunha delas. E a esixencia ten que que ser unha exactitude e precisión tal na formulación das probas que faga inequívoca cal é a resposta máis acertada entre as diferentes opcións ofrecidas, para desta maneira evitar esa situación de dúbida que acaba de apuntarse. Estes requisitos supoñen que da mesma maneira que ao aspirante non se lle permite ningún desenvolvemento explicativo das razóns da súa opción, tamén haberá de existir unha inequívoca correspondencia entre a pregunta formulada e a resposta que se declare correcta entre as distintas alternativas enunciadas. O relevante é que a pregunta non poderá incluír ningún elemento que permita razoablemente dubidar sobre a validez da resposta elixida como correcta polo tribunal cualificador. No caso concreto, valoramos ata que punto resulta inequívoca en termos razoables o criterio do tribunal. Examinando o contido das preguntas e respostas controvertidas, non podemos apreciar un erro evidente na formulación ou na resposta, quedando lexitimado neste suposto a apelación á discrecionalidade técnica do tribunal examinador. Consideramos que nas respostas cuestionadas, o tribunal basea a súa decisión en criterios legais ou na doutrina de autores recoñecidos, motivando suficientemente o informe que sustenta a súa postura. Ao noso entender, os argumentos esgrimidos pola reclamante non resultan de maior peso que os alegados polo tribunal da oposición, e conformarían a substitución do criterio do tribunal polo seu propio posto que non constitúen interpretacións legais inequívocas. Xunto co contido mesmo das probas, recíbense queixas de interesados que cuestionan a imparcialidade e obxectividade na corrección dos exames. Unha materia que foi xa obxecto en varias ocasións de reclamación é a obrigatoriedade de incorporar os datos identificativos do opositor na proba tipo test. No expediente Q/13404/15, por un caso deste tipo, o Concello de Valga subliñaba na súa defensa que o Decreto Lexislativo 1/2008, do 13 de marzo, polo que se aproba o Texto Refundido da Lei da Función Pública de Galicia, non establece nada respecto do anonimato na proba tipo test. Ademais, a entidade local mencionaba que o proceso selectivo era para persoal laboral temporal, por obra ou servizo determinado, no que rexía o contido das bases da convocatoria como regulamentación específica. En calquera caso, dicía o Concello de Valga, o primeiro exercicio desenvolveuse en igualdade de condicións para todos os aspirantes sen que se producira discriminación ningunha respecto diso, nin existise vulneración dos principios aos que alude o reclamante, establecéndose o corte para superar o tipo test nas 25 preguntas acertadas (a metade do total de preguntas) sen que se penalizasen as non contestadas e incorrectas; deste xeito a proba axustouse estritamente ao establecido nas bases da convocatoria, sen vulneración dos principios de transparencia, imparcialidade e independencia técnica dos membros do Tribunal. Neste sentido, informaba que todos estes cumprían os requisitos establecidos na base quinta da convocatoria e que ningún deles foi recusado polos aspirantes durante a realización das probas; nada pode pois alegarse respecto da súa imparcialidade, independencia ou profesionalidade xa que no discorrer das probas ningún dos aspirantes expuxo cuestión de recusación. Por outra banda, o informe resaltaba que o Concello de Valga non dispoñía dos mecanismos técnicos e persoais necesarios para realizar un exame tipo test garantindo o anonimato e que as bases da convocatoria, firmes e consentidas polos aspirantes ao non ser impugnadas por ningún deles, tampouco recollían esa opción. Mencionaba tamén a administración que as bases da convocatoria dun proceso selectivo, unha vez consentidas e firmes vinculan á Administración e aos Tribunais, que han de xulgar as probas selectivas, así como aos que participen nestas (artigo 15.4 do Real Decreto 364/1995, do 10 de marzo, polo que se aproba o Regulamento Xeral de ingreso do persoal ao servizo da Administración Xeral do Estado e de provisión de postos de traballo e promoción profesional dos funcionarios civís da Administración Xeral do Estado); a pesar de que non teñen carácter normativo ou regulamentario, constitúen un exemplo dos chamados actos administrativos xerais, que son aqueles que teñen unha pluralidade indeterminada de persoas como destinatarios [artigo 59.5 letra a) LRJPAC]. Tendo en consideración toda a documentación que obra no expediente, adoptamos unha clara determinación sobre a denuncia do interesado ante a non preservación do anonimato no exercicio tipo test, partindo da base de que existen discrepancias na xurisprudencia sobre o carácter invalidante derivado da consignación da identificación do aspirante. Entre outros, e a modo de exemplo, o Tribunal Superior de Xustiza de Cataluña desestima a invalidación dunha proba tipo test na que constaba o nome completo do aspirante. Fundamenta a súa decisión sinalando que a identificación persoal é necesaria para evitar suplantacións de personalidade ou de acreditación sobre a quen pertencen as respostas, non supoñendo tal actuar vulneración dos principios constitucionais dado que o test é unha proba que se corrixe automaticamente e non en base a criterios subxectivos do examinador. A corrección deste tipo de exames limítase á aplicación dun modelo, de tal modo que resulta indiferente para o Tribunal coñecer o nome ou non dos partícipes debido a que a súa capacidade de decisión ou discrecionalidade está absolutamente vinculada a tal modelo, sen que poida beneficiar ou prexudicar o feito de coñecer previamente o autor do exame. A pesar do anterior, desde esta institución consideramos que a esixencia do anonimato no trámite de corrección de probas de acceso á función pública é unha derivación consubstancial aos dereitos e principios constitucionais que rexen o procedemento de selección, que emana directamente dos artigos 23 e 103 da Constitución. Esta liña vén sendo ratificada polo propio Tribunal Supremo en repetidas sentenzas (por exemplo, STS do 31 de xaneiro de 2006, STS do 19 de xaneiro de 2009, etc.) ao ditaminar que respectar o anonimato dos participantes nos procesos selectivos, aínda cando consisten en tipo test, garante os principios de igualdade e imparcialidade, debendo articularse os mecanismos precisos para garantir de modo completo e eficaz a incógnita sobre a identidade do examinado. O anonimato é unha garantía obxectiva dos principios que rexen o proceso, polo que a mesma debe establecerse sempre que non sexa contraria á natureza e características da proba. É máis, o feito de que, durante o transcurso do procedemento selectivo non se aprecien indicios concretos de que os ditos principios se viron inobservados, non é causa suficiente para estimar que a esixencia do anonimato non é necesaria, pois, precisamente, a súa virtualidade é preventiva. Así, mecanismos tales como a utilización de códigos, aseguran o anonimato na corrección e facilita a transparencia do proceso e a confianza dos aspirantes na imparcialidade dos seus membros así como de quen vai ser tratados por igual aos demais participantes do proceso selectivo. No caso que nos incumbe, dado que o exame tipo test é corrixido de maneira automática en función dun persoal (e non ter opción a posibles rectificacións), non resulta invalidado pola consignación da identidade dos aspirantes ao non producirse indefensión dos interesados. Así, neste suposto, pode apreciarse unha irregularidade non invalidante. Con todo, e de fronte ao futuro, co fin de garantir dunha forma máis completa e perfecta o anonimato dos participantes no proceso, sería aconsellable que o concello adoptase os mecanismos precisos para evitar que quede constancia do nome e apelidos dos examinados nos seus exercicios, asegurando así o anonimato de cada un deles, a condición de que sexa posible pola natureza e características do exercicio. Nas probas de lectura pública non entran neste caso, pero, evidentemente, as garantías mencionadas funcionan igualmente mediante outros mecanismos. A finalidade desta medida é aumentar a transparencia dos procedementos de selección para evitar dúbidas razoadas e desconfianza por parte dos candidatos. Por todo o anterior, recomendamos ao Concello de Valga que utilice os mecanismo precisos para garantir de maneira completa e eficaz o anonimato dos aspirantes que concorren aos procesos selectivos, a condición de que sexa posible pola natureza e características do exercicio. Outras incidencias que son obxecto de queixa no que ao desenvolvemento do proceso selectivo se refire son os excesivos atrasos que poden producirse entre a execución dunha proba e a seguinte. Tal circunstancia é a que se rexistrou na convocatoria para o ingreso no corpo auxiliar da Administración da Comunidade Autónoma de Galicia, subgrupo C2 celebrada durante o ano 2016, xustificando a Dirección Xeral de Función Pública os problemas na adxudicación e provisión de equipos informáticos suficientes que permitisen o desenvolvemento das probas de carácter informático. Ao noso parecer, a continua demora, aínda sendo por razóns vinculadas a causas alleas á xestión mesma do proceso selectivo, xera inseguridade e confusión nos aspirantes aos que non se informaba debidamente. Resulta razoable esixir da consellería que se manteñan actualizados os datos sobre datas ou motivos da inconcreción mediante un anuncio na páxina web. Non obstante o anterior, a Consellería confirmou que se axilizaron os trámites e estaba fixada xa a data de realización da proba pendente. C) Acceso á documentación Este ano incrementáronse lixeiramente o número de reclamacións de acceso aos exames debido fundamentalmente a que se convocaron numerosas prazas ao corpo docente da Xunta de Galicia. Varios participantes dirixíronse a esta institución pola falta de resposta da consellería ante a petición de acceso ao seu expediente e copia dos exercicios. Estes expedientes atópanse pendentes de recepción do informe da administración, aínda que confiamos en que se resolvan satisfactoriamente, tal e como ocorreu noutras queixas fronte a outras administracións que deron acceso inmediato ao interesado unha vez iniciada a nosa intervención (Concello de Fisterra, Axencia de Turismo de Galicia e Concello de Miño, entre outros). Neste apartado, debemos lembrar que a normativa de Réxime Xurídico e do Procedemento Administrativo Común garante o acceso dos cidadáns aos arquivos e rexistros administrativos así como a coñecer, en calquera momento, o estado da tramitación dos procedementos nos que teñan a condición de interesados, e obter copias de documentos contidos neles. Con base nos artigos referidos, a revisión dun exercicio ou o acceso a documentos elaborados polos administrados ou que fan referencia a eles, e a obtención de copias, constitúe un dereito e non unha concesión graciosa. Todo Tribunal cualificador ten o deber de mostrar un exercicio ou exame escrito ao aspirante dunha proba selectiva que así o solicita. Este acceso entendemos que contribúe a garantir os requisitos de igualdade, mérito e capacidade que establece a Constitución nos seus artigos 23.2 e 103.3. Pero ademais do acceso aos documentos de carácter nominativo, tamén tivemos ocasión de sinalar noutros expedientes que este dereito pode exercerse para a obtención de exames de terceiros acreditando un interese lexítimo e directo, respectando sempre o límite de non incluír datos pertencentes á intimidade das persoas. Este interese lexítimo existe cando a comparación entre dous exercicios pode ser útil na argumentación e defensa dos intereses dun opositor. O solicitante non actúa aquí como un cidadán calquera, senón que presenta a condición singular de ser parte no procedemento no que se xeraron os documentos requiridos. A posibilidade de que o acceso aos documentos depare a quen o pretende un beneficio ou proveito ou lle sirva para evitar o diminuír un prexuízo, implica que o autor da queixa posúe o interese lexítimo necesario para que a súa solicitude sexa atendida, non podendo a administración obstaculizar a obtención das copias solicitadas ao non xustificar o ente local intereses de terceiros máis dignos de protección nin normas legais que impidan este acceso. O propio Tribunal Supremo avala esta postura en diversas sentenzas, entre as que cabe citar a da Sala do contencioso- administrativo do 6 de xuño de 2005, rec. 68/2002. D) Xestión de listas de contratación temporal. Para a cobertura eficaz das baixas temporais, ausencias e vacantes da administración, que habitualmente requiren certa urxencia na cobertura do posto, acódese ás listas de contratación temporal. A confección destas listaxes esixe unha aplicación rigorosa dos principios de publicidade, igualdade, mérito e capacidade, e o seu funcionamento debe ser totalmente transparente de forma que poida realizarse un rigoroso control tanto interno como externo. Para os aspirantes a un posto no sector público que pasan a formar parte dunha lista de contratación temporal é fundamental coñecer a súa orde de prelación. A orde na que todo aspirante se sitúa na lista, condiciona a materialización efectiva dun contrato, polo que a transparencia na xestión dos chamamentos é fundamental para descartar calquera tipo de irregularidade ou arbitrariedade. O labor tuitivo realizada polo Valedor do Pobo durante o ano 2016 segue a mesma estela que a exercida en períodos anteriores, sendo primordial para esta institución garantir a correcta articulación da contratación temporal. Continúa influíndo neste apartado as restricións impostas polas medidas adoptadas para a contención do gasto público e a sustentabilidade financeira, na medida que xeraron maior movemento das interinidades ou temporalidades principalmente na área de educación ou de saúde, tendo en conta que a oferta de emprego público se limitouse. A preocupación principal que nos traslada a cidadanía refírese tanto á falta de actualización das listas e a súa baremación periódica (Q/49/16) como á opacidade ou falta de transparencia na xestión das listas en certos sectores como o Sergas ou Función Pública (Q/12570/16 ou Q/12775/16). En canto á falta de transparencia, dicir que a Consellería de Sanidade no Decreto 37/2007, do 2 de marzo, modificado polo Decreto 124/2016, do 8 de setembro, sobre o nomeamento de persoal interino para o desempeño con carácter transitorio de prazas reservadas a funcionarios e a contratación temporal de persoal laboral da Xunta de Galicia, establece no parágrafo segundo do artigo 11, relativo á publicidade das listas, o seguinte: "O estado das listas poderá consultarse na internet e nas oficinas de información administrativa e atención ao cidadán". Efectivamente, a información relativa ao estado das listas, ordenación dos aspirantes e consulta de citacións pendentes está dispoñible na páxina web da Xunta de Galicia, http://www.xunta.gal, no apartado Función Pública, Listas de Contratación. Esta información é pública e permite coñecer, segundo a consulta que se efectúe, non só a posición dunha persoa concreta senón a do resto das persoas aspirantes que están anotadas na lista e ámbito para o que se efectúa a solicitude de datos. Introducindo un DNI pódese consultar a información dunha persoa determinada, mentres que se se introduce unicamente o grupo e categoría ou o corpo e escala, pódese obter información relativa á situación e puntuación de todos os/as integrantes da lista. As listas de contratación son dinámicas e están suxeitas a continuo cambio como consecuencia do normal desenvolvemento da actividade administrativa: citacións e chamamentos realizados para a cobertura dos postos ofertados, tomas de posesión e cesamentos, solicitudes de suspensión de chamamentos por parte das persoas aspirantes a ser contratadas, etc. A posición de cada candidato nas listas nas que está inscrito actualízase a diario mediante un proceso informático nocturno que xestiona e recalcula a posición e orde das persoas integrantes de cada unha delas en función dos cambios de situación e incidentes que tiveron lugar na xornada anterior. Este proceso nocturno conecta os sistemas informáticos de xestión de listas de contratación e do Rexistro Central de Persoal da Xunta de Galicia, detecta e procesa as distintas situacións que teñen incidente sobre o estado das listas e a posición e situación das persoas aspirantes nelas, e determina a nova ordenación dos integrantes das mesmas en función dos cambios producidos. Entre outros aspectos, a devandita páxina web ofrece información de carácter xeral sobre cada lista (requisitos, taxas, ámbitos aos que se abre, etc.), o baremo aplicado, os procesos de inclusión de novas solicitudes e actualización de méritos, e a situación de estado de chamamento e a posición das persoas candidatas nos diferentes ámbitos de cada lista. Ante esta situación, a normativa xeral parece ofrecer mecanismos de control suficientes para corroborar o bo funcionamento das listas de contratación na Consellería de Sanidade. Por tal motivo, resulta máis efectiva a nosa intervención naquelas situacións nas que se denuncia de forma concreta algún suposto no que os afectados detectan un cambio na súa posición que non atenda a razóns xustificadas. Tamén chegan reclamacións de persoas que se ven excluídas das listas temporalmente, sen que se apreciara ata agora que a actuación administrativa fose incorrecta. Como exemplo podemos sinalar o expediente Q/12771/16 no que a Consellería de Facenda fundamenta a súa resolución no artigo 17.3 do Decreto 37/2006, do 2 de marzo, polo que se regula o nomeamento de persoal interino para o desempeño con carácter transitorio de prazas reservadas a funcionarios e a contratación temporal de persoal laboral da Xunta de Galicia, que sinala que "os integrantes das listas que sendo convocados para facer efectiva a contratación ou nomeamento segundo o disposto no artigo 14, non se presentaron ou renunciaran a esta, perderán os seus dereitos quedando excluídos da lista por un ano, debendo solicitar de novo a súa inscrición unha vez transcorrido o devandito prazo". A reclamante renunciou a un posto dependente das listas de Función Pública por outro do Sergas que supoñía incrementar o tempo de contratación. Os efectos destas situacións resultan directos, e non deriva dun procedemento sancionador, non se valora a voluntariedade da persoa afectada nin as motivacións persoais que poidan xerar a decisión adoptada. Existen supostos de forza maior que a Comisión Central contempla taxativamente como xustificativos da renuncia, entre os cales, non se atopa este. Resulta importante mencionar que o interese público de atención dos servizos para os que se xestiona a cobertura das prazas esixe unha sistematización do funcionamento das listas, áxil e obxectivo, que, aínda así, non obvia as garantías necesarias para as persoas que nelas participan. Noutras ocasións, a administración foi receptiva ás formulacións presentadas polos integrantes destas listas ao contemplar a modificación da normativa para axustala ás súas reivindicacións. Tal é o caso do expediente Q/13057/16 ou Q/13058/16 no que os interesados indicaban que a redacción do artigo 15.a de o Decreto 37/2006 que regula o sistema de funcionamento das listas de contratación temporal xestionada por Función Pública non permite optar a outras prazas vacantes cando xa se está cubrindo un posto sen titular. A Consellería de Facenda remitiu un escrito poñendo de manifesto que o mencionado Decreto 37/2007 establece no seu artigo 15, apartados a e b o seguinte: "a) Os integrantes dunha lista que se atopen en situación de suspensión por estar a prestar servizos nunha praza non vacante serán chamados para a cobertura de vacantes da mesma categoría, corpo, escala ou especialidade por unha soa vez. b) Os integrantes das listas que se atopen en situación de suspensión noutras categorías, corpos, escalas ou especialidades por atoparse prestando servizos noutra categoría, corpo, escala ou especialidade serán chamados por unha soa vez para a cobertura de vacantes dentro doutro corpo, escala, categoría ou especialidade. Con data 19 de setembro está prevista a publicación no DOG dun novo decreto polo que se modifica o decreto 37/2006 que, entre outros, ten como obxectivo optimizar a xestión das listas e flexibilizar determinadas esixencias de dispoñibilidade das persoas aspirantes. O contido do artigo 15 quedaría redactado así: "a) As persoas integrantes dunha lista que se atopen en situación de suspensión por estar a prestar servizos nun posto non vacante, serán chamadas para a cobertura de posto vacante da mesma categoría, corpo, escala ou especialidade por unha soa vez. b) As persoas integrantes das listas que, como consecuencia de estar a prestar servizos nunha categoría, corpo, escala ou especialidade, se atopen en situación de suspensión noutras listas, serán chamadas por unha soa vez en cada unha destas para a cobertura de posto vacante. Para os efectos deste decreto, entenderase por posto vacante aquel que careza de titular. No en tanto, os postos reservados a persoal laboral con xornada igual ou inferior á metade da xornada común e os postos de carácter descontinuo cun período de actividade igual ou inferior a seis meses ao ano, terán sempre a condición de postos non vacantes." Con esta nova redacción perséguese facilitar o cambio de posto de traballo a aquelas persoas que, ocupando unha praza vacante, esta se corresponda cunha xornada laboral igual ou inferior á metade da xornada común ou se trate de postos de carácter descontinuo cun período de actividade igual ou inferior a seis meses ao ano. Esta comunicación mostra o interese da consellería en adaptar a norma ás reivindicacións dos interesados, e poder así solucionar a imposibilidade de cambiar dunha praza vacante a outra. É necesario destacar aquí un importante grupo de expedientes iniciados no ano 2016 que aínda se atopan pendentes de recibir o informe da administración educativa. Todos eles cuestionan o feito de que as persoas con discapacidade superior ao 33%, que participan nas oposicións ao corpo de docentes pola quenda de discapacidade, non teñen recoñecida esta situación no momento de elaborarse as listas de substitucións. Indican que noutras CCAA como a de Madrid, de cada 16 chamamentos, inclúese a unha persoa discapacitada. A falta de integración na xestión das listas deste colectivo non permite a súa integración efectiva e o cumprimento da normativa das cotas mínimas destas persoas. Tamén se atopa pendente de resolución unha queixa que representa unha problemática habitual nesta sección como é a inmediatez no contacto que realiza a Consellería de Educación co posible substituto. A atención da chamada telefónica e a súa resposta debe ser inmediata, sen marxe para posibles fallos de comunicación. Por último, como peche deste apartado concreto, queremos mencionar varios expedientes que teñen en común o chamamento nas listas de contratación xestionadas polo Consorcio Galego de Servizos de Igualdade e Benestar. Varias persoas integrantes das listas que utiliza esta entidade dependente da Consellería de Política Social denuncian graves irregularidades no funcionamento das listaxes, estando á data de peche deste informe en fase de investigación. E) Provisión de postos As ferramentas que permiten á Administración xestionar a provisión de postos de traballo deben respectar os principios de igualdade, mérito, capacidade e publicidade. O concurso e a libre designación con convocatoria pública son os procedementos que se utilizan de forma ordinaria, pero existe outros mecanismos tales como permutas, mobilidade por razóns de saúde, reingreso ao servizo activo e remoción. O concurso de méritos configúrase como o sistema que permite aos funcionarios optar a unha reasignación de posto de traballo en función dos méritos adquiridos e a experiencia profesional. As convocatorias de concursos xeran, en ocasións, discrepancias entre os participantes, ben por mor dos baremos aplicadas, ben polo tipo de requisitos esixidos para concursar. No ano 2016 non se chegaron a apreciar irregularidades en materia de concursos. Unicamente no expediente Q/165/16, no que aparentemente constaba vulneración dos dereitos da reclamante ao non executarse unha sentenza que recoñecía que a puntuación da demandante non fora correctamente valorada pola administración, a Consellería de Facenda procedeu a regularizar a situación ante a solicitude de informe acadando un acordo coa interesada. Parece que a dilación na execución da sentenza se produciu polas conversacións levadas a cabo para evitar prexuízos de carácter xenérico para o conxunto de persoas afectadas e que permitisen á súa vez alcanzar un acordo particular que satisfaga á funcionaria beneficiaria do ditame xudicial. Finalmente, a consellería confirmaba que se alcanzou unha solución definitiva. No presente exercicio, destaca notablemente a actividade supervisora da valedora sobre unha problemática que foi obxecto de controversia entre os interinos en tanto que a estes empregados públicos, que desempeñan o seu posto de traballo de forma temporal en ausencia ou falta doutra persoa, non se lles permite permutar. A permuta é o mecanismo que permite o intercambio voluntario dos destinos entre dous funcionarios de carreira, previa autorización das Administracións intervenientes. A normativa non contempla a permuta como aplicable aos interinos, situación que pode chegar a considerarse, en certos casos moi concretos, discriminatoria. No Valedor do Pobo recibíronse diversas queixas sobre esta cuestión reclamando varios interinos que ocupan prazas vacantes na administración autonómica a posibilidade de permutar. Tras o estudo e análise desta situación, chegouse á conclusión de dirixir á Xunta de Galicia unha recomendación no caso do corpo docente e unha suxestión para o resto dos corpos da Xunta de Galicia, ao entender que as especiais características dos profesores que ocupan prazas vacantes durante un curso académico determinan un tratamento específico. Comezando pola reivindicación dos interinos do corpo docente da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, traemos a colación o expediente Q/14415/15, que aínda que foi iniciado no ano anterior, a súa resolución produciuse no exercicio 2016. Como conclusión, recomendouse á administración educativa que se adoptasen as medidas necesarias para implantar a figura do intercambio provisional para o persoal interino docente, recomendación que se atopa, nestes momentos, pendente de resposta sobre a súa aceptación. A resposta da Consellería de Educación ante a demanda de dous interinos que pretendían permutar centrábase na aplicación da Orde do 17 de xuño de 2004, publicada no Diario Oficial de Galicia do 5/07/2004, “que pretendía establecer un sistema mediante o que se intercambiasen temporalmente os seus respectivos postos ás persoas que ocupasen postos de traballo docentes, mediante o que se denominaba unha permuta provisional'” e tamén se precisa que “esa orde foi obxecto de informe por parte da Asesoría Xurídica da Xunta de Galicia (Informe do 12 de novembro 2004) que concluíu a súa nulidade de pleno dereito por non adecuarse á legalidade vixente, ao considerar que as normas superiores configuran a permuta como unha forma de provisión extraordinaria de postos e só con carácter definitivo, sen que a orde poida regular algo diferente ao previsto na normativa superior ou básica, que a vincula (...) o informe tamén apunta que esas normas superiores e vinculantes restrinxen a figura de permuta claramente ao persoal funcionario de carreira”. Ao noso xuízo, a consellería refírese exclusivamente á normativa estatal e autonómica na materia e, en varios parágrafos, ao principio de xerarquía normativa, que impediría á administración educativa conceder a “permuta provisional” solicitada. De maneira elocuente, o informe evita facer mención tanto da norma cuxa aplicación xurisdicional fixo mudar ao longo da última década as “condicións de traballo” dos funcionarios interinos en España (é dicir, da cláusula 4 do Acordo marco sobre o traballo de duración determinada, que figura no anexo da Directiva 1999/70/CE do Consello, en diante “a Directiva”) como tamén dos principios xurídicos realmente aplicables a este asunto, que son os da primacía e do efecto directo do dereito da Unión Europea. Cando as administracións educativas españolas, entre elas tamén a Consellería de Educación da Xunta de Galicia, rexeitaban de maneira sistemática o recoñecemento de complementos de antigüidade, trienios ou sexenios aos profesores interinos fixérono empregando un argumento idéntico ao que a Consellería volve invocar agora no expediente A.4.Q/14415/15 -isto é, que debido á xerarquía normativa do dereito interno era imposible admitir eses dereitos, que só lles pertencían aos funcionarios de carreira- aínda que, en todos e cada un dos casos, o Tribunal de Xustiza da Unión Europea finalizou proclamando nas respectivas sentenzas Gavieiro Gavieiro e Igrexas Torres , C-444/09 e C- 456/09 (ECLI:EU:C:2010:819), Montoya Medina, C-273/10 (ECLI:EU:C:2011:167) e Lorenzo Martínez, C-556/11 (ECLI:EU:C:2012:67) a invalidez deste argumento e a plena eficacia dos dereitos invocados polos interinos. Este resulta ser, por tanto, o verdadeiro marco analítico da cuestión suscitada nesta queixa, a pesar de ser esquecido pola Consellería de Educación no seu informe. Desde esa perspectiva, con todo, hai que lembrar que o principio de non discriminación nas condicións de traballo entre os traballadores cun contrato de duración determinada e os traballadores fixos comparables non ten un carácter absoluto senón que admite excepcións –aínda que a xurisprudencia do tribunal de Luxemburgo definiunas de maneira moi restritiva- posto que na propia Directiva indícase que o trato diferenciado pode xustificarse “por razóns obxectivas”. En consecuencia, neste asunto da posibilidade de solicitar “permutas provisionais” (que, evidentemente, forman parte da noción ampla de “condicións de traballo”) resulta básico determinar se concorren razóns obxectivas para permitir o trato diferenciado entre funcionarios e interinos. A cuestión resulta moi controvertida sinalando algunhas sentenzas (pois o asunto xa ten deriva xudicial) que os interinos deben ter dereito a solicitar a permuta posto que por parte da administración –en este caso a Xunta de Galicia- “non se invoca ningunha outra razón que xustifique o trato diferenciado, que permitise levar a cabo un xuízo de ponderación e proporcionalidade” (cf. Stc. 226/2015 do 19 de maio do Xulgado do Social nº 2 de Ferrol, non recorrida). Unha lectura contraria da cuestión aparece, con todo, en varias sentenzas ditadas, en vía de recurso, polo Tribunal Superior de Xustiza de Galicia nas que se sinala que “a diferenza no trato ou no réxime xurídico aplicado en relación a unha concreta condición de traballo (permuta) se sustenta non só na natureza temporal ou indefinida da súa prestación de servizos, senón nunha razón obxectiva, cal é que o persoal interino por vacante por definición ocupa unha praza vacante, sen que poida pretender ocupar outra praza que non sexa a identificada no contrato” (cf. Sentencias da Sala do social do TSJ de Galicia do 26 de xaneiro de 2016, rec. 0004144/2015, e Stc. 5253/2014 do 15 de outubro de 2015). O razoamento do TSX de Galicia (bastante parco, se o comparamos coa minuciosidade que emprega neste tema o Tribunal de Xustiza da UE) para rexeitar que os interinos poidan pedir “permutas provisionais” ten unha base lóxica indiscutible. Hai que ter en conta que a figura do funcionario interino abarca unha casuística tan ampla e diversa como a que se reflicte no artigo 23 da Lei 2/2015, do 29 de abril, do emprego público de Galicia que establece que se poden nomear interinos cando existan postos vacantes pendentes de inclusión na oferta de emprego público, cando se substitúe transitoriamente ás persoas titulares dos postos (por redución de xornada, permisos, etc.), cando se executan programas de carácter temporal e duración determinada ou, por último, cando se produce unha acumulación de tarefas, de carácter excepcional e circunstancial. Por tanto, resulta razoable compartir a idea de que moitos destes interinos (por exemplo, cando se substitúe unha baixa por maternidade ou se contrata por menos de seis meses para atender unha necesidade extraordinaria do servizo) non deben ter dereito á permuta provisional porque, como dixo o TSX de Galicia, por definición ocupan unha praza vacante –poderiamos engadir que por pouco tempo- e carecería de sentido que ocupasen outra que non fose a identificada no contrato. Con todo, o argumento parece máis feble se pensamos naqueloutros interinos que encadean anos de prestación de servizos á espera de que a praza que ocupan sexa incluída nunha oferta pública de emprego. Neste caso, a discriminación non parece, de maneira inequívoca, que teña que producirse. Na sentenza Del Cerro Alonso o TJUE estableceu os requisitos que debe acreditar a diferenza de trato para ser legal ao afirmar que “a desigualdade de trato controvertida ha de estar xustificada pola existencia de elementos precisos e concretos, que caracterizan a condición de traballo de que se trata, no contexto específico en que se enmarca e con arranxo a criterios obxectivos e transparentes, a fin de verificar se dita desigualdade responde a unha necesidade auténtica, se permite alcanzar o obxectivo perseguido e se resulta indispensable para o efecto” (a énfase é engadido, Asunto C-307/05, apartado 58). Se volvemos á situación concreta dos funcionarios interinos docentes –que presenta unha especificidade propia, recoñecida pola propia Lei 2/2015 de emprego público - podemos comprobar que a diferenza de trato non responde a unha necesidade auténtica e tampouco resulta indispensable. No caso dos interinos que son chamados por lista, en moitos casos ao longo de anos, para cubrir unha praza vacante durante un curso académico completo (isto non sería aplicable, por tanto, na cobertura de substitucións, da índole que sexan, por períodos inferiores a un curso) atopámonos ante un sistema regulado, estable e predicible no tempo para a cobertura de prazas docentes que podería acoller sen dificultade un mecanismo de “intercambio provisional” de destinos que fose equivalente –aínda que non idéntico, posto que o artigo 99 da Lei 2/2015 reserva a figura da permuta aos funcionarios de carreira- ao previsto para o persoal fixo. Desa forma, adaptando a figura aos perfís propios do interino docente, poderíase eliminar unha diferenza de trato respecto dos docentes funcionarios que –a criterio desta institución- nin é indispensable nin responde a razóns obxectivas que estean suficientemente motivadas. Esta solución resultaría plenamente coherente coa legalidade vixente, tamén e sobre todo coa da Unión Europea; non xeraría incremento orzamentario algún para a administración autonómica; e non obrigaría a realizar modificación lexislativa ningunha, posto que mediante unha orde podería regularse a figura do “intercambio provisional” de destinos dos docentes interinos sen afectar as normas relativas ás permutas do persoal fixo. Por último, pero non por isto menos importante, a recomendación que lle cursa o Valedor do Pobo á Consellería de Educación para que proceda a estudar a implantación da figura do “intercambio provisional” de interinos docentes ten o fundamento teleolóxico de alentar, dunha maneira eficaz e eficiente, a consecución dos obxectivos de conciliación da vida laboral e familiar que aparecen formulados no artigo 29 da Lei 3/2011 do 30 de xuño, de apoio á familia e á convivencia en Galicia, no que se indica que “a Xunta de Galicia establecerá en todos os seus centros e servizos medidas para facilitar a conciliación da vida persoal, familiar e laboral das empregadas e empregados públicos con responsabilidades familiares”. Se a presente recomendación é atendida pola Consellería de Educación, entendemos que no proceso de reflexión conducente á implementación do sistema de “intercambios provisionais” deberían ser tomados en consideración os seguintes elementos: os intercambios terán a validez dun curso académico; só poderán producirse entre interinos (e non entre interinos e funcionarios –a diferenza da opción que contemplaba a Orde do 17 de xuño de 2004 que regulaba permutas provisionais- a fin de evitar que os “intercambios provisionais” teñan efecto algún, aínda que sexa indirecto, sobre os procesos de concursos de traslados e mobilidade funcionarial); e os solicitantes deberán ter o mesmo corpo e especialidade; e, para finalizar, co obxectivo de non entorpecer o proceso de asignación de efectivos, o prazo para a solicitude de “intercambio provisional” debese ser moi reducido, tras a publicación da resolución definitiva de adxudicación dos destinos provisionais. A partir da documentación que lle foi remitida ao Valedor do Pobo por diversos cidadáns no contexto doutros expedientes (non é o caso do A.4.Q/14415/15 aquí analizado) temos constancia de que a información relativa á práctica da Xunta de Galicia de non conceder “intercambios provisionais” aos traballadores interinos foi posta en coñecemento da Comisión Europea, que procedeu a incorporala ao procedemento de infracción 2014/4224 que está a seguir contra España pola eventual vulneración da Directiva 1999/70 no sector público. O caso particular do “intercambio provisional” dos interinos docentes ofrécelle á administración educativa galega a posibilidade de contribuír á plena aplicación da Directiva (de acordo coa obrigación que estableceu o TJUE na importante sentenza do asunto Fratelli Constanzo), sen ter que afectar as disposicións lexislativas existentes, incrementar o orzamento ou lesionar os dereitos de terceiros. Para concluír é conveniente aclarar que esta recomendación non pretende avalar un inexistente “dereito subxectivo ao intercambio provisional” do funcionario interino que, como ocorre por equivalencia no caso do dereito á permuta dos funcionarios, non é tal. Tanto a figura clásica da permuta como a do “intercambio provisional” que puidese ser establecido regulamentariamente teñen unha natureza discrecional para a Administración (como se recolle a teor do artigo 99.1 da Lei 2/2015, que subliña o carácter facultativo da institución ao afirmar que "se poden autorizar permutas de postos de traballo...") de maneira tal que, aínda que os efectivos solicitantes cumprira cos requisitos legalmente contemplados para a súa autorización, a solicitude de mobilidade podería ser desestimada pola administración de maneira motivada, sempre en atención a criterios obxectivos de xestión de recursos humanos, debidamente razoados e sustentados no interese xeral. Hai que dar visibilidade por tanto, no contexto desta queixa, tamén ás lexítimas potestades de autoorganización das administracións públicas para insistir no feito de que esta recomendación do Valedor do Pobo refírese ao dereito do funcionario interino docente “a solicitar” o “intercambio provisional” por tempo limitado -para un curso académico- do destino que lle fora asignado (de maneira equivalente a como o fai o persoal fixo) pero non se refire ao inexistente dereito subxectivo a que, aínda cumprindo requisitos, lle teña que ser concedido dito intercambio xa que esta facultade resulta discrecional para a administración. Por todo o indicado nas liñas precedentes, entendemos axustado recomendar á consellería que se proceda a estudar –dando pleno cumprimento á cláusula 4, sobre non discriminación, do Acordo marco sobre o traballo de duración determinada, que figura no anexo da Directiva 1999/70/CE do Consello sobre o traballo de duración determinada- a posibilidade de implantar un mecanismo de “intercambio provisional” de destinos que sexa equivalente (aínda que non idéntico, posto que o artigo 99 da Lei 2/2015 reserva a figura da permuta aos funcionarios de carreira) ao previsto para o persoal fixo. Ao adaptar a figura do “intercambio provisional” aos perfís propios do interino docente, pode ser eliminada unha diferenza de trato respecto dos docentes funcionarios que non é indispensable nin responde a razóns obxectivas que estean suficientemente motivadas, dando, ademais, a Consellería cumprimento ao mandato do artigo 29 da Lei 3/2011 do 30 de xuño, de apoio á familia e á convivencia en Galicia que dispón que “a Xunta de Galicia establecerá en todos os seus centros e servizos medidas para facilitar a conciliación da vida persoal, familiar e laboral das empregadas e empregados públicos con responsabilidades familiares. O outro suposto comentado sobre o intercambio de traballadores temporais refírese á posibilidade de que os interinos adscritos a outras consellerías (diferentes de Educación) poidan acceder a unha permuta. No expediente Q/954/16 disecciónase esta discusión exposta por unha traballadora interina da Consellería de Política Social, suxeríndose desde esta defensoría que leve a cabo un estudo sistemático sobre a cuestión, tendo en conta as diferenzas con respecto ao caso anterior. Aínda que a solicitude de apertura da queixa foi a instancia dunha empregada da consellería de Política Social, dado que o contido do asunto se refire a persoal dependente da administración autonómica galega, consideramos necesario remitir copia da suxestión á Dirección Xeral de Función Pública para á súa consideración e efectos, dado que é o organismo responsable da execución da política de persoal da Administración da Xunta de Galicia, coordinando a actuación dos órganos competentes en materia de persoal das distintas Consellerías e dos organismos autónomos dependentes delas. Adentrándonos no caso concreto, debemos mencionar en primeiro lugar que a posición da Consellería de Política Social centrábase nunha mera transcrición do artigo 17 do convenio colectivo único para o persoal laboral da Xunta de Galicia que establece que “se poderán conceder permutas ou rotacións de posto de traballo entre dous ou máis traballadores/as, persoal fixo, cando concorran as seguintes circunstancias...”. No informe salientábase, en negriña, que só o persoal fixo pode optar á concesión dunha permuta. Ao noso entender, o informe remitido pola Consellería de Política Social con relación ao expediente A.4.Q/954/16 resulta reducionista na súa fundamentación ao limitarse a transcribir o artigo 17 do convenio colectivo único da Xunta de Galicia. De maneira elocuente, o informe evita facer mención da norma cuxa aplicación xurisdicional fixo mudar ao longo da última década as “condicións de traballo” dos funcionarios interinos en España e tamén elude referirse aos principios xurídicos aplicables a este asunto, que son os da primacía e do efecto directo do dereito da Unión Europea. Na nosa análise, cabe remitirse ás argumentacións xa esgrimidas no expediente Q/14415/15 reproducido nas liñas inmediatamente anteriores en canto aos aspectos xenéricos da aplicabilidade da figura da permuta aos interinos se refire. Pero a queixa A.4.Q/954/16 reviste unha particularidade especial pois as características laborais dos docentes que ocupan vacantes difire dos interinos doutras consellerías, polo que deben introducirse considerandos que teñan en conta tal especificidade, xustificando así finalmente a elaboración dunha suxestión e non recomendación como no caso anterior. O Valedor do Pobo xa afirmou na Recomendación anterior dirixida á Consellería de Educación, no caso da situación concreta dos funcionarios interinos docentes –que, xa dixemos, presenta unha especificidade propia, recoñecida pola propia Lei 2/2015 de emprego público -, que a diferenza de trato non respondía a unha necesidade auténtica e tampouco resultaba indispensable para a organización do servizo público. Nese caso, ao ser os interinos docentes chamados por lista -en moitos casos ao longo de anos- para cubrir unha praza vacante durante un curso académico completo (isto non sería aplicable, por tanto, na cobertura de substitucións, da índole que sexan, por períodos inferiores a un curso) pódese observar a existencia dun sistema regrado, estable e predicible no tempo para a cobertura de prazas docentes que podería admitir sen dificultade a implementación dun mecanismo de “intercambio provisional” de destinos que fose equivalente -aínda que non idéntico, posto que o artigo 99 da Lei 2/2015 reserva a figura da permuta aos funcionarios de carreira- ao previsto para o persoal fixo. Desa forma, adaptando a figura aos perfís propios do interino docente, poderíase eliminar unha diferenza de trato respecto dos docentes funcionarios que, a criterio desta institución, nin é indispensable nin responde a razóns obxectivas que estean suficientemente motivadas. Esta solución resultaría plenamente coherente coa Directiva 1999/70; non xeraría incremento orzamentario ningún para a administración autonómica; e non obrigaría a realizar modificacións lexislativas posto que mediante unha orde podería regularse a figura do “intercambio provisional” de destinos dos docentes interinos sen afectar as normas relativas ás permutas do persoal fixo. En opinión do Valedor do Pobo, se a Consellería de Educación acepta a Recomendación de avanzar na implementación dun sistema de “intercambios provisionais” o alcance deste debería ser limitado para que só accedesen ao mesmo os interinos, evitando que se producisen intercambios entre interinos e funcionarios -a diferenza da opción que estivo contemplada na Orde do 17 de xuño de 2004 da Consellería de Educación que regulaba permutas provisionais- coa finalidade de impedir que os “intercambios provisionais” dos interinos puidesen ter un impacto, aínda que fose indirecto, sobre os procesos de concursos de traslados e de mobilidade dos funcionarios. En resumo, por tanto, o Valedor do Pobo xa emitiu unha Recomendación para que sexa implantado un sistema que permita o intercambio provisional de destinos, cunha duración estable dun curso académico, no caso dos funcionarios interinos docentes. Con todo, a extrapolación xenérica da figura do “intercambio provisional” para o conxunto dos funcionarios interinos da Administración autonómica resulta difícil de defender ao faltar un elemento de predictibilidade na duración da relación laboral que si está presente no ámbito do interino docente, que cando é chamado por lista para cubrir unha praza vacante asina un contrato laboral que se vai a estender de maneira homoxénea durante un curso académico; o que facilita a mobilidade e o intercambio. Esta certeza sobre a duración da relación laboral non se dá nunha porcentaxe moi significativa de situacións de interinidade que se producen para atender á cobertura temporal dunha praza por motivos diversos ligados á substitución dun titular que se pode reincorporar en calquera momento á mesma. Neses supostos a diferenza de trato entre funcionarios de carreira e interinos (a efectos de limitar a mobilidade destes últimos) parece obedecer a razóns obxectivas e responde a unha necesidade auténtica da ordenación do servizo público. A pesar do antedito, o Valedor do Pobo considera oportuno suxerir que a Consellería de Política Social (e, con carácter máis xeral, a Dirección Xeral de Función Pública dependente da Consellería de Facenda) leve a cabo un estudo que permita determinar que posibilidades reais existen de implantar un sistema que permita o “intercambio provisional” de destinos no caso daqueles interinos que están a cubrir, durante períodos superiores a un ano, unha praza vacante que estea pendente de inclusión na oferta de emprego público; aínda que este mecanismo non tería que incluír a aqueles interinos que cubran unha substitución, fosen contratados para un programa temporal ou para atender a unha acumulación de tarefas de carácter excepcional e circunstancial. Este mecanismo, sen dúbida, resultaría máis complexo do que o Valedor do Pobo recomendou que se implante (no canto de suxerido que se estude) no ámbito das interinidades docentes. Pero, en calquera caso, esta institución entende que -a pesar da dificultade inherente á cuestión- a Xunta de Galicia está obrigada a proceder a un estudo sistemático do problema a fin de dar cumprimento, dunha maneira eficaz e eficiente, aos mandatos relativos á conciliación da vida laboral e familiar que aparecen formulados no artigo 29 da Lei 3/2011 do 30 de xuño, de apoio á familia e á convivencia en Galicia, na que se indica con meridiana claridade que “a Xunta de Galicia establecerá en todos os seus centros e servizos medidas para facilitar a conciliación da vida persoal, familiar e laboral das empregadas e empregados públicos con responsabilidades familiares”. Certamente, a eventual implantación dun sistema orientado a permitir os intercambios provisionais de destino entre funcionarios interinos por vacante obrigaría a establecer cautelas para facer patente que o interino ten que conservar o código inicial da RPT co que accedeu á administración (aínda que se beneficiou dun “intercambio provisional” con outro interino) de maneira tal que se a praza co seu código é incluída na OPE e pasa a ser ocupada (mediante acceso libre ou promoción interna) o contrato que finalizará será a do interino identificado polo código e non o do que está a ocupar temporalmente ese posto de traballo. Ou dito doutro xeito, a condición resolutoria dos intercambios provisionais debería ser que unha das prazas intercambiadas sexa incluída na OPE, o que desfaría o intercambio e obrigaría aos beneficiarios para regresar ao posto de traballo co código de RPT co que accederon á administración. A partir da documentación que lle foi remitida ao Valedor do Pobo no contexto da presente queixa, temos constancia de que a información relativa á práctica da Xunta de Galicia de non conceder “intercambios provisionais” aos traballadores interinos foi (por varios cidadáns) posta en coñecemento da Comisión Europea, que procedeu a incorporala ao procedemento de infracción 2014/4224 que está a seguir contra España pola eventual vulneración da Directiva 1999/70 no sector público. No caso concreto do “intercambio provisional” dos funcionarios interinos, o Valedor do Pobo considera que a administración galega ten a posibilidade realizar un estudo sistemático que permita identificar as vías para dar plena aplicación á Directiva (de acordo coa obrigación que estableceu o TJUE na importante sentenza do asunto Fratelli Constanzo, que afirma que todas as administracións territoriais -non só a central- deben dar cumprimento aos mandatos do dereito da UE), sen que as ditas medidas impliquen un incremento orzamentario ou unha lesión dos dereitos de terceiros. O Valedor considera, nese sentido, que existe marxe para que a Xunta de Galicia estude a posibilidade de atenuar a diferenza de trato existente entre funcionarios de carreira e interinos no ámbito da permuta (“intercambio provisional” no caso dos interinos) de postos de traballo a fin de avanzar no recoñecemento gradual do dereito á mobilidade dos interinos por vacante. Para concluír fai falta aclarar que esta suxestión non pretende avalar un inexistente “dereito subxectivo ao intercambio provisional” do funcionario interino que, como ocorre por equivalencia no caso do dereito á permuta dos funcionarios, non é tal. Tanto a figura clásica da permuta como a do “intercambio provisional” que puidese ser establecido regulamentariamente teñen unha natureza discrecional para a Administración (como se recolle a teor do artigo 99.1 da Lei 2/2015, que subliña o carácter facultativo da institución ao afirmar que "se poden autorizar permutas de postos de traballo...") de maneira tal que, aínda que os efectivos solicitantes cumpriran cos requisitos legalmente contemplados para a súa autorización, a solicitude de mobilidade podería ser desestimada pola administración de maneira motivada, sempre en atención a criterios obxectivos de xestión de recursos humanos, debidamente razoados e sustentados no interese xeral. Hai que dar visibilidade por tanto, no contexto desta queixa, tamén ás lexítimas potestades de autoorganización das administracións públicas para insistir no feito de que esta suxestión do Valedor do Pobo se refire a que a Xunta de Galicia debe estudar as fórmulas adecuadas para o recoñecemento do dereito do funcionario interino por vacante “a solicitar” ou “intercambio provisional” do destino que lle fora asignado (de maneira equivalente a como o fai o persoal fixo) pero non se refire ao inexistente dereito subxectivo a que, aínda cumprindo requisitos, lle teña que ser concedido dito intercambio xa que esta facultade resulta discrecional para a administración. En conclusión, a suxestión que se remite á Consellería de Política Social e á Dirección Xeral de Función Pública céntrase en propoñer a realización dun estudo sistemático - dando pleno cumprimento á cláusula 4, sobre non discriminación, do Acordo marco sobre o traballo de duración determinada, que figura no anexo da Directiva 1999/70/CE do Consello sobre o traballo de duración determinada- da posibilidade de implantar un mecanismo de “intercambio provisional” de destinos que sexa equivalente (aínda que non idéntico, posto que o artigo 99 da Lei 2/2015 reserva a figura da permuta aos funcionarios de carreira) ao previsto para o persoal fixo. Ao adaptar a figura do “intercambio provisional” aos perfís propios dos interinos que cobren unha praza vacante que se atopa pendente de inclusión na OPE, pode ser eliminada unha diferenza de trato respecto dos funcionarios de carreira que non é indispensable nin responde a razóns obxectivas que estean suficientemente motivadas, dando, ademais, a Consellería cumprimento ao mandato do artigo 29 da Lei 3/2011 do 30 de xuño, de apoio á familia e á convivencia en Galicia que dispón que “a Xunta de Galicia establecerá en todos os seus centros e servizos medidas para facilitar a conciliación da vida persoal, familiar e laboral das empregadas e empregados públicos con responsabilidades familiares. Noutros expedientes relativos á permuta tramitados durante o 2016, a discusión xérase pola denegación das solicitudes polas administracións afectadas, aínda sendo todos os afectados funcionarios de carreira. Tal foi o caso dos expedientes Q/12855/16 e Q/12856/16 que afectaban o Concello de Vigo e á Deputación Provincial de Pontevedra. Neste caso non se aprecia vulneración dos dereitos das peticionarias pois, tras o estudo do caso, esta defensoría conclúe que o acordo adoptado pola Xunta de Goberno Local con data de 26 de agosto de 2016 en relación á solicitude de permuta atópase suficientemente motivado nos seus considerandos e non pode ser obxecto de censura ningunha, en consecuencia, por parte desta institución, que ten como misión principal o control da arbitrariedade das decisións adoptadas polas administracións públicas galegas. Como se indica no mencionado acordo, o réxime xurídico aplicable ao asunto é o do artigo 99 da vixente Lei 2/2015, do 29 de abril, de Emprego Público de Galicia, que alcanza na súa regulación ás permutas que se autoricen entre funcionarios das entidades locais de Galicia. No informe do Concello de Vigo indícase que no expediente das autoras da queixa non concorre un dos requisitos esixidos pola normativa para a autorización dunha permuta ao non existir idéntico nivel de complemento retributivo, posto que unha das solicitantes ten un complemento de destino nivel 19 e outra un nivel 20. Por máis abastamento, o informe do Concello fai énfase na natureza discrecional que ten para a Administración a autorización das permutas (citando o artigo 99.1, parágrafo primeiro, da Lei 2/2015, do 29 de abril, que subliña o carácter facultativo da institución ao afirmar que "se poden autorizar permutas de postos de traballo entre persoal funcionario de carreira da mesma Administración pública...") de maneira tal que, como precisa o informe municipal, aínda cumpríndose polos efectivos solicitantes os requisitos legalmente contemplados para a súa autorización -o cal non se dá no presente expediente, como xa se expuxo- podería ser desestimada unha solicitude de permuta de forma debidamente motivada, sempre en atención a criterios obxectivos de xestión de recursos humanos, debidamente razoados e sustentados no interese xeral. Neste punto, debemos lembrar que a administración pública goza dunha capacidade de xestión e autoorganización en virtude da cal pode estruturar os seus servizos da forma que consideren máis acomodada para unha maior eficacia. O principio reitor da autoorganización administrativa debe ser a procura da xestión óptima dos intereses colectivos, o que require dunha xestión eficaz cos recursos dispoñibles. Nesta facultade de autoorganización é característica a discrecionalidade, que domina o seu exercicio, e que non debe confundirse coa arbitrariedade, sempre prohibida. Precisamente, para evitar que o acto adoeza de arbitrariedade, este debe estar debidamente motivado e ter unha xustificación obxectiva, baixo os preceptos da normativa vixente. Tendo en consideración esas potestades de autoorganización e de organización do persoal propio que caracterizan ás administracións locais e partindo da premisa de que nin a lexislación nin a xurisprudencia consideran a posibilidade de permutar postos de traballo como un dereito vinculado ao exercicio da función pública, consideramos que a decisión adoptada polo Concello de Vigo no asunto obxecto de queixa entra na marxe de discrecionalidade desa administración na organización dos seus recursos humanos. Nese sentido, non cabe cualificar como arbitraria a interpretación literal feita polo Concello do requisito do mesmo nivel de concepto retributivo que recolle a normativa aplicable ao asunto posto que, como se explicita no informe, non sería axustado a Dereito que o espírito e finalidade da lei sexa a de que o xestor de recursos humanos efectúe unha determinación de que constitúe "mesmo nivel de concepto retributivo", dado que non só constituiría unha actuación arbitraria, senón que se incumpriría a vontade do lexislador de homoxeneizar e actualizar o réxime xurídico dunha figura tan singular como a da permuta, sen ser consciente da necesidade de establecer, con maior grao de concreción, un réxime específico para o persoal ao servizo das entidades locais. Por último, debe facerse referencia ao expediente Q/326/16 no que se insta a intervención do Valedor do Pobo ao considerar os interesados que existe unha clara desvantaxe para os membros da policía local de Galicia, pois a Lei 4/2007 de coordinación das policías locais da nosa comunidade converte a figura da permuta do artigo 44 nun sistema nulo ou de selección ao esixir moitos máis requisitos que o Regulamento funcionarios da administración local de 1952 polo que se rexen nas restantes comunidades autónomas. Afirmaban os dicentes que resulta discriminatorio que un administrativo dun concello do grupo C1 poida permutar con outro doutra localidade facendo uso do Regulamento de funcionarios da administración local e que un policía de escala básica e grupo C1 (tamén funcionario da administración local) non poida facelo polos requisitos que, a maiores, esixe a Lei de coordinación, vulnerándose o dereito á igualdade recoñecido constitucionalmente. Aínda que nun primeiro informe xa no ano 2015 sobre esta cuestión, a Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza indicaba que o cambio normativo previsto para adaptar a Lei de Coordinación de Policías Locais á actual lexislación estatal, con implicación directa no texto autonómico contemplábase a revisión desta problemática. Á vista desta información, procedemos á conclusión temporal do expediente, á espera da materialización efectiva desta reforma, confiando en que, unha vez iniciados xa os traballos preparatorios da revisión do texto normativo da lei mencionada, a consellería actualizase e adaptase esta regulación. Con todo, os autores da queixa recibiron información acerca de que o proxecto lexislativo non recollía os cambios esperados sobre o problema da permuta, o que motivou a apertura dun novo expediente no ano 2016. Finalmente, confirmouse que o texto definitivo da Lei 9/2016 de modificación da Lei 4/2007 de coordinación de policías locais de Galicia, suprime na súa totalidade o apartado c) do artigo 44 sobre permutas, eliminando así a esixencia de que os solicitantes teñan que ter dez anos ininterrompidos de servizo activo e cun número de anos de servizo que non difira entre si en máis de dez anos. Desta forma, queda satisfeita a reivindicación dos interesados. F) Promoción e carreira profesional A promoción é un dos dereitos recolleitos no Estatuto Básico da Función Pública, no que se asegura que as oportunidades de ascenso réxense segundo os principios de igualdade, mérito e capacidade, existindo varias modalidades de subir postos na escala laboral. Na promoción dos funcionarios de carreira existen catro formas de ascenso laboral: carreira horizontal na que se ascende de grao, categoría ou escalón sen necesidade de cambiar de posto de traballo; a carreira vertical que consiste no ascenso na estrutura de postos de traballo polos procedementos de provisión establecidos; promoción interna vertical consiste no ascenso desde un corpo ou escala dun Subgrupo ou Grupo de clasificación profesional a outro superior no caso de que este non teña Subgrupo; e promoción interna horizontal que supón o acceso a corpos ou escalas do mesmo Subgrupo profesional. Destaca aquí a recomendación dirixida á Consellería de Sanidade sobre o recoñecemento da carreira profesional do persoal estatutario de enfermería. A representante do sindicato dos profesionais sanitarios do corpo de enfermería instou a actuación da Valedora alegando que os múltiples e reiterados recortes en materia de dereitos laborais e económicos, que supuxo a suspensión do Acordo Retributivo 2008- 2012, que recaeron sobre os empregados públicos resultan neste momento inxustos e desproporcionados, tendo en conta que a día de hoxe, as circunstancias económicas e a gravidade da crise mudaron, o que permitiría activar os mecanismos para facer efectivo o dereito á carreira profesional. No informe emitido pola Consellería de Sanidade consta que as medidas cuestionadas afectan á totalidade dos empregados públicos, e resultaron e resultan vinculantes e indispoñibles para a administración sanitaria galega. Indícase tamén que, no que respecta a actuacións futuras haberá que esperar a coñecer a Lei de orzamentos xerais da Comunidade Autónoma de Galicia para 2017, ou calquera outra modificación normativa, no ámbito do emprego público, para valorar a súa viabilidade. Ao noso entender, na análise desta problemática deben diferenciarse dúas peticións básicas: A primeira delas ten un carácter xeral e refírese aos recortes dos dereitos laborais e retributivos que experimentou o persoal de enfermería do SERGAS nos últimos anos. A mesma autora sinala no seu escrito que estes recortes non afectan exclusivamente os profesionais da enfermería senón que alcanzan “á xeneralidade dos empregados públicos”. O Valedor recibiu diversas queixas procedentes doutros colectivos de empregados públicos, dándolle ás mesmas un tratamento similar que coincide, no substancial, co afirmado pola Administración sanitaria galega neste caso cando sinala que as medidas de limitación de dereitos laborais e retributivos incorporadas a normas orzamentarias con rango de lei resultan vinculantes e son indispoñibles para a Xunta; por tanto, a Administración, ao aplicar as previsións lexislativas, non comete ningún acto censurable que deba ser sometido ao control do Valedor. Certamente, resulta desexable que os acordos laborais conseguidos pola administración cos axentes sociais (entre moitos outros o Acordo 2008-2012 ao que fai referencia o escrito de queixa) que foron suspendidos por mor da crise sexan progresivamente reactivados na medida en que se consolida o proceso de recuperación económica. Con todo, o Valedor non debe interferir na materialización da competencia orzamentaria que é exclusiva do Parlamento de Galicia. Como indicamos noutros asuntos, a lei de orzamentos non é unha norma común que xere un efecto singular inxusto e respecto da que podería instarse un pronunciamento do Valedor senón que é unha norma que funciona, nun contexto de ríxido control do déficit público, como un sistema de vasos comunicantes no que as decisións concretas de gasto xeran repercusións sobre outras partidas relevantes. Desde este punto de vista, debe salvagardarse a competencia exclusiva do órgano parlamentario para pronunciarse, cunha visión holística e de conxunto das necesidades para atender, sobre o proceso global de asignación dos recursos financeiros dispoñibles. A segunda das cuestións suscitadas pola autora refírese á reactivación da carreira profesional dos enfermeiros/as. Tendo en conta que o dereito á promoción profesional constitúe un elemento esencial do emprego público, o Valedor considera que as administracións deben impoñer as menores limitacións posibles ao mesmo. Nese sentido, cabe sinalar que a suspensión da carreira e promoción profesional que se materializou a través das sucesivas leis de orzamentos de Galicia desde 2010 ten un efecto exclusivamente económico que non debería ser obstáculo para permitir que os Comités de Avaliación previstos na normativa puidesen actuar (avaliando os méritos dos solicitantes e emitindo as propostas de resolución) a fin de que a Dirección Xeral de Recursos Humanos do SERGAS puidese emitir as correspondentes resolucións de recoñecemento de nivel, sen efectos económicos. O dereito á promoción e á carreira dos enfermeiros/as, por tanto, pode ser parcialmente satisfeito mediante a aplicación do sistema de recoñecemento profesional previsto na normativa, aínda que as resolucións da Dirección Xeral que integren no nivel correspondente aos candidatos que superasen a avaliación deberán sinalar que carecerán de efectos económicos ata o momento no que a lei de orzamentos que corresponda levante a suspensión decretada desde 2010. Como conclusión, recomendamos á Consellería de Sanidade que adoptase as medidas necesarias para reactivar a carreira profesional do persoal estatutario de Enfermería, creando os Comités de Avaliación onde non estean a funcionar e procedendo ao recoñecemento, sen efectos económicos, dos novos niveis de carreira obtidos. Con todo, a consellería non aceptou esta recomendación. G) Condicións laborais dos empregados públicos Os condicionantes que actúan no desenvolvemento da actividade laboral adoitan ser obxecto de consideración polo Valedor do Pobo. Discrepancias sobre horarios, quendas de traballo establecidos, condicións ergonómicas, riscos asociados ao traballo ou salario, orixinan a intervención da institución. Dado o contido diverso das queixas agrupadas neste epígrafe, consideramos convenientes subdividilas nos seguintes apartados: a- Retribucións salariais e extrasalariais A suspensión de certos acordos asinados entre a administración e o persoal ao seu servizo con anterioridade á implantación das medidas de sustentabilidade financeira provocou que numerosos traballadores do sector público acudisen a esta Institución. Destacan no ano 2016 varios expedientes nos que os interesados consideran que, ante a recuperación económica que se percibe no noso país, non terían xa xustificación as medidas adoptadas en materia salarial que impiden alcanzar os obxectivos de incremento retributivo adoptados nos Pactos de contratación anteriores á crise. Destaca aquí a investigación relativa ao importe dos pluses de nocturnidade e festividade que perciben os traballadores dos PAC dependentes do Servizo Galego de Saúde polo número de interesados que sobre o mesmo asunto solicitaron a intervención da valedora (tramitáronse 85 expedientes). Os profesionais sanitarios que traballan nos PAC consideraban discriminatorio recibir o 80% do plus de nocturnidade e festividade, mentres que os profesionais dos centros hospitalarios de igual categoría, perciben o 100% de tales complementos, cando realizan en ambos os casos un idéntico traballo. Indicaban que a Consellería de Sanidade e as Organizacións sindicais asinaron o Acordo 2008-2010 publicado no DOG do 16 de xuño de 2008, e no que se recollía, entre outras cuestións, as reivindicacións que orixinan este expediente, pactándose que tales complementos aplicaríanse de modo automático e progresivo ata conseguir o 100% en 2010. O incumprimento deste pacto provoca unha situación inxusta e desigual, amparada polo axuste orzamentario derivado da crise, impedindo á Administración cumprir cos compromisos asinados. Solicitado o informe á Consellería de Sanidade, a administración remitiu con data de 13 de xullo de 2016, un escrito sinalando que o artigo 13 da Lei 9/2009 de Orzamentos Xerais da Comunidade Autónoma de Galicia para o ano 2010 establecíase que durante o ano 2010, debido ás actuais circunstancias económicas excepcionais e conforme ao previsto na liña dez do artigo 38 da Lei 7/2007 pola que se aproba o estatuto básico do empregado público, a suspensión da aplicación dos pactos ou acordos que puideran supoñer incrementos retributivos. Esta suspensión fixada nunha norma con rango de lei -non existe ningún decreto específico de suspensión- aplicouse a diversos incrementos retributivos, entre eles o previsto para os complementos de nocturnidade e festividade na disposición transitoria segunda do Acordo sobre ordenación e provisión de postos de traballo, xornada, retribución e condicións de traballo do persoal médico e diplomado en enfermería dos puntos de atención continuada publicado no DOG do 16 de xuño de 2008. As sucesivas leis de orzamentos da Comunidade Autónoma mantiveron a suspensión. Na actualidade, a suspensión vén establecida no artigo 12 da Lei12/2015, do 24 de decembro, de orzamentos xerais da Comunidade Autónoma de Galicia para o ano 2016. O informe da Consellería de Sanidade finaliza establecendo que, en consecuencia, a medida que motiva a queixa do persoal resulta da aplicación da Lei de orzamentos da Comunidade Autónoma de Galicia, polo que de aplicarse o indicado na reclamación supoñería vulnerar a legalidade vixente. Como primeira consideración pola nosa banda, é importante partir do feito de que esta pretensión excede da competencia común e habitual do Valedor do Pobo que se afai a proxectar sobre o control dos actos e resolucións da Administración pública da Comunidade Autónoma e dos seus axentes. Na queixa que nos ocupa, búscase máis ben instar o control, por parte do Defensor, das leis orzamentarias que encorsetan as posibilidades de actuación da Administración sanitaria e que dan lugar ás situacións que vostede considera vulneratoria dos dereitos do colectivo ao que pertence (médicos e persoal de enfermería dos PAC). Entrando no fondo do asunto, respecto á suspensión dos compromisos asumidos pola Xunta de Galicia en relación co avance gradual cara á analoxía retributiva entre os profesionais dos PAC e os centros hospitalarios, a Consellería de Sanidade trae a colación no seu escrito que esta suspensión ten base legal xa que foi establecida no artigo 13 da Lei 9/2009, do 23 de decembro, de orzamentos xerais da Comunidade Autónoma de Galicia para o ano 2010 establecendo expresamente que quedarán en suspenso os pactos ou acordos que implicaran aumentos retributivos, en consideración á situación de crise económica existente. Ante esta interdición legal a Administración sanitaria non pode proceder a aplicar o incremento retributivo recollido no Acordo 2008-2010 publicado no DOG do 16 de xuño de 2008. De igual forma que vén acontecendo con outros sectores de empregados da administración pública galega, e tal e como ven recoñecendo mesmo a xurisprudencia, a existencia dunha previsión lexislativa expresa na norma orzamentaria como ocorre no presente expediente de queixa, impide o pago dos incrementos retributivos previstos con anterioridade, e debe bloquearse a eficacia do pactado mediante convenio. Esta última conclusión parece indiscutible e exonera de responsabilidade á Administración autonómica que, evidentemente, non pode abonar as porcentaxes de equiparación acordados á luz da prohibición incorporada á norma orzamentaria. Con todo, tamén a propia xurisprudencia máis recente, (como tamén acontece noutros supostos de equiparación salarial por exemplo o do ensino concertado), parece detectarse unha tendencia cara á preservación do dereito subxectivo mediante o estímulo da negociación entre as partes, mostrando a necesidade de retomar un diálogo entre a administración e os empregados para avanzar cara a unha recuperación -sequera parcial ou gradual- do compoñente salarial do que se ve privado o traballador posto que, en defecto de acordo habilitante establecido pola Administración, o exercicio do dereito do que é titular o traballador que conta cos requisitos esixidos para devindicar a dita remuneración, resulta inviable. Os nosos tribunais sinalan que a suspensión do aboamento, cando haxa insuficiencia orzamentaria, constitúese en garantía de pago (...), aínda que se atrase ata que haxa partida orzamentaria. A dita consideración implica que deberá existir un estímulo para retomar as negociacións orientadas cara á subscrición de acordos (cos calendarios e a gradualidade que a complexa situación orzamentaria permita) que permitan conseguir a equiparación solicitada e asumida no ano 2008. En todo caso, serán as propias normas orzamentarias as que permitan e confirmen a disposición de crédito suficiente restaurar os obxectivos iniciais. En conclusión, tras a análise das súas alegacións e das respostas formuladas pola administración sanitaria só é posible alcanzar unha conclusión, que resulta case tautolóxica. A administración atópase plenamente sometida á lei e as leis de orzamentos galegas dos últimos anos estableceron -en virtude do axuste extraordinario que deberon acometer as contas públicas- restricións que alcanzan aos compromisos (establecidos pola Xunta tras a negociación cos axentes sociais, como o acordo mencionado do ano 2008; acordados entre as partes mediante convenio colectivo; ou ben previstos en normativa autonómica) sobre a analoxía retributiva dos pluses de nocturnidade e festividade do persoal sanitario dos PAC e Centros Hospitalarios. En consecuencia, nin a Xunta de Galicia infrinxiu norma ningunha nin o defensor galego debe dirixirlle recomendación nese sentido. O artigo 30 da Lei do Valedor do Pobo contempla, con todo, a posibilidade de que, se como consecuencia das súas investigacións se chegase ao convencemento de que o cumprimento rigoroso dunha norma pode provocar situacións inxustas ou prexudiciais para os administrados, poderá suxerir ao Parlamento de Galicia ou á Administración a modificación da mesma. A aplicación da devandita disposición ao presente asunto podería a priori parecer plausible, con todo, tampouco resulta oportuna. No expediente constátase, certamente, a existencia dunha situación inxusta para o persoal dos PAC, que foi así recoñecido tacitamente no momento que se chega recoller no pacto asinado no 2008. Pero, neste asunto, non se pode derivar desa circunstancia o automatismo de que o Defensor deba dirixir unha proposta ou suxestión ao Parlamento de Galicia de modificación normativa, que neste caso sería o pertinente, posto que, cando analizamos as implicacións da norma orzamentaria, non nos atopamos ante unha norma común que xera un efecto singular inxusto. A lei de orzamentos funciona máis ben, nun contexto de ríxido control do déficit, como un sistema de vasos comunicantes no que as decisións concretas de gasto xeran repercusións sobre outras partidas relevantes. Desde ese punto de vista, ten que ser unha competencia exclusiva do órgano parlamentario pronunciarse, cunha visión holística e de conxunto, sobre o proceso global de asignación dos recursos financeiros dispoñibles. Por iso, resultaría improcedente que o Defensor interferise na devandita función expoñendo unha recomendación sobre a asignación de partidas orzamentarias concretas, como as que foron analizadas nesta queixa. Aínda tendo presente as cautelas enunciadas no parágrafo anterior, parece oportuno indicar que a Xunta de Galicia deberá considerar -non como unha obrigación inmediata de resultado pero si como unha obrigación de comportamento a futuro- retomar o diálogo social a fin de recuperar acordos que permitan (coa gradualidade que esixa a contención do gasto) incluír, nos sucesivos proxectos de presupostos previsións relativas aos compromisos de equiparación. Pero os tempos para retomar estes compromisos serán pautados pola propia administración en atención ás circunstancias económicas que nos alcanzan. Estes mesmos argumentos tamén se esgrimiron fronte ás reivindicacións expostas na queixa Q/19571/14 (finalizada no ano 2016), na que os representantes dos docentes do ensino concertado denuncian a existencia de desigualdades entre as retribucións dos profesores de colexios públicos e os seus representados. Ante o argumento esgrimido sobre que o axuste orzamentario derivado da crise impediu á Administración cumprir tanto cos compromisos unilaterais asumidos pola propia administración (como os acordos adoptados para lograr o avance cara á progresiva equiparación salarial co ensino público que prevé o artigo 117.4 da Lei Orgánica de Educación) como dos derivados do convenio colectivo subscrito entre os empresarios e traballadores do ensino privado, esta Institución pronúnciase no mesmo sentido que no caso do persoal dos PAC, suxerindo á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria retomar o diálogo social no momento en que orzamentariamente isto resulte factible. b- Xornadas, permisos e conciliación da vida laboral e persoal As últimas medidas adoptadas polos órganos lexislativos en materia de función pública, modificando xornadas e permisos, tiveron en conta a flexibilidade horaria que permite, en boa medida, adaptar a xornada laboral ás circunstancias persoais e lograr así unha boa integración tanto de empregados con responsabilidades familiares (nais en período de lactación ou pais con nenos pequenos ao seu cargo, traballadores que necesiten coidar dunha persoa maior...) como doutros colectivos como traballadores con necesidades especiais de desprazamento ou discapacitados físicos. En termos xerais, consideramos que se rexistraron importantes avances na regulación da xornada laboral no que respecta á posibilidade de que os empregados do sector público poidan conciliar o seu traballo coa súa vida persoal e familiar. Esta percepción xorde non só da constatación da actual lexislación aplicable, senón da análise pormenorizada das queixas que chegan a esta institución en materia de conciliación laboral, nas que, durante o ano 2016 non se puido apreciar vulneración algunha dos dereitos dos traballadores públicos, e onde destacan as medidas adoptadas e as melloras aprobadas para permitir a conciliación da vida familiar e laboral, así como a boa disposición da administración para alcanzar acordos que satisfagan a todas as partes implicadas. Tal é o caso do expediente Q/13358/16, nos que se solucionou a incidencia detectada asumindo a Xunta o compromiso efectivo de dar resposta satisfactoria ás solicitudes de redución de xornada formuladas. Noutros casos, comprobouse a correcta actuación da administración, Q/63666/16, no que a propia petición de permiso para atender a un familiar hospitalizado carecía de base legal tendo en conta que a traballadora da administración autonómica atopábase gozando nesas datas das vacacións. Así, segundo a Lei 2/2015 de emprego público de Galicia, nos casos de accidente a enfermidade grave dun familiar en primeiro grao de consanguinidade ou afinidade, o persoal da administración ten dereito a un permiso para atender ao coidado desas persoas cunha duración máxima de trinta días naturais. A norma recoñece plena e expresamente as interrupcións dos períodos vacacionais en determinados supostos (permisos por lactación, parto, adopción ou acollemento, ou doutro proxenitor por parto, adopción ou acollemento dun fillo, ou períodos de incapacidade temporal), pero non sucede o mesmo cando se dá unha situación que pode orixinar un permiso por enfermidade grave dun familiar. En tal caso, unha vez finalizados os días de vacacións, se a situación persiste, pode iniciarse un permiso das características. En tal caso, deberá achegarse documento xustificativo actualizado que confirme a continuidade da situación de hospitalización o repouso domiciliario do familiar. O permiso por enfermidade de familiar está concibido para poder ausentarse xustificada e retribuidamente do posto de traballo, polo que está aceptado doutrinal e xurisprudencialmente que non é preciso executar ese dereito dado que é necesario ausentarse do traballo mentres hai vacacións. Tales permisos ou licenzas son precisamente para ausentarse do traballo, polo que durante o período vacacional falta esa primeira circunstancia. c- Modificación do centro de traballo Destaca neste apartado un grupo de expedientes de idéntico contido (Q/1145/16 a 12382/16) iniciados por mor da petición de firmas promovida polos traballadores dos servizos de coordinación das urxencias do 112 e do 061 quen nos transmitía a súa desconformidade co traslado dos servizos de coordinación das urxencias do 112 e do 061 ao novo edificio habilitado pola Xunta de Galicia a tales efectos no Concello da Estrada. Como argumento mencionaban a falta de comunicación e información ao respecto, carencia de razóns técnicas de mellora na prestación do servizo que xustifique o traslado, aumento do gasto público, perda dos investimentos xa realizados nos espazos actuais, dificultade para a conciliación da vida laboral e familiar, e empeoramento do clima laboral. Solicitado informe á Consellería de Sanidade, a administración remitiunos un escrito no que poñen de manifesto que a Fundación Pública de Urxencias Sanitarias de Galicia-061 (en diante 061) é unha entidade instrumental adscrita ao Servizo Galego de Saúde que ten como finalidade principal proporcionar a atención sanitaria urxente no lugar onde se precise o transporte aos centros hospitalarios. De acordo co seu documento fundacional e a normativa de regulación das entidades instrumentais o 061 réxese polo establecido polos seus estatutos, os regulamentos de organización e as disposicións legais de aplicación. Os traballadores que poden verse afectados polo traslado ao Concello da Estrada son os que desenvolven a súa actividade en: a) Central de coordinación, que inclúe persoal sanitario propio, médicos coordinadores, enfermeiros e ao persoal contratado pola empresa que presta servizos de operación telefónica na Sala de Coordinación. b) Persoal das secretarías da Dirección de Coordinación e de Atención ao usuario. c) Persoal do departamento de tecnoloxía, que traballa no edificio da RTVG. d) Persoal das dependencias administrativas da Fundación situadas no edificio do Hospital Psiquiátrico de Conxo. No informe consta que o traslado das dependencias do 061 non supón un cambio nas condicións de traballo dos empregados do mesmo. Non se produce un cambio de organización e a actividade desenvolverase nas mesmas condicións nas que se desenvolve na actualidade. Tampouco está prevista ningunha variación respecto ao número actual de traballadores que prestan servizo no 061. En canto a outras afirmacións como que o traslado imposibilita a conciliación da vida familiar e laboral do persoal afectado ou que empeora o clima laboral do colectivo, a xuízo da consellería non teñen xustificación material. Finaliza o oficio da administración sinalando que, neste momento o 061 ten unha organización bastante ampla que, con todo, está dispersa en varios edificios situados en distintos barrios de Santiago de Compostela e coa reunificación nun só edificio podería repercutir nunha mellora da eficiencia na operatividade do mesmo. Tendo en conta as alegacións anteriores, esta Institución debe facer fincapé na capacidade de xestión e autoorganización da administración en virtude da cal pode estruturar os seus servizos da forma que consideren máis acomodada para unha maior eficacia. O principio reitor da autoorganización administrativa debe ser o da busca da xestión óptima dos intereses colectivos, o que require dunha xestión eficaz cos recursos dispoñibles. As decisións adoptadas nesta esfera deben estar suficientemente motivadas e non adoecer de arbitrariedade ningunha. Atendendo ao caso concreto, consideramos que a Consellería dispón da potestade suficiente para determinar a conveniencia de proceder ao traslado das dependencias dos servizos referidos. Por tal razón, lamentablemente, esta defensoría non pode cuestionar tal decisión adoptada no campo da capacidade autoorganizativa xa sinalada, pois a actual lexislación entende que as Administracións Públicas, de maneira motivada, poderán trasladar aos seus traballadores, por necesidades funcionais ou de servizo. Con todo, a decisión antedita non está exenta da debida motivación e do procedemento oportuno, así como da valoración concreta do caso para determinar pasos xurídicos obrigatorios determinados legalmente, atendendo ademais á normativa aplicable específica en función do vínculo laboral do persoal afectado. Neste sentido, é prioritario determinar se o desprazamento da localización do posto de traballo implica necesariamente cambio de residencia, pois de ser así, son esixibles razóns económicas, técnicas, organizativas ou de produción que o xustifiquen, debendo procederse ás notificacións formais necesarias cos prazos de antelación fixados (por exemplo, no caso do persoal laboral fixo ou temporal terá que terse en conta o disposto no artigo 43 do V Convenio Colectivo Único para o Persoal Laboral da Xunta de Galicia que regula a mobilidade xeográfica, o cal esixe apertura de consultas cos representantes legais dos traballadores no caso de constituír un traslado de carácter colectivo). Con todo, se o traslado non leva cambio de domicilio ou residencia, non serían necesarias estas previsións, tendo aplicación plena a capacidade directiva e organizativa do empregador, neste caso, a administración. Aínda con todo, podería tamén valorarse se a modificación de emprazamento supón unha modificación substancial das condicións de traballo que determinaría igualmente o cumprimento estrito dos requisitos formais mencionados, ou a posibilidade de implantar determinadas medidas compensatorias. Resulta fundamental determinar en que suposto o cambio de centro de traballo debe encadrarse dentro do poder organizativo do empresario ou supón mobilidade xeográfica que, segundo vén reiterando a nosa xurisprudencia esixe de análise casuístico atendendo aos prexuízos reais da decisión empresarial, tendo en conta non só a distancia existente entre ambos os centros de traballo, o antigo e o novo, senón o incremento real da distancia entre o lugar de residencia e a nova localización laboral. En todo caso, habería que remitirse novamente ás disposicións aplicables segundo a relación laboral dos traballadores (laborais fixos ou temporais, condicións individuais dos contratos se existen, persoal estatutario, etc.). Este labor deberá ser realizada polos órganos administrativos encargados da xestión de persoal, sendo nese momento cando poderá analizarse se as accións adoptadas axústanse aos preceptos normativos laborais de aplicación. Nestes momentos, aínda non se teñen producidos as actuacións formais necesarias, polo que terán que concretarse para poder determinar se, no caso concreto, está a seguirse preceptivamente esa normativa. En conclusión, pechamos a nosa intervención ao non apreciar actuación irregular da administración que nos permita adoptar unha resolución firme concluínte sobre mala praxe administrativa. De todos os xeitos, como xa adiantamos, haberá que atender á concreción da consideración deste traslado para comprobar se, efectivamente, dáse debido cumprimento aos requisitos formais fixados pola norma para implantar esta medida, polo que quedamos poderíase proceder á reapertura deste expediente no caso de que non se produza o procedemento adecuado no momento de dar efectividade ao cambio de localización. H) Conflitos laborais A fixación das condicións de traballo pode xerar conflitos laborais entre os empregados públicos e a administración. En moitas ocasións, poden e deben ser liquidados a través do diálogo e a negociación ao ser estes factores crave para a equidade, a eficiencia e o bo funcionamento do sector público. Neste sentido, nun bo número de queixas sobre esta materia, a principal dificultade ante a que se atopa a Valedora é a diferente percepción ou perspectiva que do conflito teñen as partes enfrontadas, pois neste tipo de situacións adoitan existir discrepancias no relato dos feitos, centrándose en moitas ocasións en percepcións sobre as formas ou tons utilizados que dificultan a nosa intervención ao carecer de probas determinantes que corroboren a mala actuación por parte dunha das partes en conflito. Con todo, tamén ocorre que coa petición de informe, a administración afectada faise eco da problemática que se lle traslada e adoita ser receptiva ás inquietudes das partes en conflito, de forma que en ocasións inícianse xestións internas para tratar de dar unha solución ao asunto. Actualmente, atópanse en fase de investigación un grupo de expedientes iniciados a petición de varios traballadores da Biblioteca Pública González Garcés da Coruña que consideran que se están vulnerando os seus dereitos en canto a organización e distribución do traballo, principalmente en canto á fixación de vacacións e permisos. Tras un primeiro informe remitido pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria no que se afirma que se levaron a cabo actuacións que permiten fixar criterios obxectivos para resolver a problemática de fondo tras negociarse Comité de Empresa protocolos de actuación. Con todo, continúa aberta a investigación ante a insistencia dos interesados na continuidade do conflito. Pendente de informe complementario tamén se atopa o expediente Q/957/16 achega do trato e asignación de funcións que está a recibir unha empregada da Deputación de Lugo. Outro tipo de expedientes incluídos neste apartado son aqueles en os que as organizacións dos representantes dos traballadores denuncian impedimentos para exercer as súas funcións debido fundamentalmente á non transmisión de información por parte da administración. Por exemplo, na queixa Q/12644/16, a Comisión de Centro do CHUS afirmaba que non estaba a recibir información sobre diversas cuestións relativas ao Servizo de Mantemento do CHUS, ante o que a Consellería de Sanidade remitiu toda a documentación necesaria para dar por atendida a solicitude. Situación similar recóllese tamén nos expedientes Q/63830/16 a Q/63835/16 nos que delegados de persoal queixábanse da falta de información por parte da xerencia de xestión integrada do CHUS sobre a nova unidade de Ictus deste centro, non apreciándose aquí fallos formais na comunicación senón unha confusión nos termos substanciais da presentación pública das noticias relativas ás melloras na unidade de Ictus mencionada, non afectando ao persoal. Por último, destacan aquí os expedientes Q/13018/16 e Q/13336/16 iniciados pola plataforma de traballadores do Consorcio Galego de Servizos de Igualdade e Benestar ante a ausencia de convenio colectivo aplicable ao seu persoal laboral. A Consellería de Política Social confirmou no seu informe que, co fin de avanzar na mellora das condicións de traballo do seu persoal, en sesión extraordinaria celebrada pola Comisión de Persoal da Xunta de Galicia en setembro de 2016 aprobouse, co voto favorable das organizacións sindicais a integración do persoal do Consorcio no Convenio Colectivo Único do persoal laboral da Xunta de Galicia. I) Información e comunicación coa administración Como xa puxemos de manifesto nos informes de anos anteriores, esta institución ve necesario lembrar un ano máis que o uso e abuso por parte da administración da figura do silencio administrativo é unha práctica perniciosa que debe ser corrixida pola inseguridade xurídica e indefensión material que xera nos cidadáns, obrigándoos a acudir á vía xurisdicional para a resolución dos seus conflitos. Todas as administracións teñen o deber de “ditar resolución expresa en todos os procedementos e notificalos, calquera que sexa a súa forma de iniciación” tal e como establece a Lei de réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común. Debe terse en conta que o silencio administrativo concíbese como unha garantía do administrado ante a inactividade da administración, pero non pode converterse nunha ferramenta habitual dos organismos públicos. Certo é que as queixas por este motivo diminuíron notablemente polo que entendemos que o labor tuitiva despregada pola Valedora ante esta problemática foi efectiva. A pesar desta minoración, durante o ano 2016 rexistráronse varias queixas cuxo contido se centra na falta de resposta expresa por parte da administración, sen que os autores das queixas pedisen a valoración do Valedor sobre o fondo do asunto senón que se limitan a denunciar a falta de resposta. É significativo o expediente Q/63660/16 no que a Xunta de Persoal dos Servizos Centrais da Xunta de Galicia presenta unha relación de escritos dirixidos a diversos organismos da administración central autonómica que non tiveran resposta. A resposta obtida en todos os casos resultou similar, comprometéndose todos os órganos afectados a dar debida resposta. Resulta rechamante o feito de que en xeral, a administración procede, ante a petición de informe pola nosa institución, a dar resposta aos autores das queixas sobre as reivindicacións expostas, comunicando ao Valedor o órgano instado no seu informe que remitiu resposta expresa ao interesado. Fronte a informes de anos anteriores nos que o ente administrativo alegaba a aplicación do silencio administrativo, neste momento a administración proporciona, con carácter xeral, unha resposta satisfactoria ao cidadán no momento no que recibe a notificación de inicio de expediente por parte do Valedor do Pobo ao dar contestación explícita ao solicitante, que é precisamente o que reclama este. É fundamental ditar e notificar resolución expresa en todos os procedementos, evitando dilacións dos procesos, que xeran situacións de indefensión e custos xudiciais innecesarios. A denuncia ante o Valedor do Pobo non debería constituírse na única vía para obter as respostas requiridas. 2. Orde pública Como diciamos ao principio desta análise xeral da área de Emprego Público e Interior, agrúpanse aquí tanto a supervisión de resolucións administrativas en materia de función pública como tamén no ámbito de Interior, incluíndo neste segundo apartado cuestións de tráfico e orde público. A) Tráfico Unha boa parte dos expedientes de tráfico admitidos a trámite no Valedor do Pobo refírense á comprobación do respecto efectivo das garantías procedimentales esixidas en todo proceso sancionador. Tamén se estudan expedientes nos que se pon en cuestión a seguridade viaria ou a sinalización existente nas vías urbanas e interurbanas. Hai que ter en conta que nesta sección recíbense con frecuencia denuncias de condutores cuxa intención é rebater sancións de tráfico impostas polas Xefaturas Provinciais da Garda Civil de Tráfico, polo que, ao tratarse de órganos da Administración General do Estado, son competencia do Defensor del Pueblo, circunstancia que se comunica debidamente ao interesado. a- Sancións en materia de tráfico No que atinxe á revisión de expedientes sancionadores de tráfico estritamente, dicir que, en xeral, as queixas iniciadas a instancia de particulares afectados por un expediente sancionador de tráfico conclúen sen que por parte desta defensoría se chegue a apreciar irregularidade ningunha na tramitación do correspondente procedemento sancionador. As alegacións máis frecuentes neste sentido formuladas polos interesados cínguense á falta de intentos de notificación obrigatorios (Q/23/16, Q/938/16 e Q/64066/16), actuación dos controladores dos espazos limitados pola ordenanza reguladora de aparcadoiro, comunmente coñecida como zona ORA (Q/12580/16), á suposta falta de probas da comisión da conduta infractora (Q/348/16, Q/319/16 e Q/13321/16). En todos estes supostos, como xa dixemos, quedou constatada a correcta tramitación dos expedientes sancionadores. Aínda que en termos xerais se constata unha boa xestión en materia de tráfico por parte das administracións públicas, resolvéronse dous expedientes nos que se puxeron en evidencia erros de procedemento, ante os que as administracións afectadas se fixeron eco da intervención da Valedora rectificando o erro relativo á identificación do titular do vehículo, tal e como sucedeu co Concello de Santiago de Compostela no expediente Q/319/16 e co Concello de Vigo no Q/12714/16. Adoita ser obxecto de reivindicación frecuente o cuestionamento que os particulares fan sobre a presunción de veracidade dos axentes de tráfico. Nestes supostos, cando se considera debidamente aplicada tal presunción, finalízanse os expedientes lembrando aos interesados que o principio legal de presunción de veracidade do que gozan as persoas dotadas de autoridade pública en materia de tráfico significa que a declaración ou testemuño da autoridade se presume como veraz e por tanto prevalece sobre a versión da persoa que non o goza salvo que achegue probas que contradigan os feitos declarados pola autoridade. A presunción de veracidade supón unha declaración iuris tantum que admite proba en contra, que de non ser posible supón dar por boa a versión do axente. Cando haxa posibilidade de que a autoridade poida presentar probas (fotografías de aparcadoiro indebido, por exemplo) poderá quedar anulada tal presunción. Precisamente, na liña comentada, destacan dous expedientes iniciados no ano 2015 pero finalizados no 2016 (Q/13520/15 e Q/23089/15), fronte a dúas multas de tráfico impostas polo Concello de Boiro. Nestes casos, o Valedor do Pobo considerou inadecuadas ambas as sancións dirixindo unha recomendación á entidade local para a súa revisión. Os procedementos sancionadores incoáronse en ambos os casos por un presunto aparcadoiro indebido ao traspasar os condutores unha liña continua. No caso do expediente Q13520/15, unha vez estudadas e analizadas as alegacións dunha e outra parte, entendemos oportuno recomendar ao Concello de Boiro que, previos os trámites legais que resulten preceptivos, se proceda a deixar sen efecto a sanción imposta ao titular do vehículo sancionado, ao non quedar probada a comisión de infracción por existir dúbida razoable no nexo causal entre os indicios probados e a conduta infractora alegada polo axente de tráfico. Tal afirmación baséase nos seguintes argumentos: - Presunción de veracidade: O artigo 75 da Lei sobre Tráfico, Circulación de Vehículos a Motor e Seguridade Viaria consagra a presunción de veracidade ou valor probatorio das denuncias da policía local con competencias en materia de tráfico, sinalando que as denuncias formuladas polos Axentes da Autoridade encargados da vixilancia do tráfico darán fe, salvo proba en contrario, dos feitos denunciados e da identidade daqueles que os cometeran, así como, no seu caso, da notificación da denuncia, sen prexuízo do deber daqueles de achegar todos os elementos probatorios que sexan posibles sobre o feito denunciado. Esta presunción concede un valor iuris tantum de veracidade aos datos obxectivos contidos nas denuncias de infraccións formuladas por axentes da autoridade no exercicio das súas funcións. Pero na aplicación da presunción anterior, xoga un papel fundamental o propio artigo 74 do mesmo texto, que determina que os Axentes da Autoridade encargados da vixilancia do tráfico deberán denunciar as infraccións que observen cando exerzan funcións de vixilancia e control da seguridade viaria. E co fin de garantir a correcta aplicación do papel fundamental que se lle outorga á presunción de veracidade, esíxese unha serie de requisitos formais e que o mesmo artigo 74 relaciona detalladamente. Da conxunción do articulado da lei, queda definida que tal presunción xoga naqueles supostos nos que o axente da autoridade é observador directo dos feitos que denuncia, e que obxectivamente poden ser constitutivos dunha infracción. O propio Tribunal Supremo, en sentenza do 25 de febreiro de 1998 manifesta expresamente que a presunción de veracidade debe referirse a aqueles feitos apreciados ou constatados materialmente polo funcionario interveniente como resultado da súa propia e persoal observación, non alcanzando ás deducións, apreciacións, consecuencias, hipóteses ou xuízo de valor que poida realizar dito funcionario. En definitiva, a presunción de veracidade non ampara a mera conxectura. Tal presunción de veracidade, por tanto, alcanza ou beneficia aos feitos consignados na acta por percepción directa do axente actuante, de forma que ao desempeñar a súa función os advirte e recolle como resultado da súa propia e persoal observación. A finalidade de atribuír certo valor probatorio ás declaracións destes axentes cando son observadores directos dos feitos denunciables é a de posibilitar que a Administración non vexa dificultada a consecución dos fins que se perseguen coa potestade sancionadora (prever e reprimir condutas que lesionen bens xuridicamente protexidos). Existen infraccións nas cales non é posible obter outro medio probatorio da súa comisión diferente á denuncia ou comprobación directa, dada a instantaneidade e fugacidade coa que ten lugar a acción típica, impedindo a súa verificación a través doutros medios. Neste caso concreto, debemos descartar a aplicación da presunción de veracidade analizada, xa que o axente non foi observador directo da suposta infracción (o aparcadoiro produciuse á primeira hora da mañá e a sanción foi imposta pola tarde), polo que as súas afirmacións non están revestidas dunha especial forza ou valor probatorio superior á versión dada polo particular. - Probas indiciarias: Tendo en conta que non ten cabida neste expediente a presunción de veracidade dos axentes de tráfico, debemos reflexionar sobre as probas existentes que permitan confirmar que os feitos sucederon tal e como afirma o axente denunciante, tendo en todo caso presente que en dereito administrativo sancionador rexen con matices os principios do dereito penal, logo sonlle aplicables as súas regras, tal e como o declarou en numerosas ocasións o Tribunal Supremo e o Tribunal Constitucional, significando que a persoa sometida a expediente ten a presunción de inocencia que debe destruírse con proba de cargo. No expediente sancionador que aquí se cuestiona, non existe observación directa do axente e tampouco existen medios técnicos de captación dado que non hai cámaras nin outro tipo de dispositivos que recollan os feitos denunciados. Neste caso, a resolución que pon fin ao expediente sancionador baséase na proba indiciaria. Certo é que no noso ordenamento está plenamente admitida que a proba de cargo pode ser por indicios naqueles casos que o feito obxecto de proba non é constitutivo da infracción senón outro intermedio que permite chegar a el por inferencia lóxica, e que tal opción resulta completamente trasladable ao proceso administrativo sancionador. Pero non debe esquecerse que para admitir a proba indiciaria teñen que cumprirse unha serie de requisitos tales como: a) a proba indiciaria ten que partir de feitos plenamente probados; e b) os feitos constitutivos de delito han de deducirse deses feitos completamente probados a través dun proceso mental, razoado e acorde coas regras do criterio humano, explicitado na resolución. A falta de concordancia coas regras do criterio humano ou, noutros termos, a irrazonabilidade, pódese producir, tanto por falta de lóxica ou de coherencia na inferencia, cando os indicios constatados exclúan o feito que deles faise derivar ou non conduzan naturalmente a el, canto polo carácter excesivamente aberto, débil ou indeterminado da inferencia. A posibilidade certa de que os feitos puidesen ser levados a cabo da forma invocada polo denunciado, de maneira que existan dúas opcións plausibles de actuar, desvirtúa a forza do indicio como proba determinante para impoñer a sanción. O Tribunal Constitucional sinalou que o maior subxectivismo da proba indiciaria obriga, como consecuencia lóxica, a extremar o rigor na aplicación da mesma, e se o razoamento acerca dos elementos de convicción nos que a Administración fundamenta a existencia da infracción por parte do propietario do vehículo nos feitos denunciados resulta irrazoable por insuficiente, a correspondente resolución sancionadora non superaría o test que supón esta vía de control e, en consecuencia, habilitaría a súa anulación por infracción do dereito á presunción de inocencia do art.24.2 da Constitución Española. En virtude do anterior, resulta que a proba indiciaria no caso que nos incumbe, debe valorarse atendendo á suficiencia da mesma. A infracción denunciada polo axente non é a de ter o vehículo indebidamente estacionado, se non a presunción de que para estacionar o vehículo daquela maneira tivo que infrinxir unha norma de tráfico (atravesar a liña continua). Con todo, é un feito probado que o axente non observou a manobra que o denunciado fixo para estacionar, polo que a súa denuncia baséase na suposición de que para estacionar o vehículo de fronte tivo que invadir o sentido contrario. Con todo, o interesado afirma que cambiou o sentido da marcha nun lugar permitido, e que o aparcadoiro se produciu na dirección correcta sen que houbese vehículos aos lados. Cando observamos a instantánea recollida desde Google Maps, onde se aprecia o espazo de aparcadoiro, resulta posible que un vehículo pequeno poida realizar as manobras suficientes para poder estacionar sen invadir a marca lonxitudinal mencionada polo axente na denuncia, tendo en conta que a falta de vehículos nos laterais do espazo escollido facilitaría dita manobra, pois a diferenza temporal entre o momento do estacionamento e a imposición da sanción impídelle certificar ao axente que estivesen vehículos xa aparcados a ambos os dous lados. Ante a dúbida, máis que razoable, de que sexa posible aparcar nese estacionamento sen atravesar para tal fin a liña lonxitudinal continua que divide os dous sentidos da circulación, non se pode quebrantar o dereito que ten o denunciado á presunción de inocencia. Tal como establece a sentenza de STS 26/10/98, para destruír a presunción de inocencia é necesario que se cumpran tres requisitos: a existencia duns feitos probados (indicios), que por si mesmos non constitúen un motivo de infracción, feito deducido que constitúe unha conduta infractora, e un nexo ou razoamento que nos permita ter por certos os feitos deducidos. Ao existir máis dun razoamento posible, poderíase estar a castigar unha conduta que nunca se produciu, xa que os feitos indiciarios non levan de maneira inequívoca á conclusión de que se realizou a conduta infractora. - Falta de presentación de alegacións por parte do interesado: Efectivamente, a normativa en materia de circulación, establece que, de ser aplicable o procedemento abreviado (tal e como é o suposto que nos incumbe), unha vez notificada a denuncia (ben en man, por correos ou por BOP), disponse de 20 días naturais desde o día seguinte a data de notificación da denuncia para pagar co desconto do 50%, opción elixida polo interesado no procedemento sancionador obxecto desta queixa. Non obstante o anterior, e dado que se formulou unha queixa similar nesta Institución, consideramos conveniente valorar este expediente de queixa xa que valoramos que se está producindo unha vulneración de dereitos neste tipo de actuacións. Evidentemente, a crenza do interesado de atoparse fronte á presentación dunha proba diabólica pola súa banda, tras tentar mostrar aos axentes a posibilidade dun aparcadoiro como o afirmado e a negativa destes de presencialo, entendemos que determinou a vontade do denunciado. Similares consideracións preséntanse na conclusión do expediente Q/23089/16 dirixindo ao mesmo concello idéntica recomendación. En ambos os casos, o ente local rexeitou as nosas directrices. Curiosamente, o Concello de Boiro foi obxecto dunha terceira recomendación en materia de tráfico por mor da tramitación do expediente Q/1122/16, que foi parcialmente aceptada. Aquí, a problemática centrábase na imposición dunha sanción de tráfico a unha persoa discapacitada por circular pola vía destinada aos vehículos de motor. O interesado, irmán do infractor, denunciaba o abuso de autoridade que estaban a exercer varios axentes do corpo de policía local, xa que estes, a pesar de coñecer perfectamente a discapacidade mental do seu irmán e as súas dificultades para comprender as infraccións imputadas, limitábanse a poñerlle multas no canto de axudalo e protexelo. O Concello de Boiro baseaba o seu informe alegando descoñecemento do grao de discapacidade do sancionado e da súa incapacidade a efectos legais. Indicábase no oficio que non lle corresponde á Policía Local, nin a ese concello, decidir sobre a capacidade ou non das persoas, nin sobre quen deba ser, no seu caso, responsable civil dos seus actos, máis aló de que a persoa denunciada sexa coñecida no municipio. O concello sinalaba que o certo é que as accións denunciadas son constitutivas de infracción e, sobre todo, supoñen unha situación de perigo certo tanto para o infractor como para terceiros usuarios das vías de circulación. Por tal motivo, o concello afirma ser consciente de que a sanción destas infraccións posiblemente non vai modificar a conduta do denunciado, pero entende que é deber dos axentes a formulación das denuncias xa relacionadas. Analizado o caso, resulta obvio sinalar que o ordenamento xurídico non pode ser infrinxido, e que aquelas condutas que constitúen violación ou infracción do mesmo deben ser corrixidas. A potestade sancionadora resulta ser unha consecuencia inherente á potestade normativa de establecer deberes e obrigacións, necesarias sen dúbida para garantir o seu cumprimento. O Real Decreto Lexislativo 6/2015 polo que se aproba o texto refundido da Lei sobre Tráfico, Circulación de Vehículos a Motor y Seguridad Vial define as infraccións de tráfico como as accións ou omisións contrarias a esa lei, desenvolvidas regulamentariamente, e sancionadas nos termos previstos nela. Pero tras este concepto puramente formal, é preciso analizar os elementos que ditos comportamentos deben reunir para poder ser considerados infracción e obxecto de sanción, e que se concretan en dous elementos esenciais, por unha banda a antixuridicidade (e ausencia de causas de xustificación) e por outro a culpabilidade (ou imputación persoal). Con respecto ao elemento da antixuridicidade, estamos de acordo co concello en que, efectivamente a conduta do sancionado está tipificada na normativa de Seguridade Viaria ao recollerse nela como infracción obxecto de sanción o feito de transitar pola calzada existindo zona peonil transitable. Resulta sen dúbida un comportamento antixurídico tipificado, sen que se poida apreciar causa ningunha que xustifique a acción, isto é, circunstancias eximentes que exclúan a antixuridicidade. En canto ao elemento da culpabilidade, tal e como xa avanzamos no parágrafo primeiro desta análise, a comisión dun feito tipicamente antixurídico non determina de forma automática a imposición da sanción correspondente, senón que debe analizarse a culpabilidade ou imputación persoal, de maneira que se teñan en consideración os elementos ou condicións baixo as cales o autor é responsable polo feito cualificado como antixurídico. Determinar se efectivamente o autor dos feitos resulta culpable implica analizar exístense condicións que impidan ou limiten a imposición da sanción, é dicir, concórrense causas de inimputabilidade. A función das normas sancionadoras reside fundamentalmente en dirixir a conduta dos cidadáns ao mandato ou prohibición contido nas mesmas, de modo que o ben xurídico que a norma trata de protexer non sufra menoscabo algún. Para que se cumpra efectivamente esta función, é preciso que o suxeito ao que se dirixe a norma entenda a motivación da mesma, que lle resulte accesible a súa comprensión. Cando se aprecia unha causa de inimputabilidade é precisamente porque non resulta intelixible esta comprensión para o suxeito infractor. Unha das causas de inimputabilidade recollidas no ámbito penal, aplicables no dereito administrativo sancionador, é a referida ás anomalías ou alteracións psíquicas. No ámbito das infraccións en materia de seguridade viaria, esta causa ten plena cabida tendo en conta que a propia normativa de tráfico, concretamente o Reglamento General de Conductores, establece un elenco de supostos nos que se limita a posibilidade de obter a correspondente autorización administrativa para conducir vehículos a motor, debido a que as persoas diagnosticadas con algunha alteración mental carecen da aptitude psicofísica necesaria para utilizar un vehículo motorizado e da capacidade suficiente para ser motivados polas normas de tráfico. A aplicación das normas sancionadoras non resulta xustificada en tanto que tales normas perden a súa función preventiva característica pois a non ser comprensibles ou accesibles á súa motivación, estas persoas non deixan de cometer infraccións porque se lles impoña unha sanción. Xustamente, no informe do Concello de Boiro recóllese o argumento esgrimido na liña anterior, cando sinala que son “conscientes de que a sanción destas infraccións posiblemente non vai modificar a conduta do denunciado”. Para o sancionado non resulta comprensible a motivación dos feitos constitutivos da infracción, corroborado obxectivamente cunha listaxe de expedientes sancionadores incoados durante os tres últimos anos (2014 a 2016), catro exactamente, con idéntico contido. Resulta difícil comprender que, nunha poboación como a de Boiro, non se coñeza a situación do irmán do autor da queixa, pero aínda aceptando esta afirmación, chama a atención que tras catro multas polos mesmos feitos, os axentes non teñan en conta a problemática que realmente queda subxacente. Efectivamente detéctase un ilícito administrativo, que non se discute, e tamén resulta certo que non se formulan alegacións ante a sanción imposta. Aínda así, un familiar do afectado púxose en contacto co concello, unha vez tivo coñecemento do problema, para tratar de darlle unha saída razoable a esta situación. O concello fai mención á declaración de incapacidade e posibles titores legais e a que non é quen de valorar a capacidade das persoas. Neste punto, consideramos que, no caso das persoas con discapacidade intelectual, a capacidade de culpabilidade varía pola intensidade coa que a alteración psíquica afecta á posibilidade de comprender a ilicitude e de conducirse de acordo con tal comprensión, e precisamente o grao de discapacidade pode dar lugar unha exención total ou a unha atenuante. Isto supón que a incapacidade xudicial non exime "per se" da responsabilidade penal. Do mesmo xeito que, se unha persoa con discapacidade intelectual non estivese incapacitada no momento de cometer o delito, non quere dicir iso que sexa responsable do acto cometido (principios penais aplicables ao procedemento sancionador). Por tanto, debería resultar irrelevante se o concello ten certificado a incapacidade legal ou xurídica do sancionado cando existen elementos suficientes que fan notorio a existencia real dunha situación palpable de falta de conciencia sobre as consecuencias dos actos realizados por unha persoa con limitación mental. Os datos reais da poboación dunha poboación como a de Boiro e a tramitación de catro expedientes iguais son suficientes para considerar que o problema excede dunha mera sanción de tráfico común. Ata agora, limitámonos a expoñer argumentos de carácter xurídico (que xa de seu cuestionan a imposición das sancións que motivan a apertura deste expediente de queixa), pero non se pode obviar argumentos de xustiza material que requiren unha análise de dereito en maiúscula para determinar o que debe considerarse unha correcta e xusta actuación por parte dos axentes das forzas e corpos de seguridade. Entre as funcións encomendadas aos axentes da Policía Local atópanse as de ordenar, sinalizar e dirixir o tráfico no ámbito das súas competencias, pero igualmente teñen atribuídas outras tarefas que conflúen en termos como defensa, protección e auxilio. As Forzas e Corpos de Seguridade teñen como misión a protección dos dereitos fundamentais e liberdades públicas, así como a garantía de protección dos cidadáns, e as policías locais na súa actuación, deberán estar en constante contacto con quen son titulares destes dereitos e liberdades. É precisamente aquí cando os conceptos de xustiza material e social poden ter plena aplicación e cando o equilibrio entre dereitos e deberes, seguridade e protección resulta fundamental, sendo un constante punto de referencia na relación policía-cidadán. A Lei Orgánica 2/1986 de Forzas e Corpos de Seguridade, na súa introdución introduce un discurso que valora estes corpos como servizo público dirixido á protección mediante a defensa do ordenamento xurídico. A nivel municipal, non cabe dúbida de que as relacións humanas entre os axentes e a cidadanía caracterízanse por desenvolverse nun contexto que debe xuntar o cumprimento da legalidade e a defensa e protección da comunidade á vez que se resolven conflitos non só materiais senón tamén humanos, de comprensión e atención. É desexable que a interacción policía-cidadán realícese co mínimo nivel de conflito e o máximo de seguridade, e require, para ser eficaz nun estado democrático a consecución dun clima de confianza e seguridade para a cidadanía, xa que as funcións do policía permiten un amplo poder discrecional, que debe ser utilizado para a promoción da convivencia, da orde e da xustiza social e por tanto esta relación debe ter por finalidade o respecto ás liberdades e á persoa. A invocación da xustiza material non obvia a aplicación do dereito positivo, pero si permite que nun contexto no que a sociedade expón situacións de cambios e problemáticas específicas, valórese e téñase presente a materialización específica dun trato xusto, especialmente cando afecta a grupos vulnerables. Por último, sinalar que a apelación do concello ao risco que xera a conduta do infractor, non só para si mesmo, senón tamén para terceiros usuarios das vías de circulación, non consegue diminuír pola apertura reiterada de expedientes sancionadores, senón que o labor de protección cara a toda a poboación pode exercerse igualmente con medidas de auxilio e as que poidan terse en consideración tras valorar a situación coa familia ou persoas achegadas, que sen dúbida, resultarán máis efectivas e non xeran conflito de interese algún. En conclusión, recomendouse ao Concello de Boiro que, previos os trámites legais preceptivos, de ser posible formalmente, realícense as actuacións necesarias para revisar as resolucións sancionadoras adoptadas. Tamén se instou a esta administración local que proceda a unha revisión e análise efectivo da práctica dos axentes de tráfico implicados nos feitos que orixinan esta queixa, adoptando medidas de sensibilización e concienciación sobre importancia do labor que desenvolven as forzas de orde pública á hora de prestar auxilio e protección a colectivos vulnerables. b- Seguridade viaria e sinalización de vías urbanas e interurbanas Polo contido das queixas que nesta materia recóllense no Valedor do Pobo, podemos constatar certa insatisfacción da cidadanía ante o que consideran pasividade ou inactividade de certos corpos de policía local ante situación reiterativas de incumprimento da sinalización no centro urbano. A principal cuestión a investigar adoita ser que ante a constante infracción polos condutores de determinadas restricións no estacionamento ou na propia circulación, as autoridades competentes non actúan con contundencia suficiente. Convén chamar a atención aquí sobre a satisfactoria resposta que en xeral se recibe das administracións en materia de seguridade viaria. Neste apartado rexistráronse varias queixas, constatándose en todas elas a boa disposición mostrada pola administración afectada a tomar en consideración as inquietudes dos reclamantes. Como exemplo, destaca o expediente Q/146/16 no que o Concello de Moaña procedeu á colocación de bolardos para evitar que se aparcase en zonas conflitivas, ou a Q/239/16 no que a alcaldía da Coruña admite que existen dificultades obxectivas para reducir as infraccións cometidas na zona lindeira ao Hospital Materno Infantil, pero que a pesar de tales dificultades, o labor policial debe ser constante para tratar de eliminar as prácticas infractoras daqueles condutores irrespectuosos coa normativa de tráfico. Nesa liña, o concello trasládanos o seu compromiso de intensificar os controis específicos nese lugar. Noutros casos, este reproche prodúcese ante a vulneración da prohibición de estacionar en espazos delimitados por un vao de particulares. Queixas como a Q/12680/16 ante o Concello de Sarria, ou a Q/63786/16 ante o Concello de Monforte de Lemos, inciden nesta cuestión, aínda que ambas se atopan neste momento pendentes de resolución. Por último, é interesante mencionar o expediente Q/319/16 cuxo encaixe está a medio camiño entre o apartado a) sobre sancións e o b) relativo á sinalización, pois esta reclamación baséase en que a deficiente sinalización na cidade de Pontevedra dunha zona restrinxida para o estacionamento que levou a imposición dunha sanción. A este respecto, consideramos que a multa non podía ser anulada pois a infracción efectivamente tíñase cometido ao non comprobarse o condutor a sinalización. Con todo, si apreciamos que a colocación dos sinais de prohibición podía ser mellorada, e así llo fixemos saber ao concello que aceptou totalmente as nosas indicacións. Profundando neste asunto, dicir que o interesado indicaba que lle foi imposta unha sanción de tráfico por estacionar nunha zona de servizos superando o tempo máximo autorizado de 15 minutos, na Avda. Uruguai, sendo retirado o vehículo polo guindastre municipal. Ao non ser residente dese concello, non coñecía a zona, estacionando o coche durante toda a tarde, alegando que: a) O sinal que indica o estacionamento de zona de servizos, aparece tapada case na súa totalidade por unhas ramas dunha árbore. Non se cumpre así co establecido no art. 131 do Real decreto 1428/2003 polo que se aproba o regulamento xeral de circulación (RXC): "... sinais verticais de circulación e marcas viarias, destinadas aos usuarios da vía e que teñen por misión advertir e informar a estes ou ordenar ou regulamentar o seu comportamento coa necesaria antelación de determinadas circunstancias da vía ou da circulación". Así mesmo, o art. 139 do RXC establece: "corresponde ao titular da vía a responsabilidade do seu mantemento nas mellores condicións posibles de seguridade para a circulación e a instalación e conservación nela dos adecuados sinais e marcas viarias. O art. 142 do RXC sinala: "2. Salvo por causa xustificada, ninguén debe instalar, retirar, trasladar, ocultar ou modificar a sinalización dunha vía sen permiso do seu titular ou, no seu caso, da autoridade encargada da regulación do tráfico ou da responsable das instalacións (art. 58.2 do texto articulado). Prohíbese modificar o contido dos sinais ou colocar sobre ela ou nas súas inmediacións placas, carteis, marcas ou outros obxectos que poidan inducir a confusión, reducir a súa visibilidade ou a súa eficacia, cegar aos usuarios da vía ou distraer a súa atención, sen prexuízo das competencias dos titulares da vías (art. 58.3 do texto articulado)". b) As liñas descontinuas da sinalización horizontal da vía, están en cor branca, o que non indica prohibición de estacionamento (deberían estar en cor amarela). Tampouco se cumpre co RXC que, na súa sección 5a De as marcas viarias, establece: "Artigo 171. Marcas doutras cores: c) Marca amarela lonxitudinal descontinua. Unha liña descontinua de cor amarela, no bordo ou xunto ao bordo da calzada, significa que o estacionamento está prohibido ou sometido a ningunha restrición temporal, indicada por sinais, en toda a lonxitude da liña e no lado en que estea disposta". c) O interesado afirmaba que as deficiencias na sinalización deron lugar á confusión. Asegura que os veciños da zona, que foron quen lle informou de que o coche o había levado o guindastre, que esta situación acontece con frecuencia. Achega fotografías doutra zona no mesmo marxe da Avda. Uruguai onde está igualmente limitado o tempo de estacionamento para servizos, pero pintado de cor amarela a diferenza do lugar onde o denunciaron. O Concello de Pontevedra, no seu informe, confirmou a imposición da sanción por estacionar o seu vehículo nunha parte da vía reservada para o servizo de determinados usuarios (zona de servizos superando o tempo máximo autorizado de 15 minutos). A administración dá conta das alegacións presentadas polo interesado sobre que "...o sinal que indica que "só se pode estacionar máximo 15 minutos" aparece tapada case na súa totalidade polas árbores adxacentes facendo a súa visibilidade moi difícil para o condutor dun vehículo,...", achegando unha serie de fotografías do lugar da infracción. Trasladado o prego de alegacións ao axente denunciante da infracción, este ratifícase nos feitos denunciados, achegando así mesmo, dúas fotografías do sinal desde a calzada da Avda. Uruguai, onde se aprecia que o citado sinal é perfectamente visible para o condutor dun vehículo que circule pola citada avenida. O concello pon de manifesto que, no caso que nos ocupa, resulta esixible por parte dos condutores unha dilixencia media para observar as sinalizacións de regulación do tráfico, xa que nas fotografías achegadas polo interesado, con independencia do ángulo co que foron tomadas, advírtese igualmente a existencia dunha sinalización vertical, aínda que non se aprecie o concreto contido da mesma. No informe consta que, tendo en conta estas consideracións e conforme ao artigo 14 do Regulamento de procedemento sancionador en materia de tráfico, Real decreto 320/1994, do 25 de febreiro, que establece que "as denuncias efectuadas polos axentes da autoridade encargados da vixilancia do tráfico, terán valor probatorio respecto dos feitos denunciados, sen prexuízo do deber daqueles de achegar todos os elementos probatorios que sexan posibles sobre o feito denunciado e das probas que en defensa dos respectivos dereitos ou intereses poidan sinalar ou achegar os propios denunciados", presunción "iuris tantum" de veracidade que non vulnera a presunción de inocencia que asiste ao presunto infractor, xa que a denuncia dun axente sometida á posibilidade de contradición no expediente adquire a calidade precisa para considerala proba de cargo, ditouse proposta de sanción co informe do axente denunciante, polo órgano instrutor dos expedientes, desestimando as alegacións do titular do vehículo e notificándoselle debidamente. Fronte ao recurso de reposición interposto polo interesado, sinalando que "...no lugar do estacionamento os sinais horizontais da vía corresponden a liña descontinua en cor branca...", ditouse resolución confirmatoria da sanción, na que se desestima o recurso formulado, na que se lle aclara ao interesado que o estacionamento no lugar da infracción é libre fose do horario indicado no sinal, motivo polo cal as marcas horizontais están pintadas de cor branca. O concello afirma que, do anteriormente relatado, considerando que o axente que denuncia un feito é unha testemuña presencial do mesmo, e debido ás funcións que exerce na cidade, de control da seguridade do tráfico e o seu deber de imparcialidade e obxectividade, merece a máxima credibilidade, na base do informe do axente denunciante, o expediente está ben tramitado e cumprindo os principios básicos do procedemento sancionador. Tras a investigación realizada, na que se estudou o contido da queixa do interesado, o exposto na información ditada polo Concello de Pontevedra, e a normativa vixente, consideramos en primeiro lugar que o procedemento seguido no expediente sancionador de referencia non houbo irregularidade formal algunha, realizándose os trámites oportunos, atendendo e motivando a resposta ás alegacións presentadas e resolvendo en tempo e forma. En canto ao fondo do asunto, non apreciamos tampouco vulneración de dereitos ao non infrinxirse a normativa de aplicación, constando un sinal vertical que advirte da limitación temporal no estacionamento de vehículos. Noutras fotografías incorporadas ao expediente (aínda que desde outras perspectivas), apréciase a súa visibilidade completa do sinal vertical. Certo é que na imaxe fotográfica remitida polo interesado, as árbores da beirarrúa dificultan a visión do devandita sinal, pero, tal e como indica o concello, apréciase a existencia dunha sinalización vertical, que o condutor podería comprobar. Dito isto, a tramitación do expediente e posterior imposición da sanción resulta conforme a dereito. Con todo, debemos realizar certas precisións, non tanto sobre o expediente en si senón sobre a regulación e sinalización do espazo orixe da controversia. Por unha banda o interesado alega que o sinal está oculta e que por iso non foi consciente da prohibición de estacionar. Pola súa banda a administración considera que prestar atención aos sinais constitúe a súa obrigación. Neste sentido é importante o artigo 139 RXC, o cal establece que corresponde ao titular da vía a responsabilidade do seu mantemento nas mellores condicións posibles de seguridade para a circulación e a instalación e conservación nela dos adecuados sinais e marcas viarias. Polo que consideramos que o Concello de Pontevedra debe coidar o bo estado dos sinais de tráfico, tanto no mantemento do propio sinal como nos elementos que poidan dificultar a súa visibilidade. Do mesmo xeito que se lle pide aos condutores que extremen a súa dilixencia na comprobación dos sinais, debe a administración contribuír con estrita dilixencia ao correcto mantemento das mesmas, facilitando así o cumprimento claro e absoluto das indicacións que se transmiten con elas. As ramas das árbores si dificultan parcialmente o visionado do sinal. Por outra banda a Orde FOM/534/2014, do 20 de marzo, pola que se aproba a norma 8.1- IC de sinalización vertical da Instrución de estradas, establece no artigo 1.2 que a sinalización persegue catro obxectivos fundamentais: aumentar a seguridade, eficacia e comodidade da circulación, e facilitar a orientación dos condutores. Así mesmo a citada orde establece que os principios básicos da boa sinalización son: a claridade, a sinxeleza, a uniformidade e a continuidade. Nesta situación consideramos que a existencia do pintado da zona de estacionamento mediante unha liña descontinua de cor branca pode xerar confusión, xa que tal pintura soe empregarse en espazos de aparcadoiro sen restrición. Se a isto únese que o propio sinal vertical non sexa plenamente visible desde determinados ángulos, é factible que xurdan situacións equívocas que, tan só unha dilixencia estrita evite a confusión, pero que un sentido do deber medio poida finalizar na crenza de considerar a zona de estacionamento libre. Non se pode obviar que, aínda que o uso da cor branca sexa legal, resulta habitual que nos espazos con algún tipo de limitación horaria no estacionamento utilícese pintura de cor amarela (o artigo 171 da RXC establece que as marcas amarelas lonxitudinais descontinuas no bordo da calzada son indicativas dunha prohibición ou estacionamento no lado da calzada onde están situadas), polo que neste caso concreto xera erro aos condutores que ao non ser amarela asocian que poden aparcar nesa praza e por tanto non favorece o seu cumprimento. O espírito que emana da lexislación en materia de tráfico é o de tratar de conseguir o cumprimento da normas reguladoras da circulación (neste caso concreto, facilitar que a zona en cuestión teña un movemento de vehículos áxil e circulatorio). Co fin de conseguir que ese espazo sexa utilizado conforme a esa limitación horaria, resulta lóxico que as indicacións sexan o máis claras posibles. Por tal motivo consideramos que para conseguir a claridade, o concello pode tratar de evitar confusións como a que dá orixe a esta reclamación, modificando a marca viaria horizontal pintándoa de amarelo, de forma que o usuario da vía sexa consciente de que nese espazo existe limitación, obrigándoo a buscar o sinal vertical aínda que esta non sexa totalmente visible desde o seu ángulo. Por todo o indicado suxerimos ao Concello de Pontevedra que adoptase as medidas necesarias para mellorar a sinalización vertical da zona de estacionamento referida neste expediente de queixa, cambiando a cor branca actual por pintura amarela, favorecendo o cumprimento da ordenación dese espazo, suxestión aceptada na súa totalidade. B) Orde pública Unha boa parte das queixas recibidas por cuestións de orde pública fan alusión a actuacións de órganos dependentes da Administración Xeral do Estado (por exemplo incidentes coa policía nacional ou a garda civil) e, en consecuencia, correspóndelle coñecelas ao Defensor del Pueblo, polo que con frecuencia nesta materia debemos dar traslado da problemática ao noso homólogo estatal. A principal problemática que nos trasladan os interesados céntrase na suposta pasividade dos axentes da policía local ante alteracións da orde pública. Como ocorre en materia de tráfico, neste punto tamén debe recoñecerse a boa disposición das administracións para alcanzar unha solución satisfactoria. Xa para finalizar, indicar que outro tipo de queixas que orixinan a intervención da Valedora son aquelas en as que os reclamantes consideran inapropiado o trato recibido dalgún axente da autoridade, constatando unha clara falta de respecto ou un abuso do seu cargo. Aínda que a dificultade inherente a estas situacións deriva das evidentes discrepancias que adoitan darse no relato dos feitos, no exercicio 2016 (aínda que a queixa iniciouse xa no ano 2015, Q/12506/16), considerouse necesario suxerir ao Concello de Culleredo que dese correcto cumprimento aos deberes legais que se extraen do artigo 42 da Lei 30/1992, do 26 de decembro, de Réxime Xurídico e Procedemento Administrativo Común, dando resposta aos escritos e solicitudes presentados polo interesado, así como facilitar a información á que ten dereito toda persoa lexitimamente interesada. Efectivamente, as diverxentes perspectivas do sucedido impedíannos adoptar unha postura determinante sobre o suposto trato indebido do axente policial. Con todo, detectamos unha práctica inadecuada por parte da administración local en canto á xestión do altercado e a súa tramitación procedimental. O interesado relatábanos o incidente acontecido cun axente da policía local cando levaba ao seu fillo ao colexio. No relato dos feitos, o autor da queixa incidía no feito de que tratou de comunicarlle ao axente os problemas que estaba a detectar cos vehículos na zona escolar sempre con respecto e boa educación. Con todo, a actitude do policía non resultou idónea e tampouco quixo identificarse cando llo pediu. Tamén afirma que, tras o incidente, sentiu intimidado polos axentes participantes no altercado. Posteriormente, notificóuselle que fora denunciado ante a Subdelegación do Goberno. O interesado solicitou ao concello información sobre a identificación dos axentes, copia da denuncia presentada polos axentes e entrevista persoal coas persoas competentes no asunto, información sobre posibles denuncias ou incidentes aos axentes implicados. Non obtivo resposta. No primeiro informe enviado polo Concello de Culleredo, recollíase literalmente que “todas as situacións descritas, as cales forman parte das alegacións formuladas por D. …, con DNI …, faltan á verdade, e todo iso vén por mor da denuncia formulada no seu día (01-12-2014) polo axente 094013 e o oficial 094003 cursada á Subdelegación do Goberno por Infracción á Lei 1/1992 no seu art. 26, concretamente por desobedecer os mandatos da autoridade ou dos seus axentes, e alterar a seguridade colectiva ou orixinar desordenes. Que esta denuncia foi ratificada con data 09-03-2015”. Con ese contido, consideramos insuficiente a información recibida, polo que requirimos novamente á entidade local que se nos concretase as actuacións levadas a cabo ante esa denuncia. De feito, o interesado solicitaba unha serie de informes e consideracións ao fío do incidente descrito, non constando no documento remitido ao Valedor do Pobo indicación ningunha sobre os mesmos. En xaneiro de 2016, recibimos un novo escrito do Concello de Culleredo no que se pon de manifesto que o interesado pedía os informes “única e exclusivamente” para os efectos de que obren no poder da Administración para futuras actuacións dos axentes denunciados contra a súa persoa. Neste sentido, o concello afirma que obrará en consonancia coas disposicións legais vixentes en cada caso, non tendo deber de dispoñer de informes previos ante posibles futuras denuncias. Recóllese tamén no documento da alcaldía que no expediente consta informe do inspector principal da Policía Local, no que se fai referencia ao informe remitido polos axentes denunciados e que foi posto en coñecemento desta institución mediante escrito do citado Inspector de data 9 de abril de 2015. No expediente consta así mesmo, denuncia dos axentes da Policía Local de data 1/12/2014 contra o interesado ante a Subdelegación do Goberno por desobedecer os mandatos da autoridade ou dos seus axentes; solicitude da instrutora-xefa dos Servizos de Asuntos Xurídicos da Subdelegación do Goberno de informe sobre alegacións presentadas polo denunciado; e informe dos axentes da Policía Local en relación a estas alegacións. Finaliza o informe da administración sinalando que “por todo o exposto, enténdese que os axentes da Policía Local actuaron en todo momento con respecto ao ordenamento xurídico”. Na nosa análise partimos do feito de que o autor da queixa presentou no concello un escrito no que reivindicaba unha serie de información concreta sobre o incidente no que se viu involucrado, concretamente pedía datos sobre a identificación dos axentes, copia da denuncia e unha entrevista persoal. Ao final do escrito, facíase referencia a outro tipo de documentación como é a da elaboración de informes sobre posibles denuncias, infraccións ou incidentes tanto sobre a súa persoa como sobre o axente implicado, e, efectivamente, estes últimos documentos requiríanse “única e exclusivamente” coa finalidade de obter unha visión obxectiva sobre o acontecido. Con todo, o concello non facilitou resposta ningunha á solicitude do interesado datada en marzo de 2015 nin se lle facilitou acceso a datos nin ao expediente de denuncia referenciado, nin contestación á petición de entrevista, extremos todos eles alleos á referencia expresa de efectos meramente internos da alcaldía. Sobre este punto, debemos realizar dúas consideracións fundamentais: - A primeira delas versa sobre omisión de contestación por parte do Concello ás solicitudes presentadas polo autor da queixa. É necesario resaltar que as administracións públicas, nas relacións cos cidadáns, deben canalizar o exercicio das súas funcións mediante o procedemento administrativo. A razón de ser deste xeito de actuación administrativa responde a unha dobre finalidade: servir de garantía aos dereitos dos administrados e, doutro xeito, ao propio interese público. A garantía da existencia de trámites administrativos e dunha resposta efectiva ao cidadán deriva da propia Constitución Española. Así, o deber administrativo de cumprir escrupulosamente coas normas que rexen os procedementos, coidando ao máximo de todos os trámites que constitúen o expediente, dimana directamente do mandato constitucional do artigo 103 dunha Administración eficaz que serve con obxectividade aos intereses xerais e que actúa con sometemento pleno á Lei e ao dereito, sometemento que se articula mediante a suxeición da actuación pública ao procedemento administrativo establecido pola Lei. Debe lembrarse que o principio de eficacia do xa mencionado artigo 103.1 da Constitución Española esixe das Administracións Públicas que cumpran razoablemente as expectativas que a sociedade lexitimamente demándalle, entre elas, o deber da Administración de resolver con prontitude as peticións e reclamacións que lle presenten os particulares, xa que o coñecemento cabal polo administrado da fundamentación das resolucións administrativas, constitúe un orzamento inescusable para a idónea defensa dos seus dereitos e intereses lexítimos. Dito o anterior, é precisamente a Lei 30/1992, do 26 de novembro, de Réxime Xurídico das Administracións Públicas e do Procedemento Administrativo Común a encargada de dar efectividade ao descrito nos parágrafos anteriores ao concretar no artigo 42 que “a Administración está obrigada a ditar resolución expresa en todos os procedementos e a notificalos, calquera que sexa a súa forma de iniciación.” A institución do silencio administrativo negativo recoñecida no artigo 43 da mesma disposición -a diferenza do silencio administrativo positivo, que ten a consideración de verdadeiro acto administrativo finalizador do procedemento- configúrase pola lei exclusivamente como unha garantía para a defensa xudicial dos seus dereitos por parte dos interesados. Por tanto, a Administración non queda eximida da súa deber de resolver, e de feito, no caso de desestimación por falta de resolución expresa, non estará vinculada ao sentido do silencio, tal e como sinala expresamente o mesmo artigo 43. Non hai que esquecer que o silencio administrativo é unha práctica que xera nos cidadáns unha auténtica inseguridade xurídica e indefensión material que obriga aos cidadáns para acudir á vía xurisdicional para a resolución dos seus conflitos, convertendo por iso, en inoperante, a vía administrativa. Por esta razón, é urxente e necesaria a supresión desta práctica polos órganos da administración pública en todos os niveis. - A segunda consideración versa sobre o acceso á información por parte do interesado. Neste caso debemos traer a colación tanto a recente Lei 1/2016, do 18 de xaneiro, de transparencia e bo goberno de Galicia, regula expresamente o procedemento para o exercicio do dereito de acceso á información pública, como a Lei 30/1992 de réxime xurídico e procedemento administrativo común, a cal no seu artigo 35 recolle o dereito de todo cidadán, nas súas relacións coas administración públicas, a coñecer, en calquera momento, o estado da tramitación dos procedementos nos que teña a condición de interesados, e obter copias de documentos contidos neles. Por último, é preciso recalcar o feito de que, aínda que neste caso atopémonos ante dúas declaracións contraditorias sobre uns mesmos feitos por parte dun cidadán e dun axente do corpo de policía local (feitos que non cuestionamos en tanto non presenciamos o incidente nin temos acceso a probas que corroboren ningunha das versións), pode entrar en cuestión a presunta maior credibilidade en función do principio de veracidade que se lle outorga ao axente da autoridade no exercicio das súas funcións. Con todo, isto non exime á Administración da súa deber de motivar a denuncia dirixida contra o interesado, xa que a presunción de veracidade non pode supoñer unha vulneración da presunción de inocencia do artigo 24 da CE e un ataque ao dereito de defensa recollido no mesmo precepto constitucional. Isto é doutrina do Tribunal Supremo, recollida na sentenza 5702/1999, que establece que: “É (….) erróneo pretender fundar unha decisión sancionatoria no investimento da carga da proba que significa a chamada presunción de veracidade”. Non deixa de chamar a atención que nos dous informes remitidos polo concello a contestación da institución limítese a facer referencia unicamente da ratificación do axente implicado sen facilitar máis información sobre o asunto, obviando calquera tipo de información que implique unha actividade investigadora do acontecido ou acerca da debida resposta ás solicitudes do interesado tanto de obter información como da entrevista persoal. En base a todo o anterior, suxerimos á administración afectada a suxestión sinalada ao comezo da exposición deste expediente, a cal foi aceptada na súa totalidade. IV. RESOLUCIÓNS DO VALEDOR DO POBO RESOLUCIONS DA ÁREA DE EMPREGO PÚBLICO Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/12982/15 e Q/13007/15 Falta de resposta expresa a unha solicitude de teletraballo Axencia para a Modernización Tecnolóxica de Galicia. 15/01/2016 Non Aceptada Q/12982/15 e Q/1300//15 2 Q/13404/15 Preservación do anonimato nas probas tipo test Concello de Valga 19/01/2016 Aceptada Q/13404/15 3 Q/23073/14 Acceso a un expediente e certificado de servicios prestados Vicepresidencia e Consellería da Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza 22/01/2016 Aceptada Q/23073/14 4 Q/43/15 Dereito a obter copias nun proceso selectivo Concello de Marín 22/01/2016 Aceptada Q/43/15 5 Q/13402/15 Aplicación dos principios de acceso á función pública nun proceso selectivo para o corpo de bombeiros Deputación Provincial de Pontevedra 29/01/2016 Aceptada Q/13402/15 6 Q/13010/15 Carácter sanitario dunha praza do Centro de Transfusión Consellería de Sanidade 08/03/2016 Aceptada Q/13010/15 7 Q/12506/15 Incidente coa policía local e acceso ao expediente Concello de Culleredo 31/03/2016 Aceptada Q/12506/15 8 Q/13520/15 Incorrecta aplicación da presunción de veracidade nun expediente sancionador de tráfico Concello de Boiro 3/05/2016 Non aceptada Q/13520/15 9 Q/23089/15 Incorrecta aplicación da presunción de veracidade nun expediente sancionador de tráfico Concello de Boiro 3/05/2016 Non Aceptada Q/23089/15 10 Q/319/16 Mellora da sinalizacion urbana nunha zona de aparcamento da cidade Concello de de Pontevedra 11/05/2016 Aceptada Q/319/16 11 Q/19571/14 Equiparación salarial na ensinanza concertada Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 13/5/2016 Aceptada Q/19571/14 12 Q/1122/16 Imposición dunha sanción de tráfico a unha persona discapacitada Concello de Boiro 29/9/2016 Aceptada parcialmente Q/1122/16 13 Q/12746/16 e Q/12954/16 Recoñecemento da carreira profesional do persoal estatutario de enfermería Consellería de Sanidade 25/10/2016 Aceptada Pendente de Efectividade Q/12746/16 Q/12954/16 14 Q/14415/16 Posibilidade de implantar a figura de intercambio provisional para o persoal interino docente Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 9/01/2017 Pendente Q/14415/16 15 Q/12859/16 Q/12861/16, Q/12862/16 Q/12875/16 Exclusión na adxudicación de bolsas de formación en arquivos Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 18/01/2017 Pendente Q/12859/16 Q/12861/16 Q/12862/16 Q/12875/16 16 Q/954/16 Posibilidade de permuta do personal interino Consellería de Política Social 18/01/2017 Pendente Q/945/16 IV. CONSIDERACIÓNS F INAIS As directrices adoptadas para alcanzar a sustentabilidade financeira e conter o gasto público tiveron unha notable repercusión na área de función pública, non só en termos de acceso a un emprego neste sector senón no que incumbe ás condicións laborais dos traballadores que xa prestaban os seus servizos na administración pública. A crise económica sufrida nos últimos anos provocou un importante crecemento dos niveis de desemprego e da precariedade laboral no sector privado, o que xerou que poboación activa busque acceder a un posto fixo na administración. A esta situación únese o feito de que, a pesar de que continúan as restricións nas convocatorias de acceso ao emprego público, o incremento de prazas no ano 2016 por parte da Xunta de Galicia (principalmente en Educación) implicou un aumento de solicitudes dirixidas á Valedora para a supervisión do desenvolvemento dos procesos selectivos e, sobre todo, de acceso a revisión de probas e copia de exames. Consolidouse na nosa sociedade unha clara conciencia cidadá sobre o feito de que o cumprimento dos principios de transparencia e legalidade nestas probas constitúe un piar esencial da nosa sociedade democrática, polo que a esixencia de control e supervisión en todos os procesos de prazas públicas ten maior repercusión. Non cabe dúbida que apreciamos melloras substanciais en materia de transparencia nos procesos de selección, e que as reivindicacións dos cidadáns axudan a presentar os procedementos e os seus resultados de forma clara e aberta. Dito isto, tamén é preciso advertir que aínda quedan aspectos por mellorar. As principais incidencias que se detectan durante o desenvolvemento dos procesos selectivos das administracións refírense aos prazos e tempos de espera entre as probas a realizar, así como as dificultades que en ocasións teñen os opositores para obter copia dos seus exercicios debendo ser atendidas con celeridade e de forma completa facilitando toda a documentación que constate o cumprimento dos principios de igualdade, mérito e capacidade no acceso ao emprego público. O mesmo cabe dicir ante as solicitudes de revisión dos exercicios que conforman as probas de acceso, cuxa resposta debe ser motivada e expresa dado que a invocación da discrecionalidade técnica non é ilimitada. A creación de listas de contratación temporal a partir das probas de acceso, que permiten acudir a contratos temporais para a cobertura de interinidades, sexa para substitucións ou para vacantes, determina a importancia de obter unha puntuación adecuada aínda cando non se obtén praza en primeira instancia. Isto reforza a esixencia de que os principios que rexen os procesos selectivos deben cumprirse estritamente en todos os niveis. Por iso, na mesma medida que consideramos fundamental o control no acceso mediante oposición libre a un posto de traballo na administración pública, igual de importante resulta a supervisión e comprobación estrita dos mecanismos de contratación temporal a través das listas existentes, non só para determinar o seu debido uso como recurso de substitución adecuada de empregados en situacións de ausencia, senón tamén en canto á correcta xestión das listas e a debida prelación nos chamamentos. Todo isto, tendo en conta a necesidade de conciliar a limitación da temporalidade e a existencia das garantías adecuada na prestación dos servizos públicos mediante o persoal suficiente (sobre todos nos sectores esenciais). En canto aos problemas específicos dos traballadores que prestan servizos no sector público por algunha das modalidades contempladas no noso ordenamento, algúns derivan tamén das medidas de contención do déficit público que obrigou á administración a deixar en suspenso pactos acordados con anterioridade á crise económica e que prevían melloras paulatinas de condicións laborais, fundamentalmente equiparacións salariais entre diversos colectivos. As ferramentas orzamentarias non son cuestionables por esta institución, pero si cabe desexar que estes acordos laborais sexan progresivamente reactivados na medida en que se consolida o proceso de recuperación económica. Noutra orde de cousas, as principais incidencias en materia de orde pública que se perciban por mor da actividade supervisora desta institución, derivan de desavinzas de trato entre os axentes policiais e os cidadáns. En materia de tráfico, a problemática céntrase fundamentalmente no control estrito das garantías do procedemento sancionador, fundamentalmente no relativo ás notificacións e a resposta motivada ante as alegacións presentadas. Por último, queremos incidir na idea de que toda administración pública debe responder con prontitude ás solicitudes relativas a decisións ou actos administrativos en xeral, tanto os que afectan a procesos selectivos como ao exercicio da relación laboral dos traballadores públicos. Os organismos públicos non deben ampararse na figura do silencia administrativo para non dar resposta expresa ás peticións dos usuarios. A comunicación mediante resposta expresa e motivada ás solicitudes dos cidadáns é a liña directriz que debe guiar a actuación dos entes administrativos, o que evitaría dilacións e intervencións doutras instancias supervisoras, xa que en máis ocasións das desexadas prodúcese unha demora no estudo do problema que obriga ao afectado a solicitar a nosa axuda. ÁREA DE URBANISMO I. INTRODUCIÓN Neste informe anual pretendemos, como en anos anteriores, realizar unha exposición do traballo que levamos a cabo ao longo do ano, e no que se inclúen tanto as queixas presentadas no ano 2016 como as que entraron en anos anteriores e non foran concluídas ata o momento. Aínda que é certo que nesta complexa materia o noso traballo debe cinguirse especialmente aos problemas concretos que expoñen as queixas, o certo é que estas queixas traducen unha determinada realidade sociolóxica do urbanismo en Galicia. A percepción de que toda leira é un solar sobre o que se pode construír, percepción en retroceso debido ao plan e normas urbanísticas xa habitual en todos os nosos concellos, a cultura do “vai facendo” que se percibe aínda nalgunhas queixas e na falta de resposta ante denuncias urbanísticas que esixen unha reposición de legalidade, cremos que tamén en retroceso pero aínda existente, a relación entre veciños e a propensión a preitear e denunciar, bastantes das denuncias son entre veciños que se denuncian simultaneamente e mesmo entre familiares próximos, etc. Como en anos anteriores e tal como puxemos de manifesto nos respectivos informes anuais, son poucas as queixas que se refiren a cuestións de xestión urbanística ou planeamento. Como vén sendo frecuente todos os anos a maioría das queixas que en materia de urbanismo chegan á oficina do Valedor do Pobo refírense a aspectos da disciplina urbanística. Noutros campos do urbanismo, como o da planificación e xestión urbanística, recibimos un número considerablemente inferior de reclamacións. Seguimos recibindo algunhas que fan referencia ao prazo de resposta ás alegacións que se presentan a un Plan Xeral, despois da súa aprobación inicial, durante o período de tempo habilitado para iso. Sempre facemos saber que aínda non existindo un prazo para responder nin existir a obrigación de responder de forma individualizada e comunicada postalmente, si sería conveniente facelo cando o número de alegacións o permita, e facelo comunicando a súa estimación ou desestimación de forma motivada. Presentáronse tamén algunhas queixas solicitando cambios na clasificación e cualificación do chan, cuestións nas que a nosa capacidade de supervisión é moi limitada, dada a autonomía e discrecionalidade na que se desenvolve a potestade administrativa da planificación urbanística, supervisada en todo caso pola Xunta de Galicia a través da Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio. As queixas máis habituais en materia de urbanismo poden englobarse baixo o epígrafe de disciplina urbanística e responden ao suposto no que o reclamante manifesta na súa queixa a pasividade da Administración -aínda que algunhas se refiren á APLU, a maioría refírense á administración municipal- ante unha denuncia por infracción urbanística. Expedientes cuxa tramitación se dilata de forma non comprensible nin xustificable, ou a inhibición ou abandono na aplicación das medidas disciplinarias adoptadas, mesmo, nalgúns casos, ratificadas por sentenzas xudiciais. Mesmo existe algún caso, no que o concello fai caso omiso das súas resolucións, das denuncias dos veciños e trata de aproveitar a revisión do PXOM para legalizar algo que previamente declarara ilegalizable e sobre o que recaeran resolucións firmes. Durante o ano 2016 publicouse e entrou en vigor a Lei 2/2016, do 10 de febreiro, do solo de Galicia que substitúe á 9/2002, do 30 de decembro, de ordenación urbanística e protección do medio rural de Galicia. Por Decreto 143/2016, do 22 de setembro, aprobouse o Regulamento da Lei 2/2016, do 20 de febreiro, do solo de Galicia. Entrou en vigor a Lei 19/2013, do 9 de decembro, de transparencia, acceso á información e bo goberno e a Lei 39/2015, do Procedemento Administrativo Común das Administracións Públicas, tamén a Lei 1/16, do 1 de xaneiro, de transparencia e bo goberno, que desenvolve a anterior e ten como obxectivo incrementar e reforzar a transparencia da administración pública, recoñecer e garantir o dereito á información e establecer as obrigacións de bo goberno que deben cumprir os responsables públicos así como as consecuencias xurídicas derivadas do seu incumprimento. Todas elas teñen unha influencia directa na tramitación dos expedientes desta área e nas relacións dos cidadáns coa Administración. II. DATOS CUANTITATI VOS No ano 2016 presentáronse nesta área 114 queixas, das cales 107 foron admitidas a trámite, 1 remitida ao Defensor del Pueblo e 6 inadmitidas. Das queixas admitidas 94 concluíronse e 13 están en trámite. Tamén durante ao ano 2016 tramitáronse e concluíronse 92 queixas de anos anteriores, das cales 1 corresponden ao ano 2006, 4 ao ano 2012, 7 ao ano 2013, 22 ao ano 2014 e 58 ao ano 2015, quedando pendente de remisión de informe complementario una do ano 2013 do Concello de Santiago de Compostela e ora queixa do ano 2015 correspondente ao Concello de Boiro. Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 114 114 Admitidas 108 94,74 % 108 94,74 % Non admitidas 6 5,26 % 6 5,26 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 0 ---- 0 ---- A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 95 87,96 % 95 87,96 % En trámite 13 12,04 % 13 12,04 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2012 1 3 4 4 0 2013 2 5 7 6 1 2014 18 4 22 22 0 2015 35 23 58 57 1 III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1.- As actuacións en materia de urbanismo divídense en tres partes: Planeamento urbanístico. Xestión urbanística. Disciplina urbanística. Co planeamento urbanístico redáctase un conxunto de instrumentos técnicos e normativos para ordenar o uso do solo e regular as condicións para a súa transformación ou, de ser o caso conservación. Con el configúrase o modelo urbanístico que se concreta no Plan Xeral de Ordenación Municipal. O planeamento de desenvolvemento instrumenta a xestión a través dos sistemas de actuación, reparticións de cargas e beneficios, establecemento de polígonos, etc., que culmina na fase de urbanización e edificación onde teñen cabida os medios de intervención administrativa (licenzas e comunicacións previas). A disciplina urbanística é a última fase deste proceso e con ela preténdese garantir o cumprimento da legalidade urbanística, con carácter previo aos procesos de urbanización, edificación e usos do solo e no caso de que os devanditos procesos non se axusten á normas repoñer a legalidade vulnerada xunto co establecemento de sancións. A disciplina urbanística, ou máis ben a indisciplina, é unha das disciplinas menos aplicadas, ou quizais a menos aplicada de todas, debido en gran parte á debilidade das estruturas administrativas municipais. Algúns concellos xustifican a demora na tramitación de expedientes de reposición da legalidade urbanística pola falta de persoal, dándose o caso, que non é infrecuente, que o único técnico municipal de urbanismo sexa o secretario/a municipal. A Comunidade Autónoma galega dispón dun organismo, a Axencia de Protección da Legalidade Urbanística (APLU), dependente da Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio, que se crea co afán de colaborar cos concellos para mellorar a calidade da ordenación urbanística e aplicar directamente, nos casos previstos, a disciplina urbanística especialmente no medio rural e na zona de servidume de protección do dominio público marítimo-terrestre. Sobre o tema da disciplina urbanística merece a pena reflexionar porque a maioría das queixas tramitadas durante o ano 2016 teñen que ver precisamente con isto, igual que pasou en anos anteriores e posiblemente ocorrerá igual nos vindeiros anos. Isto ocorre non porque falte normativa senón pola falta de aplicación efectiva e real da normativa, non falla a norma, falla na nosa opinión a aplicación da mesma, e isto é algo que observamos ano tras ano e que reiteradamente vimos expoñendo nos nosos informes anuais. Entendemos que esta cuestión é relevante, ata o punto de que pode considerarse como a clave de bóveda do urbanismo pois se a disciplina urbanística, os procedementos e as medidas coercitivas non se aplican, o sistema cambalea. Para que o planeamento urbanístico, para que a xestión urbanística se poden infrinxirse e non pasa nada?. É por iso que a disciplina urbanística pode ser un elemento clave para determinar a bondade e credibilidade de toda a acción urbanística que desenvolve unha administración ou un goberno municipal. Non produce, sen dúbida, ningunha alegría ao que a padece, máis ben ao contrario, e sen dúbida tampouco produce ningunha alegría a quen ten que aplicala polos efectos negativos que considera que para el ten, e, derivando a nivel electoral, á opción política que representa. Pasa en zonas rurais que, en moitos casos, auténticas ilegalidades urbanísticas pasan á consideración de fóra de ordenación polo transcurso de seis anos sen que por parte da administración municipal se adopte ningunha resolución que afecte á inspección, suspensión, sanción e restablecemento da legalidade urbanística, converténdose de “facto” nunha situación de legalidade. Sen dúbida onde máis observamos as debilidades na esixencia da disciplina urbanística é nos pequenos e medianos municipios. 2.- Efectivamente, a maioría das queixas proveñen deste tipo de municipios, nos que resulta moi complicada a aplicación da disciplina urbanística, pola escaseza de medios materiais e persoais, e polas vinculacións que existen entre todos os veciños e nalgúns casos polo deixamento do “… ti vai facendo e logo xa se verá”. Non existe ningunha dúbida ao afirmar que a proximidade entre o órgano encargado de sancionar ou esixir a restauración da legalidade urbanística e a persoa sobre a que recae a sanción ou o expediente de reposición da legalidade, dificulta en moitos casos a súa aplicación. Observamos nas persoas que se dirixen a esta institución poñendo de manifesto irregularidades urbanísticas e a pasividade ou inactividade do concello ante as súas denuncias, que cando falamos con eles para explicarlles e darlle a coñecer o noso labor de investigación transmítennos unha sensación de impotencia que lles leva a cuestionarse non só a propia lei senón que tamén transmiten a sensación de frustración e desencanto sobre as persoas e institucións encargadas de aplicala, atribuíndo nalgúns casos a inactividade ou a non resposta a cuestións políticas que deterioran o papel da política e os partidos políticos, peza clave do noso sistema democrático. Non é só a proximidade, as relacións sociais e de interdependencia que se establecen nos pequenos municipios o que pode explicar esta situación senón tamén a falta de medios materiais, técnicos, económicos e persoais que dificultan a aplicación da disciplina urbanística. Detectado este problema, deberíanse potenciar e reforzar os servizos de asistencia técnica, económica e xurídica aos municipios, por parte das deputacións provinciais, dado que é xustamente a cooperación cos pequenos e medianos municipios a competencia nuclear destas institucións. Nalgún caso detectamos que un concello carecía de persoal técnico na área de urbanismo (arquitecto técnico municipal) carecendo de recursos económicos para contratar unha asistencia técnica temporal mentres non se cubrise a praza, o que implicaba que durante meses e meses todos os expedientes estivesen paralizados. O mesmo ocorre coa asesoría xurídica, ao estar de baixa o titular, o concello ten paralizada a tramitación de expedientes producíndose unha acumulación deles e xerando, en ambos os casos, o malestar dos cidadáns que se senten desatendidos polo seu concello. Ambos os casos poderían ser atendidos polas deputacións provinciais, a través dos servizos de asistencia a municipios. Desde esta institución somos comprensivos con estas situacións que nos expoñen os concellos pero sempre lles transmitimos a opinión de que aínda entendendo as dificultades técnicas e prácticas que poden ter non é motivo para non facer fronte ao exercicio das súas competencias nin pode xustificar a inobservancia das normas e a desprotección dos cidadáns, que teñen o dereito para ver atendida ou polo menos respondida a súa demanda e o concello ten a obrigación de resolver. Somos conscientes de que só chegan a esta institución unha parte dos problemas que nesta materia se producen nos concellos por iso o pasado ano no noso informe afirmabamos que era razoable reflexionar sobre esta cuestión e propoñer a posibilidade, polo menos desde a reflexión teórica, de que as competencias en materia de inspección, sanción e restablecemento da legalidade urbanística que corresponde aos municipios de menos de 5.000 habitantes, pasen a ser competencia da Axencia de Protección da Legalidade Urbanística. A APLU ten dous tipos de competencias: Orixinarias, atribuídas directamente pola Lei do Solo e os seus estatutos. Obras e usos prohibidos, suxeitos a autorización autonómica e plan especial de solo rústico e zona de servidume de protección do dominio público. Esas competencias tenas en toda Galicia, á marxe de se o concello está ou non adherido. Competencias delegadas. Son as competencias que por lei corresponden aos concellos e estes delegan na APLU, son obras e usos de todo tipo de solos, excluído o urbano, que non sexan competencia da APLU por competencia orixinaria. Os concellos poden delegar competencias, excluído o solo urbano. Poden delegar toda a disciplina urbanística, inspección, reposición e sanción. Segundo a información achegada pola APLU na súa páxina web o 31 de decembro de 2016, 62 dos 313 concellos galegos adheríronse á Axencia, dos cales 22 pertencen á provincia da Coruña, 9 á de Lugo, 20 á de Ourense e 11 a Pontevedra. Hai 4 concellos máis adheridos que non figuran na web porque non se publicaron os convenios no DOG e por tanto non producen efecto. Non afectan á APLU os problemas de proximidade co cidadán nin a escaseza de medios materiais, técnico-xurídicos e económicos que caracterizan aos pequenos municipios, contando ademais coa vontade e a decisión de garantir a execución e cumprimento da disciplina urbanística. É indubidable que a disciplina non é tan ben recibida como o é o plan e a xestión urbanística. Como diciamos no anterior informe, non é función desta institución profundar sobre esta cuestión, limitámonos a informar e poñer de manifesto os problemas que detectamos facendo unha breve reflexión sobre posibles solucións. En todo caso, é a Xunta de Galicia, os grupos parlamentarios e a FEGAMP quen debe completar esta reflexión se o consideran adecuado. Tal como facemos constar nos nosos informes anuais este é o motivo principal das queixas que recibimos. Constrúese, facendo caso omiso das normas, alí onde non se pode, obviamente sen licenza, ou se constrúe con licenza máis do autorizado. Este é un problema que detectamos fundamentalmente en pequenos municipios aínda que tamén se reciben queixas de municipios de máis de 20.000 habitantes. 3. Planificación urbanística: Nesta materia só se presentaron tres queixas que fan referencia á tramitación das alegacións, aínda que con características distintas: Atraso na resposta. Alegación fóra de prazo presentada como recurso de reposición á aprobación provisional dun Plan. Falta de motivación na resposta. Na queixa Q/63618/16 expónsenos que despois de transcorrer máis de tres anos desde a presentación dunha alegación no prazo establecido para iso, e a pesar das chamadas telefónicas ao concello interesándose polo resultado da alegación e da presentación, no mesmo sentido, dun escrito ao amparo do artigo 42 da Lei 30/1992, entón en vigor, solicitando información sobre se se tivo en conta a alegación presentada, non obtivera resposta por parte do concello. Solicitaba no seu escrito que esta institución lle axudase na defensa dos seus dereitos. Unha vez solicitada información ao concello remitímoslle a seguinte información: “Esta administración local tramitou estritamente o procedemento establecido na Lei 9/2002, do 30 de decembro, de ordenación urbanística e protección do medio rural de Galicia e no Real Decreto 2159/1978, do 23 de xuño, polo que se establece o Regulamento do Plan Urbanístico, debendo adecuarse en data actual ás previsións da vixente Lei 2/2016, do 10 de febreiro, do solo de Galicia, dado que o novo Plan Xeral de Ordenación Municipal deste Concello de Culleredo estaba en tramitación e aínda non foi aprobado definitivamente. Neste sentido, a normativa vixente no momento da tramitación e a actualmente en vigor establecen un procedemento específico e detallado para a aprobación do plan xeral. Finalizada a fase de elaboración do plan, e inmediatamente antes da súa aprobación inicial, o expediente completo remítese ao conselleiro competente en materia de urbanismo e ordenación do territorio o seu informe. Posteriormente o concello procede á súa aprobación inicial e seguidamente foi sometido ao trámite de información pública, durante un mes mediante anuncio que se publicará no Diario Oficial de Galicia e en dous dos xornais de maior difusión na provincia. Simultaneamente e durante o mesmo prazo, dáselles audiencia aos municipios limítrofes. Ao mesmo tempo que o trámite de información pública, a administración municipal solicítalles ás administracións públicas competentes os informes sectoriais que resulten necesarios, que deberán ser emitidos no prazo máximo dun mes, agás que a lexislación sectorial sinale outro prazo. Ao mesmo tempo, deberá solicitar da consellería competente en materia de medio ambiente o preceptivo informe ambiental, que será emitido no prazo dun mes. Os servizos técnicos e xurídicos municipais emiten informe respecto da conformidade do plan coa lexislación vixente e da calidade técnica da ordenación proxectada. Cumpridos os trámites sinalados nos apartados precedentes, o pleno do concello aprobará provisionalmente o contido do plan coas modificacións que fosen pertinentes e someterallo, co expediente completo debidamente dilixenciado, ao órgano autonómico competente que deba outorgar a aprobación definitiva. Tras a aprobación inicial dos instrumentos xerais do plan, procede tanto o trámite de información pública en beneficio dos particulares, a efectos de darlles a coñecer a actuación urbanística e permitir a presentación de alegacións, suxestións, etc., como a audiencia aos organismos da administración pública ou institucións con análoga finalidade. Neste caso, o xoves 14 de febreiro de 2013, publícase no Boletín Oficial da Provincia da Coruña o anuncio de aprobación inicial do Plan Xeral de Ordenación Municipal de Culleredo, así como o acordo de suspensión de licenzas. O obxectivo é que os interesados poidan examinar o proxecto de plan e presentar as alegacións que consideren oportunas. Este trámite ábrese por medio da inserción dos correspondentes anuncios. Presentadas as alegacións ou suxestións recibidos, son informadas polo equipo redactor, propoñendo a resolución que sexa máis oportuna e acorde cos obxectivos de ordenación do municipio. Informadas polos técnicos e ditaminadas pola comisión informativa, o pleno resolve o procedente e os acordos estimatorios ou desestimatorios elévanse ao equipo redactor para elaborar o documento definitivo do plan que se somete a aprobación provisional do pleno da corporación. En todo caso, procede sinalar que a aprobación definitiva do plan xeral corresponde ao órgano autonómico a partir de cuxo momento o Plan existe e ten vixencia, pero a eficacia e entrada en vigor depende do acordo aprobatorio e das normas urbanísticas. Será ese o momento no que se notificará aos alegantes, o acordo de aprobación definitiva e a resolución das súas alegacións, podendo interpoñer os correspondentes recursos contra o acto aprobatorio do plan. Só cando este apróbase e publica é cando pode afirmarse que unha alegación foi estimada ou desestimada, en función da incorporación ou non ao plan aprobado. Neste caso, aínda non está finalizada a tramitación do novo plan, non existindo acordo de aprobación definitiva. Os instrumentos de planeamento son disposicións de carácter xeral, polo que contra a súa aprobación definitiva non se poderá recorrer en vía administrativa, senón tan só a través do correspondente recurso contencioso-administrativo nos termos previstos na lexislación aplicable.” Comunicámoslle tamén que o trámite de presentación de alegacións non encaixa co contido do artigo 42 da Lei 30/1992, actualmente o artigo 21 da Lei 39/2015, do 1 de outubro, do procedemento administrativo común das administracións públicas, ao entender as alegacións como unha forma de participación cidadá na formación dun Plan Xeral, sen que estea regulada a forma nin o prazo no que deben ser contestadas, aínda que si debe figurar ao aprobarse definitivamente o Plan entre os documentos que o integran un Anexo onde se recollan todas as alegacións presentadas e a súa estimación ou desestimación. Nada impide, pois, que se responda directamente ao interesado notificándolle o resultado do estudo das súas alegacións. Entendemos que debería facerse, polo menos cando é un número manexable, comunicándolle, cunha breve motivación, a estimación ou desestimación das mesmas, pois sen dúbida favorece a transparencia que debe presidir toda acción da administración pública, máxime cando se trata da redacción dun Plan Xeral. Sabemos que non é posible a comunicación da estimación ou desestimación nos prazos que serían razoables pois habitualmente o estudo das alegacións comeza despois de recibir e incorporar todos os informes sectoriais. Na queixa Q/64868/16 solicítasenos amparo ante a indefensión que se lle produce ao noso comunicante ao non serlle admitida a trámite unha alegación presentada fóra do prazo establecido para iso, presentada despois da aprobación provisional do Plan coa forma de recurso de reposición á aprobación provisional e na que se pretendía que un solo considerado rústico de protección de augas pasase a ser considerado solo de núcleo rural. O concello acordou comunicar ao interesado que o acordo de aprobación provisional non pon fin á vía administrativa polo que non é susceptible de recurso. Entendemos que non existe indefensión, como alegaba o denunciante, e pode presentar recurso contencioso-administrativo ante o Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, contra a aprobación do Plan xa que ao ser este unha disposición de carácter xeral non pode ser recorrida en vía administrativa. Existe outra queixa máis, a Q/64095/16. Neste caso o concello si respondera aos alegantes notificándolles o resultado da súa alegación. O que se denunciaba era o que consideran falta de motivación, entendendo neste caso o concello que estaba suficientemente motivada ao considerar que a proposta do plan adaptábase mellor aos obxectivos que se pretendían conseguir. Estas son as queixas que en materia de planeamento se recibiron e tramitaron durante o ano 2016, non sendo especialmente significativas nin polo número nin polo contido. 4.- Falta de medios na Administración Local. Unha das razóns que adoitan dar os concellos nas súas respostas a esta institución como xustificación da inactividade que se aprecia na tramitación de expedientes, falta de resposta a denuncias presentadas ante o concello, etc., é a falta de medios persoais, que provoca acumulación de expedientes, denuncias e dilacións na súa tramitación. Xa comentamos anteriormente que podemos entender a situación que expoñen os concellos, causada, en parte, polas disposicións do Goberno de España sobre a contratación de persoal, pero non pode ser un motivo de xustificación pois non decae a obrigación de resolver por parte da administración, debendo buscar os concellos a colaboración das deputacións para resolver estes problemas puntuais ou contratar unha asistencia externa polo tempo que sexa preciso, sempre que dispoñan dos medios necesarios para pagala. Na queixa Q/142/16, que ten entrada o día 28/01/2016 pode verse un dos efectos que esta situación pode provocar. Un veciño presenta ante o concello varios escritos con datas 25/3/2015; 07/05/2015; 25/05/2015; 03/07/2015 e 27/06/2016 nos que solicita a paralización dunha vivenda que se estaba construíndo sen licenza e nun terreo que non era da súa propiedade. O día 02/02/2016 dirixímonos ao concello dándolle a coñecer o problema que se expoñía na queixa e solicitándolle, deixando á marxe a cuestión da propiedade do terreo, pois esas cuestións teñen que dilucidarse ante os tribunais de xustiza e as licenzas outórganse sen prexuízo de terceiros, que nos informase das actuacións realizadas polo concello ante as denuncias presentadas. Un ano despois da presentación da queixa o problema está sen resolver, por parte do concello non se fixo nada. Descoñecemos se se seguiu construíndo a vivenda, se foi así e ao final ponse de manifesto que é ilegalizable e obrígase á súa demolición non cabe dúbida de que o problema terase agravado con respecto ao que sería se se actuase desde a primeira denuncia, cando se estaba construíndo. Con respecto a esta queixa o concello remitiunos un primeiro escrito, con data 17/03/2016, no que nos remite copia do expediente onde figura un escrito do concello dirixido ao interesado no que se comunica que a vivenda en construción carece de licenza. O día 14/04/2016 recibimos un novo escrito do concello no que se nos indica que o expediente se atopa pendente de informe técnico informándonos que “existe un atraso na oficina de urbanismo como consecuencia de diversas contratacións para o posto de aparellador” e que “a alcaldía está a traballar na actualización e posta ao día dos expedientes de urbanismo, poñendo todos os medios ao seu alcance”. O día 27/07/2016 infórmanos de novo que “o expediente está pendente de informe técnico debido a que o concello aínda non posúe aparellador municipal e por tanto existe un atraso na oficina de urbanismo”. O día 13/10/2016 infórmanos de novo que o expediente “está pendente de informe técnico” e anúncianos que o pasado día 07/10/2016 se realizaron as probas para a selección dun aparellador municipal que o máis axiña posible se incorporará e procederá a emitir informe técnico. O día 28/12/2016 infórmanos que o pasado día 28/10/2016 incorporouse ao seu traballo o aparellador, que o informe técnico está pendente de realizar pois existen outros expedientes pendentes de tramitación e seguirán unha rigorosa orde na súa tramitación. Outro caso que pode ilustrar a situación que existe en bastantes municipios fundamentalmente pequenos e medianos é a que se pon de manifesto no expediente Q/12529/16, nela infórmannos que o concello con data 18/10/2013 ditou unha resolución na que se declaraban unhas obras ilegais e ordenaba a súa demolición. Esta resolución foi recorrida ante o xulgado contencioso-administrativo, que ditou sentenza desestimando o recurso, ratificando a resolución. Con data 08/07/2015 e 19/01/2016 solicítase ao concello que proceda a efectuar a demolición, sen obter resposta do concello. Ao solicitar esta institución información ao concello este respóndenos con data 27/07/2016, que “non dispón de medios persoais e/ou técnicos suficientes para levar a cabo o necesario seguimento e control da totalidade das actuacións en materia de disciplina urbanística que se realizan no termo municipal”, adquirindo o compromiso de manternos informados das actuacións que leven a cabo. A pesar dos requirimentos que fixemos para iso, á data de redactar este informe non remitira ningunha información. Existen tamén concellos onde a razón das demoras é a falta de servizos xurídicos, nalgún caso con tempo superior a un ano, acumulándose denuncias e expedientes de cidadáns que ven como pasa o tempo sen obter ningún tipo de resposta contemplando unha inactividade por parte do municipio que conculca os dereitos que como cidadán teñen na súa relación coas administracións. Non nos parece razoable a resposta que algunhas veces recibimos verbalmente cando nos din que os denunciantes poden recorrer por inactividade ante o contencioso-administrativo. Entendemos que esa non é a solución nin xustifica a inactividade, pois obriga ao cidadán que reclama os seus dereitos a acudir á vía xudicial cos gastos que iso supón, cando a administración afronta ese gasto co orzamento sen que lle supoña ningún custo persoal a ningunha das persoas obrigadas a resolver. Reiteramos que entendemos que sería conveniente: Explorar a vía das deputacións provinciais cos servizos de asistencia técnica, económica e xurídica aos pequenos municipios, que suplan ou palíen as carencias destes. Que se estimule a contratación temporal de asistencias técnicas externas, nalgúns casos é difícil pola precariedade de medios dos concellos. Que se estude a posible atribución, mediante convenios, dalgunhas das competencias en materia de disciplina urbanística á APLU. 5.- Urbanismo. Disciplina urbanística. O estudo e tratamento das queixas de urbanismo (a maioría, como todos os anos, refírense a problemas de disciplina) levase a cabo baixo unha perspectiva xurídica. Neste sentido, é sobradamente coñecido o impacto de mecanismos legais que permiten ás administracións públicas, en particular aos concellos, intervir no uso do solo. Unha vez aprobado o plan urbanístico, no que se planea a ordenación do territorio do municipio, o papel fundamental da administración municipal estriba en facer que se respecten as previsións do Plan. Un dos principais instrumentos para conseguir esta finalidade é a licenza urbanística, que constitúe unha autorización administrativa de carácter regrado, de tal maneira que un concello non pode denegar unha licenza para un proxecto de obras se este se axusta ás determinacións do Plan e cumpre coa normativa urbanística. É nas obras realizadas sen licenza, ou excedéndose da licenza concedida, nas que recae unha especial responsabilidade dos concellos, que deben velar polo cumprimento da normativa urbanística e aplicar as medidas de disciplina que a lei contempla para legalizar o construído ou, no seu caso, ordenar a súa demolición e lograr que se leve efectivamente a cabo. Unha vez realizadas estas reflexións con carácter xeral, parece oportuno facer referencia a algunha das queixas que dalgunha maneira poden ilustrar as afirmacións anteriores e que se tramitaron durante o ano 2016. Adoita ser o denunciante dunha presunta infracción urbanística, como xa expuxemos en anos anteriores, quen presenta unha queixa por estimar que a administración competente –na maioría dos casos o concello, aínda que tamén algunhas queixas se dirixen contra a Axencia de Protección da Legalidade Urbanística (APLU)- non actúa coa debida dilixencia na protección da legalidade urbanística. A maioría das queixas, por non dicir a totalidade, que se presentan nesta institución refírense a expedientes de disciplina urbanística iniciados tras a denuncia dun particular. Pon isto de manifesto que os servizos de inspección urbanística deberían efectuar un control efectivo das obras, non podendo quedar a aplicación práctica das normas de disciplina ao azar das denuncias dos particulares que se sintan agraviados por unha determinada obra ilegal. Normalmente os escritos que se reciben son de particulares (nalgúns casos asociacións) que denunciando unha presunta infracción urbanística ante a administración, fundamentalmente local, ven como transcorre o tempo sen ningún tipo de resposta, obviando a obrigación de resolver e os prazos establecidos para iso. Ante a actuación da oficina do Valedor do Pobo, o habitual é que a administración afectada responda, nalgúns casos despois de varios requirimentos, á nosa solicitude de información e por medio da nosa mediación o problema motivo da queixa se resolva. Ás veces, as menos, é necesario para iso que recorramos á formulación de recomendacións, suxerindo á administración a adopción dunha actuación concreta e determinada para a solución do problema. Recomendacións que adoitan ser aceptadas. Algúns casos que ilustran estas afirmacións poden verse nas queixas: Q/88/16, na que se nos informa que no mes de maio de 2015, como parte interesada no procedemento, a denunciante foi notificada da resolución adoptada no expediente de reposición da legalidade urbanística. Na devandita resolución acórdase a demolición das obras e a imposición de multas coercitivas se esta non se leva a cabo. Ao non executarse por parte do denunciado a demolición ordenada remitiuse escrito ao alcalde solicitando a execución subsidiaria e a imposición de multas coercitivas previstas. Ao pasar o tempo sen obter ningunha resposta por parte do concello, presentan a denuncia ante o Valedor. O expediente está concluído resolvéndose satisfactoriamente. No expediente Q/651/16, infórmannos o 11 de abril de 2016 que a pesar de presentar no rexistro municipal de maneira reincidente denuncias do que consideran unha ilegalidade, nunha obra que conta con licenza municipal, en ningún caso obtiveron resposta do concello. Solicítannos á institución que obteñamos unha resposta a unha actuación “por parte dos nosos gobernantes que ao noso entender é de todo punto irresponsable e impropia por parte de quen ostenta a representación dos veciños”. Finalizase o expediente o 9 de decembro de 2016 cun escrito que nos remiten os denunciantes facéndonos chegar “o noso máis sincero e profundo agradecemento por toda a xestión realizada por ese organismo para que o Concello de Mos inicie expediente de revisión de oficio da licenza concedida”. No expediente Q/13319/16 denúnciase a inactividade do Concello de Ordes nun expediente de reposición da legalidade urbanística. Infórmannos que o concello o día 17 de xullo de 2015 aprobou a incoación dun expediente. O 11 de agosto preséntanse alegacións ao mesmo. Á data de presentación do escrito de queixa, 02/09/2016, por parte do concello non se realizou ningún trámite máis no expediente. Solicítannos que garantamos os seus dereitos e requiramos ao concello para que continúe coa tramitación do expediente administrativo de restauración da legalidade urbanística ata a súa finalización. Iniciado o noso labor de mediación o concello reanuda a tramitación, comunicándolle ao denunciante como interesado, todas as actuacións que nel leven a cabo. No expediente Q/23241/14, resolto este ano, infórmannos que o 23 de agosto de 2012 e o 1 de febreiro de 2013 preséntanse escritos no Concello da Pobra do Caramiñal denunciando a construción dun galpón nunha leira que non reúne os requisitos para iso. Despois de múltiples avatares durante o ano 2016 o concello acordou proceder á incoación dun expediente de reposición da legalidade ao comprobar que as obras non se axustan á licenza concedida. Observamos tamén na tramitación dos expedientes por parte do concello que unha vez que se resolveu o expediente de reposición da legalidade urbanística e se decretou a demolición da obra ilegal caese nalgúns casos nunha absoluta pasividade ou inactividade do concello. Acordouse a demolición pero persiste na realidade material a ilegalidade urbanística, mostrándose reticentes os concellos co fin de conseguir unha efectividade práctica da resolución adoptada, sen tentar medidas de execución forzosa, como as multas coercitivas, que deberían de impulsar aos infractores á restauración da legalidade urbanística, multas que cando se impoñen en ocasións non se cobran. Non é raro comprobar como, nalgúns casos, adoitan admitirse a trámite polos concellos unha diversidade de escritos presentados polos interesados que dificilmente se poden considerar como recurso administrativos, e que non fan máis que dilatar a situación de ilegalidade, esperando unha posible prescrición ante a pasividade da administración, ou ben por algunha modificación dos instrumentos de ordenación urbanística que permitan a legalización da obra. No apartado de resolucións do Valedor do Pobo poden verse algúns exemplos que ilustran estas afirmacións. 6.- Outro tipo de queixas. Existen tamén outro tipo de escritos que comentamos aínda que non son significativos: denúnciasenos no expediente Q/12951/16 que se lle esixe por parte do concello 100 € polo inicio dun expediente municipal. Neste caso non é máis que a aplicación do disposto na “ordenanza fiscal reguladora da taxa por expedición de documentos administrativos” aprobada o día 12 de novembro de 2012 Nela establécese que “aqueles expedientes iniciados a instancia de parte que requiran visita de comprobación dos servizos técnicos municipais” crearán unha obrigación de pago dunha taxa de 100 €. Noutra queixa, Q/12690/16, solicítasenos que se configure un novo núcleo rural nunha zona determinada. Presentouse unha alegación neste sentido durante a exposición pública do Plan despois da súa aprobación inicial. Respondémoslle dicíndo que esta institución non ten ningunha competencia na redacción dun PXOM, nin sobre o seu contido. Lembrándolle a posibilidade de interpoñer recurso contencioso-administrativo contra a aprobación definitiva do plan, no momento no que se produza e fose publicado. Existe tamén algunha denuncia polo mal estado no que se atopan leiras lindeiras coa vivenda do denunciante, con abundante maleza con risco de incendio en época estival e en condicións insalubres. Certamente, é obrigación dos propietarios dos solares e inmobles o mantemento nas debidas condicións de hixiene, salubridade, seguridade, limpeza e ornato público. Normalmente ante esta denuncia os concellos diríxense aos propietarios esixíndolles o mantemento adecuado. 7.- Axencia de Protección da Legalidade Urbanística (APLU) A Axencia de Protección da Legalidade Urbanística (APLU), foi tamén obxecto de catro escritos de queixa, referíndose todos eles á demora en responder os recursos presentados, correspondendo tres a actuacións realizadas na provincia de Pontevedra e unha na de Lugo. Todos os expedientes resolvéronse durante o ano, sendo destacable a colaboración que atopamos na tramitación das queixas. 8.- Queixas non admitidas a trámite. Foron seis as queixas presentadas ao longo de 2016 que non foron admitidas a trámite por distintas razóns: Na queixa Q/300/16 indícansenos os danos que lles produciu a anulación do PXOM de Vigo polo Tribunal Supremo. Estaba a tramitarse no concello a solicitude de licenza para construír unha vivenda en solo urbano e a anulación causáralles moitos prexuízos. Non admitimos a trámite esta queixa por entender que se se trataba de solo urbano e a licenza estaba a tramitarse debían de acudir primeiro a informarse ao concello, alí podíano informar sobre o estado de tramitación. No caso de que non obtivese resposta aconsellámoslle que no prazo dun mes se puxese de novo en contacto coa institución, facéndonos saber este extremo. Foi inadmitida por non existir actuación administrativa previa. Na Q/550/16 infórmasenos que no terreo que posúe está clasificado no PXOM como solo urbano consolidado no ámbito da ordenanza 9 de predios singulares en solo urbano con protección non integral, o que implica que non pode dividir e segregar o terreo. Respondémoslle que só pode modificarse a situación do terreo cun cambio de plan, que pode solicitar mediante unha modificación puntual do plan ou solicitando a súa inclusión con motivo da revisión do mesmo. Non é unha cuestión sobre a que esta institución poida manifestarse aconsellándolle que se dirixa ao concello expoñendo a súa pretensión para que se estude a posibilidade de incorporar o devandito cambio á novo PXOM, cuxa redacción xa foi adxudicada. Na queixa Q/12641/16 faise referencia á falta dun cartel dunha obra municipal do Concello de Vigo. Dado que é unha obra municipal e existe nesa cidade un Defensor do Cidadán, remitímolo a el facilitándolle a súa dirección e teléfono, sendo inadmitida a queixa. A queixa Q/63767/16 non se admite por referirse a feitos ocorridos hai máis dun ano, segundo o que establece o artigo 18.3 da Lei 6/1984, do Valedor do Pobo. Na queixa Q/64301/16 preséntase un conflito entre particulares que foi obxecto de varios procedementos xudiciais con sentenzas desfavorables ás pretensións do denunciante. Lembrámoslle que as discrepancias coas resolucións ditadas por tribunais e xulgados deben substanciarse polas vías previstas nas nosas leis procesuais, nos supostos e requisitos que as ditas leis prevén e ante os tribunais de xustiza, non podendo esta institución interferir nos procedementos xudiciais nin revisar as resolucións que neles se ditan. Na queixa Q/64797/16 infórmasenos que se recibiu unha resolución da APLU na que se obriga a precintar unha nave e derrubar unha “casiña” construídas en solo rústico de especial protección forestal. Contra a devandita resolución presentouse un recurso de reposición que foi desestimado e un recurso contencioso-administrativo tamén desestimado. Non admitimos a trámite esta queixa expoñéndolle que non podemos revisar as resolucións que ditan os xulgados e tribunais de xustiza. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO RESOLUCIONES DEL ÁREA DE URBANISMO Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN Y FECHA RESPUESTA ENLACE 1 Q/14220/15 Defecto na construción que non permite a conexión cos colectores Concello de Miño 08-02-16 ACEPTADA Q/14220/15 2 Q/21977/14 Licenza de obra menor no Concello de Tui Concello de Tui 09-02-16 ACEPTADA Q/21977/14 3 Q/992/16 Vivenda en estado ruinoso no Concello de Ferrol Concello de Ferrol 31-05-16 ACEPTADA Q/992/16 4 Q/20768/14 Expediente de reposición legalidade urbanística Concello Gondomar Concello de Gondomar 23-06-16 ACEPTADA Q/20768/14 5 Q/1/16 Plan especial de núcleo rural Concello de Cabanas 29-06-16 ACEPTADA Q/1/16 6 Q/693/16 Falta de resposta polo Concello de Cabanas a asunto urbanístico Concello de Cabanas 29-06-16 ACEPTADA Q/693/16 7 Q/12973/16 Falta de resposta do Concello de Santiago nun expediente para rehabilitación dunha vivenda. Concello de Santiago 28-09-16 ACEPTADA Q/12973/16 8 Q/13184/15 Inexecución dunha resolución Concello de Nigrán 01-10-16 ACEPTADA Q/13184/15 9 Q/63954/16 Falta de resposta do Concello de Poio a denuncias urbanísticas Concello de Poio 18-11-16 ACEPTADA Q/63954/16 V- CONSIDERACIÓNS FINAIS Dado que os problemas que se poñen de manifesto nos escritos de queixa que se presentan nesta materia ante a oficina do Valedor do Pobo son similares ano tras ano, xirando a maioría deles ao redor de cuestións relacionadas coa disciplina urbanística, nas nosas consideracións finais non podemos máis que reafirmamos no contido do expresado no informe anterior. Nese sentido entendemos que deberían intensificarse as funcións de inspección urbanística pois ademais do efecto disuasorio que tería para os posibles infractores consideramos que tería outros efectos notablemente positivos: Supoñería un considerable aforro nos custos burocráticos que tería que soportar a administración actuante. Cando se actúa paralizando unha obra ilegal na súa etapa inicial, e por tanto de escasa entidade, implica un procedemento menos complexo que o que se require nunha obra en avanzado estado de construción ou xa finalizada, escenario habitual cando non funciona a inspección. Cun adecuado funcionamento dos servizos de inspección é máis fácil a restauración da orde urbanística alterada coa obra ilegal, que constitúe o principal obxectivo, ademais da sanción ao infractor, que debe perseguir a administración actuante. Entendemos que debe mellorarse a efectividade das medidas cautelares que se prevén na lexislación urbanística para o caso de que se acorde a apertura dun expediente de reposición da legalidade urbanística. Como informabamos en anos anteriores estas medidas adoptadas polos concellos non son plenamente efectivas, nin existe un seguimento delas, de tal forma que adoitan burlarse continuando coas obras a pesar da paralización ordenada pola administración. En canto á execución das medidas de restauración ou reposición da legalidade urbanística sería tamén desexable que coa maior celeridade posible, en canto se comprobe que o interesado non procede á execución directa, se adopten pola administración actuante as oportunas medidas de execución forzosa. A este respecto, tal como manifestabamos no informe anterior, debe mencionarse en particular as multas coercitivas, que deberían impoñerse puntualmente e tamén cobrarse, para que realmente o interesado se vexa obrigado a cumprir a orde de demolición. Naqueles casos en que por distintas razóns non debese demorarse moito a restauración da legalidade urbanística deberíase acudir á execución subsidiaria. Cremos necesario insistir unha vez máis que a premisa fundamental neste ámbito é a de conseguir que a administración se adiante aos feitos e que a reacción xurídica- administrativa ante unha infracción urbanística sexa o máis rápida posible para evitar os feitos consumados que van resultar de moi difícil restauración, recuperándose tamén a necesaria credibilidade e confianza no funcionamento da administración e nas persoas que a integran. ÁREA DE MEDIO AMBIENTE I. INTRODUCIÓN O ruído constitúe un problema compartido en todas as comunidades autónomas. Por iso este ano os Defensores do Pobo dedicamos as nosas xornadas de coordinación a esta materia. As XXXI Xornadas de Coordinación de Defensores do Pobo, celebradas en Pamplona os días 22 e 23 de setembro, tiveron por título La invasión del domicilio por ruidos: la inviolabilidad del domicilio y el derecho a la integridad física y psíquica. Delas deriváronse importantes conclusións que expoñemos máis adiante. A contaminación acústica resulta un motivo de preocupación de primeira orde debido ás súas amplas e importantes consecuencias prexudiciais. Hoxe recoñécese unanimemente que as conculcacións nesta orde afectan os dereitos fundamentais. Efectivamente, as vítimas dos ruídos atopan vulnerado o seu dereito á intimidade persoal e familiar no ámbito domiciliario (art. 18.1 e 2 CE). O domicilio é o espazo vital propio de todo ser humano e do que tanto o individuo como a súa familia deben dispoñer en exclusiva. E unha exposición prolongada e grave a determinados niveis de ruído que penetre nel conculca ese dereito, sempre e cando a lesión ou menoscabo proveña de actos ou omisións de entes públicos. Este criterio é sostido pola xurisprudencia do Tribunal Europeo de Dereitos Humanos, do Tribunal Constitucional e do Tribunal Supremo. Os Defensores do Pobo dedicamos as nosas xornadas de coordinación a promover a protección das persoas e os seus domicilios fronte aos ruídos e a lembrar que se trata de protexer un dereito fundamental O avance na protección xurídica e a concienciación da sociedade contra o ruído foi enorme, aínda que novas formas de lecer e comportamento traen consigo novas fontes de ruído e por tanto novas conculcacións que afrontar. Como sinalamos noutros informes, aínda que as actuacións municipais responden mellor que antes aos problemas de contaminación acústica, coa crise económica apreciamos retrocesos nalgúns concellos cando as súas intervencións xeran gasto, en especial as comprobacións ou medicións do ruído. As actuacións municipais máis prexudiciais neste ámbito son a presenza de zonas saturadas por contaminación acústica; a promoción ou autorización indiscriminada de actividades ruidosas, fundamentalmente concertos ao aire libre ou en locais non adaptados para iso; e a falta de actuación contra os ruídos provenientes de terrazas ou clientes no exterior dos locais. II. DATOS CUANTITATIVOS Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 296 174 Admitidas 291 98,31 % 169 97,12 % Non admitidas 5 1,69 % 5 2,88 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 0 ---- 0 ---- Neste exercicio aumentaron as queixas de medio ambiente (de 138 a 174), pero diminuíu considerablemente o número de reclamantes (de 11432 a 296), debido á presentación de menos queixas en serie. A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 203 69,76 % 90 50,27 % En trámite 88 30,24 % 79 49,73 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2012 0 2 2 2 0 2014 11 0 11 11 0 2015 187 4 191 183 8 III. ACTIVIDADE DE SUPERVISIÓN 1. As conclusións das XXXI Xornadas de Coordinación de Defensores do Pobo sobre ruídos Como consecuencia das numerosas queixas sobre ruídos recibidas por todos os Defensores do Pobo e a necesidade de garantir os dereitos afectados, as defensorías españolas decidimos dedicar as XXXI Jornadas de Coordinación a ese problema. A continuación expoñemos as conclusións extraídas do traballo previo realizado polos responsables técnicos no taller realizado en maio en Vitoria e das propias xornadas desenvolvidas en Pamplona en setembro. Un dos aspectos para resaltar é o progreso na concienciación social contra o ruído e os importantes prexuízos que nos ocasiona. Diso derivouse un recente “progreso xurídico” que levou a considerar a garantía contra a contaminación acústica como un asunto de primeira orde. Como vimos resaltando desde hai tempo ante ao Parlamento de Galicia e as administracións galegas, as conculcacións nesta orde non só afectan os dereitos constitucionais como o dereito ao medio ambiente adecuado e a calidade de vida, ou ao dereito á saúde, senón tamén a un dereito fundamental. Hoxe é común o criterio de todos os operadores xurídicos á hora de considerar que as vítimas dos ruídos ven vulnerado o seu dereito á inviolabilidade do domicilio ou á intimidade persoal e familiar no seu ámbito. Así, “nos relatos formulados polas persoas que acoden ás defensorías” principalmente ponse na nosa consideración as inmisións… que alcanzan o interior das súas vivendas provocando molestias que puideron incidir na súa calidade de vida…”. Son frecuentes os casos de persoas que se ven obrigadas a abandonar os seus fogares, unha forma de desafiuzamento dolorosa e inxusta, como outras moitas que coñecemos. Os casos de abandonos de fogares por ruídos son unha forma de desafiuzamento dolorosa e inxusta, como outras moitas que coñecemos Como un dos principios que deben guiar a intervención para o control do ruído destácase o principio de responsabilidade do titular da actividade, que debe “adecuar e adaptar o local ás esixencias”. A responsabilidade “por infracción … (capacidade do local, horarios, control de ruídos) esixirase ás persoas que incumprisen as obrigacións derivadas da autorización administrativa”. Subliñar a responsabilidade dos promotores de fontes do ruído resulta hoxe máis necesario que nunca, posto que as licenzas se tramitan en forma de declaracións responsables e comunicacións previas, sen que se dea unha intervención simultánea dos potenciais afectados nin un acto de comprobación previa da administración. A aplicación da directiva comunitaria de servizos, evitable en casos relativos á protección do ambiente e de dereitos fundamentais, resultou prexudicial para moitas persoas, ao privalos de elementos de protección moi arraigados na nosa cultura xurídica. Aínda así, a falta de control previo “non pode supoñer unha escusa á hora de defender os dereitos da cidadanía fronte ao ruído xerado por esas actividades... As administracións locais habitualmente reciben as denominadas declaracións responsables e as comunicacións previas ao exercicio da actividade con certa pasividade, cando os riscos dun exercicio irregular aconsellan como mínimo unha inspección do local. Con todo, espérase a actuar a que sexan os cidadáns os que denuncien estas irregularidades”. Neste marco resulta imprescindible que se realicen máis controis por parte das administracións, fundamentalmente a local (no momento da apertura ou no exercicio dun plan de inspección), e que en caso de incumprimentos ou falsidades nas súas declaracións ante a administración, con graves consecuencias para os dereitos afectados, se apliquen sancións proporcionais ao dano causado. Non ten sentido un réxime administrativo de control baseado na confianza nas declaracións dos promotores e os técnicos se cando estes falsean a realidade non se aplica unha sanción adecuada, administrativa ou penal. É imprescindible que se realicen máis controis aos locais e que en caso de incumprimento se apliquen sancións proporcionais ao dano causado Con todo, a reacción dos concellos ante incumprimentos é xeralmente tépeda e na maior parte dos casos non pasa de simples advertencias ou requirimentos de corrección ou legalización; de cando en cando formalízanse e culminan expedientes sancionadores e peches ou precintos cautelares. Con iso todo o tempo que dura este trámite (xeralmente moito), meramente corrector, xoga en contra da vítima do ruído, que ve como a inmisión se prolonga. En contra do anterior nas Xornadas de Coordinación expresouse con claridade que “o exercicio das potestades de disciplina ambiental non é unha prerrogativa administrativa, senón que é unha obrigación indispoñible das administracións”, e que “a intervención do denunciante é un elemento de apoio para un control ambiental adecuado e eficaz que en ningún caso debe substituír esa potestade pública”. Ademais, á vítima que promove unha denuncia por ruídos a administración debe recoñecerlle un papel máis protagonista, posto que non está a defender só a legalidade, senón os seus dereitos fundamentais; non é un mero denunciante que promove a acción de oficio da administración, senón un verdadeiro interesado -en sentido administrativo- ao que debe informarse do curso do procedemento e ofrecerse posibles alegacións e recursos. Non obstante, “as potestades administrativas de disciplina ambiental son un remedio que só se utiliza naqueles casos máis relevantes ou cando existe unha presión ou intervención dun terceiro denunciante. O control ambiental é observado, mesmo polas propias administracións, como unha última medida para restablecer a legalidade polas actividades máis díscolas ou imposibles. Os expedientes de disciplina e sancionadores son actuacións residuais na maioría das administracións. O exceso de esixencias, trabas administrativas e requirimentos segue considerándose un obstáculo para o desenvolvemento social e o crecemento económico. A principal actuación administrativa é tratar de alcanzar acordos voluntarios para a adecuación da actividade contaminante coa legalidade administrativa. En definitiva, moitos municipios non actúan e outros actúan tarde e ineficientemente sen resolver o problema, co que o problema enquístase e agrávase e cada vez faise máis difícil a súa solución”. Moitos municipios non actúan ou fano tarde e ineficientemente Ademais, á maior parte das denuncias “non se lles dá o trámite correspondente que fixa o ordenamento. En ocasións consiste en "realizar visitas" e redactar boletíns de denuncias que, ao non ter consecuencia ningunha, desmotivan e desprestixian a función tuitiva do servizo de inspección da policía local. É habitual que as visitas policiais dean lugar unicamente a apercibimentos verbais con escasas consecuencias. Dentro deste apartado pode tamén incluírse a dilatada tramitación dos expedientes administrativos, que na práctica adoitan alongarse mesmo ata o extremo de que moitos locais obxecto da actividade administrativa foron xa pechados polos seus donos, antes de que recaia a decisión municipal que resolva un procedemento disciplinario, o que se traduce na sensación de impunidade das condutas infractoras. Hai que destacar que a pesar de que existe unha acción pública… quen denuncia practicamente sempre é un residente próximo ao lugar dos feitos, cuxa calidade de vida se atopa seriamente afectada polo foco emisor da contaminación acústica… A outra vía para loitar contra esta contaminación é a actuación de oficio, que leva a cabo, cun carácter moi excepcional, a policía local”. En diferentes informes do Valedor do Pobo destácase que a falta de aplicación xeral do réxime sancionador ante condutas que constitúen infraccións fai que os promotores conten coa posibilidade de iniciar e desenvolver a súa actividade de forma ilegal, posto que a reacción administrativa máis común é, como máximo, “legalizar” o mal feito, co que non se cumpre o efecto disuasorio que corresponde aos mecanismos sancionadores. Moitos concellos aplican unha lóxica estritamente urbanística a comportamentos que son claramente sancionables, algo que coñecen os promotores e sofren moitas vítimas do ruído. En moitas ocasións as medidas municipais só son efectivas para as vítimas despois de moito tempo, e que cando se aproxima a decisión municipal os promotores abandonan o local sen sanción e ata traspasan o negocio ilegal. Ante tal situación nas xornadas concluímos que “son as administracións públicas, sobre todo os municipios, as que deben actuar desde o inicio tan pronto como reciban as primeiras queixas xustificadas dos ruídos dunha forma eficaz e constaten que este se produce e que supera os límites aconsellables. Son as administracións as que poden e deben requirir todo cesamento do ruído que lesione os dereitos dos cidadáns afectados e adoptar as medidas efectivas e proporcionadas para iso. En ocasións, a simple intervención da Administración instando o cesamento do ruído serve para reducir ou eliminar o problema na fase inicial”. A falta de actuación eficaz contra o ruído pretende xustificarse pola falta de medios. “A falta de medios no que concirne aos sonómetros e a formación adecuada para o seu uso non é consecuencia da insuficiencia crónica de medios financeiros dos concellos, agravada por unha crise que parece que non cesa, senón á ausencia de conciencia nos gobernos locais das necesidades de loitar contra a contaminación acústica e, en consecuencia, da súa pasividade, cando non conivencia con quen xera a contaminación”. A falta de medios que alegan os concellos é consecuencia dunha ausencia de conciencia na necesidade de loitar contra a contaminación acústica En numerosas ocasións puxemos de relevo a necesidade de que os concellos conten cos medios que precisan para o control dos ruídos e sobre todo que fagan cantos controis e/ou medicións sexan necesarios. Ademais, deben realizarse de forma correcta, no momento en que se produce a conduta infractora e por medio de axente da autoridade. En moitos concellos non existe policía local fóra do horario laboral ordinario, polo que o control das actividades de lecer resulta máis difícil. Aínda así os concellos teñen a responsabilidade de controlar as actividades, posto que se trata dun asunto da súa competencia. Pódeno facer por medios propios ou en colaboración con outras administracións; pero dado que se trata da súa competencia, os concellos non poden escudarse na falta de medios ou auxilios para non exercela. Sería conveniente que as outras administracións e os corpos policiais colaboren no labor, pero en calquera caso a súa intervención neste terreo débese dar dunha forma concertada de antemán, posto que en caso contrario constatamos que se produce unha inevitable abstención nos controis, que cada administración atribúe á outra. A falta de actuación eficaz provoca que as vítimas do ruído teñan que acudir aos tribunais de xustiza, onde en numerosas ocasións se producen condenas penais, administrativas ou civís por causa da contaminación acústica consentida por quen debería corrixila a tempo. Por iso nas xornadas resaltamos que “a vía xurisdicional axuda a algúns cidadáns con máis recursos económicos, máis activos ou agrupados con outros, para buscar unha solución ante o abandono ou neglixencia administrativa. Desgraciadamente a vía xudicial é lenta e acódese a ela como unha solución desesperada tras moitos anos de conflito. Mesmo… moitas sentenzas favorables aos damnificados non se executan. Moitos titulares de domicilios (persoas maiores ou soas, ou familias con menos recursos económicos ou menos actitude combativa) atópanse coa penosa e mala solución de ter que soportar e padecer os ruídos excesivos pola inacción administrativa e pola falta de recursos para poder acudir aos tribunais. En moi escasos supostos, a solución máis práctica foi a de cambiar de domicilio. ... Non ten sentido que o exercicio ordinario dun dereito… teña que ser tutelado polos tribunais. O recurso aos tribunais tería que ser evitable se os concellos utilizaran con eficacia os instrumentos legais que teñen ao seu alcance para garantir os dereitos dos cidadáns. Doutra banda, as resolucións xudiciais poden comportar condenas importantes en concepto de indemnización con graves consecuencias nas economías municipais. É por todo o exposto que as administracións deben actuar con firmeza ante situacións de contaminación acústica probadas”. A falta de actuación eficaz provoca que as vítimas do ruído teñan que acudir aos tribunais de xustiza; pero non ten sentido que o exercicio ordinario dun dereito fundamental sexa tutelado habitualmente polos tribunais A pesar dos moitos problemas sinalados, en moitos aspectos o control do ruído progresou (recoñecemento de que se trata dun dereito fundamental, desenvolvemento normativo, aplicación polos tribunais en todas as ordes xurisdicionais, etc). Con todo, mentres se avanzaba nalgúns aspectos xurdiron realidades que supoñen novos cuestionamentos do dereito ao descanso. Son “novos fenómenos que xeran ruído ambiental ou a súa xeneralización”. “Nos últimos anos os costumes de lecer variaron en diversos sectores da poboación. Fenómenos como o denominado "botellón", os locais nos que desenvolven actividades de lecer as persoas novas ou a proliferación de terrazas e veladores como consecuencia da prohibición do tabaco nas actividades de hostalería xeraron novos conflitos sociais que non sempre reciben unha adecuada resposta”. Iso ten un claro reflexo nas queixas das vítimas e en non poucas ocasións vémonos obrigados a lembrar aos concellos que son competentes (responsables) de corrixir estas novas “fontes de ruído”, aínda con maior razón, posto que se xeran na vía pública. Un problema con características específicas e graves consecuencias é o xerado pola concentración de locais ruidosos. Tratámolo en numerosas queixas, resolucións e informes ao Parlamento de Galicia. “…Deben propoñerse medidas concretas para evitar a concentración dos locais de lecer en zonas saturadas. Os concellos deben evitar concentracións excesivas de locais de lecer nocturno en zonas con usos residenciais” e corrixir a saturación ata alcanzar niveis legais, posto que en caso contrario a responsabilidade municipal resulta clara. Deben adoptarse medidas para evitar a concentración dos locais de lecer en zonas saturadas, posto que en caso contrario a responsabilidade municipal resulta clara Á vista das frecuentes actuacións inadecuadas neste terreo e do fracaso que supón ter que acudir aos tribunais, os defensores reclamamos “mecanismos alternativos para resolver” estes conflitos de convivencia. “Esta figura (do mediador) é realizada na actualidade polos defensores do pobo cando reciben as queixas dos cidadáns por ruídos molestos”. O ruído, ou a falta de respecto ao descanso dos demais, tamén é un problema de falta de educación. Por iso debe corrixirse a “ausencia dunha conciencia social do problema da contaminación, tanto na sociedade civil como nos poderes públicos... En gran parte este é un problema de carácter educativo, non cultural, posto que nada na nosa cultura leva a pensar que se sinta como algo propio prexudicar gravemente aos nosos concidadáns. Dicir que o ruído forma parte da nosa cultura axuda enormemente ás administracións que non actúan correctamente na súa contra, posto que é unha das súas recorrentes desculpas”, algo que resaltamos en anteriores informes ao Parlamento de Galicia. Para aumentar a conciencia social sobre a gravidade dos ruídos “as administracións competentes deben analizar… a adopción das medidas que sexan precisas, entre as cales xogan un papel fundamental as de educación escolar e as campañas de concienciación á poboación. Débense realizar campañas para a compatibilidade do lecer nocturno e o descanso. Resulta preciso que a concienciación tamén sexa dirixida ao colectivo dos empresarios hostaleiros e, especialmente, aos que se dedican ao lecer nocturno…”. As administracións deberían realizar campañas de concienciación para a compatibilidade do ocio nocturno e o descanso Finalmente expresamos que “os defensores do pobo constituímos unha institución útil, posta a disposición dos cidadáns, para adoptar medidas que favorezan a resolución destes conflitos sociais. As defensorías reiteramos o noso compromiso co noso principal labor de lembrar ás administracións públicas o deber legal de protexer eficazmente o dereito dos veciños a non soportar ruídos excesivos ou ilexítimos no seu ámbito domiciliario, e recomendar ás administracións públicas que requiran á persoa ou entidade emisora dos ruídos a adopción efectiva das medidas técnicas que sexan necesarias para que a súa actividade produtiva non supere os límites legais máximos establecidos para as zonas residenciais e as vivendas lindeiras. Así mesmo deben intervir mediante a incoación de expedientes de oficio e a realización de informes especiais destinados á tutela deste dereito”. As conclusións das xornadas desenvolvéronse nun “decálogo das defensorías do pobo contra o ruído: en defensa do dereito da cidadanía a un domicilio libre de ruído”, que se pode consultar en : http://www.valedordopobo.gal/wp-content/uploads/2016/09/conclusións-xxxi-xornadas- de-defensores-pamplona-2016.doc . 2. As queixas por vulneracións do dereito fundamental á intimidade domiciliaria fronte aos ruídos En 2016 o ruído e as súas graves repercusións nos dereitos das persoas foron a causa de máis da metade das queixas coñecidas na área de medio ambiente. Na maioría dos casos os problemas expostos solucionáronse ou melloraron con actuacións de diferente tipo da institución. En ocasións foi suficiente a formulación da situación ante o concello responsable, noutras foi preciso insistir coas valoracións que lles enviamos, e nas menos foi preciso formular recordatorios de deberes legais e recomendacións para corrixir situacións prexudiciais. Como en anos anteriores, a práctica totalidade das resolucións da área de medio ambiente son relativas a ruídos procedentes de locais. Nelas reclamamos dos concellos que garantan os dereitos fundamentais, constitucionais e legais afectados, que comproben se os locais teñen licenza e cumpren as súas condicións, e que midan adecuadamente os niveis de ruído denunciados. A maioría dos casos de ruídos solucionáronse ou melloraron con actuacións de diferente tipo da institución A) A necesidade de comprobar e corrixir as deficiencias dos locais de ocio As queixas por ruídos en vivendas son moi frecuentes. Coa investigación realizada en cada queixa confirmamos o que se expuña en case todas. Xeralmente promóvense despois de tentar solucións alternativas, fundamentalmente denuncias ante os concellos, que ao cabo de moito tempo resultaron ineficaces. Con iso comprobamos o grave prexuízo ocasionado pola demora das solucións e a vulneración de dereitos fundamentais (á intimidade persoal e familiar no ámbito domiciliario, do art. 18.1 e 2 da Constitución), e outros dereitos (á integridade, do art. 15 CE, á saúde, do art. 43 CE, ou ao medio ambiente adecuado e á calidade de vida, do art. 45 CE). As actividades precisan o control previo realizado a través dunha licenza municipal. Con ela protéxese o interese público, facendo compatibles a actividade e a evitación das molestias desproporcionadas. As licenzas outórganse só cando é posible en función das circunstancias e garantindo a ausencia de prexuízos. Ademais, a licenza abre unha relación continuada na que a administración local terá que garantir o interese público e o dos veciños. Moitas queixas dan a coñecer a existencia de locais clandestinos ou sen licenza. Noutros casos comprobamos que o funcionamento do local non se axusta ao autorizado (bar, pub …); simples bares ou cafés funcionan como pubs ou discotecas (con música e ata altas horas da madrugada), ou locais que non poden ofrecer música en vivo fano, ou cafés- concertos ou cafés-cantantes funcionan sen actuacións, como pubs, pero cun horario máis amplo, ou locais que teoricamente son “taboados flamencos” funcionan como pubs, tamén cun horario ampliado. Trátase de fraudes que deben corrixirse para protexer os dereitos dos prexudicados. A actuación municipal limítase a propoñer unha posible legalización durante un período de tempo prolongado no que continúan as molestias, como resaltamos ao comentar os resultados das xornadas de coordinación. Despois da nosa actuación o máis común é a solución da situación exposta. Un problema que se xeneralizou coa crise é a resposta negativa ou neglixente dalgún concello á hora de cumprir as súas funcións de vixilancia e corrección dos ruídos. En especial móstranse remisos a realizar medicións de ruído, a única forma de comprobar as denuncias de forma definitiva e sen posible manipulación. Como sinalamos todos os defensores, a obrigación dos concellos é realizar as comprobacións do denunciado e mesmo realizar inspeccións de oficio de forma regular (plans de inspección). A natureza das licenzas obrígaos a vixiar os establecementos de forma continuada. Comprobamos que algún concello daba conta de carencias neste sentido (por exemplo, en queixas anteriores, Santiago de Compostela). É obrigación dos concellos realizar comprobacións das denuncias e inspeccións de oficio Ademais, as comprobacións de ruídos deben facerse cando se denuncian polos afectados (cando se produce a chamada á policía local), posto que noutro momento carece de eficacia. A comprobación do illamento do local, do funcionamento dos seus sonógrafos ou dos seus limitadores relaciónanse co cumprimento das condicións da licenza, que poden ser defraudalas (por exemplo, cun aparello oculto) ou demostrase insuficientes. Por iso, como expresamos, as medicións de ruído son a única forma de comprobar os feitos denunciados. Tamén neste terreo apreciamos carencias nalgún concello. B) As zonas saturadas ou con acumulación de locais Nalgúns casos os prexuízos dos ruídos acrecéntanse pola presenza de numerosos locais concentrados, as chamadas zonas acusticamente saturadas (ZAS) ou contaminadas. Con esa declaración os concellos recoñecen a súa responsabilidade por consentir unha circunstancia que fai que se excedan os niveis de ruído nocturno e asumen a obrigación de corrixila. Coa declaración dunha zona como contaminada por ruídos recoñécese a responsabilidade pola súa creación e asúmese a obrigación de corrixila Desde hai tempo tratamos os problemas do ruído na rúa Duquesa de Alba de Monforte de Lemos. Formulamos unha recomendación ao concello para que controlase os ruídos e as condicións dos locais, e garantise os dereitos dos afectados; debía decidir se a zona se declaraba acusticamente contaminada por ruídos, posto que recoñecía a saturación e os prexuízos, e que medidas adoptaba para diminuír o seu nivel na zona. Comprometeuse a solucionar o problema coas primeiras queixas (Q/2522/11, Q/2103/12 e outras), pero máis recentemente recibiuse unha nova (Q/14242/15) que sinalaba que o problema que padecen “desde sempre” continúa. O concello cumpriu escasamente o recomendado; non adoptou medidas cautelares, a pesar de que un informe técnico sinalaba que debían aplicarse, e non comprobou a actividade real dos establecemento -cafés-concertos ou taboados flamencos que previsiblemente non eran tales, senón unha fraude para aumentar o horario, un dos aspectos fundamentais das reiteradas queixas-. Seguía sen corrixirse a zona saturada e o ruído na rúa. Á vista de todo iso puxémonos en contacto directo co concello para tentar unha mediación que propiciase unha solución adecuada. Ao peche do informe atopámonos á espera dunha resposta municipal a esa proposta. C) Botellóns e menores En canto á celebración de botellóns (concentracións nocturnas na vía pública para consumo de alcol), á marxe das graves repercusións que teñen para a convivencia e o descanso dos veciños, este ano puxemos o acento na necesidade de preservar os menores das gravísimas consecuencias que ten a súa participación neles. Con frecuencia prodúcense ingresos de menores, algúns de moi curta idade, nos servizos de urxencias por comas etílicos; produciuse máis dunha situación crítica e algún falecemento. A longo prazo as consecuencias son devastadoras. Por iso reclamamos responsabilidade aos pais ou titores á hora de educar e controlar os hábitos dos seus fillos menores, e concienciación social sobre o problema, que debe transmitirse desde as instancias públicas. Pero tamén reclamamos o control policial da presenza de menores na masa que practica o botellón, a sanción de carácter educativo (traballos comunitarios ou de concienciación) para os pais consentidores e para algúns mozos, e a persecución dos subministradores das bebidas que consomen. Existe a necesidade de preservar aos menores das gravísimas consecuencias que ten a súa participación nos botellóns Este ano a gravidade do problema púxose de manifesto dunha forma dramática. Os médicos relacionan o inicio temperán na bebida coa participación de moitos menores nos botellóns. O Ministerio de Sanidade anunciou un proxecto de lei que prevé controis dos menores, a actuación das forzas de seguridade e medidas de sensibilización das familias. Tamén algúns concellos manifestaron a súa intención de atallar este problema. En canto ás molestias polos ruídos, actos vandálicos e sucidade, os concellos seguen demostrando avances á hora de abordar adecuadamente este asunto, con excepcións puntuais que adoitan corrixirse. Especialmente dilixente foi o labor do Concello de Ferrol, que realiza unha activa política en favor do silencio nas zonas residenciais e persegue o consumo de alcol por menores. D) As terrazas As terrazas non contan cos elementos que eviten a transmisión do son (illamento ou insonorización) que si teñen os edificios. Son elementos exteriores nos que o respecto ao interese público e dos veciños debe ser condición implícita do seu funcionamento, en especial en zonas residenciais. Por iso o horario non debe ser o mesmo que o do local e os promotores deben asumir como condición imprescindible o respecto dunha conduta cívica por parte da clientela. As terrazas deben cumprir a condición de respectar a conduta cívica por parte da súa clientela Este ano tratamos dous casos nos que confirmamos os prexuízos obxecto das queixas e requiriron recomendacións. O primeiro foi en Sada (Q/22042/14), cuxo concello aceptou a nosa recomendación (ver resolución nº 1 desta área); e o segundo referiuse a un local en Sanxenxo (Q/13730/15), cuxo concello tamén aceptou a recomendación que lle formulamos (ver resolución nº 5 desta área). E) Locais en particular En ocasións o problema refírese á actuación de locais en particular; as queixas adoitan motivarse na falta de comprobacións (medicións) ou o incumprimento das condicións da licenza, moitas veces con clara fraude. Nestes casos lembramos a necesidade de control das condicións do local e de posibles infraccións. Coa normativa vixente as actividades ruidosas poden funcionar desde que o promotor declara o cumprimento das esixencias legais, polo que se precisa un adecuado control municipal posterior. Os concellos deben controlar as condicións dos locais e as súas posibles infraccións A actividade do café “Vega 70”, en Ourense, é obxecto de moitas queixas (Q/12987/16 e outras). Solucionouse o funcionamento ruidoso da terraza, pero agora os afectados quéixanse dos ruídos do local e da clientela congregada ás súas portas. É unha cafetería, pero funciona como un pub (pecha tarde e ten música). Algúns veciños tiveron que abandonar as súas vivendas ou atópanse a tratamento médico. Ao peche do informe continúan as nosas actuacións para solucionar o problema. A queixa Q/20774/14 refírese a un local de Santiago de Compostela que tratamos no anterior informe. Recomendamos ao concello que realizase medicións, posto que con carácter xeral eludíronse (ver resolución nº 17 da área de medio ambiente do informe de 2015). Aceptou plenamente o que lle recomendamos e anunciou as medidas para cumprilo. Tamén en Santiago de Compostela reclamouse polos locais concentrados na rúa Entremuros (Q/697/16). Coñecemos que a situación mellorara nun, pero non nos demais (concentración de persoas ás portas, concertos, rúa con sucidade de todo tipo…). Co avance da queixa coñecemos que se adoptaron medidas adecuadas; o local que permitía o consumo na rúa fora proposto para sanción, a policía local había denunciado a seis persoas por ouriñar na vía pública e a tres por consumo de bebidas e causar molestias aos veciños, e descartáronse as molestias por concertos. No caso dun local da Estada (Boliche), en anteriores ocasións concluímos que a actuación municipal fora irregular, posto que deixou caducar un expediente sancionador; o requirimento para corrixir a actuación do local non se fixera cumprir; e non fixera medicións, a pesar das reiteradas reclamacións. Formulamos unha recomendación ao Concello da Estrada, que a rexeitou. A nova queixa (Q/23359/15) denunciaba que a situación seguía igual, polo que insistimos na necesidade de corrixila. O concello alegou que anteriormente non contaba con medios, pero agora corrixíao, polo que nos enviaría o resultado das comprobacións e as medidas adoptadas. Nas Pontes de García Rodríguez unha queixa referíase a un local con licenza de tablao flamenco (Q/14587/15). Recomendamos que se comprobase e no seu caso corrixise, pero un axente da policía local insistiu en que o local era un tablao flamenco “con licenza como tal”. Na Pobra do Caramiñal denunciouse que un bar (“Museo”) funciona transmitindo ruídos de música (Q/63825/16). O concello non xustificou a súa actuación; segue a música amplificada, que non pode ter coa categoría de bar, e abre moi cedo. Por tanto, ten unha forma fraudulenta de manexar a actividade e o horario. Ademais o concello non achegou ningunha medición ou comprobación. Ao peche do informe insistimos na necesidade de corrixir a situación comprobada. O Concello de Nigrán non aclarou os motivos principais da queixa Q/1028/16, os ruídos e cheiros que se sofren nas vivendas afectadas por un local. Non achegou medición dos ruídos que denuncian constantemente os veciños. Ademais, o establecemento ten unha terraza que debería contar con condicións específicas para garantir a ausencia de molestias, pero das que carece. Por todo iso insistimos ante o concello. F) A necesidade de controlar os ruídos provocados polas festas A celebración das festas ou eventos na rúa non debe xerar molestias desproporcionadas. Os prexuízos deben ser mínimos; para iso estableceranse e controlarán os límites de ruído e horarios. Cando non se impoñen estas garantías as reclamacións das vítimas do ruído resultan xustificadas, como comprobamos en cidades nas que promovemos medidas para corrixir a situación. Os prexuízos por ruídos de festas deben minimizarse no posible, con límites de ruído e horarios e controis Este ano reclamouse por ruídos desproporcionados nas festas do Burgo-Culleredo (Q/12886/16), unha queixa que reiteraba outra anterior (Q/14040/15). Reclamábase o control do volume das barracas e as orquestras e que o concello non contestaba os escritos. Indicámoslle que a celebración de eventos en zonas residenciais debe autorizarse con criterios restritivos, de acordo coa lei do ruído. A xurisprudencia prescribe que as molestias desproporcionadas por un período prolongado prexudican os dereitos afectados. O ente local non aclarou a autorización para exceptuar os límites legais do ruído, as súas condicións e garantías, e non respondeu as denuncias do reclamante, polo que lle enviamos unhas conclusións provisionais. Respondeu que establecera os horarios ordinarios para estes espectáculos, que se respectase a ordenanza de ruídos, e que non houbera “comunicación” de ningunha denuncia por horarios ou ruídos. Como fixemos con outros concellos en ocasións anteriores, insistimos en que deben establecerse límites de ruídos (os xenéricos non se cumpren, posto que a autorización os excepciona), que os horarios deben establecerse para cada espectáculo (non poden ser prolongados todos os días), e sobre todo que deben establecerse garantías de respecto desas condicións. Tamén coñecemos queixas polas festas de Moaña (Q/12761/16) ou de Gondomar (Q/13067/16), en curso ao peche do informe debido ao atraso en facilitar a información por ambos os concellos. E outra polas festas no Porriño (Q/63637/16), cuxo concello xustificou que só se trataba de dúas noites no marco das festas patronais, polo que consta acreditado o carácter excepcional ou ocasional dos eventos. En Melide a queixa versaba sobre os ruídos de atraccións de feira, que estaban a prexudicar a un menor (Q/13317/16). O concello recoñeceu o problema e comprometeuse a que nas próximas festas a atracción non se coloque nas proximidades da vivenda. G) Concertos na rúa A autorización de concertos prexudica aos veciños inmediatos, sobre todo se se prolongan e/ou se realizan con frecuencia. Por iso as autorizacións deben darse de forma restritiva, posto que non se trata de eventos puntuais e de arraigamento, como as festas patronais. No seu caso a autorización excepcional debe conter condicións que fagan que as molestias non se convertan en desproporcionadas. Todo iso desenvólvese en diferentes recomendacións (por exemplo, resolución nº 11 da área de medio ambiente do pasado ano, dirixida ao Concello de Santiago, ou resolución nº 7 deste ano, dirixida ao Concello da Pobra do Caramiñal). A autorización de concertos na vía pública debe darse de forma restritiva e coas condicións para que as molestias non sexan desproporcionadas Varias queixas referíanse a concertos no Casco Vello de Santiago de Compostela (Q/21799/14, Q/124/15, Q/12525/15 e Q/12584/15). Como expresamos o pasado ano, eran concertos en locais, en terrazas e en prazas. As licenzas dos locais non permitían a celebración dos concertos, que non podían ser autorizados polo concello, como se facía. Esixíase xenericamente o cumprimento da ordenanza de ruídos, aínda que era obvio que se excedían os seus niveis. Concluímos que se prexudicou aos afectados, que soportaron nos seus domicilios un nivel de ruído considerable e frecuente. Recomendamos ao Concello de Santiago de Compostela que cumprise as súas funcións e protexese os dereitos prexudicados; que non concedese autorizacións para concertos na rúa, salvo cando se desen as condicións excepcionais sinaladas na lei (festas); e que se controlasen os concertos celebrados en locais non habilitados para iso e sen autorización expresa da consellería, que debería concedela tamén de forma restrinxida (resolución nº 11 da área de medio ambiente do pasado ano). Este ano o concello aceptou a recomendación e comprometeuse a cumprila con medidas que detallou. Na Pobra do Caramiñal tamén coñecemos casos de concertos en condicións inadecuadas (Q/367/16, Q/12615/16, Q/13019/16 e Q/12934/16), polo que formulamos unha recomendación a ese concello (ver resolucións nº 7, 8 e 9 desta área). Tamén sucedeu en Ponteareas, onde se celebraban concertos nun parque sen límite de ruído e ata tarde (Q/12513/16, Q/63628/16 e Q/63629/16). En Pontevedra autorizouse un festival de 12 horas nun parque, pero acabou a medianoite e controlouse que as persoas que permaneceron mantivesen unha conduta cívica (Q/12777/16). Nas Pontes de García Rodríguez as queixas referíanse a música na rúa promovida polos locais dunha zona (Q/14587/15). Por iso recomendamos ao concello que evitase a música na rúa, salvo por circunstancias excepcionais e cunha autorización que establecese condicións e controis, como xa tratamos (ver resolución nº 6 desta área). Foi aceptado polo concello, que indicou que xa non se celebraban as festas denunciadas. H) Os horarios dos locais Neste exercicio coñecemos as discrepancias entre algúns concellos e a administración autonómica sobre a competencia para perseguir as infraccións en materia de horarios dos establecementos de ocio desde a derrogación da anterior lei de seguridade cidadá (Q/23340/15). A reclamante alegaba inactividade na tramitación dos expedientes sancionadores en Lugo. Confirmamos que debían aclararse os criterios expresados polo Concello de Lugo e a Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza, que se consideraban incompetentes e atribuían a competencia á outra administración. A consellería entendía aplicable a Lei galega 9/2013, que establece a competencia municipal en materia de espectáculos e tipifica como infracción incumprir as condicións das licenzas. Pola contra o concello entendía que o horario non é condición da licenza e lembraba que a potestade sancionadora debe exercerse con suxeición ao principio de tipicidade (art. 25.1 CE). De prolongarse a situación que constatamos esta infracción quedaría impune e prexudicaríase seriamente o interese público; por iso enviamos unha valoración provisional a ambas as administracións. O noso criterio inclinouse cara á posibilidade apuntada pola consellería; as condicións dunha licenza de funcionamento non son unicamente as previstas de forma individual no proxecto ou por calquera acto administrativo singularizado ao respecto, senón tamén as que afectan con carácter xeral por aplicación da normativa xeral ou polas diferentes tipoloxías de establecementos. Así, as condicións dos bares, pubs, tablados… serán tamén as previstas no catálogo de actividades (decreto 292/2014), como tamén son condicións dos locais os horarios previstos para cada un na orde vixente. Con todo, era razoable que o concello expuxese as dúbidas que indicaba, posto que os cambios na orde sancionadora podían crear problemas de aplicación como os que citaba, polo que parecía conveniente aclarar o grao de discrepancia municipal neste terreo (cantos concellos estaban a actuar como o de Lugo) e que se clarificase canto antes o marco legal sancionador relativo aos horarios. Seguindo o criterio expresado a administración autonómica (Consellería de Presidencia, Administracións Publicas e Xustiza) promoveu unha modificación legal da materia. Aprobouse mediante a Lei 2/2017, do 8 de febreiro, de medidas fiscais, administrativas e de ordenación, que no seu art. 34 engade un novo apartado (1 bis) no art. 53 da Lei 9/2013, co seguinte contido: “1 bis. O exceso nos horarios establecidos para os establecementos que se refire no Título III, Capítulo III, Sección 2ª da presente lei”. Así pois, o problema que confirmamos atópase solucionado. A nova normativa deixa o control e sanción das infraccións en materia de horarios en mans dos concellos I) Outras fontes de ruído e outras molestias Un exemplo foi a queixa contra os prexuízos ocasionados por un ximnasio de Ribadavia (Q/63751/16). Coñecemos unha queixa anterior na que se comprometía a solución, pero ao cabo dun tempo os ruídos seguían, a pesar de que a actividade carecía de licenza; reclamamos do concello que de forma urxente garantise a ausencia de ruído e o dereito á intimidade persoal e familiar no ámbito domiciliario. A queixa Q/66/15 formulouse polo ruído das máquinas de limpeza utilizadas en horario nocturno en Ourense. Despois de insistir na necesidade de corrixir certos aspectos achegados polo concello, este rectificou ao recoñecer que o servizo municipal debe cumprir as condicións legais de ruído e que se fose necesario faría as comprobacións que se pedisen. Outras fontes de ruído obxecto de queixa foron as instalacións de ventilación dun centro de saúde en Santiago (Q/12980/16), os aeroxeradores en Ponteceso (Q/12986/16), unha canceira na Pobra de Trives (Q/13120/16), e as actividades de pequenos estaleiros en Marín ou Ferrol (Q/13127/16, Q/13539 a 13651/15, Q/64269/16 e Q/64922/16). A Autoridade Portuaria de Ferrol-San Cibrao anunciou actuacións para corrixir as últimas, pero queixas posteriores indicaron que aínda persistían. Reclamamos explicacións ao Concello de Baiona polo uso de artefactos pirotécnicos por unha empresa hostaleira nas celebracións nocturnas que organiza (Q/14396/15); ao peche do informe aínda non se recibiu unha resposta definitiva. 3. A avaliación dos impactos ambientais; a protección da Fraga de Catasós Un importante número de queixas recibidas o pasado ano referíanse á necesidade de protexer a Fraga de Catasós, en Lalín, ameazada polo proxecto de liña de alta tensión (LAT) promovido por Unión-Fenosa (Q/22955/14, e de Q/1014 a 12196/15). Entón concluímos que a análise do impacto paisaxístico non fora suficiente e non preservaba a singularidade da contorna, especialmente a Fraga de Casas Vellas. A declaración de impacto ambiental (DIA) non contiña un estudo paisaxístico específico ou un apartado sobre o tratamento desta cuestión, polo que era insuficiente; si se deu o dun ben de interese cultural que levou á modificación do proxecto. Recomendamos ás anteriores Consellerías de Medio Ambiente, Territorio e Infraestruturas e de Economía e Industria, e ao Concello de Lalín, que revisasen o trazado previsto para a LAT para preservar o interese ambiental e paisaxístico da fraga, e que se evitasen os prexuízos ambientais e paisaxísticos do trazado mediante o soterramento da liña á beira da estrada de entrada a Lalín (resolucións nº 2, 3 e 4 da área de medio ambiente no informe de 2015). A recomendación enviouse tamén a Unión-Fenosa. O que recomendamos coincidía con diferentes informes técnicos que poñían de manifesto as graves consecuencias da execución do proxecto actual. As dúas consellerías e o concello aceptaron as recomendacións, pero a promotora seguiu reclamando a execución do proxecto nas condicións aprobadas. En relación co mesmo asunto recibimos unha nova reclamación (Q/586/16) dunha plataforma contraria ao proxecto aprobado. Contiña unha proposta de trazado alternativo. Trasladámola ao concello, que apoiou o desprazamento da LAT, tal e como recomendamos. O ente local menciona dúas alternativas, pero finalmente conclúe que a mellor opción é a proposta polos veciños de Catasós-Moneixas, que consiste en levar a LAT O Irixo-Lalín enterrada pola N-525, aproveitando un corredor deforestado dentro da gran masa forestal de caducifolias da vertente esquerda da rega de Quintela, singularizada polo Monumento Natural existente. Recomendamos que se revisara o trazado da LAT que pasaría pola Fraga de Catasós para preservar o seu interese ambiental e paisaxístico Recentemente resolveuse o recurso pola denegación da licenza municipal do proxecto; a sentenza recoñece que a denegación se axusta á legalidade polas importantes consecuencias ambientais da súa concesión (irreparables danos). Con todo, a promotora transmitiu a súa intención de recorrer a sentenza. Entre tanto promóvese a declaración do lugar como Espazo Natural de Interese Local (ENIL) co fin de garantir a preservación que recomendamos. Noutros casos as queixas proviñan de promotores de proxectos empresariais atrasados por trámites de carácter ambiental. Confirmámolo nas queixas Q/13326/16 (licenza para industria de xestión vehículos despois da súa vida útil) ou Q/13386/16 (autorización como xestor de residuos perigosos e non perigosos). 4. Transparencia e información ambiental No informe do pasado ano resaltamos as carencias en materia de transparencia e participación ambiental. Este ano continúan os atrasos, a pesar de que á normativa de transparencia en materia de medio ambiente agora súmanse a Lei estatal 19/2013 e a Lei galega 1/2016, ambas de transparencia. A transmisión á cidadanía da información ambiental pública é fundamental para a protección do medio e do interese público. Evita o escurantismo e fomenta a participación responsable e informada, especialmente das organizacións de defensa ambiental. O marco legal da transparencia ambiental era esixente, pero non se cumpría con rigor, como puxemos de manifesto noutros informes, sobre todo polos atrasos na entrega da información solicitada. O Convenio de Aarhus, as directivas comunitarias e a Lei 27/2006, dos dereitos de acceso á información, de participación pública e de acceso á xustiza en materia de medio ambiente, estableceron o dereito subxectivo de acceso rápido (nun mes) a toda a información ambiental, con limitadas excepcións. En Galicia xa a Lei 1/1995, de protección ambiental, consagraba os principios de publicidade, participación e transparencia administrativa (art. 2.i). Con todo, o atraso das respostas é común, como comprobamos en moitas queixas. Como aspecto positivo tamén constatamos que a maior parte das respostas son positivas; con iso comprobamos que a normativa de información ambiental supuxo un importante avance (publicidade a disposición do público, amplos criterios de acceso, facilidade de uso polos formatos elixidos, gratuidade…). A maior parte das solicitudes de información ambiental respóndense positivamente, pero o atraso desas respostas é común O ano anterior foi definitivo na posta en marcha de todos os instrumentos xurídicos en materia de transparencia xeral. A lei estatal xa se atopa en vigor en relación coas CC.AA. e os entes locais (os seus contidos básicos), e a lei galega aumentou os estándares de publicidade e activou os mecanismos específicos de garantía, o Comisionado da Transparencia (Valedor do Pobo) e a Comisión de Transparencia (adscrita ao Valedor do Pobo). Por iso aos instrumentos substantivos e formais antes dispoñibles en materia de medio ambiente agora súmanse os establecidos en materia de transparencia xeral. Aos instrumentos de información ambiental agora súmanse os establecidos en materia de transparencia xeral Como todos os anos, neste tamén coñecemos demoras nas respostas ás solicitudes de información ambiental; comprobámolo, por exemplo, na queixa Q/217/16 (tallas e plantacións ilegais); nas Q/422/16 e Q/14513/15 (documentos e actuacións relacionados co desenvolvemento do plan de xestión do lobo en Galicia); na Q/63851/16 (explotacións mineiras); na Q/64061/16 (investigación dunha denuncia por mortes de aves na contorna do encoro de Vilagudín); na Q/64057 e na 64061/16 (caracterización de residuos); a Q/64790/16 (cartografía de incendios); ou na Q/64858/16, sobre unha matanza de animais sen previo atordamento. Debe mellorarse o tempo de resposta das solicitudes. En cambio, nas queixas non coñecemos negativas inxustificadas que houbese que rectificar. A maior parte das queixas promóvense por organizacións de defensa e estudo ambiental. 5. As explotacións mineiras; a protección da Cova de Eirós Unha importante reclamación coñecida o pasado ano referíase á necesidade de protexer adecuadamente o patrimonio ambiental e cultural da contorna dunha explotación mineira de Triacastela (Q/19678/14), que afecta á Cova de Eirós. Segundo a queixa a promotora non aplicara medidas que corrixan os impactos. A pesar de que conta cunha legalización excepcional (Lei 9/2002), debe respectar as esixencias sectoriais. Non se apreciaron irregularidades ambientais; porén, un informe da USC cualificaba estas covas como “primeiras evidencias de arte rupestre paleolítica no noroeste peninsular”, polo que debería garantirse a súa protección. As covas con manifestacións de arte rupestre son Bens de Interese Cultural (BIC) ex lege (lei 16/1985). Con todo, non se concretaron as actuacións de protección, polo que recomendamos á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria que se garantise a protección formal e material do patrimonio cultural localizado na Cova de Eirós e nas demais con potencial interese cultural, segundo os estudos científicos elaborados, e que se realizase unha vixilancia permanente para garantir que as medidas estaban a ser respectadas e resultaban suficientes, ou, no caso de demostrarse insuficientes, que se establecesen outras complementarias (resolución nº 8 da área de medio ambiente do informe de 2015). A consellería aceptouna e estaba a aplicar medidas adecuadas de protección. Este ano tramitamos outra queixa que expuña de novo a insuficiencia da protección das covas e a necesidade de declaralas expresamente como BIC (Q/23565/15). A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria estaba a cumprir o recomendado mediante actuacións de protección. Os informes que achegou con ocasión da nova queixa abundaron nas medidas de protección das covas. Tamén destacou que as covas teñen o réxime de protección como BIC ex lege, polo que non precisan da incoación de procedemento ningún, e as medidas de protección acordes coa normativa que a afectan xa foron adoptadas e estanse cumprindo. Recomendamos a protección da Covas de Eirós con medidas que foron adoptadas pola consellería competente en materia de protección do patrimonio 6. Incidencias no servizo de auga potable na comarca de Ferrol En relación coa calidade de auga para consumo humano o pasado ano promovemos unha actuación de oficio pola suposta contaminación da auga da comarca de Ferrol e a suspensión do servizo en Ferrol, Narón, Fene, Mugardos e Ares (Q/14044/15). Formuláronse queixas polo mesmo motivo (Q/14056/15 e Q/14068/15). Recibimos unha exhaustiva información de todos os concellos e concluímos que o incidente se liquidou en pouco tempo e non existira risco para a saúde; con todo, debía determinarse unha compensación pola falta de subministración de auga para consumo durante os días que durou o incidente. O Concello de Ferrol xa adoptara esta medida antes da nosa proposta. Suxerimos ao resto de concellos afectados que aprobasen unha compensación proporcional aos días que durou o incidente (que no caso de non facelo xa se determine unha eventual compensación derivada da falta de subministración de auga para consumo durante os días que durou o incidente obxecto das queixas, tal e como xa fixo un dos concellos afectados (Ferrol), e que se faga de forma proporcional aos días que durou o incidente). Os concellos de Ares, Mugardos e Fene aceptaron a suxestión e iniciaron xestións para levar a cabo a compensación nunha próxima factura equivalente ao consumo diario polos catro días que durou a non potabilidade da auga. Entendían que a bonificación debía ser pagada por EMAFESA. Por contra, o Concello de Narón rexeitou a suxestión. Suxerimos aos concellos de Ferrolterra que aprobasen unha compensación polas deficiencias temporais na subministración de auga 7. A protección da biodiversidade Unha asociación de defensa ambiental reclamou polo atraso dos plans de ordenación dos parques naturais de Galicia, especialmente o das Fragas do Eume (Q/1119/16). Xa no informe do Valedor do Pobo de 2014 fíxose alusión á inexistencia do plan dese parque natural, declarado como tal en 1997, que debería dispoñer del nun prazo máximo de dous anos (1999). 17 anos despois seguía sen plan. En febreiro de 2015 atopábase no prazo de participación pública sobre o documento inicial, pero desde entón non chegou a aprobarse. Reclama un calendario preciso dos plans pendentes, os relativos aos cinco parques naturais. A Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio informou dos trámites en que se atopaban os diferentes plans. Pero sobre todo comprometeuse achegando o calendario reclamado, que é o seguinte: Parque Natural das Fragas do Eume: primeiro semestre de 2017; Parque Natural do Monte Aloia: primeiro semestre de 2017; Parque Natural da Enciña da Lastra: segundo semestre de 2017; Parque Natural de O Invernadeiro: primeiro semestre de 2017; Parque Natural do Complexo Dunar de Corrubedo e Lagoas de Carregal e Vixán: segundo semestre de 2017. Permaneceremos atentos á efectividade deste compromiso. A consellería competente en materia de medio ambiente comprometeu un calendario para aprobar os plans de xestión dos parques naturais de Galicia, que se atopan atrasados O pasado ano coñecemos dúas queixas por un procedemento de infracción comunitaria derivado do desenvolvemento da Rede Natura 2000 en Galicia (Q/73/15 e Q/13183/15). A Comisión Europea tramitaba un posible incumprimento da directiva de hábitats por considerar que o documento que aprobou a Xunta de Galicia (Decreto 37/2014) non cumpre os estándares de protección ambiental (non especifica con suficiente claridade as medidas a aplicar en cada un dos lugares da rede, non aclara se se elaborarán plans de xestión específicos, e as medidas de conservación son indeterminadas). Pola súa banda a Xunta alegou que o plan director recolle medidas de conservación e de xestión aplicables a cada lugar; e no seu caso as carencias poderían emendarse con medidas engadidas. Este ano concluímos provisionalmente as queixas á espera dun eventual ditame da Comisión (trámite administrativo previo a unha eventual actuación dos tribunais comunitarios). Un aspecto que xerou diferentes queixas foi a protección da agricultura e a gandería dos ataques da fauna e a compensación dos posibles danos. Coñecemos que a consellería competente adoptou medidas para minimizar os danos ocasionados por xabarís (aumento do período de caza, caza por danos fóra do período hábil, considerable número de capturas...). Estas e outras medidas (plan de xestión) foron eficaces en determinados lugares, pero non noutros. Por iso tamén se dan medidas compensatorias (axudas para danos producidos en cultivos por esta especie, e en xeral para a prevención dos danos causados pola fauna silvestre nas explotacións gandeiras e agrícolas). Como exemplo deste problema coñecemos a queixa Q/63799/16. Unha asociación ambiental reclamou pola morte de lobos en batidas dirixidas a outras especies (Q/14513/15). A consellería asegurou que as autorizacións de caza ou controis doutras especies, sobre todo o xabaril, afectan só a esas especies, e non ao lobo, polo que calquera actuación contraria sería ilegal e sancionable. Os censos de 1999-2003 e os traballos de 2013-2014 indican que a especie non está en risco e os grupos reprodutores non diminuíron. En canto á posibilidade de catalogar ao lobo como especie ameazada para os efectos da súa protección (reclámao a asociación), os cambios poden ser promovidos con apoio técnico (información científica e técnica suficiente para avaliar a proposta) polas universidades, os centros de investigación, os institutos e as entidades correspondentes. A pesar do establecemento de medidas compensatorias coñecemos casos de atrasos ou outras dificultades nos pagos. Existen axudas para previr e indemnizar danos ocasionados pola fauna, pero os atrasos e outras dificultades favorecen medidas alternativas (controis) mesmo no caso do lobo 8. A prevención da contaminación das augas e o funcionamento das depuradoras En Galicia realízase un importante esforzo investidor para corrixir os puntos de vertedura sen control ou inadecuados que aínda permanecen. Con todo, as infraestruturas para iso, especialmente as depuradoras de augas residuais, con frecuencia xeran problemas de funcionamento e/ou molestias aos veciños. Un número considerable de queixas referíanse aos malos cheiros que ocasionou a posta en funcionamento da depuradora (EDAR) de Ribeira (Q/64010 a 64027/16 e Q/64077/16). O concello e a Consellería de Medio Ambiente confirmaron o problema -por problemas no axuste das instalacións- e promoveron solucións. O ente local encargou un estudo e reclamou que mentres non se solucionasen os problemas as verteduras fosen desviadas, o que sucede desde decembro. Tamén se deron outras actuacións. A EDAR está en período de posta en marcha, polo que aínda non foi recibida (unha das peticións dos afectados). Adoptáronse as medidas necesarias (localización do foco e traballos para solucionalo). Xa en Nadal os cheiros reducíronse moito, e o concello e Augas de Galicia estaban a facer un seguimento para solucionalos definitivamente. Permaneceremos atentos á correcta posta en funcionamento da depuradora. Confirmáronse malos cheiros provocados pola nova depuradora de Ribeira, pero adoptáronse as medidas necesarias IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO RESOLUCIÓNS DA ÁREA DE MEDIO AMBIENTE Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/22042/14 Molestias dun local de ocio Concello de Sada, 10-02-2016 ACEPTADA Q/22042/14 2 Q/14044/15 Q/14056/15 Q/14068/15 Compensación de incidentes na subministración de auga Concello de Narón 8-02-16 NON ACEPTADA Q/14044- 14056- 14068/15 3 Concello de Fene 8-02-16 ACEPTADA 4 Concello de Ares 8-02-16 ACEPTADA 5 Concello de Mugardos 8-02-16 ACEPTADA 6 Q/13730/15 Ruídos dunha terraza Concello de Sanxenxo 28-06-16 ACEPTADA Q/13730/15 7 Q/14587/15 Molestias dun local de ocio Concello de As Pontes de García Rodríguez 27-10-16 ACEPTADA PARCIALMENTE Q/14587/15 8 Q/367/16 Q/12615/16 Concertos de música na rúa e en locais non autorizados Concello da Pobra do Caramiñal 4-01-17 PENDENTE Q/367/16 9 Q/12934/16 Concertos de música na rúa e en locais non autorizados Concello da Pobra do Caramiñal 4-01-17 PENDENTE Q/12934/16 10 Q/13019/16 Concertos de música na rúa e en locais non autorizados Concello da Pobra do Caramiñal 4-01-17 PENDENTE Q/13019/16 V - CONSIDERACIÓNS FINAI S O ruído constitúe un problema compartido en todas as Comunidades Autónomas, polo que os Defensores do Pobo dedicamos as nosas xornadas de coordinación a promover a protección das persoas e os seus domicilios fronte á contaminación acústica e a lembrar ás administracións que se trata de protexer un dereito fundamental: o dereito á inviolabilidade do domicilio e a intimidade persoal e familiar nos fogares (art. 18.1 e 2 CE). Os prexuízos máis habituais e significativos en materia de ruídos son a presenza de zonas saturadas ou contaminadas por eles, a falta de control municipal dos locais, a promoción ou autorización de actividades ruidosas (concertos ao aire libre ou en locais non adaptados), e a abstención á hora de aplicar medidas contra os ruídos provenientes de terrazas ou clientes no exterior dos locais. En ocasións a falta de medidas eficaces provoca o abandono dos fogares por ruídos, o que constitúe unha forma de “desafiuzamento” tan dolorosa e inxusta como outras moitas que coñecemos. Un importante número de municipios non actúan ou fano tarde e ineficientemente; por iso é imprescindible unha maior eficacia no tratamento dos ruídos que habitualmente penetran nos fogares, que se realicen máis controis aos locais, e que en caso de incumprimento se apliquen sancións proporcionais ao dano causado. A falta de medios que alegan algúns concellos pode deberse á escasa conciencia sobre a necesidade de loitar contra a contaminación acústica, segundo apuntamos nas Jornadas de Coordinación. En canto aos ruídos na vía pública, os ocasionados con motivo de festas patronais ou tradicionais deben minimizarse no posible, con límites de ruído e horarios, e sobre todo con controis por parte dos concellos, de tal forma que non se convertan en períodos nos que non se respecta o dereito ao descanso. Ademais, as autorizacións de concertos na rúa deben darse de forma restritiva e coas condicións para que as molestias non sexan desproporcionadas. Aínda a pesar dos moitos problemas que confirmamos en materia de ruídos a maioría dos casos expostos nas queixas solucionáronse ou melloraron con actuacións de diferente tipo da institución. Despois da derrogación da anterior lei orgánica de seguridade cidadá comprobamos que existían discrepancias entre a Xunta e algún concello en relación coa competencia para controlar e sancionar os incumprimentos de horarios dos locais. De prolongarse esa situación as infraccións quedarían impunes e prexudicaríase seriamente o interese público, polo que realizamos indicacións ás administracións. Seguindo o criterio expresado a Consellería de Presidencia, Administracións Publicas e Xustiza promoveu unha modificación legal que regula que as sancións por exceso nos horarios dos establecementos corresponde aos concellos. Así pois, o problema atópase solucionado. En materia de protección da biodiversidade dirixímonos á consellería competente en materia de medio ambiente debido ao atraso dos plans de xestión dos parques naturais galegos. Coa súa resposta comprometeuse cun calendario para aprobar eses plans para os parques das fragas do Eume, Monte Aloia, A Enciña da Lastra; O Invernadeiro, e Complexo Dunar de Corrubedo e Lagoas de Carregal e Vixán. Todos se terminarán en 2017. Permaneceremos atentos ao cumprimento deste compromiso. Existen axudas para previr e indemnizar danos ocasionados pola fauna, pero os atrasos e outras dificultades favorecen medidas alternativas (controis) mesmo no caso de especies cun determinado grao de protección en Galicia, como o lobo, sobre o que se expoñen dúbidas respecto do estado das súas poboacións. Para preservar o interese ambiental e paisaxístico da Fraga de Catasós, en Lalín, recomendamos que se revisase o trazado do proxecto dunha LAT que pasaría por ela, o que aceptaron todas as administracións e órganos afectados. Na actualidade o proxecto está paralizado por unha decisión xudicial que coincide co criterio que anteriormente expresaramos. En relación con actividades potencialmente prexudiciais recomendamos a protección da Covas de Eirós fronte á actividade dunha explotación mineira. A consellería competente en materia de protección do patrimonio aceptouno e anunciou a aplicación de medidas de protección. Confirmáronse malos cheiros provocados pola nova depuradora de Ribeira, pero adoptáronse as medidas necesarias, aínda que non finalizaron as probas e axustes para a súa recepción final, polo que haberá que permanecer atentos. Como consecuencia do corte de subministración dos servizos municipais de auga de varios concellos de Ferrolterra suxerímoslles que aprobasen unha compensación por esas deficiencias temporais, o que aceptaron todos menos Narón. En materia de transparencia a maior parte das solicitudes de información ambiental respóndense positivamente, pero o atraso desas respostas é común. Con todo, coa entrada en vigor das leis estatal e galega de transparencia reforzáronse as garantías para a efectividade do dereito á información pública ambiental. ÁREA DE EDUCACIÓN I. INTRODUCIÓN No informe anual que esta institución presentou en 2012 chamabamos a atención sobre a urxencia dun acordo político e institucional que eliminase a constante inestabilidade que padece o noso sistema educativo. Desde 1970 houbo sete normas distintas, cinco delas leis orgánicas, das que unha foi suspendida no seu calendario de aplicación. Xunto a elas viñéronse ditando os correspondentes reais decretos regulando os ensinos mínimos dos distintos niveis educativos, e ordes nas que se recollen contidos curriculares e desenvolvementos diversos. Esta inestabilidade normativa permanente impuxo reformas que non só non se viron acompañadas dos investimentos necesarios, senón que consumiron boa parte dos recursos en financiar as burocracias xeradas polos propios procesos de reforma. A finais deste ano, produciuse un novo cambio no sistema educativo. A composición do Congreso dos Deputados xurdida tras as eleccións xerais de xuño de 2016 determinou un amplo impulso parlamentario para paralizar o calendario de implantación da LOMCE, lei orgánica aprobada apenas tres anos antes e que se atopaba en pleno proceso de desenvolvemento normativo. A mediados de novembro de 2016, a cámara aprobou por maioría e co voto en contra do PP, iniciar a tramitación parlamentaria dunha proposición lexislativa do grupo socialista para comezar a tramitar a "suspensión" do calendario de implantación da LOMCE e a súa substitución posterior por outra lei, iniciativa que contou con 208 votos, 133 en contra e 2 abstencións. Con todo, desde o Ministerio de Educación, Cultura e Deporte anunciouse que o Goberno aprobaría un decreto lei para a suspensión dos efectos académicos das novas avaliacións finais de ESO e Bacharelato previstas pola LOMCE ata que se alcanzase un pacto educativo nacional, matizando que tales probas finais non se suprimirían. O obxectivo do grupo parlamentario socialista e das demais formacións políticas non era suspender os efectos das "reválidas", senón suprimilas. Finalmente, o Consello de Ministros aprobou o Real Decreto-lei 5/2016, do 9 de decembro, de medidas urxentes para a ampliación do calendario de implantación da Lei Orgánica 8/2013, do 9 de decembro, para a mellora da calidade educativa, co propósito de proporcionar seguridade xurídica sobre as características e efectos das avaliacións que se han de realizar ao finalizar as correspondentes etapas educativas e, en particular, aos alumnos matriculados este curso escolar en cuarto curso de Educación Secundaria Obrigatoria e segundo de Bacharelato. Co obxectivo de alcanzar nesta lexislatura un Pacto de Estado social e político pola educación que dote ao sistema educativo da imprescindible estabilidade, ampliouse o prazo para a implantación dos efectos das avaliacións, de maneira que mentres se leven a cabo as negociacións, os resultados das avaliacións finais non terán efecto ningún para a obtención dos títulos de ESO e de Bacharelato, e a súa organización e desenvolvemento non debe afectar o funcionamento ordinario das Administracións educativas e dos centros docentes. A avaliación final de Educación Primaria será mostral, é dicir, realizaranse só sobre unha mostra de alumnos que permita obter datos representativos. Con todo, non se impide que as Administracións educativas que o decidan continúen realizando esta proba a todos os alumnos (censual). A avaliación final de Educación Secundaria Obrigatoria tamén será mostral, participando unicamente nela o alumnado matriculado en cuarto curso que fose seleccionado pola Administración educativa, exclusivamente pola opción cursada. A mostra de alumnos e centros deberá ser suficiente para obter datos representativos. En calquera caso, as Administracións Educativas poderán elevar o número de centros participantes por encima das necesidades mostrais, ou mesmo realizala con carácter censual. Limitarase ás materias troncais xerais do último curso e non terá efectos académicos, senón que terá unha finalidade meramente diagnóstica. En consecuencia, a súa superación non será necesaria para a obtención do título de Graduado de ESO, nin os seus resultados constarán no expediente académico individual. A avaliación final de Bacharelato realizarase exclusivamente para o alumnado que queira acceder a estudos universitarios e será similar á Proba de Acceso á Universidade (PAU), aínda que con dúas importante diferenzas: Por unha banda, a Avaliación terá por obxecto as competencias nos termos establecidos nos currículos de ESO e Bacharelato aprobados en desenvolvemento da LOMCE (Real Decreto 1105/2014, do 26 de decembro); e por outro, avánzase na uniformidade da proba, que deberá axustarse ás características, datas e contido que se establezan mediante Orde do Ministro de Educación, Cultura e Deporte. Non terá outros efectos académicos que os do acceso á universidade. Limitarase ás materias troncais xerais do último curso, e as materias troncais de opción para subir nota. Para lograr estes obxectivos é necesario modificar o calendario de implantación previsto na disposición final 5ª da LOMCE ata a entrada en vigor da normativa resultante do Pacto de Estado social e político pola educación. A primeira consecuencia importante para os alumnos da nosa comunidade autónoma é que a finais deste ano aínda non se despexaron importantes cuestións técnicas da proba final de bacharelato, xa que quedara sen efectividade o Real Decreto 310/2016, do 29 de xullo, polo que se regulaban as avaliacións finais de Educación Secundaria Obrigatoria e de Bacharelato. Deste xeito, tanto os centros como os alumnos que han de realizar a avaliación para o acceso á universidade no mes de xuño de 2017 descoñecían aspectos básicos do deseño da proba e da súa administración. Os asuntos expostos ante esta institución non difiren significativamente doutros anos. No ámbito da educación non universitaria, debemos insistir na percepción das familias sobre a insuficiencia de recursos persoais para a atención do alumnado con necesidades educativas especiais; a falta de acordo entre as administracións sobre as súas competencias en determinadas obras de rehabilitación ou mantemento nas instalacións e infraestruturas educativas; os problemas derivados da supresión de paradas de transporte escolar ou a creación de novas paradas; a entrega de copias de exames a pais e alumnos e a correlativa dúbida do profesorado sobre o alcance e a duración da obrigación de custodia dos documentos de avaliación; problemas de admisión en centros docentes derivados da insuficiencia de oferta; o aumento de ratio na escolas de educación infantil, o estado dalgunhas destas instalacións ou os horarios de apertura da escolas da rede Galiña Azul nos días laborables de Nadal e Semana santa; o custo dos uniformes escolares nos centros concertados; a falta de convocatoria de premios extraordinarios para os alumnos de ciclos formativos de grao medio de ensinos artísticos ou os conflitos derivados da situación dos profesores de Música en educación secundaria, entre outros moitos asuntos. No ámbito da educación universitaria, abriuse unha queixa de oficio ante a falta de expectativas de promoción profesional entre os profesores acreditados ao corpo de Catedráticos de Universidade e os profesores contratados doutores acreditados ao corpo de Titulares de Universidade, dadas as numerosas limitacións para convocar concursos de acceso nas universidades do SUG. Investigouse o problema da reserva de prazas para persoas con discapacidade no sistema universitario de Galicia para acceder a máster e posgraos; a exención de taxas académicas por matrícula de honra en estudos de grao; certas incompatibilidades nos prazos de admisión a máster na Universidade de Santiago de Compostela e un caso de mala praxe nalgunhas unidades e servizos da Universidade de Santiago de Compostela con ocasión dunha denuncia por acoso laboral que finalmente se demostrou falsa. O acoso escolar segue sendo unha cuestión que merece a atención de toda a sociedade. A pesar de todas as medidas postas en marcha, dos esforzos das administracións para facilitar instrumentos de detección, prevención e tratamento do acoso escolar nos centros educativos, das campañas de sensibilización, da traxedia familiar e social que supoñen os casos de suicidio de escolares vítimas de acoso (en España, afortunadamente, con taxas moi baixas en comparación con outros países), o acoso escolar segue sendo un problema. Queremos chamar a atención sobre a urxencia de que a sociedade, empezando polas propias familias, sexa consciente de que hai claros factores de vulnerabilidade nalgúns escolares. Os nenos de personalidade tímida ou reservada, con carencia de habilidades sociais ou falta de adaptabilidade, os menores que atravesan situacións familiares de ruptura entre os seus proxenitores ou de violencia doméstica, os que carecen de pautas educativas para tolerar a frustración, quen ten determinados trazos físicos... adoitan experimentar angustia ou sufrimento ante algunhas actitudes dos seus compañeiros. Como xa dixemos o ano pasado, inquiétanos a tendencia para establecer distincións entre o acoso escolar e as condutas contrarias á convivencia coma se se tratase en todo caso de comportamentos nitidamente diferenciables en función de elementos obxectivos como a reiteración ou a continuidade, a gravidade, ou a posible resposta da vítima. Habemos de poñer novamente de manifesto que moitas das situacións que chegamos a coñecer nesta institución non poden nin deben ser toleradas no sistema educativo e percibimos que os esforzos se centran excesivamente en tipificar a conduta, sen prestar a suficiente atención ao sufrimento da vítima. Todos os abusos, á marxe de que sexan ou non un caso de acoso escolar, deben ser corrixidos con contundencia. II. DATOS CUANTITATI VOS O número de queixas tramitadas na área de Educación foi de 154, trinta asuntos menos que o ano pasado, e tamén diminuíu o número de reclamantes en queixas subscritas de forma colectiva. Unha delas foi presentada por 486 pais e nais de alumnos do CEIP Emilia Pardo Bazán, da Coruña, debido á paralización dun programa de inmersión lingüística para Educación Primaria posto en marcha pola ANPA Milnen@s, financiado exclusivamente con fondos que obtivo a propia asociación de nais e pais de alumnos dunha entidade sen ánimo de lucro e coas achegas dos pais. O proxecto trataba de compensar a imposibilidade actual do centro de participar no programa de "auxiliar de conversación", promovido pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria. Segundo se comunicaba nas queixas, tras o permiso inicial da Inspección educativa, remitido por correo electrónico, a finais de outubro recibiuse a comunicación da paralización do programa por parte da administración educativa, cando levaba unha semana de actividade. Aínda non recibimos o preceptivo informe da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria sobre a situación. Outros 152 expedientes de queixa tramitáronse por causa das obras executadas pola consellería no CEIP Ramón de la Sagra, na Coruña, en particular, pola decisión de retirar as cubertas de fibrocemento do colexio para partir do 9 de xaneiro de 2017, reiniciado o curso tras as vacacións de Nadal. Un total de 28 escritos de queixa non foron admitidos a trámite, dezaseis deles por falta dunha reclamación administrativa previa, cando a natureza do asunto así o requiría. O resto das queixas inadmitidas non reflectía ningunha actuación administrativa irregular ou lesiva de dereitos. Dous expedientes remitíronse ao Defensor del Pueblo. Un dos casos referíase á denegación dunha bolsa por parte do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte do Goberno de España. O outro expediente foi remitido ao Defensor del Pueblo por tratarse dun asunto de normativa estatal básica no que se considerou que a queixa estaba claramente fundada (Q/33/16), ante a falta de convocatoria de premios extraordinarios nos ciclos formativos de grao medio de ensinos artísticos, a diferenza do que sucede noutros ámbitos Así se apreciou tamén polo Defensor del Pueblo, que formulou ao Ministerio de Educación unha recomendación no sentido apuntado no noso informe, que foi aceptada. A este asunto referirémonos con ocasión da análise da nosa actividade de supervisión. Antes de expoñer a estatísticas da área de Educación, debemos poñer de manifesto que a tramitación de numerosos expedientes prolongouse polo atraso na recepción dos informes emitidos pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria. Como pode comprobarse nas estatísticas de requirimentos e no cumprimento do deber de colaboración, son moitas as queixas nas que tivemos que solicitar o informe á consellería en tres ou catro ocasións, ata o punto de ter que formular recordatorios de deberes legais e advertencias. Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 818 154 Admitidas 788 96,33% 124 80,51 % Non admitidas 28 3,42% 28 18,19 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 2 0,24 2 1,30 % A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 265 33,63 % 113 91,12 % En trámite 523 66,37 % 11 8,88 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2013 1 0 1 1 0 2014 5 0 5 4 1 2015 166 0 166 166 0 Deste grupo de expedientes do ano 2015, 102 queixas foron presentadas por usuarios da escola infantil de Coia, en Vigo, polo que consideraban un exceso de ratio de alumnado, cuestión que examinaremos no apartado III desta área. Os outros 64 expedientes foron resoltos ao longo de 2016. III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1. Educación non universitaria A)Admisión do alumnado Todos os anos recíbense queixas derivadas da insuficiencia de prazas escolares en determinados centros educativos. As queixas preséntanse coincidindo co proceso ordinario de escolarización, a partir do mes de marzo, unha vez que se publican as listas de alumnos admitidos e excluídos e as familias comproban que non obtiveron praza no centro da súa elección. Con ocasión de varios expedientes recibidos en 2015 púxose de manifesto un desaxuste entre oferta e demanda de prazas escolares no Concello de Carballo que requiría unha adecuada planificación da oferta pública de vacantes. Este ano, o problema suscitouse no concello de Arteixo. No prazo establecido no procedemento de admisión de alumnado nos centros docentes sostidos con fondos públicos, no 1° curso de Educación Primaria do CEIP Ponte dos Brozos as prazas cubríronse co alumnado xa matriculado no centro. Por outra banda, os postos escolares reservados a alumnado con necesidades educativas especiais (NEE) no 1° curso ascenderon a tres para cada aula, do que resultaba un total de quince prazas reservadas neste centro. Nestas circunstancias, resultaba imposible ofertar estas prazas, e en caso de existir algunha vacante, automaticamente debería ser reservada para o alumnado con NEE. Non obstante, atendendo á demanda de prazas para este centro e ás características da zona na que se atopa, a consellería puxo en funcionamento unha unidade máis, co que se deu resposta a todas as solicitudes de escolarización de alumnado para 1° de EP no CEIP Ponte dos Brozos. A pesar de que o problema se resolveu, volveuse a producir unha certa falta de previsión e adecuada planificación da oferta educativa en función dos datos da poboación para escolarizar, que é unha competencia propia da xefatura territorial, que pode acceder aos datos estatísticos e demográficos con antelación suficiente. As solicitudes de escolarización presentáronse no mes de marzo, pero a xefatura territorial debía saber desde o mes de febreiro que non habería vacantes, posto que todas as prazas se cubrían co alumnado xa matriculado no centro. Insistimos en que, ata onde sexa posible, ao iniciarse o proceso de admisión se produza xa o necesario axuste entre oferta de postos escolares e demanda potencial de prazas, para evitar a inquietude que produce nas familias non ter unha previsión clara e precisa sobre a praza escolar solicitada. A adscrición de escolas de educación infantil a centros de infantil e primaria expón tamén problemas de postos vacantes. Así sucedeu coa EEI Raiola, adscrita ao CEIP de Lamas de Abade, en Santiago de Compostela (Q/409/16), que determinou unha situación de conflito no centro ao non poder ser ampliado o espazo de aulas neste último colexio para dar cabida ao alumnado do centro adscrito por estar ocupado un edificio anexo destinado a vivenda do conserxe. Desde esta institución tentouse unha mediación coa familia que ocupaba a vivenda, cuxo dereito fora recoñecido nunha resolución xudicial do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia en maio de 2012, aínda que a titular do dereito de uso non tiña xa o seu posto de traballo na conserxería do centro senón noutro colexio. O concello de Santiago de Compostela apoiou as posibles propostas de realoxamento para que a vivenda fose desocupada pero ningunha das ofertas foi aceptada. Finalmente, o goberno local de Santiago de Compostela aprobou a expropiación forzosa do dereito de uso desa vivenda, situada no interior do recinto escolar, para poder ampliar o colexio. A adscrición da EEI Os Anxeles, en Brión (A Coruña), ao CEIP de Pedrouzos (Q/12595/16) suscitou o problema do acceso aos recursos educativos complementarios. Na adxudicación de prazas do comedor escolar non existe actualmente ningunha prescrición de que o alumnado procedente dun centro escolar adscrito estea en idéntica situación no centro ao que accede que o alumnado que está xa escolarizado nel e que foi usuario do comedor escolar no curso anterior. A normativa actual de comedores escolares deixa discrecionalmente en mans dos consellos escolares a avaliación e valoración desta casuística. Débese buscar algunha medida que garanta a igualdade deste alumnado no curso escolar no que se produce a incorporación respecto ao que estaba xa no colexio. B) Atención ao alumnado con necesidades específicas de apoio educativo Son moi numerosas as queixas por desacordo das familias de alumnos con necesidades específicas de apoio educativo. En ocasións producíronse atrasos nos procedementos diagnósticos pola insuficiencia de medios persoais nos equipos de orientación específicos ou por cambios frecuentes nos responsables dos departamentos de orientación. No expediente Q/237/16 podíase concluír unha resposta retardada ás necesidades específicas de apoio educativo dun alumno que fora escolarizado en 5º de primaria nun centro escolar da provincia da Coruña no curso 2013-2014. Os informes do Departamento de Orientación do centro de orixe, que recollían problemas de conduta, atención de especialista de pedagoxía terapéutica no 1° ciclo de primaria, boa capacidade intelectual…, e os informes dun gabinete psicolóxico privado que referían dificultades de atención, de conduta e desfasamento entre a alta capacidade intelectual e o seu rendemento académico xestionáronse no centro con pautas de intervención na aula para corrixir os problemas de conduta, con escaso éxito. Recomendouse anteriormente unha valoración neurolóxica e de logopedia complementaria para asegurar un diagnóstico diferencial. A intervención do equipo de orientación especializado en trastornos de conduta solicitouse en decembro de 2014. O informe foi realizado en maio de 2015, e remitido ao centro no mes de xuño. Ese mesmo mes, o centro decidiu que o alumno non promocionaría a 6º de primaria. Desde marzo de 2014, o colexio tiña un informe da Unidade de Atención Educativa en Altas Capacidades da Universidade de Santiago de Compostela no que se confirmaba a avaliación como un alumno de altas capacidades. O alumno foi novamente valorado polo equipo de orientación específico en abril de 2016, emitindo un informe que establecía unha serie de pautas nos planos cognitivo, afectivo e social e terminaba propoñendo un cambio inmediato de centro, preferiblemente con estudos de ESO co fin de ofrecer continuidade en cursos posteriores. De non ser posible, recomendaba a escolarización inmediata nun centro educativo da zona e previsión posterior de centro de ensino secundario. Estas recomendacións concretáronse nun cambio de centro escolar no mes de maio de 2016. É evidente a complexidade que supón dar resposta e abordaxe técnica ao alumnado que presenta, simultaneamente, un perfil de altas capacidades intelectuais e problemas de conduta, con comportamentos disruptivos no centro escolar. Con todo, durante dous cursos escolares non se conseguiu a necesaria coordinación e comunicación fluída e confiada entre o contorno familiar e o educativo. É preciso establecer un clima de confianza e mutuo recoñecemento entre centro educativo e familia para dar estabilidade aos procesos, non só académicos senón tamén de desenvolvemento persoal dos alumnos con necesidades específicas de apoio educativo, propiciando a unidade de criterios e pautas que é esencial para o éxito do alumnado que presenta necesidades educativas especiais. En ocasións, a administración educativa non arbitra as medidas de apoio coa inmediatez que as familias demandan. No expediente Q/63685/16 producíase un desaxuste entre os recursos de que dispoñía o centro e o dereito do alumno para ser escolarizado no colexio que lle correspondía, onde estaban xa os seus irmáns maiores. Era necesaria a asistencia de persoal auxiliar técnico educativo durante parte da xornada lectiva (3 horas diarias). Unha vez finalizadas as escolarizacións combinadas entre os centros educativos ordinarios e os de educación especial, axustouse a organización dos horarios do persoal coidador con destino na correspondente zona educativa e asignouse un coidador do alumno, unhas semanas despois de iniciarse o curso. En materia de persoal e contratacións de profesorado de apoio, especialistas ou coidadores, a administración está obrigada a observar uns procedementos que garantan a cobertura deses postos cumprindo os mecanismos de provisión establecidos. No expediente Q/63727/16 convocouse unha nova praza de auxiliar coidador mediante o anuncio da correspondente comisión de servizos entre o persoal laboral fixo ao servizo da Xunta de Galicia, ou, no seu defecto, pola autorización dun proceso de substitución mediante a selección dunha persoa integrante das listas de cobertura temporal. As familias expresan a súa inquietude pola situación do alumnado, que carece de coidador durante ese período, pero o certo é que as cuestións de persoal (pola regulación dos mecanismos ou sistemas de contratación, polas implicacións sindicais, pola transparencia dos chamamentos das listas de substitución ou pola observancia dos prazos de recurso) consomen inevitablemente uns períodos de tempo en ocasións moi distorsionadores para as familias. A interacción entre o persoal especialista externo e os especialistas dos centros debe articularse a través de fórmulas de colaboración, pois os informes externos non teñen a consideración de ditames vinculantes. As medidas do centro determínanse en función dos casos definidos previamente como de necesidades específicas de apoio educativo e as familias quéixanse de que non se toman en conta os informes de profesionais externos que achegan (Q/12475/16). A educación inclusiva segue a ser un ámbito problemático (Q/63768/16). A Convención sobre os dereitos das persoas con discapacidade prevé que poidan acceder a unha educación primaria e secundaria inclusiva, de calidade e gratuíta, en igualdade de condicións coas demais, na comunidade en que vivan; que se fagan axustes razoables en función das necesidades individuais; que se preste o apoio necesario ás persoas con discapacidade, no marco do sistema xeral de educación, para facilitar a súa formación efectiva; e que se faciliten medidas de apoio personalizadas e efectivas en contornas que fomenten ao máximo o desenvolvemento académico e social, de conformidade co obxectivo da plena inclusión. Hai centros nos que máis do 50% dos alumnos son nenos con necesidades específicas de apoio educativo, moitos deles escolarizados pola administración ao ser centro de escolarización preferente para nenos con NEAE. Este tipo de centros esixe unha adecuada dotación de persoal docente, de profesorado especialista e de auxiliares técnicos coidadores para un correcto desenvolvemento do curso e a atención personalizada que se necesita, xa que é frecuente que na mesma aula, haxa alumnos con moi distintos niveis académicos. Non ten sentido que a atención ao alumnado con diversidade funcional se realice en menoscabo dos alumnos de escolarización ordinaria nin ao revés. Por iso, a igualdade de condicións, os axustes razoables e o apoio necesario personalizado son a única resposta válida ante a diversidade do alumnado. Esta situación fai que a dotación de profesorado por catálogo sexa xeralmente inadecuada ou insuficiente. Neste sentido, a ANPA Burgo das Nacións do CEIP de Vite (Q/101/16; Q/492/16) demandaba máis persoal docente especialista e coidadores para mellorar a atención de oito alumnos con necesidades especiais (sete deles están asistindo ao centro todos os días lectivos). De acordo co anterior, a consellería informou que o persoal de profesorado especialista asignado para atender ao alumnado con necesidades específicas estaba formado por dous especialistas en pedagoxía terapéutica, unha especialista en pedagoxía terapéutica que comparte esta especialidade cunha titoría de educación primaria, e unha especialista en audición e linguaxe. Ademais, o centro escolarizou nese curso oito alumnos do Concello de Santiago de Compostela e doutros concellos, que precisan a atención dunha persoa coidadora e axuda nos seus desprazamentos. Dous deles, do mesmo curso e grupo, utilizan cadeira de rodas. Algúns deles asisten, ao longo da semana, a outras terapias e atencións, polo que unicamente dous días da semana coinciden todos no centro. Por esta circunstancia, o centro dispuxo de tres auxiliares coidadores con dedicación plena para atender este alumnado. As familias solicitan que se manteña nos próximos cursos o profesorado especialista e que se incremente o número de coidadores, para dar unha atención personalizada ás necesidades, moi diversas, que expoñen os alumnos. c) Acoso escolar O acoso escolar segue sendo unha cuestión que merece a atención de toda a sociedade. A pesar de todas as medidas postas en marcha, dos esforzos das administracións para facilitar instrumentos de detección, prevención e tratamento do acoso escolar nos centros educativos, das campañas de sensibilización, da traxedia familiar e social que supoñen os casos de suicidio de escolares vítimas de acoso (en España, afortunadamente, con taxas moi baixas en comparación con outros países), o acoso escolar segue sendo un problema. Como xa dixemos o ano pasado, inquiétanos a tendencia a establecer distincións entre o acoso escolar e as condutas contrarias á convivencia como se se tratara en todo caso de comportamentos nitidamente diferenciables en función de elementos obxectivos como a reiteración ou a continuidade, a gravidade, ou a posible resposta da vítima. Cómpre poñer novamente de manifesto que moitas das situacións que chegamos a coñecer nesta institución non poden nin deben ser toleradas no sistema educativo e percibimos que os esforzos se centran excesivamente en tipificar a conduta, sen prestar a suficiente atención ao sufrimento da vítima. Todos os abusos, á marxe de que sexan ou non un caso de acoso escolar, deben ser corrixidos con contundencia. Este ano recibíronse queixas por acoso e continuamos coa investigación de expedientes do ano pasado. No principio do ano, varias asociacións de pais e nais de centros educativos e outras organizacións de Ribeira (Q/372/16 a Q/384/16) presentaron un escrito no que indicaban que desde a ANPA Caramecheiro do IES nº 1 de Ribeira, eran especialmente sensibles aos problemas que rodean aos adolescentes, concretamente no tema do acoso escolar. Na súa opinión, por ser en ESO e en Bacharelato onde se manifesta de forma máis pronunciada, no curso 2013-2014 puxeron en marcha no IES nº 1 un taller de prevención do acoso escolar para todo o alumnado de 2º de ESO, do que se sentían moi satisfeitos, a pesar de que os resultados foran preocupantes. No curso 2014- 2015, dada a escaseza de recursos, apenas se puido financiar un pequeno taller de 10 sesións de danzaterapia destinado a un limitado número de alumnas e alumnos de PCPI. Para ambos os talleres foi imprescindible a colaboración da dirección do centro, que propiciou que se puidesen realizar en horario escolar, apostando así pola máxima participación do alumnado. Á vista desta experiencia vivida polos adolescentes, consideraban no seu escrito que era igualmente necesaria e imprescindible a formación específica do profesorado neste campo, para detectar actitudes de violencia por acoso, moitas veces encuberta e silenciada na propia contorna, e mellorar a capacidade de resposta inmediata nestes casos. Na súa opinión, unha adecuada prevención faría descender as cifras das estatísticas de violencia por acoso nos distintos ámbitos (escolar, doméstico, laboral, universitario); e entendían tamén que esas medidas deberían desenvolverse desde a propia administración para dar resposta satisfactoria a este grave e crecente problema social. No informe remitido pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria púxose de manifesto que para facer posible unha boa convivencia, con especial incidencia na prevención, detección e tratamento do acoso escolar e o ciberacoso nos centros educativos, a consellería poñía a disposición do profesorado e de toda a comunidade educativa (os equipos directivos, as familias, o alumnado...) unha serie de medidas, unha normativa específica, diversos programas, recursos, e orientacións e un plan de formación, que se describen a continuación. En canto ao ámbito normativo que aborda as diferentes situacións de convivencia, as funcións dos diferentes órganos que interveñen e como deben proceder na xestión desas situacións, así como a regulación das aulas de atención educativa e convivencia, no portal web http://www.edu.xunta.es, a comunidade educativa e a cidadanía en xeral dispoñen das normas nas que se recollen estes aspectos, en particular, a Lei 4/2011, do 30 de xuño, de convivencia e participación da comunidade educativa; o Decreto 8/2015, do 8 de xaneiro, polo que se desenvolve a Lei 4/2011, do 30 de xuño, de convivencia e participación da comunidade educativa; a Orde do 16 de abril de 2015 pola que se nomean os membros do Consello para a Convivencia Escolar da Comunidade Autónoma de Galicia. No mesmo portal web (http://www.edu.xunta.es/), pódense consultar os múltiples recursos e orientacións nesta materia, entre os que cabe destacar: A Estratexia Galega de Convivencia 2015-2020 (http://www.edu.xunta.es/portal/educonvives.gal) No marco desta estratexia elaborouse un documento que recolle os principais resultados agregados da diagnose elaborada no seu ámbito, de forma que, desde o mes de decembro 2015, todos os centros teñen os seus informes personalizados, elaborados de modo automatizado e totalmente anónimo. Este informe de diagnose supón unha visión global da nosa comunidade que contribúe a tomar as decisións de mellora baseadas en evidencias. Desa Estratexia emanan 37 accións coordinadas e de carácter global organizadas ao redor de distintos eixos e obxectivos específicos, que inclúen protocolos de actuación, pero tamén formación, difusión de boas prácticas e puntos de encontro. b) O Protocolo de prevención, detección e tratamento do acoso escolar e o ciberacoso foi publicado orixinariamente no ano 2013, e difundido entre o profesorado e a comunidade educativa. Realizáronse labores de difusión, concienciación e formación, xunto coas instrucións precisas da Dirección Xeral de Educación, FP e Innovación Educativa. No marco da Estratexia Galega de Convivencia 2015-2020, a consellería proporcionou aos centros docentes unha ferramenta para desenvolver o procedemento corrector de condutas contrarias ás normas de convivencia, que guía a actuación do profesorado nestes casos. Esta ferramenta consta dunhas orientacións que pretenden dar resposta ás cuestións máis frecuentes que se formulan os centros cando se enfrontan a unha situación desta índole, e uns modelos normalizados que recollen o procedemento que hai que seguir para a súa tramitación. Estes dous documentos incorporan un mapa gráfico que ilustra todo o proceso. http://www.edu.xunta.gal/portal/sites/web/files/procedemento_corrector_mapa14_04_16.pdf http://www.edu.xunta.gal/portal/sites/web/files/procedemento_corrector_modelos_normalizados.pdf http://www.edu.xunta.gal/portal/sites/web/files/procedemento_corrector_orientacions.pdf Así mesmo, para facilitar máis se cabe a tarefa, e dotar de coherencia a todo o proceso de abordaxe de condutas contrarias á convivencia, con especial atención ás cuestións relativas ao acoso, póñense a disposición dos centros educativos unha versión actualizada do protocolo xeral de prevención, detección e tratamento do acoso e ciberacoso escolar. Tanto o documento como os anexos que o acompañan, pretenden facilitar e axilizar a súa posta en práctica, recollendo as estratexias de prevención e de actuación, así como a lexislación relativa a todo o procedemento. http://www.edu.xunta.gal/portal/sites/web/files/acoso_e_ciberacoso_protocolo_xeralrectificado_tlf_05_02_16.pdf c) O Espazo web NAVEGA con RUMBO. O Colexio Profesional de Enxeñería en Informática de Galicia (CPEIG), en colaboración coa Xunta de Galicia, contan co Plan Navega con Rumbo polo Ciberespazo como unha iniciativa encamiñada a que @s escolares, naveguen con acerto pola Rede, é dicir, con seguridade, evitando o ciberacoso e outros riscos da internet (http://.edu.xunta.es/navegaconrumbo) Este programa comezou a funcionar no curso 2010-2011 dentro dun convenio co Colexio Profesional de Enxeñería en Informática de Galicia (CPEIG) e coa Axencia para a Modernización Tecnolóxica de Galicia (Amtega). Este convenio contemplaba diversas accións dirixidas ao profesorado, con cinco cursos de 10 horas impartidos en cada un dos centros de formación e recursos de Galicia, ao alumnado co programa "Navega con rumbo" e ás familias co programa "Coñece o espazo Abalar". Mediante o plan "Navega con rumbo" o persoal afiliado ao CPEIG desprázase aos centros de primaria e secundaria que o solicitan para dar unha charla centrada na navegación segura por internet e no uso responsable das novas tecnoloxías. Na páxina http://www.edu.xunta.es/navegaconrumbo/ poden descargarse unhas guías de navegación dirixidas ao alumnado, profesorado e familias e repasar o tratado nas charlas cuns xogos. Para o curso 2015-2016 planificáronse sesións en máis de 250 centros educativos. d) Mediante os contratos-programa trátase de establecer nos centros educativos as condicións para elaborar e desenvolver programas para mellorar o éxito escolar do alumnado. Así, entre as actuacións que os centros poden solicitar está a da "Mellora da convivencia e promoción da igualdade nos centros" coa que se pretende crear un bo clima de convivencia, baseado no respecto mutuo. Esta actuación vai dirixida a todos os centros educativos, e particularmente aos que imparten a ESO e contan cun alumnado que presenta alteracións do comportamento e/ou graves problemas de conduta. Trátase, entre outros obxectivos, de identificar as dificultades, atender aos colectivos máis vulnerables (inmigrantes, minorías étnicas, etc.), mellorar a competencia social do alumnado e impulsar a colaboración coas familias. A participación dos centros de Galicia nesta liña dos contratos-programa foi de 50 centros no curso 2013-2014, 33 centros no curso 2014-2015 e 45 centros no curso 2015-2016. Da zona de Ribeira, concretamente, participaron o CEIP Heroínas de Sálvora e o CEIP Plurilingüe de Frións. Todos os anos os centros participantes reúnense nunha xornada de formación que, no curso 2015-2016 tivo lugar o día 1 de abril, no que a prevención do acoso e a resolución pacífica de conflitos tivo unha presenza significativa con charlas sobre a mediación e a titoría entre iguais. http://www.edu.xunta.es/portal/innovacion/63/133/220/627 e) Mediante a súa participación no proxecto europeo ARBAX, a Consellería coordina o proxecto "Comenius" para loitar contra o acoso e a discriminación na escola en catro países. Con este proxecto promóvese á creación da rede social ARBAX, un proxecto europeo que busca aproveitar o desenvolvemento das novas tecnoloxías da información e a comunicación (TIC) como instrumento para a investigación de novas metodoloxías de educación en valores e para a loita contra a violencia nas aulas. A partir da rede desenvolverase un xogo en 3D, interactivo e lúdico, no que se presenten situacións reais, cun enfoque participativo que permita ao alumnado de secundaria e formación profesional deseñar estratexias para combater a discriminación en todas as súas formas, en colaboración co profesorado e o persoal de orientación. Está previsto probar estes materiais nun centro escolar de cada país participante, para despois analizar e avaliar os resultados co fin da súa posterior difusión. ARBAX nace como parte das actuacións desenvolvidas pola consellería para a mellora do clima nas aulas, unha estratexia encabezada pola Lei para a Convivencia e participación da comunidade educativa. En concreto, o equipo profesional experto que elaborou a proposta centrouse no fenómeno do acoso escolar vinculado á discriminación en todas as súas formas, con especial atención á de tipo étnico-racial e ás condutas xenófobas. Búscase así deseñar un conxunto de ferramentas pedagóxicas e interactivas baseadas nas potencialidades das novas tecnoloxías, cuxa implementación se propón reforzar o compromiso na tarefa de crear unha sociedade europea aberta, solidaria e plural. Este proxecto está na actualidade en pleno funcionamento e estase traballando na súa continuidade, o Proxecto ParentsNet, unha iniciativa financiada polo programa Erasmus+ que ten como principal obxectivo formar a pais, nais, profesoras e profesores no campo das redes sociais e o seu uso por parte da mocidade: Galicia é a encargada de coordinar este proxecto europeo no que participan Irlanda, Bélxica, Portugal, Romanía e España a través da nosa comunidade e a de Cataluña. http://www.edu.xunta.es/portal/node/13887 A información sobre o proxecto ARBAX está dispoñible na ligazón http://www.schoolbullving.eu/es f) Realizáronse tamén diversas accións específicas únicas con entidades de especial relevancia, entre as que cabe destacar a xornada realizada o día 24.04.2014 froito da colaboración entre a Consellería, a Amtega, o Valedor do Pobo e a Universidade de Santiago de Compostela, na que se presentou a máis de 400 orientadoras e orientadores e persoal docente a plataforma de recollida de datos de uso da internet, e proporcionouse ás persoas asistentes a oportunidade de coñecer o Protocolo Xeral de prevención, Detección e Tratamento do Acoso Escolar e Ciberacoso. Ao mesmo tempo, un inspector do Corpo Nacional da Policía e un avogado profundaron nos perigos da Rede desde o punto de vista legal e dos delitos tecnolóxicos. Por outra banda, no marco xeral de colaboración entre o Ministerio do Interior e o de Educación e Ciencia, con data 21/02/2007 aprobouse a Instrución 3/2007 da Secretaría de Estado de Seguridad que dispoñía e aprobaba nese mesmo mes o inicio do I Plan Director para a Convivencia e Mellora da Seguridade Escolar. Estas actuacións desenvolvéronse en colaboración coa Delegación do Goberno. -O I Plan Director para a Convivencia e Mellora da Seguridade Escolar demostrou no tempo da súa vixencia (cursos escolares 2007/2008 e 2008/2009) unha gran eficacia, permitindo o desenvolvemento de numerosas actividades preventivas nos centros educativos. Debido ao éxito demostrado por ese I Plan incrementouse a demanda das actuacións postas a disposición da comunidade educativa, así como as recomendacións favorables do Consejo Nacional de Seguridad Ciudadana, mediante a Instrución 9/2009 de Secretaría de Estado de Seguridad, ampliouse o período de vixencia a través do II Plan aos cursos escolares 2009/2010 e 2010/2011, e do III Plan aos cursos 2011/2012 e 2012/2013. Co inicio do curso 2013/2014 arrincou un novo plan que rompeu coa concepción bianual para buscar unha acción máis sostida no tempo. O Plan continúa vixente na actualidade: http://www.edu.xunta.es/portal/es/node/17042. Por tanto, do mesmo xeito que en anos anteriores, este Plan ofrece aos centros educativos a posibilidade de solicitar charlas informativas e formativas impartidas por expertos das Forzas e Corpos de Seguridade do Estado sobre diferentes temáticas que favorezan a mellora da convivencia e o achegamento deste colectivo profesional á cidadanía á vez que facilita actuacións moi en consonancia coa Acción Titorial desenvolvida nos centros. Entre estas actuacións podemos destacar: - Acoso escolar - Consumo e tráfico de estupefacientes - Actividade de grupos ou bandas violentas de carácter xuvenil - Riscos asociados a Internet e ás novas tecnoloxías - Violencia de xénero Estas actuacións están dirixidas a toda a comunidade educativa (alumnado, profesorado e familias). En canto a formación do profesorado se refire, a consellería ofrece un plan de formación anual, no que se poñen a disposición do profesorado diversas xornadas, cursos (presenciais e por teleformación) ou formación a través de proxectos ou grupos de traballo a desenvolver nos propios centros educativos. Ademais dos cursos e accións formativas realizadas desde a consellería, todos os centros educativos poden configurar o seu propio plan de formación permanente do profesorado, adaptado ás súas necesidades e co soporte e financiamento da Administración Educativa. Do mesmo xeito, o profesorado con inquietude nestas cuestións pode solicitar a creación de grupos de traballo e seminarios permanentes sobre a temática, contando, igualmente, co apoio e financiamento da Administración educativa. Desde o curso citado no expediente de queixa (curso 2013-2014), as accións formativas que tiveron como algún dos seus obxectivos primarios a formación do profesorado en cuestións de acoso escolar e ciberacoso (prevención, detección e tratamento), foron 116 cursos de formación (2.624 prazas) cunha participación que superou o 82,5% de media, o que dá mostra da súa ampla acollida. Ademais destes cursos específicos, moitas xornadas, encontros e actividades de formación, inclúen accións formativas nestas temáticas, por exemplo o Encontro de formación dos integrantes dos Equipos de Orientación Específicos (curso 2013/2014) ou as VI Xornadas de formación dos xefes e xefas dos departamentos de orientación (curso 2015/2016). D) Mantemento, conservación e reforma de instalacións educativas a- Os riscos derivados da exposición ao amianto Con ocasión dos problemas que xurdiron en dous centros educativos por causa da manipulación de placas de fibrocemento na realización dunhas obras de reforma, e dos que tivemos coñecemento a través da presentación de escritos de queixa (Q/ 64055/16; Q/64117/16 a Q/64268/16), dirixímonos á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria requiríndolle información sobre a existencia dunha planificación para inventariar o amianto instalado nos centros docentes (comezando polo máis perigoso, o friable ou amianto azul) así como un inventario de centros educativos con amianto instalado no que constase a idade destes edificios, co obxecto de determinar a vida útil do devandito material. Á parte disto, requiríase información sobre as circunstancias concretas das obras en ambos os centros. Hai que ter en conta que, agás que se presenten queixas ou xurdan problemas nas comunidades educativas durante a execución dos traballos de rehabilitación ou reforma das que se fagan eco os medios de comunicación, non temos información por anticipado da planificación de obras nos centros, sexan municipais ou promovidas pola consellería. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria remitiu un informe no que manifestaba o seguinte: O artigo 2 do Real Decreto 396/2006, do 31 de marzo, polo que se establecen as disposicións mínimas de seguridade e saúde aplicable aos traballos con risco de exposición ao amianto, e os comentarios da súa Guía Técnica, elaborada polo Instituto Nacional de Seguridade e Hixiene no Traballo (INSHT), de acordo co disposto no artigo 5 do Real Decreto 39/1997, do 15 de xaneiro, polo que se aproba o Regulamento dos Servizos de Prevención e o previsto na disposición adicional segunda do mencionado Real Decreto 396/2006, o amianto defínese como "un conxunto de silicatos fibrosos, substancias de orixe mineral de composición química variable, que na súa rotura ou trituración son susceptibles de liberar fibras, cousa que non ocorre se no seu estado natural non se manipulan". Noméanse seis variedades, das cales a máis común e cumpridamente utilizada é o crisotilo, cunha porcentaxe estimada sobre o total superior ao 90%. A Orde do 7 de decembro de 2001 pola que se modifica o anexo I do Real Decreto 1406/1989, do 10 de novembro, polo que se impoñen limitacións á comercialización e ao uso de certas sustancias e preparados perigosos, prohibiu no seu único artigo a utilización, produción e comercialización de fibras de amianto e calquera produto que as contivese, a partir da súa entrada en vigor o 14 de xuño de 2002. Con todo, permitiu a comercialización dos produtos fabricados antes da súa entrada en vigor ata seis meses despois, ata o 14 de decembro de 2002, cando a prohibición resultou, por tanto, definitiva. Por outra banda, a mesma norma estipula literalmente: "O uso de produtos que conteñan as fibras de amianto mencionadas nos puntos 4.1 e 4.2, que xa estaban instaladas ou en servizo antes da data de entrada en vigor da presente Orde, seguirá estando permitido ata a súa eliminación ou o fin da súa vida útil". Do anterior dedúcese que desde finais do ano 2002 non se instalou en España ningún material que contivese amianto, pero os xa colocados e en uso poden permanecer de maneira totalmente legal, ata a súa eliminación, ben por cambio ordinario ou por chegar ao final da súa vida útil. A lexislación anterior e a prohibición que prescribe, adoptada como transposición de normativas europeas, vén motivada pola relación comprobada da inhalación de fibras de amianto con certo tipo de cancro. As fibras consideradas perigosas son aquelas que teñen unha lonxitude maior de 5 micras, diámetro menor de 3 micras e unha relación lonxitude/diámetro maior de 3, segundo se define no método de reconto MTA/MA-051 do INSHT, que coincide co método recomendado pola Organización Mundial da Saúde en 1997. De todos os materiais que conteñen amianto na súa composición, un dos de máis amplo uso e presenza aínda na actualidade, é o que nos ocupa, as placas de fibrocemento onduladas para cubertas, de amplísima difusión, en concreto na Comunidade Autónoma galega, que como se dixo, foron instaladas de maneira legal. Con todo, esta institución considera que é elevadísima a presenza deste material en centros escolares galegos (no seu nome comercial de uralita) e que a situación resulta aínda máis complexa polo feito da antigüidade de moitas destas infraestruturas educativas e das condicións climatolóxicas da nosa comunidade. A vida útil destas placas oscila entre 30 e 50 anos, segundo os estudos que se manexen, e degrádase de maneira distinta en función do clima e do propio mantemento dos inmobles. O informe da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria destaca que, segundo se di literalmente no apéndice 1 da Guía Técnica do Real Decreto 396/2006, “A presenza destes materiais nos locais ou espazos dos lugares de traballo non indica directamente unha situación de risco. O amianto non é un gas, un vapor ou unha substancia radioactiva e as súas fibras non se desprenden de forma natural senón que é necesario que se produza unha manipulación ou alteración dos devanditos materiais para que teña lugar a liberación e emisión das fibras”. En relación coa emisión de fibras tamén é importante a división dos materiais con amianto (MCA) en friables e non friables. Segundo a mesma Guía Técnica, tamén no seu apéndice 1, "Denomínase material friable aquel que pode ser disgregado ou reducido a po con só a acción da man. Material non friable é o que necesita ferramentas mecánicas para ser esboroado e reducido a po. Os materiais friables son susceptibles de liberar fibras como consecuencia de choques, vibracións ou movementos do aire, mentres que os non friables non desprenden fibras salvo pola acción directa de máquinas ou ferramentas... Os materiais friables son moito máis perigosos que os non friables". Máis adiante, a Guía Técnica pon como primeiro exemplo de material non friable ao fibrocemento. Por tanto, aínda que estamos ante un material con contido de amianto, trátase dun dos menos perigosos pola razón anterior. Con todo, o perigo deste tipo de material é que poden seguir liberando partículas de amianto durante traballos de reforma, obras de reparación ou outras manipulacións. Tamén pasarían a ser materiais friables ante incendios e outras condicións. Por esta razón, a institución do Valedor do Pobo considera que debe extremarse o principio de precaución tratándose de centros nos que hai menores (escolas infantís, colexios, institutos, centros doutro tipo…). Non se trata de crear falsas alarmas xa que os riscos derivados deste material presupoñen, nos estudos realizados, certas condicións de exposición, pero é certo que a protección da seguridade e da saúde é un deber dos poderes públicos que teñen que garantir ata onde os coñecementos científicos e técnicos dan marxe de seguridade. As notas técnicas de prevención do mesmo Instituto Nacional de Seguridade e Hixiene no Traballo (INSHT) citado pola consellería (por exemplo, a NTP 707) manifesta: “Os efectos do amianto sobre a saúde foron amplamente demostrados: como carcinóxeno de primeira categoría (C1) causante de mesotelioma pleural e peritoneal e cancro de pulmón (carcinoma broncopulmonar) e tamén como causante de asbestose, con tempos de latencia de ata 20-40 anos. O risco asociado a niveis baixos de exposición ao amianto non está claramente determinado, aínda que se admite que en patoloxías de mesotelioma pleural, un 26% de orixe non ocupacional corresponden a baixas concentracións de exposición. Non existe un nivel seguro de exposición, do mesmo xeito que con outros contaminantes canceríxenos. Evitar a exposición ao amianto é a única medida preventiva para evitar enfermidades.” A Resolución do Parlamento Europeo do 14 de marzo de 2013, sobre riscos para a saúde no lugar de traballo relacionados co amianto e perspectivas de eliminación de todo o amianto existente, na que se basea a solicitude de informe, poñen de manifesto os efectos adversos para a saúde derivados da manipulación deste material polo que insta á Unión e aos Estados membros a actuar neste ámbito. Con todo, o Ditame do Consello Económico e Social Europeo sobre "erradicar o amianto" (2015/ C 251/03) marca o concreto horizonte temporal no ano 2032. O informe indica que no campo da planificación de actuacións nesta materia, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria asinou un convenio en maio de 2016 co Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia para a realización de distintas actuacións de eficiencia enerxética nos centros educativos dependentes da consellería e que contempla traballos de documentación e planificación previos que permitirán dispoñer de información da idade dos centros, da tipoloxía das cubertas, así como os elementos construtivos do centro. Os primeiros resultados destes traballos están previstos para finais do ano 2017. Doutra banda, a consellería, coa colaboración do devandito colexio profesional, está a traballar nas bases de datos das Unidades Técnicas Territoriais mediante a sistematización e diagnóstico dos centros, co obxecto de conseguir unha información actualizada e informatizada. Igualmente esta institución solicitou un pronunciamento sobre a existencia dunha data límite para levar a cabo un plan de desamiantado dos centros escolares. O informe da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria sinala que para dar o debido cumprimento ás recomendacións da Resolución do Parlamento Europeo do 14 de marzo de 2013, a Unión financia con cargo ao Programa Operativo FEDER 2014-2020 actuacións de eficiencia enerxética nos centros escolares, no que se inclúen as necesarias intervencións nas cubertas de fibrocemento. Por iso, dentro deste programa é onde se realiza a planificación temporal. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria estima que no ano 2020, ata cincuenta centros escolares poderán verse beneficiados destas intervencións de rehabilitación que, xunto con outras obras de reparación de humidades, filtracións ou de mellora da eficiencia enerxética que se financien con cargo a fondos propios poidan alcanzar o centenar de centros docentes no ano 2028. O conxunto destas intervencións pretende a erradicación da totalidade do amianto nos centros dependentes da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, dato que se concretará tras a elaboración do informe do Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia, actualmente en trámite. En relación con actuacións recentes da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria na retirada de fibrocemento durante obras de rehabilitación e mellora da eficiencia enerxética de centros escolares producíronse situacións de alarma social nalgunhas comunidades educativas. A demanda dos pais e nais dos alumnos era que as obras se executasen en períodos non lectivos prolongados (vacacións de verán, de Nadal…) de maneira que dese tempo a retirar as placas, limpar as zonas de traballo e facer unha medición final da que se derivase que non había risco de exposición. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria argumenta a práctica habitual nas retiradas de fibrocemento das cubertas dos edificios, todas elas amparadas por plans de desamiantado aprobados pola autoridade correspondente, no caso de Galicia, o Instituto Galego de Seguridade e Saúde Laboral, e sometidas a vixilancia e inspección polo mesmo organismo. Segundo a consellería, non se coñecen casos de desaloxos de edificios de calquera tipo, con motivo da retirada de placas de cubertas de fibrocemento, nin sequera edificios de vivendas, que serían dos máis sensibles, onde habitan todo tipo de persoas, incluídos nenos mesmo de idades inferiores das dos alumnos que asisten aos centros onde se produciron as queixas. Con todo, este argumento non se axusta ao principio de precaución. Considerando que non existe un nivel seguro de exposición, a responsabilidade de demostrar primeiro que facer as obras sen suspender por completo a actividade lectiva non incrementaría os riscos correspóndelle a quen toma a decisión de realizalas en tales condicións. Actuar baixo un suposto de incerteza esixe que quen realiza a actividade demostre que non existe risco e que non hai unha alternativa máis segura. En relación co anterior, o plan de desamiantado aprobado polo ISSGA, co que evidentemente se conta neste caso, prevé a retirada das placas de cuberta nas condicións mencionadas anteriormente neste informe, de ausencia de alumnos e persoal docente e non docente baixo a cuberta na que se estea facendo a retirada, pero a consellería entende que non ten que ser en período non lectivo continuado de vacacións tal como se pide desde esta institución. Así, no seu punto "8. Procedemento/Método de traballo" di literalmente, "Os traballos de retirada das placas de amianto realizaranse sempre sobre cubertas de edificios que non se atopan con actividade lectiva (non haberá en ningún momento nenas ou docentes no interior do edificio no que se está procedendo á retirada)". A consellería subliña que a pesar das continuas aparicións dos pais en prensa, no momento en que se comunicou o posible comezo dos traballos de retirada, o ISSGA non puxo inconveniente ningún, cando menos ata ese momento. O problema estriba en interpretar o alcance do principio de precaución. A consellería entende que está permitido traballar “sobre cubertas de edificios que non se atopan con actividade lectiva (non haberá en ningún momento nenos ou docentes no interior do edificio no que se está procedendo á retirada)” mentres tales placas se retiran e que se permitía traballar polas tardes, sen persoal docente nin alumnado no colexio. Debe tomarse en consideración que o principio de precaución implica que non haxa actividade lectiva en ningún momento mentres duran os traballos, se limpa a zona e se fan as medicións finais para garantir que non existen fibras de amianto no ambiente, desprendidas durante a manipulación das placas. Non hai outro modo de asegurar que non houbo exposición á inhalación de fibras. A cuestión esencial é, por tanto, conseguir un marco normativo propio que regule os plans de desamiantado en centros escolares, tarefa que se prevé longa e complexa, posto que a consellería propón actuar en preto de cen centros, para evitar que se repitan situacións de conflito na execución dunha actuación administrativa que, en si mesma, é intrinsecamente positiva como sucede coa reforma e a mellora das infraestruturas educativas. Consideramos necesario que se adopten medidas lexislativas fundadas no principio de precaución, aínda que subsista unha incerteza respecto da existencia e importancia dos riscos para a saúde das persoas (…), sen ter que esperar a que a realidade e a gravidade dos riscos estean plenamente demostrados. Así o sinalou o Tribunal Supremo nunha sentenza do ano 2000, a propósito da seguridade alimentaria pero que é perfectamente aplicable a calquera outro problema de seguridade e saúde ambiental. Consideramos que a posta en marcha dun plan conxunto das administracións para eliminar de forma rápida, segura e definitiva calquera material que conteña amianto en todos e cada un dos centros educativos galegos precisa non só un catálogo informativo da idade dos centros, da tipoloxía das cubertas, dos elementos construtivos do centro e os materiais empregados (que xa se iniciou pola consellería coa colaboración do Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia), senón unha normativa específica que facilite instrucións claras aos responsables de tomar as decisións en aspectos como a valoración da evidencia do dano e a existencia doutras alternativas dispoñibles, modificando as previsións da guía técnica para as instalacións nas que haxa menores de idade (escolas infantís, colexios, institutos, centros residenciais…) co obxectivo esencial da protección da súa seguridade e a súa saúde. b- Problemas competenciais sobre o mantemento dos centro educativos Recibíronse varias queixas este ano que poñían de manifesto o desacordo entre as administracións autonómica e local sobre as obras que debían realizarse en determinados centros. En particular, hai que destacar o caso do mantemento do edificio do CEIP O Mosteirón, en Sada, (Q/13518/16) que levara a un conflito de competencias entre a Xunta de Galicia e o Concello de Sada. En agosto de 2016, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria recibiu un oficio da Dirección Xeral de Administración Local da Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza, que achegaba un acordo do Pleno do Concello de Sada do 30 de decembro de 2015 con obxecto de "... instruír expediente para a asunción da competencia impropia relativa ao mantemento do edificio escolar do CEIP Ou Mosteirón...", e solicitaba a emisión do informe de duplicidade previsto no artigo 6 da Lei 5/2014, do 27 de maio, de medidas urxentes derivadas da entrada en vigor da Lei 27/2013, do 27 de decembro, de racionalización e sustentabilidade da administración local "en relación coa implantación dun novo servizo de mantemento..." no devandito centro. A posición da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, ao amparo da D.A. 15ª da Lei orgánica 2/2006, do 3 de maio, de educación, era que dado que o CEIP O Mosteirón está destinado a educación infantil e primaria, o servizo de mantemento, así como a conservación e vixilancia do edificio correspóndelle, como competencia propia, ao Concello de Sada. Con todo, a administración local consideraba que o CEIP O Mosteirón non é de propiedade municipal e nunca foi mantido polo Concello de Sada, senón polo Instituto Social da Mariña, ata a súa transferencia en 2006 á Comunidade Autónoma de Galicia. En 2012 a xefatura territorial da Coruña da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria requiriu por dúas veces ao concello para que asumise os gastos de mantemento e conservación do centro. Ante as queixas dos pais de alumnos, o concello quixo asumir subsidiariamente os deberes que consideraba desatendidos pola Xunta e con este propósito tramitou un expediente para a asunción de competencias impropias co fin de pagar con cargo ao orzamento municipal os gastos dese centro nas mesmas condicións que os centros de titularidade municipal, ao tratarse dunha competencia allea que legalmente entendían que non podía ser delegada ao concello. O problema quedou aclarado tras a solicitude polo concello dun ditame do Consello Consultivo de Galicia. Na tramitación do expediente de queixa, esta institución considerou que o máis prudente e oportuno era esperar ao ditame do Consello Consultivo, ao que se someteu o conflito en canto á interpretación do significado e alcance da norma controvertida, no exercicio das competencias específicas dese órgano consultivo, que ditaminou finalmente que o mantemento do centro educativo é unha competencia propia da administración local que debe asumirse con cargo aos orzamentos municipais, así como a súa conservación e vixilancia, nos termos indicados polo parágrafo 2° da disposición adicional 15º da Lei orgánica 2/2006, do 3 de maio, de educación. c- Os protocolos de colaboración asinados entre a xefatura territorial da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria e concellos da provincia de Pontevedra O alcalde do Concello de Nigrán manifestou nun escrito de queixa o seu desacordo cos protocolos de colaboración asinados entre a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria e a práctica totalidade dos concellos da provincia de Pontevedra para a programación e execución das actuacións de mellora dos centros públicos de educación infantil, educación primaria e educación especial. Sinalaba no seu escrito que a maioría dos alcaldes e alcaldesas coñeceron no mesmo momento da firma o seu alcance concreto; non se especifican os criterios de avaliación empregados pola Consellería de Educación para a programación das melloras nos centros nin os criterios empregados para a repartición económica das axudas. Só se fixan as cantidades que a Consellería de Educación e cada un dos concellos deben achegar para sufragar este protocolo. Mesmo se descoñecen as reparticións efectuadas entre os distintos concellos da provincia, en función de que parámetros se fixeron e sobre que tipo de informes técnicos están avalados. O escrito de queixa sinalaba que na maioría dos casos non respondían as necesidades que ano tras ano reflicten as administracións locais nos informes que remiten á administración educativa. Sobre as cantidades que recibiron outros concellos, nin na páxina web da Xunta de Galicia nin directamente en Educación puideron obter a información precisa. O escrito de queixa finalizaba solicitando a máxima transparencia pública dos criterios empregados para estipular as condicións destes protocolos. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria sostén no seu informe que a firma destes instrumentos de colaboración coa práctica totalidade dos concellos da provincia respondeu exclusivamente á prioridade das necesidades dos centros determinada polo equipo técnico provincial, así como ao nivel de achega de fondos e/ou medios propios dos concellos segundo as súas dispoñibilidades orzamentarias. O informe destaca que este sistema de colaboración entre a administración educativa e os concellos resulta o máis respectuoso co principio de autonomía local, o máis adecuado á concorrencia de competencias en materia de centros de titularidade municipal, o máis obxectivo á hora de establecer as prioridades con base nas necesidades da rede de centros, e o máis eficiente na asignación dos recursos públicos. O informe inicial non aclaraba algunhas cuestións que se reflectían na queixa. Por tal motivo, dirixímonos novamente á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria para solicitar información complementaria urxente sobre os seguintes extremos: cal é a fundamentación normativa destas achegas, é dicir, a base legal concreta destes protocolos, máis aló desa xenérica cooperación interadministrativa. A tal fin, solicitámoslle que informase sobre se tales protocolos de colaboración se celebran con todos os concellos da comunidade autónoma (ou a súa maior parte), ou unicamente na provincia de Pontevedra; se se realiza ou non unha convocatoria pública, baixo os principios de concorrencia e publicidade, á marxe da negociación individualizada con cada concello sobre as respectivas achegas; os motivos polos que se toman en conta exclusivamente os criterios da unidade técnica provincial e non se consideran as necesidades concretas dos centros comunicadas polos concellos á administración educativa, sobre a base da autonomía local e as competencias municipais neste campo; se tales protocolos figuran publicados na páxina web da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, en cumprimento do principio de transparencia, de maneira que cada un dos concellos teña coñecemento das accións concretas cofinanciadas nas outras administración locais. Foi recibido o informe complementario no que, en síntese, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria indica que se articularon os instrumentos de colaboración voluntaria entre dúas administracións que, no exercicio das súas respectivas competencias, acordan libremente coordinar as súas actuacións coa finalidade de mellorar as infraestruturas educativas, sen que exista transferencia de fondos autonómicos aos concellos, polo que non existe outra base legal distinta da propia cooperación interadministrativa. Por esta razón, en ningún momento se informou sobre unhas supostas axudas, xa que os recursos achegados pola consellería financian directamente actuacións da súa competencia (reforma, ampliación e mellora), pero de forma coordinada coas intervencións legalmente atribuídas aos concellos en materia de conservación e mantemento. O informe finaliza destacando o seguinte: “En consecuencia, en ningún momento se informou desta actuación en termos de axudas de ningún tipo, ao non tratarse de ningún procedemento de concesión de axudas públicas para subvencionar as actuacións municipais, nin de "repartición" de fondos de ningunha clase, senón de coordinar esforzos en busca do ben común das comunidades educativas implicadas, dada a evidente confluencia de intereses públicos de idéntica natureza, tendo en conta que é a administración autonómica a que modula o exercicio das súas competencias na mellora dos centros e na programación e aplicación dos seus propios recursos en función das necesidades trasladadas polos concellos e das propias dispoñibilidades orzamentarias municipais. Nestas circunstancias, a análise técnica realizouse a partir das necesidades comunicadas á xefatura territorial, moitas veces de forma concorrente, polas direccións dos centros, polos propios concellos, pola comunidade educativa ou mesmo detectadas de oficio polo persoal técnico desta consellería. Así, a autonomía local non só resultou escrupulosamente respectada senón tamén notablemente reforzada nunha interpretación da normativa moi favorable aos concellos no que incumbe aos seus deberes legais de conservación e mantemento dos centros docentes, pero que esixe o necesario compromiso municipal”. Despréndese do informe que a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, segundo as previsións dos equipos técnicos provinciais e o nivel de achegas económicas ou de medios persoais dos concellos, establece distintas achegas, pero os criterios de avaliación empregados pola consellería para a programación das melloras nos centros teñen un carácter individualizado e non se establecen criterios xerais para a repartición económica das axudas. O informe subliña que o financiamento da consellería para estes protocolos complementa as achegas dos concellos para as actuacións nos centros docentes de titularidade municipal e ten carácter independente e adicional do financiamento destinado á reforma, ampliación e mellora dos centros docentes, así como doutros programas de investimento específico, como o plan de eficiencia enerxética. Acordouse de forma individual con cada concello os termos desta cooperación interadministrativa en función de dúas variables: por unha banda, a achega do concello mediante fondos propios e/ou medios persoais propios e, por outra, a prioridade das actuacións segundo os criterios técnicos do equipo provincial. Á vista dos informes achegados pola consellería e do contido do escrito de queixa, parece claro que a administración educativa autonómica, na súa xefatura territorial de Pontevedra, actuou no ámbito da cooperación interadministrativa. Con todo, segue sen clarificarse se se fixo no que incumbe aos deberes legais dos concellos en relación á conservación e mantemento dos centros docentes, posto que o primeiro informe manifesta que “estas actuacións corresponden ao ámbito de competencias en materia de conservación e mantemento dos centros docentes de educación infantil, primaria e especial, que a normativa vixente atribúe aos concellos”; ou ben, se “os recursos achegados pola consellería financian directamente actuacións da súa competencia (reforma, ampliación e mellora), pero de forma coordinada coas intervencións legalmente atribuídas aos concellos”, como di o segundo informe. Neste punto parece existir unha contradición nos escritos da consellería. De calquera xeito, non consta que os convenios estean publicados na páxina web da consellería, sendo a transparencia o principal elemento de información e control deste tipo de investimentos públicos. A entrada en vigor da Lei 1/2016, do 18 de xaneiro, de transparencia e bo goberno na Comunidade Autónoma de Galicia establece, entre os deberes de publicidade activa, os convenios públicos celebrados (artigo 15). A Disposición transitoria primeira, nos deberes de transparencia en materia de publicidade activa establece que non serán aplicables a aqueles contratos formalizados, convenios asinados ou subvencións concedidas antes da entrada en vigor desta lei. Neste caso, os convenios e protocolos asináronse no mes de maio, cando a lei xa entrara en vigor. Por este motivo fíxose á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria a recomendación de que na páxina web da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, no seu portal de transparencia, se publiquen os protocolos e convenios celebrados entre a consellería e os concellos no ámbito da cooperación interadministrativa, esixencia que deriva da entrada en vigor da Lei 1/2016, do 18 de xaneiro, de transparencia e bo goberno na Comunidade Autónoma de Galicia. Ao peche deste informe, non se recibiu a resposta a esta recomendación. E) Acceso a recursos educativos complementarios: a condición das familias numerosas con fillos maiores para o cálculo da cota de comedor Desde 2015 vimos insistindo ante a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria na necesidade de modificar a condición de membros computables da unidade familiar para determinar a cota do comedor escolar, que nestes momentos é unha esixencia derivada da entrada en vigor das reformas legais do sistema de protección á infancia e a adolescencia e a súa incidencia na configuración das familias numerosas. No mes de abril de 2015 fixemos unha suxestión á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria para que se estudase a posibilidade de que a unidade familiar, a efectos do cálculo da renda familiar anual per cápita para o pago das cotas do comedor escolar, se configurase seguindo o mesmo criterio que o establecido nas axudas para a adquisición de libros de texto destinadas ao alumnado matriculado en educación primaria, educación secundaria obrigatoria ou educación especial, en centros sostidos con fondos públicos. É dicir, que se incluíse como membros computables da unidade familiar aos fillos ou fillas solteiros menores de vinte e cinco anos que convivisen no domicilio familiar. (Q/22554/14). Nun escrito de queixa indicábasenos que se trataba dunha familia formada por pai, nai e tres fillos coas seguintes idades: 20, 18 e 5 anos. O título de familia numerosa estaba vixente e os fillos estudaban en centros públicos. Sempre tiveran o comedor gratuíto, pois á parte de ser unha familia numerosa, a suma dos seus ingresos dividida entre os compoñentes da unidade familiar (5 persoas) non alcanzaba os 7.000 €. A persoa promotora da queixa indicaba que, no curso 2014-2015, o seu fillo de 5 anos ten que pagar no comedor unha cota de 4,50 €/día. Este é o importe máximo a pagar. O motivo é que na normativa vixente que regula os comedores escolares non se inclúe na unidade familiar aos irmáns maiores de idade. Desta forma só figura un fillo ao seu cargo. A consellería insiste en que o concepto de unidade familiar é o definido na normativa do imposto da renda das persoas físicas. Con todo, sen prexuízo da competencia propia que ten a administración para determinar o concepto de unidade familiar a diversos efectos, tamén no caso do acceso ao recurso educativo complementario do comedor, tamén a normativa tributaria do IRPF a efectos de configurar o mínimo familiar, inclúe os descendentes solteiros menores de 25 anos que convivan co contribuínte, non perciban rendas nin estean obrigados a presentar declaración. É dicir, os fillos e fillas maiores de idade que, de feito, conviven no domicilio e que seguen dependendo economicamente dos proxenitores por atoparse aínda nunha etapa de estudos ou formación. Neste sentido, confírmase o motivo da queixa, isto é, que eses proxenitores fan fronte á educación e sostemento económico dos fillos e fillas maior de idade cos seus salarios, a pesar de que na renda familiar só se considere membro computable o fillo pequeno. Esta configuración da unidade familiar é tamén a seguida na convocatoria xeral de bolsas e axudas ao estudo do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte, que considera membros computables da unidade familiar os pais, o solicitante e os seus irmáns menores de 25 anos (ou maiores cando teñan algunha discapacidade), así como os avós que xustifiquen a súa residencia no mesmo domicilio. É dicir, tómase como criterio para determinar a unidade familiar o da convivencia, modalizado pola dependencia económica efectiva. A razón esencial da utilización deste indicador é que é o elemento fundamental para medir a capacidade económica das familias, é dicir, a renda familiar dispoñible para o consumo e o aforro. Este é o seu sentido na aplicación das bonificacións nos prezos públicos derivados da utilización do comedor escolar, que é o obxecto propio deste expediente de queixa, do mesmo xeito que se considera no ámbito doutras axudas como a adquisición de libros de texto e material escolar ou nas bolsas ao estudo. Por este motivo, podería aplicarse o concepto de membro computable aos irmáns maiores de idade menores de 25 anos que teñan unha dependencia económica dos sustentadores principais xa que, de feito, a convivencia destes membros diminúe a renda familiar per cápita. A propia normativa vixente na materia á que se refire o informe da consellería, a lexislación sobre o IRPF, para o cálculo da renda da unidade familiar distingue, por unha banda, a unidade familiar a efectos da opción de tributación como declaración individual ou como declaración conxunta; e, por outra, a renda da unidade familiar, para cuxo cálculo toma en consideración o mínimo persoal e familiar como aquela parte da base liquidable que, por ser destinada a satisfacer as necesidades básicas persoais e familiares do contribuínte, non se somete a tributación por este imposto. Neste ámbito inclúense como membros computables da unidade familiar aos descendentes menores de 25 anos que convivan co contribuínte á data do devengo do imposto, cando non perciban rendas propias e coas condicións legalmente determinadas. Finalmente, nunha argumentación de xustiza material, é preciso referirse á condición de familia numerosa que concorre neste caso. Este tipo de axudas sociais como son as exencións ou bonificacións nas cotas derivadas dos prezos públicos ten sempre en conta o maior esforzo económico que teñen que facer as familias con tres ou máis fillos no fogar que dependen economicamente dos proxenitores por estar a cursar estudos. Nunha comunidade como a nosa, na que a situación demográfica esixiu unha “Estratexia de apoio para as familias numerosas de Galicia 2013-2016, horizonte 2020” e mesmo un plan para a dinamización demográfica, o carácter transversal destas políticas públicas esixe unha configuración dos membros computables na unidade familiar como a que vén apuntando, de maneira que as familias numerosas, tamén no cálculo das cotas do comedor escolar, teñan o mesmo tratamento que noutros ámbitos. Ao referirse ás bonificacións no comedor escolar tómase en consideración, efectivamente, só o número de fillos e fillas menores que están a cursar ensino básico obrigatorio e/ou segundo ciclo de educación infantil, pero non o número de fillos que conviven no fogar, que constitúen e seguen formando parte dunha familia numerosa porque dependen economicamente dos mesmos sustentadores. Esta circunstancia pódese acreditar de modo sinxelo co título oficial de familia numerosa en vigor e co certificado de empadroamento conxunto da unidade familiar. Inicialmente, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, no mes de setembro de 2015 indicou que estaba a estudar as alternativas máis viables para articular unha medida común a diversos departamentos da Xunta de Galicia no sentido apuntado na nosa suxestión e que era necesario que esa medida de carácter institucional alcanzase o grao de madurez suficiente. En 2016 a consellería alegou dificultades técnicas para conxugar o respecto á legalidade vixente, co cumprimento dos deberes que a administración educativa ten na súa calidade de xestor tributario do prezo público "comedores escolares" co erario público, polo que manifesta que se seguen desenvolvendo liñas de actuación en colaboración coa Consellería de Política Social e a Axencia Española de Administración Tributaria. En realidade, a configuración da unidade familiar declárase tamén no IRPF cando se aplica o mínimo por descendentes, que han de cumprir uns requisitos legais que permitirían comprobar a situación da familia numerosa a efectos da dedución da cota de comedor. Esta institución considera que non existe ningún tipo de dificultade para determinar a condición dunha familia numerosa e aplicar as bonificacións ou exencións correspondentes con pleno respecto á legalidade tributaria. A falta dunha adecuada resposta por parte da consellería demorouse durante tres cursos escolares. F) Escolas infantís a- Ratio de alumnos por aula Como xa indicamos, a finais de 2015 recibimos unha queixa subscrita por 102 persoas a propósito do aumento da ratio nas aulas da escola infantil de Coia, na rúa Baiona de Vigo. Nesa queixa esencialmente indicaban que consideraban preciso dotar á escola de suficientes medios e docentes en función do número de nenos nas aulas. En 24-36 meses por exemplo, había 20 nenos por educador, e deberían ser 16 como máximo. Tendo en conta as idades dos nenos, consideraban que había que valorar a conveniencia da “parella educativa” implantada na rede "Galiña Azul" e os seus inicios. En opinión dos promotores da queixa, o número de alumnos por profesor é desproporcionado con respecto ao que aconsella a rede de atención á infancia da Comisión Europea que é: -1 educador por cada 4 prazas de 0 a 12 meses -1 educador por cada 6 prazas de 12 a 24 -1 educador por cada 8 prazas de 24 a 36 meses Poñíase de manifesto que había alumnos que permanecían 8 horas no centro e os docentes están contratados 7 horas e media. A mediados do curso 2014-15 xubilouse un técnico especialista en xardín de infancia e o número de alumnos non descendeu pero non se cubriu a praza. No informe remitido pola Axencia Galega de Servizos Sociais sinalábase que as ratios das escolas infantís 0-3 anos dependentes dese organismo, entre as que se atopa a Escola Infantil de Coia, son as que se establecen no artigo 27.2 do Decreto 329/2005 do 28 de xullo, polo que se regulan os centros de menores e os centros de atención á infancia, e que son as seguintes: Grupos de 0-1 ano 1 profesional/8 alumnos Grupos de 1-2 anos 1 profesional/13 alumnos Grupos de 2-3 anos 1 profesional/20 alumnos É dicir, establécese unha proporción de tantos/as profesionais como unidades en funcionamento teña o centro máis unha persoa profesional de apoio. A escola infantil Rosalía de Castro, de Coia, ten 7 unidades en funcionamento: -1 unidade do grupo de 0-1 anos a cargo de 1 profesional, á que asisten 7 nenos/as. -3 unidades do grupo de 1-2 anos a cargo de 3 profesionais, ás que asisten 37 nenos/as -3 unidades do grupo de 2-3 anos a cargo de 3 profesionais, ás que asisten 59 nenos/as Ademais deste persoal, a escola conta con 2 profesionais de apoio, e unha mestra especialista en educación infantil. Tras a investigación realizada, na que se avaliou o contido das queixas e o exposto no informe do citado organismo, dependente da Consellería de Política Social, despréndese que a escola cumpre as ratios profesor/alumno establecidas no decreto que regula este ámbito de actividade. Os pais poden solicitar, lexitimamente, unidades reducidas de atención a este alumnado que, por causa da súa idade e das necesidades educativas derivadas da escolarización inicial, teñen demandas que deben ser atendidas. Con todo, as ratios legalmente establecidas son as que obrigan á administración e, neste caso, obsérvanse escrupulosamente as proporcións entre profesores e alumnos, actuando a Axencia no exercicio da súa potestade de auto-organización para ordenar os recursos materiais e persoais dispoñibles, ao amparo dunha disposición vixente e plenamente eficaz. b- Estado das instalacións O estado dalgúns edificios destinados a escolas infantís suscitou tamén queixas ante esta institución. Igual sucede cos centros escolares, as administracións competentes expresan certos desacordos sobre a natureza das intervencións e a obrigación de custear as obras. Na Q/12978/16 manifestábase a inadecuada situación da EEI Campo da Feira, no Carballiño. O informe do concello manifesta que eran coñecedores de que se realizaron melloras por parte da Consellería de Educación. A pesar de que non tiñan competencia nin coñecemento exhaustivo, desde o concello sabíase que parte das deficiencias postas de manifesto foron resoltas parcialmente e outras non, sinalando que é a Consellería de Educación a responsable das melloras, limitándose os deberes do concello á limpeza do edificio e pequenos traballos de mantemento. No informe da administración educativa da Xunta de Galicia indicábase que todos os anos se acometen diversas obras de reforma, ampliación e mellora nos centros educativos públicos da comunidade autónoma. Habitualmente, as obras prográmanse nos meses de outubro e novembro, e a principios do ano seguinte realízanse as memorias e os proxectos necesarios e se procede a licitar a obra, para poder executala no verán, cando os centros non teñen actividade lectiva. Na provincia de Ourense existen ao redor de 130 centros públicos; moitos deles teñen ademais, como é caso do Carballiño, varios recintos diferenciados. Con carácter xeral, as obras prográmanse en función da súa prioridade, atendendo as peticións que realizan as direccións dos centros, que canalizan tamén as peticións das asociacións de pais e nais, e as deficiencias detectadas nas visitas realizadas polo persoal técnico provincial. Na programación xeral para o ano 2016, incluíuse para este centro o arranxo da beirarrúa e da baixada exterior ao patio, moi deteriorada. A comunidade educativa ampliou as súas solicitudes durante o verán de 2016 e programáronse novamente as obras que se consideraron máis urxentes, segundo as peticións das mestras do centro, que foron confirmadas pola dirección. Ao empezar o curso, todas as obras de mellora concluíronse e quedaban pendentes os traballos de mantemento a cargo do concello. No expediente Q/13083/16, a persoa que promovía a queixa manifestaba o seu rexeitamento ante as condicións materiais dunha escola infantil en Muxía polo que solicitamos información complementaria ao Concello de Muxía e á Subdirección Xeral de Autorización e Inspección de Servizos Sociais, que depende da Secretaría Xeral Técnica da Consellería de Política Social. Tras a investigación realizada, resultou que a tipoloxía do centro non é unha escola infantil senón un Punto de Atención á Infancia. O 03/10/2008, por resolución da Secretaría Xeral Técnica da Vicepresidencia de Igualdade e Benestar, autorizouse o cambio de titularidade a favor do Consorcio Galego de Servizos de Igualdade e Benestar, pero consta na dita resolución que o tipo de centro segue a ser un PAI e indica que "o cambio de titularidade non afectará o réxime de funcionamento do centro". Por tanto, non se aplican os mesmos requisitos que a outro tipo de instalación educativa. Con todo, a administración supervisou, con motivo da presentación da queixa, a situación material do centro e requiriu ao Consorcio a realización das actuacións necesarias para permitir a accesibilidade, así como a corrección doutras carencias ou defectos detectados. A cuestión dos horarios de apertura das escolas infantís da rede pública (Q/13333/15; Q/355/16; Q/427/16) trátase na área de menores por considerarse un elemento esencial para a conciliación familiar e laboral. G) Entrega de copias de exames e custodia de documentos de avaliación En varias queixas expúxose este ano o dereito para acceder a copias de exames e outros documentos de avaliación (Q/12563/16; Q/63791/16; Q/64085/16; Q/64298/16). En varias das queixas, os representantes legais dos alumnos indicaban que presentara no centro un escrito solicitando unha copia dos exames realizados polos devanditos alumnos. Nalgúns dos escritos de resposta dos centros desestimando a solicitude, tras consultalo coa inspección educativa, alegábase que tras a avaliación, non se presentou en prazo ningunha reclamación nin solicitude escrita de petición de revisión de exames. Considerábase, por tanto, que a copia dos exames do curso tería dereito a solicitala só dentro do prazo de reclamación, unha vez comunicada a cualificación final, no mes de xuño ou na convocatoria extraordinaria de setembro. Nalgún caso indicábase que, ao non ser xa alumno do centro, non tiña dereito a recibir copia do exame realizado en setembro, ademais de estar xa fóra de prazo para reclamar. O escrito da dirección do centro non fai referencia ao fundamento normativo da decisión adoptada. Non consta cal é o precepto legal no que se basea o criterio de que só hai dereito a solicitar copia dos exames do curso dentro do prazo de reclamación, unha vez comunicada a cualificación final, ben de xuño ou de setembro. A reclamación contra a cualificación conseguida forma parte das garantías do alumnado a que a súa dedicación, esforzo e rendemento sexan valorados e recoñecidos con obxectividade; o dereito para obter copia dos documentos do expediente forma parte do dereito de calquera cidadán para acceder á documentación administrativa que non atopa outro límite que o interese lexítimo do solicitante. A xuízo dos xulgados e tribunais que se pronunciaron sobre este punto, “non pode restrinxirse o acceso ao expediente administrativo sobre a base dunha disposición regulamentaria que define o contido do expediente do alumno …” Non existe ningunha norma que prohiba ou impida a un alumno obter copia dos seus exames. Na lexislación educativa non hai precepto que restrinxa o dereito das persoas, nas súas relacións coas administracións públicas, a coñecer, en calquera momento, o estado da tramitación dos procedementos nos que teñan a condición de interesados, e obter copias dos documentos contidos neles. Non se vulnera ningún dos límites ao dereito de acceso, excepto no caso de existir unha norma que regule o período mínimo de conservación ou custodia dos exames ou probas. Non sendo así, os exames deben conservarse ata a finalización de todos os procesos, incluído o xudicial, no seu caso. Esta institución comparte integramente o sentido dunha recomendación da defensora del pueblo, do 26 de novembro de 2015, sobre a obtención de copias de probas de avaliación e exames por parte dos interesados, formulada á Comunidad de Madrid, Consejería de Educación, Juventud y Deporte, e que foi aceptada pola administración. Desta resolución hai que destacar os pronunciamentos contidos en diversas sentenzas da orde contenciosa-administrativa sobre asuntos similares ao exposto. Da lexislación vixente e das sentenzas da orde contenciosa-administrativa nº 429/2000, do Xulgado nº 3 de Málaga, do Tribunal Superior de Xustiza de Cataluña 918/2002, da sala do contencioso-administrativo do Tribunal Supremo do 6 de xuño de 2005 e do 13 de novembro de 2000 despréndese que os exames forman parte dun procedemento administrativo, a avaliación, e quedan suxeitos á norma legal sobre este procedemento. A recomendación ten por obxecto que a administración educativa imparta instrucións aos centros docentes baixo a súa dependencia para que resolvan en sentido positivo e de maneira acorde co establecido no artigo 35.a) da Lei 30/1992, do 26 de novembro, de réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común, para os procedementos iniciados baixo a súa vixencia, as peticións que se lles formulen polos alumnos ou os seus pais de copia dos exames ou probas de avaliación realizadas. No mesmo sentido pronúnciase a vixente Lei 39/2015, do 1 de outubro, no artigo 53.1, a) para os procedementos administrativos iniciados con posterioridade á súa entrada en vigor. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria aínda non deu resposta a esta recomendación, a pesar de transcorrer amplamente o prazo establecido na lei reguladora desta institución. Tampouco recibimos o preceptivo informe solicitado en relación coa consulta formulada por numerosos profesores (Q/64872/16 e outras) sobre o correlativo deber de custodia dos documentos de avaliación, poñendo de manifesto a necesidade dunha regulamentación clara de procedementos e prazos que proporcione seguridade xurídica ao traballo dos profesores. Derrogada a Orde do 28 de agosto de 1995 (BOE núm. 225, do 20 de setembro de 1995) non queda fixado ningún período legal para a conservación dos exames. Os profesores que promovían as queixas consideraban que a finalización do curso académico e o vencemento dos prazos establecidos para revisións e/ou reclamacións eran a única referencia que se tiña ata o momento para resolver sobre as solicitudes de copia dos exames Á ausencia dunha regulación específica sobre os prazos de conservación de tales documentos de avaliación habería que engadir os problemas relativos ao arquivo e custodia dos exames, especialmente nos casos nos que conflúen nos interesados as circunstancias de ser traballadores do centro e ao mesmo tempo familia de alumnos ou alumnas do mesmo e, por tanto, con acceso a departamentos, oficinas, despachos e demais instalacións. Ademais, a conservación e custodia por tempo indefinido dos documentos de avaliación podería crear un importante problema loxístico ao carecer os centros de espazos debidamente acondicionados para esta función e ao non prever a consellería ningunha outra alternativa. Ante a falta de instrucións claras, sería preciso conservar cantidades inxentes de exames, traballos, e demais documentos de avaliación non afectados por ningún procedemento administrativo por tempo indefinido aínda que non se presentou ningunha reclamación no período establecido legalmente. No momento de pechar este informe, non recibimos aínda a resposta da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria. H) Algúns problemas en Formación Profesional a- Falta de convocatoria de premios extraordinarios nos ciclos formativos de grao medio de ensinos artísticos O director dunha escola de artes plásticas e deseño trasladounos o seu desacordo polos termos da convocatoria anual de premios extraordinarios nos ensinos artísticos profesionais nas modalidades de música, danza e de artes plásticas e deseño na Comunidade Autónoma de Galicia, correspondentes ao curso 2014/15. Nesas queixas (Q/33/16; Q/13027/16) esencialmente indicaba que a Orde do 29 de setembro de 2015 pola que se convocaron estes premios excluíu ao alumnado que finalizou os estudos de ensinos artísticos profesionais nun ciclo formativo de grao medio de artes plásticas e deseño, que, por tanto, non poden optar a ningún premio. No informe que nos remitiu a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria sinálase que o Ministerio de Educación, Cultura e Deporte creou e regulou mediante a Orde ECD/1611/2015, do 29 de xullo, os premios nacionais ao rendemento académico do alumnado de Educación Secundaria Obrigatoria e de Ensinos Artísticos Profesionais nos ámbitos de música, danza e de artes plásticas e deseño (Boletín Oficial do Estado núm. 183, do 01/08/2015), conforme ao establecido pola Lei orgánica 2/2006, do 3 de maio, de educación. No seu artigo 9.c).1° establécese que o requisito para poder optar a estes premios na modalidade de artes plásticas e deseño é o de finalizar o ciclo formativo de grao superior de Artes plásticas e Deseño no curso académico da convocatoria. Igualmente, no preámbulo fai referencia ás similitudes entre os Ensinos Artísticos Profesionais e os de Formación Profesional, en canto ao nivel académico, organización en ciclos, estrutura e finalidade, establecidas na propia Lei orgánica 2/2006, do 3 de maio, ao obxecto de xustificar o modelo para seguir na proposta dos premios. De acordo co anterior, a través da Orde do 29 de setembro de 2015 (Diario Oficial de Galicia núm. 191, do 06/10/2015) convocáronse os premios extraordinarios nos ensinos artísticos profesionais nas modalidades de música, danza e de artes plásticas e deseño na Comunidade Autónoma de Galicia, correspondentes ao curso 2014/2015, en concordancia coas modalidades establecidas nos premios extraordinarios no ámbito nacional. Os premios autonómicos buscan que o alumnado galego destes ensinos teña tamén acceso á convocatoria estatal. Os premios extraordinarios de ensinos artísticos profesionais convocados pola Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria responden ao modelo establecido polo Ministerio de Educación, Cultura e Deporte e, do mesmo xeito que sucede con outros premios extraordinarios (Bacharelato, FP, ESO), teñen a finalidade de poñer en valor os resultados obtidos polo alumnado ao finalizar as distintas etapas educativas. Así pois, en consonancia coa estrutura da Formación Profesional, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria entende que os ciclos de grao medio non constitúen en si mesmos o final dunha etapa formativa, xa que a maioría das familias profesionais teñen continuidade nos ciclos de grao superior. En consecuencia, a consellería considera que a posibilidade de que parte do alumnado dos ciclos medios de ensinos artísticos opte aos premios extraordinarios (antes de finalizar unha etapa educativa que culmina nos ciclos superiores) vulnera a propia natureza dos premios e podería supoñer un agravio comparativo respecto ao alumnado doutros ensinos. Non obstante, esta institución consideraba completamente fundada a queixa. O Ministerio de Educación, Cultura e Deporte regulou mediante a Orde ECD/1611/2015, do 29 de xullo, os premios nacionais ao rendemento académico do alumnado de Educación Secundaria Obrigatoria e de Ensinos Artísticos Profesionais nos ámbitos de música, danza e de artes plásticas e deseño. Así mesmo, no artigo nove, a citada orde establece que poderá concorrer aos premios nacionais o alumnado que resultase merecedor do premio extraordinario de ensinos artísticos profesionais convocado na súa comunidade autónoma nos termos que se establecen nesa norma. Na páxina web do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte defínense os ensinos artísticos como segue: “Os ensinos artísticos son o conxunto de ensinos do sistema educativo que teñen como finalidade proporcionar unha formación artística de calidade e garantir a cualificación dos futuros profesionais da música, da danza e das artes plásticas, o deseño e a conservación de bens culturais. Son ensinos artísticos: -Os ensinos elementais de música e de danza. -Os ensinos artísticos profesionais. Teñen esta condición os ensinos profesionais de música e danza, así como os graos medio e superior de artes plásticas e deseño. -Os ensinos artísticos superiores. Teñen esta condición os estudos superiores de música e de danza, os ensinos de arte dramática, os ensinos de conservación e restauración de bens culturais, os estudos superiores de deseño e os estudos superiores de artes plásticas, entre os que se inclúen os estudos superiores de cerámica e os estudos superiores do vidro. Por tanto, está claro que os ciclos formativos de grao medio en artes plásticas e deseño teñen a condición de ensinos artísticos profesionais. Con todo, a Orde ECD/1611/2015, do 29 de xullo, –que foi reproducida substancialmente na Orde do 29 de setembro de 2015 da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria pola que se convocan os premios extraordinarios nos ensinos artísticos profesionais nas modalidades de música, danza e de artes plásticas e deseño na Comunidade Autónoma de Galicia, correspondentes ao curso 2014/15– refírese no capítulo III, entre os requisitos dos candidatos, aos alumnos que finalizasen os estudos profesionais de música, os estudos profesionais de danza ou de ciclos formativos de grao superior de artes plásticas e deseño. Exclúese aos alumnos que finalizaron os ciclos formativos de grao medio de artes plásticas e deseño, a pesar de que se trata tamén de ensinos artísticos profesionais Consideramos que non hai unha motivación clara para esta exclusión, nin na Orde ECD/1611/2015 do MECD nin na Orde do 29 de setembro de 2015 da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria, que reproduce os termos da orde do Ministerio. A xustificación dos premios é a importancia de recoñecer e valorar publicamente os méritos académicos e artísticos excepcionais baseados no esforzo e no traballo do alumnado que cursou cun excelente resultado académico os ensinos artísticos profesionais na Comunidade Autónoma de Galicia, e dentro deses ensinos artísticos profesionais están incluídos os ciclos medios de artes plásticas e deseño. A explicación que dá a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria tampouco parece completamente satisfactoria. É certo que a regulación autonómica galega se axusta aos requisitos previstos na normativa estatal, que tamén limita a posibilidade de concorrer aos premios ao alumnado de ciclos formativos de grao superior de artes plásticas e deseño. Pero neste caso, o lóxico sería que na propia convocatoria se especificase con claridade que, entre os ensinos artísticos profesionais, quedan excluídos os ciclos formativos de grao medio de artes plásticas e deseño. De feito, a xustificación que dá a consellería non é suficiente para entender por que motivo poden presentarse ao premio extraordinario os alumnos que finalizaron os estudos profesionais de música e os estudos profesionais de danza cando en ambos os casos teñen tamén continuidade nos estudos superiores de música e de danza. Ademais, outras comunidades autónomas non limitan esta posibilidade ao alumnado que superase o ciclo de grao superior e a convocatoria de premios extraordinarios inclúe tamén aos alumnos que concluíron o ciclo formativo de grao medio de artes plásticas e deseño. Por este motivo, dirixímonos á Defensora del Pueblo dándolle traslado desta situación para que puidese solicitar do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte a aclaración pertinente sobre esta circunstancia. En abril de 2016, a oficina do Defensor del Pueblo comunicounos a admisión a trámite da queixa e tras a correspondente investigación, formulouse ao Ministerio unha recomendación no sentido apuntado no noso informe, recomendación que foi aceptada e está pendente de incorporarse á lexislación básica. b- Mellora no proceso de matrícula nas adxudicacións continuadas de prazas de formación profesional En 2015 tramitouse un expediente de queixa como consecuencia dun escrito referente á convocatoria para matricularse no IES Fernando Wirtz Suárez nun módulo de FP a distancia. A persoa que promoveu a queixa recibiu a chamada telefónica na que se lle adxudicaba o módulo e concedéuselle un prazo inferior a 24 horas xa que estaba obrigada a matricularse ao día seguinte, en horario de 9 a 14 horas. Non podía pedir permiso no seu traballo e perdería a praza. No mes de marzo, como conclusión do sinalado no informe da administración formulamos á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria a recomendación de que estudase as alternativas posibles para mellorar o proceso de matrícula nas adxudicacións continuadas, no marco do proceso xeral de adxudicacións centralizadas, de maneira que, cumprindo o obxectivo de chegar ao maior número de solicitantes en lista de espera, se respecte o dereito para dispoñer de prazos razoables non inferiores ás 24 horas e que se estude a posibilidade de implantar a matrícula por vía telemática, evitando os desprazamentos ao centro educativo. A consellería respondeu que o sistema de adxudicación continuada é un proceso final e residual dentro do proceso global de admisión aos ciclos formativos de formación profesional. O procedemento, baseado en chamamentos telefónicos, desenvólvese para finalizar de maneira áxil e ordenada o proceso de admisión aos ciclos formativos de grao medio e superior, e cubrir a maior parte posible das vacantes residuais existentes ao final do proceso (co curso xa comezado). Nestas circunstancias, a consellería considera que, dentro das dispoñibilidades actuais, ese sistema é o máis eficiente posible. Aínda así, todos os anos analízanse un por un os procedementos coa finalidade de ir introducindo melloras no sistema. 2. Educación universitaria A) Prazas de profesorado No mes de marzo, o Valedor do Pobo iniciou un expediente de oficio (Q/361/16) en aplicación do disposto no artigo 16 da Lei 6/1984, do 5 de xuño, do Valedor do Pobo, para investigar a situación na que se atopan os profesores acreditados a catedráticos e titulares de Universidade no ámbito do Sistema Universitario galego e os problemas pola falta de cobertura de prazas docentes que estaban a producir protestas e mobilizacións naquelas datas. A Lei Orgánica de Universidades, que desenvolve o contido esencial do dereito á educación superior, declara na súa exposición de motivos que o profesorado é a pedra angular da Universidade, e adopta medidas consideradas unanimemente prioritarias para a comunidade universitaria, garantindo os principios de igualdade, mérito e capacidade na selección do profesorado funcionario e contratado e articulando distintos mecanismos para asegurar un ensino de calidade. A lexislación universitaria buscaba establecer un sistema de selección máis aberto, competitivo e transparente, para mellorar a calidade do profesorado universitario, o que se articulou a través dun proceso de habilitación que outorga prioridade aos méritos docentes e investigadores dos candidatos, garante a obxectividade nas probas de selección do profesorado e respectaba, en teoría, a autonomía das Universidades ao establecer estas os procedementos de acceso aos corpos docentes dos profesores que fosen habilitados, segundo a súa programación e necesidades. A reforma da Lei Orgánica de Universidades 4/2007, do 12 de abril estableceu un novo marco para a docencia universitaria. Por unha banda reestruturou os corpos de funcionarios docentes universitarios en dúas únicas figuras: Catedráticos de Universidade e Profesores Titulares de Universidade. Doutra banda, o artigo 57 fixou un modelo de acreditación dos candidatos baseado en que para acceder a unha praza docente é necesaria a previa obtención dunha acreditación nacional que, valorando os méritos e competencias dos aspirantes, garanta a calidade na selección do profesorado funcionario. O Real Decreto 1312/2007, do 5 de outubro, establece os criterios para acreditación nacional para o acceso aos corpos de funcionarios docentes universitarios. Este modelo pretendía eliminar as disfuncións do anterior sistema de habilitación, por exemplo, que establecía unha oferta de prazas delimitadas previamente. Co novo sistema de acreditación haberían de ser as universidades as que elixisen o profesorado dependendo das súas necesidades. O certificado de acreditación ten efectos en todo o territorio nacional para concorrer ao corpo ao que se refira a avaliación e independentemente da rama de coñecemento na que o acreditado fose avaliado. Ademais outorga garantía de calidade docente e investigadora a todo aquel que o obteña, pois para iso avaliáronse “os méritos e competencias para garantir unha posterior selección do profesorado funcionario, eficaz, eficiente, transparente e obxectiva”. Con todo, a crise económica incidiu de maneira moi negativa neste obxectivo ao xerar unha enorme bolsa de profesores acreditados que viron bruscamente interrompida a súa promoción profesional ao reducirse (nalgúns casos, ata a súa virtual paralización) os concursos de acceso a prazas de profesorado universitario como consecuencia das restricións de estabilidade financeira e as limitacións de natureza orzamentaria impostas ás universidades Esta institución consideraba urxente identificar adecuadamente a magnitude do problema, que non pode prolongarse máis no tempo sen que chegue a afectar de maneira irreversible á calidade do ensino universitario e ao dereito a desenvolver unha carreira académica equilibrada e coherente. Desde esta institución enténdese que o capital humano da Universidade –os seus estudantes, profesores e persoal de administración e servizos- foi sempre, e debe seguir sendo, eixo fundamental sobre o que se asenta a Universidade. Polo mesmo, debe ser especialmente protexido, sen que iso supoña, loxicamente, descoidar as súas outras necesidades. Por este motivo, abriuse unha actuación de oficio para obter datos das tres universidades galegas que permitisen coñecer a situación actual e a planificación das necesidades docentes e investigadoras para mellorar, de maneira gradual pero constante, a política de profesorado. Mesmo nun contexto de restricións orzamentarias que entendemos, a prioridade debe ser a calidade da docencia e da investigación como razón de ser das institucións universitarias, por encima doutros capítulos de gasto. O obxectivo era coñecer con precisión o número de profesores acreditados ao Corpo de Titulares de Universidade; o número de profesores acreditados ao Corpo de Catedráticos de Universidade; o número de prazas convocadas para acceso a ambos os corpos docentes desde 2010; os termos nos que se aplicou a taxa de reposición desde xuño de 2012; os termos nos que se aplicou en cada Universidade o previsto no Real Decreto-lei 10/2015, do 11 de setembro no seu D.F. 2ª, no relativo á promoción interna ao Corpo de Catedráticos de Universidade e ao Corpo de Titulares de Universidade, así como as esixencias orzamentarias na dotación destas prazas, e as previsións inmediatas de convocatoria de novos concursos de acceso. A dimensión e importancia deste problema fai que sexa analizado e valorado por esta institución nun informe extraordinario que se presentará en próximas datas. B) Reserva de prazas para persoas con discapacidade no sistema universitario de Galicia a- Acceso a estudos oficiais de máster e doutoramento Con ocasión de varias queixas tivemos coñecemento de que nalgunhas universidades, non existían cotas de reserva para persoas con discapacidade no acceso aos estudos de máster e doutoramento. Nun dos expedientes (Q/935/16) o interesado solicitou á Universidade de Vigo que o informase se se reservaba unha porcentaxe de prazas para persoas con discapacidade nos estudos de doutoramento conducentes ao título oficial de doutor. A Universidade de Vigo informouno de que non se contemplaba unha cota de reserva de matrícula para persoas con discapacidade en estudos de posgrao nin, concretamente, en estudos de doutoramento. A normativa actual establece a devandita cota de reserva para o acceso a estudos de grao, pero non para estudos de posgrao. Con carácter xeral, a maioría das universidades, seleccionan aos seus alumnos de máster e de doutoramento por rigorosa avaliación académica. O interesado consideraba que se vulneraba con esta medida o dereito fundamental á igualdade, que debería existir unha porcentaxe de reserva de prazas de doutoramento e de máster para alumnos con discapacidade e que, en todo caso o criterio argumentado de avaliación académica deberíase usar na concesión de bolsas para os citados estudos universitarios, pero non para o acceso aos estudos de terceiro ciclo, onde debería existir unha porcentaxe de reserva de prazas para persoas con discapacidade. Na tramitación deste expediente non se considerou necesario solicitar informe da Universidade de Vigo posto que o interesado achegou co seu escrito a resposta que se lle deu desde a Sección de Posgrao e Formación Continua na que se recollía o criterio da Universidade de Vigo no relativo á cota de reserva de matrícula para persoas con discapacidade. Tal como afirma o escrito remitido desde a devandita Sección, a cota de reserva para estudantes con discapacidade está recoñecida no Real Decreto 412/2014, do 6 de xuño, que establece a normativa básica dos procedementos de admisión aos ensinos universitarios oficiais de grao. Reservarase polo menos un 5 por 100 das prazas ofertadas para estudantes que teñan recoñecido un grao de discapacidade igual o superior ao 33 por 100, así como para aqueles estudantes con necesidades educativas especiais permanentes asociadas a circunstancias persoais de discapacidade, que durante a súa escolarización anterior precisaran de recursos e apoios para a súa plena normalización educativa. Para ese efecto, os estudantes con discapacidade deberán presentar certificado de cualificación e recoñecemento do grao de discapacidade expedido polo órgano competente de cada Comunidade Autónoma. No Real Decreto 99/2011, do 28 de xaneiro, polo que se regulan os ensinos oficiais de doutoramento, non se establece con carácter xeral esta cota de reserva senón que se establecen medidas de apoio para necesidades educativas especiais derivadas de discapacidade no seu artigo 7.4: os sistemas e procedementos de admisión que establezan as universidades deberán incluír, no caso de estudantes con necesidades educativas especiais derivadas da discapacidade, os servizos de apoio e asesoramento adecuados, que avaliarán a necesidade de posibles adaptacións curriculares, itinerarios ou estudos alternativos. No Real Decreto 1393/2007, do 29 de outubro, polo que se establece a ordenación dos ensinos universitarios oficiais indícase que as universidades impartirán ensinos de grao, máster e doutoramento conducentes á obtención dos correspondentes títulos oficiais. no seu artigo 5 recóllense os principios xerais que deben inspirar o deseño dos títulos. Os plans de estudos deberán ter en conta que calquera actividade profesional debe realizarse desde o respecto aos dereitos fundamentais e de igualdade entre homes e mulleres, debendo incluírse, nos plans de estudos en que proceda, ensinos relacionados cos devanditos dereitos; e desde o respecto e promoción dos dereitos humanos e os principios de accesibilidade universal e deseño para todos de conformidade co disposto na disposición final décima da Lei 51/2003, do 2 de decembro, de igualdade de oportunidades, non discriminación e accesibilidade universal das persoas con discapacidade, debendo incluírse, nos plans de estudos en que proceda, ensinos relacionados cos devanditos dereitos e principios. Resultaría incoherente que se establezan medidas compensatorias para o acceso aos ensinos universitarios oficiais de grao e non nos de posgrao, cando no propio deseño dos títulos, incluídos os de doutoramento, debe tomarse en conta e incorporarse o respecto e a promoción dos dereitos das persoas con discapacidade, desde os principios de accesibilidade universal e garantía da igualdade. Esta medida de establecer unha cota de reserva debería facerse con independencia da demanda de prazas en cada un dos programas de doutoramento. É evidente que en varios programas, tal como consta no escrito do xefe da Sección de Estudos de Posgrao, hai prazas vacantes e non existen problemas entre oferta e demanda. Neste punto, sería adecuado proceder tal como indicaba o derrogado Real Decreto 1742/2003, do 19 de decembro, polo que se establecía a normativa básica para o acceso aos estudos universitarios de carácter oficial. No seu artigo 14, sobre reserva de prazas, sinalaba que as comunidades autónomas reservarían anualmente unha porcentaxe determinada de prazas en todos os ensinos conducentes á obtención de títulos universitarios de carácter oficial, para ser adxudicadas aos estudantes que reunisen os requisitos esixidos pola lexislación vixente e que fosen, entre outros, estudantes cun grao recoñecido de minusvalía igual ou superior ao 33 por cento, así como para aqueles estudantes con necesidades educativas especiais permanentes asociadas a circunstancias persoais de discapacidade. Como manifesta o propio escrito da Universidade de Vigo, son varias as universidades españolas que no ámbito das súas competencias normativas, regularon unha cota de reserva de matrícula para estudantes con discapacidade. Debe considerarse unha boa práctica que as universidades reserven prazas para ser adxudicadas entre os estudantes con discapacidade, ou outros grupos como os cualificados como deportistas de alto nivel. As prazas obxecto de reserva para estes estudantes que queden sen cubrir serán acumuladas ás ofertadas pola universidade polo réxime xeral, en cada unha das convocatorias. A ordenación e adxudicación das prazas reservadas ha de realizarse atendendo aos criterios de valoración que sexan de aplicación a cada programa de doutoramento. As universidades que implantaron esta cota adoitan reservar o 5% das prazas dispoñibles para estudantes que, reunindo os requisitos académicos correspondentes, teñan recoñecido un grao de discapacidade igual ou superior ao 33%, así como para aqueles estudantes con necesidades educativas especiais permanentes asociadas a circunstancias persoais de discapacidade, que durante a súa escolarización anterior precisaran de recursos e apoios para a súa plena normalización educativa. O certificado, ditame ou procedemento de valoración das minusvalías será realizado polo órgano competente de cada comunidade autónoma de orixe do interesado. Por todo o anterior recomendouse que a Universidade de Vigo adoptase as medidas necesarias para que o total de prazas ofertadas en cada un dos programas de doutoramento se distribúa entre unha cota xeral e unha cota de reserva e, neste último caso, se prevexa que para os estudantes que teñan recoñecido un grao de discapacidade igual ou superior ao 33 por 100 e reúnan os requisitos académicos correspondentes, reservarase a porcentaxe das prazas ofertadas que se axuste as previsións legais xerais sobre reserva de prazas para estudantes con discapacidade. O criterio de adxudicación sería a nota obtida nos estudos que lles dean acceso. As prazas obxecto de reserva que queden por cubrir haberían de acumularse ás ofertadas polo réxime xeral na convocatoria correspondente. A recomendación foi integramente aceptada. b- Acceso a estudos oficiais de grao: cota de reserva para persoas con discapacidade na convocatoria extraordinaria de setembro No expediente Q/63624/16, a persoa que promoveu a queixa consideraba un agravio comparativo e unha discriminación non xustificada que na convocatoria de setembro existise unha cota de reserva de prazas de matrícula para os deportistas de alto rendemento (polo menos o 3%) e non houbese cota de reserva para as persoas con discapacidade, como sucede na convocatoria ordinaria de xuño. Ante iso requirimos información á CiUG e á Secretaría Xeral de Universidades da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria lembrándolles, con carácter previo, que esta institución era coñecedora de que a oficina do Defensor del Pueblo xa formulara o 17 de decembro de 2014 unha recomendación ao Ministerio de Educación, Cultura e Deporte, na súa Dirección General de Política Universitaria, que foi aceptada por este órgano da Administración xeral do Estado. En resumo, esta queixa, que era substancialmente coincidente coa que se estaba tramitando no Valedor do Pobo, sinalaba que o Real Decreto 412/2014, do 6 de xuño, polo que se establece a normativa básica dos procedementos de admisión aos ensinos universitarios oficiais de grao suprimiu a previsión que contiña o anterior regulamento, sobre a posibilidade de ampliar o número de prazas ofertadas en cada centro e titulación ata completar o 5% de reserva para persoas con discapacidade na convocatoria extraordinaria de acceso, previsión que se dirixía a que este colectivo puidese optar a prazas pola cota de reserva no mes de setembro cando as prazas sobrantes no mes de xuño se acumularon á cota xeral. O precepto agora derrogado supuxo no seu día un gran avance no recoñecemento dos dereitos das persoas con discapacidade e a súa supresión na nova norma regulamentaria supón un paso atrás na defensa deste colectivo, o que non se compaxina coas medidas de acción positiva que demanda a normativa reguladora das persoas con discapacidade. Na práctica este cambio normativo supuxo no curso 2014/2015 que algúns estudantes con discapacidade se atopasen con que non existía oferta de prazas para os estudos desexados no mes de setembro a pesar de que a cota non se esgotou, véndose obrigados a esperar un curso enteiro para poder iniciar os seus estudos universitarios. Por tanto dirixiuse unha recomendación á Dirección General de Política Universitaria do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte, co fin de valorar a modificación do Real Decreto 412/2014, do 6 de xuño, para que recolla expresamente que cando non se oferte unha titulación e centro na fase extraordinaria por cubrirse a totalidade das prazas na fase ordinaria, pero algunhas prazas da cota de reserva para estudantes con discapacidade quedasen acumuladas á cota xeral na fase ordinaria por non haber solicitantes suficientes, as universidades poderán aumentar as prazas, ata completar o 5 por 100, para que accedan os estudantes con discapacidade que participen na fase extraordinaria”. Como indicamos, a recomendación foi aceptada polo ministerio, órgano impulsor do Real Decreto 412/2014. O texto íntegro pode consultarse na seguinte ligazón: https://www.defensordelpueblo.es/resoluciones/modificacion-do-sistema-de-reserva- da-cota-de-persoas-con-discapacidade-en-a-normativa-de-acceso-a-a-universidade-2/ Nun sentido idéntico, o Defensor del Pueblo Andaluz fixo unha recomendación dirixida á Consejería de Economía, Innovación, Ciencia y Empleo, Dirección General de Universidades, Universidad de Almería, Universidad de Cádiz, Universidad de Córdoba, Universidad de Granada, Universidad de Huelva, Universidad de Jaén, Universidad de Málaga, Universidad Pablo de Olavide, e Universidad de Sevilla. Na súa recomendación consideraba que existe suficiente base legal para permitir que, coa actual regulación do proceso de admisión aos estudos de grao, se poida ampliar prazas durante todos os cursos académicos nos que se manteña unha distinción entre convocatoria ordinaria e extraordinaria do proceso de admisión. A dita ampliación, ata alcanzar o 5% da cota regulamentaria, habería de acordarse naqueles centros e titulacións para os que non se ofertaron prazas en convocatoria extraordinaria por acumularse as prazas reservadas para discapacidade -e non cubertas- ás da cota xeral na fase ordinaria. É verdade que a ampliación de prazas non está expresamente regulada actualmente, pero tampouco está prohibida e a adopción desta medida non vai en detrimento dos dereitos de terceiras persoas xa que a ampliación de prazas en convocatoria extraordinaria non implica excluír do proceso de admisión a quen puidese optar a praza pola cota xeral. Na data do 9 de novembro recibiuse o informe da administración educativa no que se manifestaba que a CIUG, facendo uso das súas atribucións, e aplicando a normativa básica antes mencionada, actuou segundo a literalidade da normativa vixente; en concreto, en canto ás porcentaxes de reserva de prazas, atívose ao establecido no artigo 23 do mencionado real decreto. Non obstante, o informe da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria pon de manifesto que, ante a problemática xurdida con respecto á admisión de alumnado con discapacidade que superou a PAU na convocatoria extraordinaria, para quen non está prevista expresamente a reserva da porcentaxe de prazas existente para quen supera as probas na convocatoria ordinaria, a consellería recomendou que, unha vez finalizado o proceso de admisión de cada curso académico, e devoltas as competencias a cada universidade, en virtude da autonomía que lles recoñece o artigo 2 da Lei Orgánica 6/2001, do 21 de decembro, de universidades, cada universidade podería valorar a adxudicación ás persoas que superen as probas de acceso na convocatoria extraordinaria, das prazas que resultasen vacantes correspondentes á porcentaxe determinada pola norma para colectivos específicos, sempre que conten cos recursos materiais e humanos necesarios. Esta recomendación foi transmitida aos reitores das universidades do SUG mediante escrito enviado o pasado 11 de outubro de 2016. Realizada esta mediación, o alumno foi admitido na Facultade de Bioloxía da Universidade dá Coruña. Para esta institución, continúa sendo problemático que a CiUG non estivese disposta a facer unha interpretación sistemática, integrando este precepto coa normativa que establece medidas e axustes razoables para facilitar o pleno exercicio dos dereitos das persoas con discapacidade. Neste sentido, a CiUG non considerou ningunha posibilidade á marxe da estrita aplicación literal da norma. Nin tan sequera se valorou a aceptación polo Ministerio de Educación da recomendación feita pola oficina do Defensor del Pueblo. Pola súa banda, a consellería fixo unha recomendación ás universidades do SUG no sentido de poder dispoñer, nos prazos extraordinarios de matrícula abertos a partir do mes de setembro, das prazas que resultasen vacantes correspondentes á porcentaxe determinada pola norma para colectivos específicos. Da análise da situación é preciso concluír que, a pesar de que o caso que deu pé á queixa quedou resolto, o problema subsiste ao depender dunha decisión dos órganos universitarios que é discrecional e que non preserva as garantías que existían para a reserva de prazas de acordo coa normativa anterior. Non se pode mesturar aos colectivos con prazas de reserva senón que hai que clarificar a normativa. Urxe que a Dirección General de Política Universitaria do Ministerio de Educación, Cultura e Deporte inicie canto antes a modificación do Real Decreto 412/2014, do 6 de xuño, para que recolla expresamente que cando non se oferte unha titulación e centro na fase extraordinaria por cubrirse a totalidade das prazas na fase ordinaria, pero algunhas prazas da cota de reserva para estudantes con discapacidade se acumularan á cota xeral na fase ordinaria por non haber solicitantes suficientes, as universidades poderán aumentar as prazas, ata completar o 5 por 100, para que accedan os estudantes con discapacidade que participen na fase extraordinaria. C) Premios extraordinarios en graos e máster No expediente Q/1037/16 a queixa referíase á concesión dos premios extraordinarios o desacordo cos criterios establecidos para a concesión dos premios extraordinarios na Universidade de Santiago de Compostela, regulados polo Acordo do Consello de Goberno de 27/4/2012 e a Instrución 15/2012 da Secretaría Xeral de 26/10/2012. Nestas normas disponse que se poderán conceder ata dous premios extraordinarios por cada grao e ata un por cada máster oficial. Para a persoa promotora da queixa, a normativa ignora as grandes diferenzas existentes no número de estudantes egresados en cada titulación. Isto provoca que a relación «egresados con premio extraordinario/egresados totais» sexa claramente dispar en función da titulación, o que prexudica aos estudantes de titulacións máis numerosas. Por exemplo, no Grao en Medicina concédense só dous premios extraordinarios para máis de trescentos titulados. No Grao en Filoloxía Clásica concédese o mesmo número de premios extraordinarios para un número moito máis reducido de egresados. Non consideraba xusto que se establecese arbitrariamente un número máximo de premios extraordinarios sen ter en conta o número de titulados de cada un dos estudos. Inicialmente comunicouse ao alumno que o equipo de goberno estudaría a posibilidade dunha reforma do Acordo do Consello de Goberno no sentido de adxudicar un número de premios en función do número de alumnos, considerando que se trataba dunha suxestión de cambio da normativa universitaria, dado que a cuestión se acordara polo Consello de Goberno na súa sesión do 27 de abril de 2012, sen que a Secretaría Xeral tivese competencia para modificar esta norma, senón só para desenvolver o procedemento de concesión. O Consello de Goberno do 26 de marzo de 2014 modificou en parte o acordo do Consello de Goberno do 27 de abril de 2012 por canto non procedía a inclusión da mención do premio no título, de conformidade coa nova regulación estatal de títulos. O alumno que presentaba a queixa consideraba que o número de premios debía ser proporcional ao número de alumnos, pero tal consideración non determina que se deba aumentar o número de premios xa que se pode manter a cifra e repartila en función do número de alumnos, de tal maneira que titulacións de grao con pouca matrícula só obterían un premio e as de moita matrícula ata dúas e sempre que se cumprise o requisito do mínimo de cualificación. Na súa reunión de xuño de 2016, o equipo de goberno non considerou procedente a modificación suxerida (n° de premios proporcional ao número de alumnos), aínda que se estudaría o actual límite mínimo para outorgalos (nota mínima). A proposta non foi aceptada polo órgano que ten a competencia sobre a concesión desta distinción académica. Os premios extraordinarios son unha concesión discrecional das universidades e non existe un dereito legalmente recoñecido ao seu outorgamento. No ámbito da súa potestade organizativa e da autonomía de cada universidade, pódese contemplar ou non a existencia de premios ao rendemento académico. O número destas distincións é fixado libremente por cada universidade e o único requisito que é común a todas elas é que se premia ao mellor expediente, calculado de acordo cos procedementos de determinación das notas medias. Neste caso, a Universidade de Santiago de Compostela non considerou preciso modificar a normativa no sentido de establecer un número de premios proporcional ao de alumnos matriculados. D) Exención de taxas académicas nos estudos de posgrao para os estudantes que obtivesen matrículas de honra no último curso dos estudos de grao. Con ocasión de expedientes de queixa tramitados o ano pasado, a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria asumiu a suxestión realizada para que o decreto regulador dos prezos públicos no ensino universitario en Galicia incluíse unha redacción máis clara e precisa sobre esta exención de taxas. No Decreto 80/2016, do 23 de xuño, polo que se fixan os prezos correspondentes aos estudos conducentes á obtención de títulos universitarios de carácter oficial e validez en todo o territorio nacional no ensino universitario para o curso 2016/17, o apartado 1 do artigo 10 declara que nos ensinos estruturados por créditos, as bonificacións por unha ou varias matrículas de honra aplicaranse na seguinte matrícula dos mesmos estudos nun número de créditos igual ao das materias en que se obtivo a matrícula de honra. No caso dos estudos de máster oficiais, os créditos das materias que obteñan a cualificación de matrícula de honra no último ano de grao suporán unha bonificación no mesmo número de créditos na matrícula do máster, sempre que este se realice no curso académico seguinte. A Universidade de Santiago de Compostela aceptou este ano unha recomendación (Q/23531/15) para aplicar a exención de taxas polas matrículas de honra obtidas no último ano dos estudos de grao aos estudos de posgrao que iniciou no seguinte curso académico, revisando as liquidacións dos alumnos que se puidesen atopar no mesmo suposto, ao recollerse dunha disposición de carácter xeral. Non obstante, o artigo 81.3 LOU prevé que se consignen as compensacións correspondentes aos importes derivados das exencións ou reducións que legalmente se dispoñan en materia de prezos públicos ou demais dereitos polo que a Universidade de Santiago de Compostela solicitaba que se reflectise a debida consignación. Este ano, expúxose a cuestión de se a continuación de estudos de grao a posgrao debía facerse na mesma universidade para ter dereito á exención por matrículas de honra no último curso de grao (Q/63756/16). Ao ser o Decreto 80/2016, do 23 de xuño unha norma que regula os prezos públicos das universidades do SUG non hai distinción entre as universidades do sistema universitario de Galicia. O decreto non establece esta distinción nin condiciona a aplicación da exención por matrícula de honra a que se curse o máster na mesma universidade que o grao. O único requisito é que a matrícula no máster se realice no curso académico seguinte a aquel no que se concluíu o grao. E) Prazos de admisión a máster Universidade de Santiago de Compostela: Suscitaron problemas os prazos de admisión a máster na Universidade de Santiago de Compostela. O alumnado que finaliza os estudos de grao en xullo ten máis oportunidades para acceder aos másteres, igual que os alumnos que superan a selectividade en xuño poden acceder a máis titulacións do Sistema Universitario. Por tanto, para os alumnos que superen as materias na segunda oportunidade de xullo e realicen a defensa do traballo de fin de grao (TFG) en setembro, as súas posibilidades de acceso aos másteres son evidentemente máis reducidas, xa que dependen de que existan prazas vacantes. A USC oferta prazas en máster con prazas vacantes cun prazo específico para solicitantes de setembro, e que se estende ata o día 3 de outubro de 2016, de modo que ten en conta esta circunstancia. A pesar disto, é practicamente imposible garantir prazas ata outubro en estudos con alta demanda e unha gran lista de espera. Este é o sistema xeral nas universidades do Sistema Universitario de Galicia que establecen prazos de preinscrición e matrícula en xullo, agosto ou principios de setembro e un prazo de ampliación de matrícula, no caso de existir prazas vacantes, a principios de outubro. Lamentablemente o máster de secundaria é un dos máis solicitados e todas as prazas se cobren cos solicitantes que finalizaron os estudos antes do mes de setembro. O problema agrávase porque, como é lóxico, a Universidade de Santiago de Compostela non pode nin debe limitar o acceso aos seus másteres só para alumnos da propia USC, o que é consecuencia esencial do distrito universitario único. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria asumiu o compromiso de promover a homoxeneización dos calendarios académicos das universidades públicas galegas, comunicando a consellería que existe vontade de colaborar, polo que parece que será posible chegar a un acordo en firme de fronte ao próximo curso académico. F) Mala praxe de determinados servizos e unidades da Universidade de Santiago de Compostela No expediente Q/64009/16 tivemos coñecemento dun grave asunto no que se denunciaba a pasividade e inacción dos órganos competentes da Universidade de Santiago de Compostela para depurar as responsabilidades nas que incorreron as persoas responsables dos servizos internos da universidade (particularmente, do Servizo de Vixilancia da Saúde e a Comisión de Resolución de Conflitos) ao constar acreditado nun procedemento xudicial con sentenza firme unha mala praxe por parte desas unidades e servizos. Na resolución xudicial, que foi confirmada en apelación, poñíase de manifesto a falta de rigor e as deficiencias nos protocolos e mecanismos de investigación da Universidade de Santiago de Compostela que afectaron gravemente á persoa que promoveu o expediente de queixa, cunha clara lesión do dereito fundamental á súa honra e á súa propia imaxe. O Reitorado, a Secretaría xeral, o Comité de Seguridade e Saúde e a Xerencia da Universidade de Santiago de Compostela coñecían todas as circunstancias do caso, sen que constase a adopción de medidas de resarcimento, a apertura de informacións reservadas ou a incoación de expedientes disciplinarios contra as persoas responsables. O informe da Universidade de Santiago de Compostela recibiuse a principios de 2017. Del derívase con claridade que é urxente a mellora e revisión do Protocolo de prevención e resolución de procesos de acoso psicolóxico nas relacións laborais que é de decembro de 2004; que na tramitación efectuada polo delegado de Prevención de dar curso a un escrito "sen firma de ningunha das tres traballadoras supostamente implicadas evidencia unha irregularidade inicial”; que a actuación das responsables do Servizo de Vixilancia da Saúde e a presidenta da Comisión de Conflitos estivo influída pola actuación das traballadoras e que non foi completa como a que tivo a maxistrada á vista das actuacións do expediente disciplinario e as declaracións de testemuñas, que confirmaron que non se produciu acoso laboral ningún na unidade. Diso só cabe deducir que non houbo unha actuación imparcial destes servizos que preservase coidadosamente a presunción de inocencia e os diversos bens xurídicos en conflito senón que as garantías legais dunha das partes foron sacrificadas sen máis elemento de proba que a declaración e os test realizados pola traballadora que denunciou o acoso. O feito de que todo o procedemento seguise adiante sen valorarse en ningún momento a posibilidade dunha falsa imputación fai que revista particular urxencia a revisión dos protocolos da Universidade de Santiago de Compostela. O obxectivo ha de ser tanto garantir que non quede sen detectar, previr ou eliminar calquera caso de acoso laboral como garantir igualmente que ningún traballador ou traballadora da universidade poida ver lesionado o seu dereito ao honor por unha actuación dos correspondentes servizos movida polo exceso de celo, os prexuízos ou unha aplicación inadecuada dos instrumentos internos de investigación e avaliación deste tipo de casos. É evidente a gravidade dun tema como o acoso laboral. É inadmisible que se produza ningún tipo de acoso e isto fai comprensible e necesario que se poñan en marcha todos os mecanismos establecidos para a detección e a eliminación destas condutas. Isto non pode ter como consecuencia, de ningún xeito, vulnerar a presunción de inocencia e as garantías legais no relativo aos dereitos de contradición e defensa nestes procedementos. Se resulta grave constatar un caso, é igualmente grave non detectar de maneira inmediata unha acusación falsa ou infundada. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO RESOLUCIONES DEL ÁREA DE EDUCACION Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN Y FECHA RESPUESTA ENLACE 1 Q/23531/15 Matrícula de honra na licenciatura e descontos das taxas dos másteres Universidad de Santiago de Compostela 08/01/2016 ACEPTADA Q/23531/15 2 Q/13532/15 Mala planificación das necesidades de prazas no colexio fogar de Carballo Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 20/01/2016 ACEPTADA Q/13532/15 3 Q/13535/15 Mala xestión no proceso de escolarización de 4º de infantil en Carballo Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 20/01/2016 ACEPTADA Q/13535/15 4 Q/13659/15 Mala xestión no proceso de escolarización de 4º de infantil en Carballo Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 20/01/2016 ACEPTADA Q/13659/15 5 Q/22554/14 Axuda de comedor para familia numerosa Conselleiro de Política Social 09/02/2016 ACEPTADA Q/22554/14 6 Q/14585/15 Matrícula dun módulo de FP a distancia por chamada telefónica, nun só día e presencial Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 10/03/2016 NON ACEPTADA Q/14585/15 7 Q/23370/15 Descontos nun máster da USC por matrícula de honra Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 16/03/2016 ACEPTADA Q/23370/15 8 Q/23352/15 Restitución das clases no IES Agra de Orzán Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 13/04/2016 NON ACEPTADA Q/23352/15 9 Q/23352/15 Restitución das clases no IES Agra de Orzán Secretaría Xeral para o Deporte 13/04/2016 NON ACEPTADA Q/23352/15 10 Q/13333/15 Pago do comedor da gardería e obrigación de levar o leite e os cereais Axencia Galega de Servicios Sociais 03/05/2016 ACEPTADA Q/13333/15 11 Q/14143/15 Achega de documentación ao Mininsterio de Educación en relación cunha bolsa Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 09/05/2016 ACEPTADA Q/14143/15 12 Q/935/16 Reserva de prazas para persoas con discapacidade na Universidade de Vigo Universidade de Vigo 09/05/2016 ACEPTADA Q/935/16 13 Q/12563/16 Revisión de exames universitarios Comisión Interuniversitaria de Galicia 15/09/2016 ACEPTADA Q/12563/16 14 Q/13098/16 Trato discriminatorio do Concello de Frades ante unha bolsa de material escolar e transporte Ayuntamiento de Frades 31/10/2016 ACEPTADA Q/13098/06 15 Q/63791/16 Solicitude de copias dos exames do seu fillo Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 31/10/2016 ACEPTADA PENDENTE DE EFECTIVIDADE Q/63791/16 16 Q/12401/16 Convenios da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria cos concellos de Pontevedra Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria 15/12/2016 PENDENTE Q/12401/16 V - CONSIDERACIÓNS FINAI S -A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria debe continuar intensificando os esforzos para que todas as necesidades específicas de apoio educativo estean sempre adecuadamente cubertas. Este ano continuamos recibindo queixas nas que comprobamos que os alumnos ven privados, ou acceden con gran atraso, a un apoio educativo ao que teñen dereito, ben sexa nun período concreto ou ao longo de toda a súa escolarización, pola súa discapacidade física, psíquica ou sensorial, por trastornos graves de conduta, por sobredotación, por estar en situacións de desvantaxe social ou económico, por problemas crónicos de saúde, por descoñecemento da lingua ou por presentar un desaxuste curricular significativo co curso no que están escolarizados. Insistimos en que a atención temperá de certo tipo de atrasos madurativos e do desenvolvemento é moi importante para conseguir os obxectivos pedagóxicos do alumnado con necesidades educativas especiais. Evitar atrasos nos procedementos diagnósticos, propiciar a necesaria coordinación entre a contorna familiar e a educativa sobre un clima de confianza e mutuo recoñecemento, reforzar a unidade de criterios e pautas que é esencial para o éxito do alumnado que presenta necesidades educativas especiais, ou establecer adecuadas canles de colaboración entre o persoal especialista externo e os especialistas dos centros son elementos clave para conseguir a atención personalizada e o apoio adecuado ao que este alumnado ten dereito. -A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria e os concellos, no marco das súas respectivas competencias, deben abordar coa necesaria prioridade os problemas estruturais que afectan a numerosos centros educativos, sobre todo os de maior antigüidade, para garantir no posible a adecuación dos centros aos requisitos mínimos que legalmente deben cumprir estas instalacións. O ano pasado puxemos de relevo a urxencia de acometer un plan para eliminar os materiais que conteñen amianto nos edificios de uso educativo, como sucede por exemplo coas habituais cubertas de fibrocemento. Este ano foi especialmente problemática a situación producida no CEIP Ramón de la Sagra, na Coruña. Considerando que non existe un nivel seguro de exposición ao amianto, a responsabilidade de demostrar primeiro que facer as obras sen suspender por completo a actividade lectiva non incrementa os riscos correspóndelle a quen toma a decisión de realizalas en tales condicións. Actuar baixo un suposto de incerteza esixe que quen realiza a actividade demostre que non existe risco e que non hai unha alternativa máis segura. Sobre este punto, consideramos necesario que se adopten medidas lexislativas fundadas no principio de precaución, aínda que subsista unha incerteza respecto da existencia e importancia dos riscos para a saúde das persoas (…), sen ter que esperar a que a realidade e a gravidade dos riscos estean plenamente demostrados. Consideramos que a posta en marcha dun plan conxunto das administracións para eliminar de forma rápida, segura e definitiva calquera material que conteña amianto en todos e cada un dos centros educativos galegos precisa non só un catálogo informativo da idade dos centros, da tipoloxía das cubertas, dos elementos construtivos do centro e os materiais empregados (que xa se iniciou pola consellería coa colaboración do Colexio Oficial de Arquitectos de Galicia), senón unha normativa específica que facilite instrucións claras aos responsables de tomar as decisións en aspectos como a valoración da evidencia do dano e a existencia doutras alternativas dispoñibles, modificando as previsións da guía técnica para as instalacións nas que haxa menores de idade (escolas infantís, colexios, institutos, centros residenciais…) co obxectivo esencial da protección da súa seguridade e a súa saúde. -O acoso escolar segue sendo unha cuestión que merece a atención de toda a sociedade. Temos que poñer novamente de manifesto que moitas das situacións que chegamos a coñecer nesta institución non poden nin deben ser toleradas no sistema educativo e percibimos que os esforzos se centran excesivamente en tipificar a conduta, sen prestar a suficiente atención ao sufrimento da vítima. Todos os abusos, á marxe de que sexan ou non un caso de acoso escolar, deben ser corrixidos con contundencia. -O acceso aos recursos educativos complementarios é outro punto no que debe darse un exame detido das circunstancias que concorren en cada caso concreto. No ámbito do transporte escolar, entendemos que debe ser ponderado baixo criterios de equidade e polo carácter compensatorio deste recurso, o requisito obxectivo da distancia de 2 quilómetros entre o centro educativo e a parada. O servizo territorial correspondente debe analizar cada unha das peticións de paradas de transporte escolar, tomando en consideración a idade dos alumnos, a seguridade das vías polas que deben transitar (se hai ou non beirarrúas, iluminación, tráfico denso…), as circunstancias persoais e familiares, a existencia ou non de alternativas razoables, de modo que a resolución teña en conta o interese máis necesitado de protección, que é o dos menores, fronte a calquera outro interese lexítimo que puidese concorrer. A aplicación ríxida dos actuais criterios crea situacións de profunda falta de equidade entre os alumnos de zonas rurais e de zonas urbanas. A tradicional dispersión da vivenda en Galicia esixe solucións caso por caso que tomen en conta as características concretas do alumnado escolarizado. -Nas escolas infantís presentáronse queixas sobre o estado dalgunhas destas instalacións. En xeral, as administracións tratan de dar resposta ás necesidades de acondicionamento, rehabilitación ou mellora destes centros aínda que son habituais as discrepancias sobre a natureza das obras que se deben acometer e se deben considerarse traballos de mantemento e conservación, competencia municipal en todo caso, ou obras de reforma e mellora, que son competencia da consellería. Dentro das dispoñibilidades orzamentarias dos pequenos concellos, que adoitan ser escasas, lévanse a cabo estas obras de conservación cunha razoable dilixencia. -Suscitou problemas o acceso a copias de exames e outros documentos de avaliación. Sobre este punto formulouse á Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria a recomendación de que imparta instrucións aos centros docentes baixo a súa dependencia para que resolvan en sentido positivo e de maneira acorde co establecido no artigo 35.a) da Lei 30/1992, do 26 de novembro, de réxime xurídico das administracións públicas e do procedemento administrativo común, para os procedementos iniciados baixo a súa vixencia, as peticións que lles formulen os alumnos ou os seus pais, en relación coa obtención de copia dos exames ou probas de avaliación realizadas. No mesmo sentido pronúnciase a vixente Lei 39/2015, do 1 de outubro, no artigo 53.1, a) para os procedementos administrativos iniciados con posterioridade á súa entrada en vigor. -No ámbito da formación profesional, a intervención desta institución, poñendo en coñecemento da oficina do Defensor del Pueblo o problema, corrixiu a disfunción que se producía na convocatoria dos premios extraordinarios nas ensinanzas artísticas profesionais nas modalidades de música, danza e de artes plásticas e deseño na Comunidade Autónoma de Galicia, ao excluír aos alumnos que finalizasen os ciclos formativos de grao medio de artes plásticas e deseño, a pesar de que se trata tamén de ensinos artísticos profesionais -Iniciouse unha queixa de oficio pola situación na que se atopan os profesores acreditados a catedráticos e titulares de universidade no ámbito do Sistema Universitario galego. A Lei Orgánica de universidades, que desenvolve o contido esencial do dereito á educación superior, declara na súa exposición de motivos que o profesorado é a pedra angular da Universidade, e adopta medidas consideradas unanimemente prioritarias para a comunidade universitaria, garantindo os principios de igualdade, mérito e capacidade na selección do profesorado funcionario e contratado e articulando distintos mecanismos para asegurar un ensino de calidade. A lexislación universitaria buscaba establecer un sistema de selección máis aberto, competitivo e transparente, para mellorar a calidade do profesorado universitario, o que se articulou a través dun proceso de habilitación que outorga prioridade aos méritos docentes e investigadores dos candidatos, garante a obxectividade nas probas de selección do profesorado e respectaba, en teoría, a autonomía das universidades ao establecer estas os procedementos de acceso aos corpos docentes dos profesores que fosen habilitados, segundo a súa programación e necesidades. -No problema da reserva de prazas para persoas con discapacidade no sistema universitario de Galicia, e no ámbito do acceso a estudos de máster e doutoramento, recomendouse que a Universidade de Vigo adoptase as medidas necesarias para que o total de prazas ofertadas en cada un dos programas de doutoramento se distribúa entre unha cota xeral e unha cota de reserva e, neste último caso, se prevexa que para os estudantes que teñan recoñecido un grao de discapacidade igual ou superior ao 33 por 100 e reúnan os requisitos académicos correspondentes, se reservara a porcentaxe das prazas ofertadas que se axuste as previsións legais xerais sobre reserva de prazas para estudantes con discapacidade. O criterio de adxudicación sería a nota obtida nos estudos que lles dean acceso. As prazas obxecto de reserva que queden por cubrir haberían de acumularse ás ofertadas polo réxime xeral na convocatoria correspondente. A recomendación foi integramente aceptada. Máis problemática é a cota de reserva para estudantes con discapacidade no acceso a estudos oficiais de grao na convocatoria extraordinaria de setembro. A CiUG non se mostrou disposta a facer unha interpretación sistemática do Real Decreto 412/2014, do 6 de xuño, polo que se establece a normativa básica dos procedementos de admisión aos ensinos universitarios oficiais de grao. Esta norma suprimiu a previsión que contiña o anterior regulamento, sobre a posibilidade de ampliar o número de prazas ofertadas en cada centro e titulación ata completar o 5% de reserva para persoas con discapacidade na convocatoria extraordinaria de acceso. Pola súa banda, a consellería fixo unha recomendación ás universidades do SUG no sentido de poder dispoñer, nos prazos extraordinarios de matrícula abertos a partir do mes de setembro, das prazas que resultasen vacantes correspondentes á porcentaxe determinada pola norma para colectivos específicos. -Tivemos que insistir na exención de taxas académicas nos estudos de posgrao para os estudantes que obtivesen matrículas de honra no último curso dos estudos de grao, a pesar de que a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria asumiu a suxestión realizada o pasado ano para que o decreto regulador dos prezos públicos no ensino universitario en Galicia incluíse unha redacción máis clara e precisa do asunto. No Decreto 80/2016, do 23 de xuño, polo que se fixan os prezos correspondentes aos estudos conducentes á obtención de títulos universitarios de carácter oficial e validez en todo o territorio nacional no ensino universitario para o curso 2016/17, o apartado 1 do artigo 10 declara que nos ensinos estruturados por créditos, as bonificacións por unha ou varias matrículas de honra aplicaranse na seguinte matrícula dos mesmos estudos nun número de créditos igual ao das materias en que se obtivo a matrícula de honra. No caso dos estudos de máster oficiais, os créditos das materias que obteñan a cualificación de matrícula de honra no último ano de grao suporán unha bonificación no mesmo número de créditos na matrícula do máster, sempre que este se realice no curso académico seguinte. -Suscitou problemas os prazos de admisión a máster na Universidade de Santiago de Compostela. O alumnado que finaliza os estudos de grao en xullo ten máis oportunidades para acceder aos másteres, igual que os alumnos que superan a selectividade en xuño poden acceder a máis titulacións do Sistema Universitario. Por tanto, para os alumnos que superen as materias na segunda oportunidade de xullo e realicen a defensa do TFG en setembro, as súas posibilidades de acceso aos másteres son evidentemente máis reducidas, xa que dependen de que existan prazas vacantes. O problema agrávase porque, como é lóxico, a USC non pode nin debe limitar o acceso aos seus másteres só para alumnos da propia USC, o que é consecuencia esencial do distrito universitario único. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria asumiu o compromiso de promover a homoxeneización dos calendarios académicos das universidades públicas galegas, comunicando a consellería que existe vontade de colaborar, polo que parece que será posible chegar a un acordo en firme cara ao próximo curso académico. ÁREA DE INDUSTRIA, COMERCIO E TURISMO I. INTRODUCIÓN A normativa estatal e autonómica, que regula cada un dos sectores que integran esta área, configuraron e van condicionar a tramitación e resolución dos expedientes de queixas adscritos ao seu ámbito material. 1. En industria No concernente ao marco normativo estatal, debemos mencionar, unha vez máis, a Lei 24/2013, do sector eléctrico; a Lei 18/2014, de medidas urxentes para o crecemento, a competitividade e a eficiencia, o Real Decreto 1074/2015, en materia de enerxía e o Real Decreto 244/2016, que desenvolve a Lei 32/2014 de metroloxía. Por último hai que destacar a aprobación do Real Decreto-Lei 7/2016, do 23 de decembro, polo que se regula o mecanismo de financiamento do custo do bono social e outras medidas de protección ao consumidor vulnerable de enerxía eléctrica. Na vertente autonómica, debemos destacar o Decreto Lexislativo autonómico 1/2015, que aproba o texto refundido, o Decreto 128/2016, que regula a certificación enerxética de edificios na Comunidade Autónoma de Galicia e a Orde da Consellería de Economía, Emprego e Industria do 28 de decembro de 2015, reguladora da concesión de axudas urxentes de tipo social aos consumidores vulnerables para o ano 2016. 2. En comercio e consumo O seu marco xurídico é estatal e autonómico. Na vertente estatal destacamos a Lei 17/2009, –a cal traspuxo a Directiva comunitaria 206/123/CE do Parlamento e do Consello-, que regulou o libre acceso ás actividades de servizos así como o Decreto-lei 19/2012, de medidas urxentes de liberación do comercio e de determinados servizos. Tamén mencionamos pola súa incidencia transversal no sector a Lei 9/2014, xeneral de comunicacións. Por último citamos a Lei 28/2015, de defensa da calidade alimentaria, o Real Decreto 66/2015, en relación coa Axencia de Información e Control Alimentarios, e o Real Decreto 156/2016, sobre declaracións obrigatorias a efectuar polos fabricantes de leite líquido envasado de vaca. Na vertente autonómica, hai que anotar a Lei 13/2010, reguladora do comercio interior de Galicia (modificada nos seus artigos 8, 32 e 33 pola Lei autonómica 13/2015, de medidas fiscais e administrativas da Comunidade Autónoma de Galicia) e a Lei 1/2013, que modificou a Lei 13/2006, de horarios comerciais de Galicia. Pola súa importancia no sector, debemos incluír o Decreto 105/2015, que regula o Rexistro e a Comisión galega de laboratorios para o control dos produtos alimenticios. Tamén hai que citar, pola súa incidencia no sector de consumo, o texto refundido da Lei xeral para a defensa dos consumidores e usuarios, aprobado polo Real Decreto-lei 1/2007, e a Lei autonómica 2/2012, galega de protección xeral de persoas consumidoras e usuarias. 3. En turismo A regulación xurídica deste sector foi actualizada pola Lei autonómica 7/2011, de Turismo de Galicia, para adaptala á realidade social do sector e á Directiva comunitaria 2006/123/CE. A citada lei foi modificada pola Lei autonómica 13/2015, de medidas fiscais e administrativas de Galicia, que incidiu nos artigos 51.1, 66.3, 88.5 e 109 da Lei 7/2011, no referente a turismo de Galicia, campamentos de turismo, empresas de restauración e sinalización turística e do Camiño de Santiago. Tamén anotamos o Decreto 48/2016, de ordenación dos albergues turísticos e a Resolución da Axencia de Turismo de Galicia, do 7 de setembro, sobre a ampliación do prazo para solicitar os concellos subvenciones destinadas a investimentos en infraestruturas recreativa e turística. II. DATOS CUANTITATI VOS 1 Número de queixas recibidas no ano 2016 Ascende a 101 queixas, o cal supón unha menos que no ano 2015. A este apartado hai que sumar 31 queixas máis resoltas no ano 2016 e procedentes de expedientes tramitados no ano 2015. De conformidade co anteriormente exposto, o cadro estatístico sería o seguinte: Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 101 101 Admitidas 61 60,40 % 61 60,40 % Non Admitidas 40 39,60 % 40 39,60 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 0 ----- 0 ----- O resultado numérico é o seguinte: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 50 82 % 50 82 % En tramite 11 18 % 11 18 % III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1. Industria A nosa cultura xurídica fixou como criterios substanciais para a interpretación e aplicación das normas xurídicas, entre outros, o sentido propio das palabras e a realidade social do período temporal en que deben ser aplicadas. Guiados por esta dobre motivación, a oficina do Valedor do Pobo considerou oportuno determinar que as normas xurídicas reguladoras dos servizos básicos, que se prestan ao cidadán, ao consumidor e ao usuario, deben interpretarse aproximando a legalidade á realidade material coa finalidade de facelos efectivos e garantir a calidade da vida cidadá. A aplicación da normativa vixente incidiu principalmente en dous sectores, o de subministración eléctrica e o referente ás comunicacións electrónicas. A) Dereito á subministración de enerxía eléctrica Este dereito, evolucionou de forma significativa. En principio catalogouse como un servizo público condicionado por unha forte intervención administrativa. A partir das leis 54/1997 e 17/2007, configurouse como un servizo esencial. Posteriormente e como consecuencia da transposición de directivas comunitarias cualificouse como un servizo de prestación universal. Agora e despois da aprobación da Lei 24/2013, o apartado primeiro do seu preámbulo declara que “constitúe un servizo de interese económico xeral pois a actividade económica e humana non pode entenderse hoxe en día sen a súa existencia.” É certo que a subministración eléctrica está liberalizada e partindo desa realidade, a Lei 24/2013, do sector eléctrico, establece un sistema novo. Mantén a regulación do prezo mediante a chamada subministración de referencia (que comprende o prezo voluntario para o pequeno consumidor e o bono social); mellora a protección do consumidor eléctrico; incorpora o catálogo de dereitos dos consumidores de enerxía eléctrica (previsto na Directiva 2009/72/CE), e establece un procedemento administrativo de resolución de controversias entre consumidores e operadores ante o Ministerio de Industria, Enerxía e Turismo, análogo ao do sector de telecomunicacións. A apuntada evolución normativa do sector orienta as decisións adoptadas por esta institución en relación coas reclamacións admitidas a trámite e que, por razóns metodolóxicas agrúpanse nos seguintes apartados: a) Idoneidade das instalacións de tendido eléctrico, enganche e mantemento eléctrico e de gas. Como consideración xeral hai que remarcar que a oficina da valedora entendeu que as empresas subministradoras están obrigadas: A prestar enerxía eléctrica ás vivendas e instalacións dos usuarios sen interrupcións e coa calidade esixida. A informalos de incidencias que afecten ao normal funcionamento das relacións de consumo. E a facilitarlles canles de reclamacións que resulten efectivos, evitando as respostas xenéricas. A oficina tramitou once expedientes centrados nas reclamacións formuladas polo funcionamento dun transformador próximo a vivendas; pola existencia dunha liña de alta tensión sobre unha vivenda; pola instalación de postes sen autorización; pola demora na formalización do contrato de subministración ou a desconformidade co orzamento de enganche solicitado; pola substitución de contadores eléctricos por dixitais e por subvencións solicitadas ao INEGA e non concedidas. Dos citados expedientes, imos facer referencia aos máis significativos: Queixa 57/16. O reclamante denuncia o atraso en atender a súa solicitude de subministración eléctrica a unha vivenda de nova construción. A resposta da empresa motívase na necesidade da apertura dunha nova canalización, cuxa licencia o concello aínda non concedeu para iniciar as obras de conexión. Queixa 400/16. O reclamante manifesta a súa desconformidade co orzamento redactado pola empresa eléctrica para dotar de subministración á súa vivenda, ao dispoñer doutro máis económico. Sobre o particular, a empresa invoca o Real Decreto 1048/13 que regula a metodoloxía para o cálculo da retribución da actividade de distribución de enerxía eléctrica (BOE 30-12-2013), e cuxo artigo 25.3 a) 1º, preceptúa que os traballos de reforzo, adecuación, adaptación ou reforma da instalación da rede de distribución existente en servizo –sempre que isto sexa necesario para incorporar ás novas instalacións- serán realizados polo distribuidor, ao ser este o propietario das redes e por razóns de seguridade, fiabilidade e calidade da subministración. Queixa 64094/16. A reclamación diríxese contra o procedemento de substitución de equipos de medida do consumo. A compañía xustifica a súa actuación informando o usuario dos trámites seguintes: comunicación previa aos usuarios mediante carta na que son informados dos plans aprobados de acordo co disposto na Orde IET/290/2012, do 16 de febreiro; da necesidade de cambio do equipo de medida, de forma gratuíta para o usuario, por outro telexestionado, coa posibilidade de optar pola renovación en réxime de alugueiro, informando do seu importe -081 € /mes para equipos monofásicos ou 1,15 €/mes para os equipos trifásicos- ou ben de optar por outro da súa propiedade que cumpra cos requisitos homologados. No caso de que se substitúa un contador de propiedade por outro en réxime de alugueiro, non se cobrará o concepto de alugueiro polo novo equipo de medida se o substituído ten unha antigüidade menor a quince anos. Uns días antes do cambio dos equipos, deixarase un cartel informativo colocado no portal ou nun lugar visible, no cal se indicará a data e hora aproximada na que se realizará o cambio. Tamén se deixará un tríptico na caixa de correos da subministración con información xenérica sobre o funcionamento do novo contador e co número telefónico do departamento de atención ao cliente, para que o usuario poida recibir máis información se así o desexa. Por último, enviarase nova información comunicando ao usuario que se procedeu ao cambio de equipo, de maneira satisfactoria, facilitándolle indicacións de como proceder en caso de interrupción da subministración por exceder da potencia contratada, unindo un adhesivo con esta información, o cal se aconsella colocar xunto ao cadro xeral da vivenda. b) Garantías de continuidade e calidade da subministración de enerxía eléctrica. Cinco expedientes incluímos neste epígrafe. A súa motivación é variada: cortes prolongados na subministración eléctrica; interrupcións illadas; caída de tensión…. . Algún dos expedientes tramitados, foron motivados por interrupcións ou suspensións no servizo de subministración. (Expedientes 12717/16 e 13365/16). No suposto de interrupcións –deixando a un lado aquelas que son de carácter imprevisto- nas denominadas programadas, lembrouse á empresa distribuidora a necesidade de comunicar, cunha antelación mínima de 72 horas, ao organismo competente da administración autonómica, a interrupción prevista, coa finalidade de obter a súa autorización, así como a necesidade de tamén comunicalo aos consumidores afectados, cunha antelación mínima de 24 horas. En relación coa suspensión ou cortes de subministración por falta de pagamentos, lembrouse a necesidade de acreditar que a factura emitida non foi pagada no prazo de 20 días naturais e que o requirimento do seu importe foi notificado de forma fidedigna e reiterada nos dous meses seguintes. Por último, debemos resaltar que o corte de subministración eléctrica a usuarios en situación de exclusión social ou consumidores vulnerables severos, prívaos dun dereito esencial para unha vida digna. Por este motivo o artigo 52.3 da Lei 24/2013, foi modificado polo Real Decreto Lei 7/2016, ampliando o prazo para acordar a interrupción do servizo, de 2 a 4 meses, e incluíndoos no apartado 4 punto J, entre as subministracións esenciais vinculadas á vivenda habitual e atendidas polos servizos sociais das administracións públicas. c) Modificacións na facturación eléctrica. Dentro deste apartado inclúense cinco expedientes, os cales foron concluídos. En especial hai que citar o expediente 644/16, o cal contén varias reclamacións do interesado por desconformidade coas facturas liquidadas, desconformidade sometida ao laudo da xunta arbitral de consumo. Unha vez ditado o laudo, o procedemento finalizou e a resolución ten o valor de cousa xulgada sen que sexa posible interpoñer recurso ante este, podendo solicitar a correspondente aclaración para emendar algún erro ou omisión de natureza aritmética, tipográfica ou contable. Se contrastamos o número de expedientes tramitados no ano 2016 cos anotados nos informes dos anos 2013 e 2014, comprobamos un significativo descenso de reclamacións por este concepto. Ao noso entender dúas razóns xustifican esta situación. A primeira reside na disposición derrogatoria única do Real Decreto 1718/2012, a cal anulou a disposición adicional sétima do Real Decreto 1578/2008, que establecía unha tarifa mensual estimada e unha lectura bimestral dos equipos de medida instalados nas vivendas. Iso permitiu que a factura do consumo eléctrico sexa agora bimestral en base a unha lectura real, diminuíndo as múltiples reclamacións de anos anteriores nos que rexía unha lectura mensual estimada. A segunda, ten a súa orixe na entrada en vigor do novo modelo de factura eléctrica: O artigo 60.2, letra c), parágrafo segundo, do texto refundido da Lei xeral para a defensa dos consumidores e usuarios, establece que: “En toda información ao consumidor e usuario sobre o prezo dos bens ou servizos, incluída a publicidade, informarase do prezo total, desagregando, no seu caso, o importe dos incrementos ou descontos que sexan de aplicación, dos gastos que repercutan ao consumidor e usuario e dos gastos adicionais por servizos accesorios, financiamento, utilización de distintos medios de pago ou outras condicións de pago similares”. Para facer efectivo este dereito no mercado eléctrico, o Real Decreto 216/2014, faculta á Dirección General de Política Energética y Minas, del Ministerio de Industria, Energía y Minas, para establecer o contido mínimo, obrigatorio e un formato tipo de facturas que deberán remitir as comercializadoras de referencia ou de último recurso de electricidade ou gas e as comercializadoras do mercado libre de electricidade aos consumidores en baixa tensión de ata 15 Quilovatios de potencia contratada, non acollidos ao prezo voluntario para o pequeno consumidor. No seu cumprimento, apróbase e publicase a Resolución do 23 de maio de 2014 pola que se establece o contido mínimo e o modelo de factura de electricidade (BOE nº 31, do 23 de maio): A resolución establece que a factura debe constar de dúas follas e determina o contido que debe figurar en cada cara (anverso e reverso). Polo tanto, desde o 1 de outubro de 2014, os titulares dun contrato de electricidade reciben unha factura de catro páxinas que conteñen información sobre o seu consumo eléctrico, os datos do contrato (potencia contratada, tipos de contador e data final do contrato, …..), así como dos teléfonos gratuítos de atención ao cliente, avarías e urxencias e da entidade de resolución alternativa de litixios á que se atope adherida a empresa comercializadora, entre outros. Ademais, a resolución ministerial determina que a Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia publicará na súa páxina web información detallada sobre o modelo de factura e os seus compoñentes, así como un glosario do significado de cada un dos termos empregados. B) Comunicacións telefónicas e electrónicas como servizo universal Na regulación deste sector, ocupa un lugar central a Lei 9/2014, xeral de telecomunicacións, desenvolvida na Comunidade de Galicia pola Lei autonómica 3/2013, de impulso e ordenación das infraestruturas de telecomunicacións de Galicia que, entre outros labores, deberá contribuír ao desenvolvemento do Plan estratéxico de Galicia 2010-2104 – Horizonte 2020. A partir deste marco normativo tramitáronse e concluíronse dezaseis expedientes de queixa. A maioría deles -13- residenciados na Secretaría de Estado para la Sociedad de la Información y Agenda Digital, do Ministerio de Energía, Turismo y Agenda Digital, de conformidade co Real Decreto 899/2009, que aproba a Carta de Dereitos do usuario. Os tres restantes foron tramitados polo Instituto Galego de Consumo, en relación coa dificultade de darse de baixa nos servizos contratados, por desconformidade coa facturación liquidada e coa prestación do servizo universal. En todo caso e na resolución dos expedientes tramitados ante a Administración da Comunidade Autónoma, lembrouse por parte desta institución os dereitos básicos recoñecidos aos usuarios finais polo artigo 47 da citada Lei 9/2014, como son os seguintes: . A celebración de contratos cos operadores e o contido mínimo destes. . A resolución dos contratos en calquera momento, sen penalización en caso da modificación das condicións contractuais. . Cambio de operador con conservación do número, no prazo máximo dun día laborable, sen poder ser transferido a outro operador sen a súa vontade. . A información veraz, eficaz, suficiente, transparente, comparable sobre os servizos de comunicacións electrónicas. . A desconexión de determinados servizos nos prazos e condicións estipulados. . A continuidade do servizo e o dereito para obter unha compensación automática pola súa interrupción. . O respecto ás condicións xerais da contratación. . A recepción de información completa, comparable, pertinente, fiable, actualizada e de fácil consulta sobre a calidade dos servizos. . A elección do medio de pago. . O acceso gratuíto aos servizos de emerxencia. . A obtención dunha facturación detallada, clara e sen erros, sen prexuízo do dereito para recibir facturas non desagregadas a petición do usuario. . A detención do desvío automático de chamadas efectuado ao terminal por parte dun terceiro. . Un procedemento sinxelo e gratuíto para impedir a presentación da identificación da liña nas chamadas. Este dereito non inclúe as chamadas de emerxencia. . O dereito para rexeitar as chamadas entrantes non identificadas. 2. Consumo Esta actividade enmárcase en dúas leis principais. Unha estatal, 1/2007 e outra autonómica, 2/2012, ambas reguladoras da protección xeral do consumidor e usuario. Complétase con: A disposición adicional terceira da Lei autonómica 3/2013, anteriormente citada, que atribúe á Axencia de Modernización Técnica de Galicia a obrigación de promover a información e protección dos consumidores e usuarios. - A instrución 1/2011, da Consellería de Economía e Industria que asigna aos servizos provinciais de consumo integrados no Instituto Galego de Consumo o procedemento para atender as reclamacións por facturacións erróneas, corte de subministración por falta de pagamento dos recibos ou por incumprimento das condicións pactadas nos contratos de prestación de subministración enerxética. E a actividade controladora e colaboradora das asociacións privadas de consumidores e usuarios de bens e servizos. Dentro do marco normativo exposto, a oficina do Valedor do Pobo, coa colaboración do Instituto Galego de Consumo, tramitou 19 expedientes de queixa. As reclamacións formuladas refírense á modificación unilateral dun contrato por unha empresa eléctrica; a negativa para aceptar a devolución dun artigo adquirido on line; o mal funcionamento do servizo de mantemento e reparación de pequenos electrodomésticos ou vehículos; a falta de atención dunha compañía de seguros na cobertura do dano denunciado; o cambio dunha instalación de propano sen consentimento do consumidor; a desconformidade coa facturación por consumo de auga nunha segunda vivenda; e polo evidente atraso na tramitación e resolución de 6 expedientes sometidos ás xuntas arbitrais de consumo da comunidade autónoma. En relación con estes últimos expedientes –cinco promovidos por FACUA- acudiuse ao sistema arbitral de consumo, porque é unha solución extraxudicial, voluntaria para as partes intervenientes, de carácter vinculante e executivo, gratuíta e rápida en comparación cos procedementos xudiciais; vantaxes todas elas escurecidas por unha demora superior na súa tramitación de máis de oito meses, como consecuencia da carencia de medios materiais e de recursos humanos dispoñibles para as ditas xuntas. Por último, tamén debemos destacar que, nalgúns dos 19 expedientes tramitados, os reclamantes solicitaron á administración autonómica o recoñecemento do seu dereito para comparecer nos procedementos sancionadores abertos sumando á súa condición de denunciante a de interesado lexítimo, co obxecto de poder examinar e participar de forma efectiva no procedemento sancionador. Neste sentido lembrouse a vixencia da Sentenza de Tribunal Supremo do 10 de decembro de 2010, nos seguintes termos: “En abstracto no se podría afirmar la falta de legitimación para solicitar la incoación de un expediente disciplinario sancionador por tales prácticas, ya que, como indicamos en otros supuestos y la sentencia recuerda acertadamente, en el ámbito de los procedimientos sancionadores no es posible dar normas de carácter general en relación con la legitimación, sino que hay que atender al examen de cada caso. Así, aunque no existe legitimación para pretender en abstracto la imposición de una sanción y, por lo tanto, para incoar un expediente sancionador, no puede excluirse que, en determinados asuntos, el solicitante pueda resultar beneficiado en sus derechos o intereses como consecuencia de la apertura de un expediente sancionador (reconocimiento de daños, derecho a indemnizaciones) lo que le otorgaría legitimación para solicitar una determinada actuación inspectora o sancionadora”. 3. Comercio Dentro do marco xurídico configurado principalmente pola Lei autonómica 13/2010, reguladora do comercio interior de Galicia, a oficina do Valedor do Pobo impulsou e resolveu once expedientes de queixa. As reclamacións foron motivadas por defectos existentes en artigos adquiridos en establecementos comerciais; pola negativa para aceptar a súa devolución; por irregularidades en venda ambulante; polo funcionamento tardío do servizo de correos ou dunha mensaxeiría privada; e por competencia desleal. Respecto deste último motivo, foron tramitados dous expedientes ante o Consello Galego da Competencia, contra a Xerencia da Universidade de Santiago de Compostela. En virtude de concurso público adxudicouse a unha empresa o contrato dos servizos de reprografía, de edición e impresión dixital dos centros, departamentos e servizos do campus universitario de Santiago de Compostela. En execución da carta de servizos ofertada polo adxudicatario, estendeuse a súa prestación ao servizo de venda polo miúdo de papeis e consumibles. Esta ampliación motivou unha denuncia de varios comercios –que acusaban unha limitación nas súas vendas- e a intervención da Subdirección de Investigación do Consello Galego da Competencia, no marco da información reservada aberta respecto ao contido da Instrución da Xerencia da USC XI/2015. Con fundamento nesta comunicouse que a inclusión -na citada instrución- do material de oficina, podería non ter cobertura no contrato administrativo orixe da citada instrución. Por iso notificábaselle a posible incoación dun expediente sancionador no caso de que esta práctica non fose eliminada de forma inmediata. 4. Turismo Nos catro expedientes incluídos neste sector, denunciouse o cobro indebido dunha habitación dun hotel; a organización de circuítos turísticos; a prohibición de alugueiros de vacacións en vivenda privada; e a carencia de licenza de dous locais para o exercicio dunha actividade turística. As referidas denuncias puxeron de manifesto, a xuízo desta institución, a necesidade de mellorar e reforzar as inspeccións en establecementos públicos hostaleiros ou destinados a albergues de peregrinos; á súa sinalización, á difusión de guías orientativas; e á conveniencia de instalar teléfonos en contacto directo cos informadores locais dos distintos concellos da ruta xacobea. 5. Queixas Inadmitidas. Causas Como sinalabamos anteriormente ao consignar os datos estatísticos, corenta iniciativas non foron admitidas a trámite. As causas foron as seguintes: Por inexistencia dunha actuación administrativa previa sobre a que se puidese exercer a función de supervisión da administración pública denunciada (dezaseis expedientes). Por presentar á institución do Valedor do Pobo relacións xurídicas privadas existentes entre a empresa comercial e o particular afectado (dezasete expedientes). En moitos casos, indicouse aos interesados a procedencia de presentar a súa reclamación ante a Secretaría de Estado para la Información Pública. Por carecer de habilitación legal para intervir no ámbito material denunciado (sete expedientes). V. CONSIDERACIÓNS FI NAIS A importancia da cuestión e a súa proxección no próximo ano 2017, móvenos a manter a actualidade da pobreza enerxética. E facémolo reproducindo unha parte substancial da consideración final mantida no informe do ano 2015: A) No ditame do Comité Económico e Social Europeo denominado “La pobreza energética en el contexto de la liberación y de la crisis económica” do 11 de febreiro de 2011, descríbese a pobreza enerxética como a dificultade ou a incapacidade de manter a vivenda nunhas condicións adecuadas de temperatura, así como de dispoñer doutros servizos enerxéticos esenciais a un prezo razoable. Os elementos constitutivos desta definición foron recollidos pola Asociación de Ciencias Ambientales ao declarar que un fogar se atopa en situación de pobreza enerxética cando é incapaz de pagar unha cantidade de servizo da enerxía suficiente para a satisfacción das súas necesidades domésticas e/ou cando se vexa obrigado a destinar unha parte excesiva dos seus ingresos para pagar a facturación enerxética da súa vivenda. Estamos por tanto en presenza dun problema actual que sofren moitas familias que contan con persoas desempregadas, xubiladas ou de avanzada idade con escasos recursos económicos. B) Na nosa comunidade a crise económica puxo de manifesto a necesidade de articular medidas urxentes para atender as carencias que sofren preto de 187.000 persoas para pagar as facturas enerxéticas con normalidade. As situacións denunciadas ante esta institución, obrígannos a lembrar a vixencia do artigo 6.2, letra c), sobre o principio de responsabilidade pública da Lei 3/2011, de apoio á familia e á convivencia de Galicia, o cal no seu inciso segundo, preceptúa que “se dispensará especial atención ás familias con dificultades derivadas da súa estrutura ou das súas circunstancias e a aquelas que se atopen en situación de especial vulnerabilidade ou en risco de exclusión social. Similar referencia atopámola no artigo 48.1, punto 1, letra a) referida a axudas vinculadas ao uso da vivenda da Lei 10/2013, de inclusión social de Galicia. Nesta mesma liña afonda a iniciativa lexislativa popular de medidas para garantir a enerxía como servizo público e contra a pobreza enerxética, publicada no Boletín Oficial de Parlamento de Galicia número 549/2015, do 10 de novembro, que superou o trámite parlamentario de toma en consideración. O seu artigo 2 considera que unha unidade de convivencia está en situación de pobreza enerxética cando ten que destinar máis do 10% dos seus ingresos para satisfacer as necesidades enerxéticas da súa vivenda. Nos estudos realizados en materia de pobreza eléctrica consideráronse como factores principais e desencadeantes desta: a situación de paro do consumidor, a falta de eficiencia enerxética da súa vivenda habitual e o incremento do prezo da enerxía eléctrica. Sobre esta última causa, e para corrixir os seus efectos desfavorables, creouse no ano 2009 o denominado bono social eléctrico que se mantén no artigo 45, apartados 2, 3 e 4 da Lei 24/2013, “que será considerado como obrigación de servizo público, segundo o disposto na Directiva 2009/72/CE.” O resultado deste proceso –segundo os últimos datos estatísticos- é que un 15,4 % dos fogares galegos están incursos en pobreza enerxética, situación que afecta a máis de 700.000 persoas. Partindo desta realidade, correspóndenos agora relacionar aquelas medidas adoptadas ou previstas, pola lexislación e polas administracións públicas, para facer fronte a esta grave situación social cunha gradualidade distinta: 1) Falta de pagamento da factura enerxética que orixina un corte de subministración. O corte de subministración eléctrica prestada por unha comercializadora de referencia, está regulado nos artigos 84 a 88 do Real Decreto 1955/2000, do 1 de decembro. En virtude desta normativa, a empresa comercializadora pode iniciar o procedemento de suspensión aos consumidores acollidos ao prezo voluntario do pequeno consumidor, ao transcorrer dous meses desde que o pago se requiriu de forma fidedigna. Na notificación trasladada débese precisar a data en que se practicará o corte –non pode ser nin véspera de festivo ou festivo- a non ser que sexan aboadas as facturas pendentes de pago con anterioridade. Unha vez ingresadas, o servizo de subministración é reposto no prazo das 24 horas seguintes ao de pago, debéndose tamén aboar a cantidade regulada en concepto de reconexión da subministración, coa finalidade de compensar os gastos ocasionados. Este procedemento xeral ten excepcións en relación coas denominadas subministracións esenciais: iluminación pública a cargo das administracións públicas; subministración de auga para consumo humano; acuartelamentos e institucións directamente vinculadas á defensa nacional, ás forzas e corpos de seguridade do estado, a bombeiros, a protección civil e á policía municipal; a centros penais…. (e demais supostos recollidos no artigo 52.4 da Lei 24/2013, do 26 de decembro, do sector eléctrico). Para facer fronte a esta situación extrema, o Real Decreto Lei 7/2016, configurou a condición de consumidores vulnerables severos acollidos a tarifas de último recurso e que sexan atendidos polos servizos sociais das administracións públicas, ao atoparse, en atención á súa renda, en risco de exclusión social. A subministración a estas persoas físicas declárase esencial e inclúese na letra J) do apartado 4º, do artigo 52, da citada lei 24/2013, do sector eléctrico. Pola súa banda, as comunidades autónomas abriron, nos dous últimos anos, negociacións coas empresas comercializadoras para formalizar convenios de colaboración mediante as cales a empresa comprométese a non practicar cortes de luz a un fogar vulnerable, co contido principal seguinte: - Non realizar o corte de subministración a vivendas habituais de persoas físicas que os servizos sociais de cada administración pública, comunitaria ou local, cualificaron como consumidores vulnerables. - Evitar os custos correspondentes por reconexión da subministración eléctrica. - Evitar custos de xestión da falta de pagamento ás empresas comercializadoras. - Incrementar o orzamento das administracións públicas para financiar un programa de axudas sociais. Nesta liña afondou a Comunidade Autónoma de Galicia, ao formalizar o 26 de decembro de 2016 un protocolo de colaboración con seis empresas comercializadoras coa finalidade de evitar cortes de subministración eléctrica e de gas, a favor de persoas economicamente máis vulnerables, protocolo que ten vixencia ata o 31 de decembro de 2017 e que está aberto a futuras adhesións doutras comercializadoras. Tamén estableceu as bases reguladoras para a concesión de axudas urxentes de tipo social (AUXS) coa finalidade de paralizar os cortes de subministración eléctrica e de gas a persoas físicas economicamente máis vulnerables, en réxime de concorrencia non competitiva. A Orde da Consellería de Economía, Emprego e Industria do 22 de decembro de 2016 (DOG nº 3/2017 do 4 de xaneiro), abriu para o ano 2017 a convocatoria para a concesión destas axudas na Comunidade Autónoma de Galicia. Poden solicitalas as persoas residentes na Comunidade Autónoma de Galicia cando os ingresos totais da unidade de convivencia non superen o IPREM (6.390,13 euros anuais) e reciban un aviso de interrupción da subministración eléctrica por non pagar as facturas eléctricas -e neste ano 2017 extensible a facturas de gas- emitidas pola empresa comercializadora. Subvenciónase o 100 % do importe da factura da vivenda habitual, co límite de 2 facturas/ano por solicitante e sempre pola contía máxima de 200 euros/ano. Con estas axudas –canalizadas a través da Axencia Social de Galicia- beneficiáronse preto de 900 fogares no ano 2016. 2) Atrasos conxunturais no pago da factura enerxética. Entre a Administración estatal e a autonómica, coa axuda dos servizos sociais dos concellos, paliouse a pobreza enerxética dos consumidores vulnerables a través do bono social estatal e o tícket eléctrico social. O bono social é o desconto que as comercializadoras de referencia deben aplicar aos consumidores vulnerables que cumpran coas características sociais e o poder adquisitivo que, por Real Decreto do Consello de Ministros, se determine, prevéndose no apartado 2 do artigo 45 da Lei 24/2013, do sector eléctrico, a definición dun limiar referenciado a un indicador de renda per cápita familiar. Iso permite que se mellore o bono social ao pasar dunha contía fixa a unha contía de porcentaxe en función da facturación. Respecto da viabilidade do bono social dúas cuestións centrais foron resoltas polo Real Decreto-lei 7/2016. A primeira céntrase no financiamento do seu custo que se estende a 274 comercializadoras de referencia, con porcentaxes de repartición asignados no anexo do citado Real Decreto Lei. Repartición do seu custo que se practica sobre a cota de mercado dos suxeitos, que realizan a actividade de comercialización, e que se obtén a partir do número de clientes aos que se subministra enerxía. A segunda na mellora das medidas de protección dos consumidores de enerxía en diversos aspectos: clarificar a definición de consumidores vulnerables, ao incluír distintos colectivos nos que se atende ás súas características sociais e ao seu poder adquisitivo; a nova relación de subministracións eléctricas que teñen recoñecido o carácter de esenciais; a inclusión dos consumidores vulnerables severos (artigo 52 da Lei 24/2013); e a ampliación do prazo ata catro meses para suspender a subministración en caso de falta de pagamento para aqueles consumidores vulnerables que se determinen regulamentariamente. Respecto da Comunidade Autónoma de Galicia, hai que citar a subvención autonómica do tícket eléctrico social, que se fixo efectivo a partir do mes de agosto de 2014, que se mantivo no ano 2016 e que se estende para o ano 2017 por Orde da Consellería de Economía, Emprego e Industria do 22 de decembro de 2016, (DOGA nº 10/2017, do 16 de xaneiro). Algún dos apartados do seu preámbulo merecen ser obxecto de transcrición: O acceso á enerxía eléctrica é unha necesidade básica. O importe da factura eléctrica incrementouse considerablemente nos últimos anos, debido principalmente ao aumento dos custos fixos derivados do déficit de tarifa que se inclúen na factura eléctrica, e que non se poden reducir mediante un menor consumo enerxético. Este feito, unido ao contexto económico actual, dá lugar a que moitas familias non teñan posibilidades económicas para o pago da cantidade de enerxía suficiente para cubrir as súas necesidades básicas, e máis concretamente, aquelas que teñen menores ingresos e máis cargas familiares. (Apartado 3º). O tícket eléctrico social de Galicia vén completar o bono social que establece a Lei 24/2013, do 26 de decembro do sector eléctrico, que se aplica aos consumidores vulnerables, definidos no artigo 45 da citada lei, como aqueles consumidores de electricidade que cumpran coas características sociais de consumo e de poder adquisitivo que se determinen. (Apartado 5º). Poden solicitar esta axuda as unidades de convivencia familiar residentes na comunidade de Galicia, con menores de 18 anos ou discapacitados cun grao igual ou superior ao 33%, cuxos ingresos totais non superen as 1,5 veces o IPREM (9.585,19 euros) para o ano 2017. A contía da subvención fíxase en 180 euros/ano, que pode ampliarse ata 300 euros/ano para aquelas unidades que acrediten ser familia numerosa. Neste contexto, son gastos subvencionables as facturas de electricidade (IVE incluído) cuxo período de lectura estea comprendido entre o 1 de xullo de 2016 a 30 xuño de 2017. Eficiencia enerxética Para afrontar a exclusión social existente en materia de enerxía, tanto a administración central como algunhas comunidades autónomas, adoptaron as seguintes medidas: Rehabilitación de edificios. O vixente Real Decreto-Lexislativo 7/2015, polo que se aproba o texto refundido da Lei do Solo e Rehabilitación Urbana, establece no seu artigo 3º un mandato aos poderes públicos para desenvolver políticas dirixidas a priorizar as enerxías renovables fronte á utilización de fontes de enerxía fósil e combater a pobreza enerxética con medidas a favor da eficiencia e o aforro enerxético. Existe unha relación directa entre a pobreza enerxética e o estado de deterioración dalgunhas vivendas que ocupan as familias afectadas pola mesma. Na súa virtude, prodúcense unhas consecuencias de carácter económico non desexables –ao incrementar o gasto por enerxía nos fogares- e uns prexuízos na saúde das persoas residentes nas devanditas vivendas. Para facer fronte a esta situación, resulta conveniente elaborar programas destinados a combater a pobreza enerxética a medio e longo prazo, con axudas económicas para fortalecer o aforro e mellorar a eficiencia enerxética. Neste sentido debemos facer constar que o plan de eficiencia enerxética nas vivendas, desenvolvido pola Consellería de Economía, Emprego e Industria, mellorou a habitabilidade de preto de 700 fogares galegos, reducindo o custo enerxético das persoas beneficiadas por este plan. Tamén debemos facer constar a conveniencia de realizar, de oficio, auditorías enerxéticas nas vivendas dos consumidores máis vulnerables. Neste sentido lembramos o Real Decreto 235/2013, do 5 de abril, polo que se aproba o procedemento básico para a certificación da eficiencia enerxética dos edificios e que inclúen unha información sobre auditorías enerxéticas e incentivos financeiros. Por último, debemos resaltar a entrada en vigor, no mes de setembro de 2016, do Decreto 128/216 do 25 de agosto, cuxo obxecto é desenvolver a regulación do procedemento básico para a certificación de eficiencia enerxética dos edificios situados no ámbito da Comunidade Autónoma de Galicia. ÁREA DE AGRICULTURA, GANDERÍA E PESCA I. INTRODUCIÓN Estamos en presenza de dous sectores primarios fundamentais da economía galega. O primeiro relacionado co espazo rural, entendido como un conxunto de actividades relacionadas e equilibradas, no que as funcións produtivas deben convivir en harmonía coa defensa do contorno, da paisaxe e do patrimonio coa finalidade de conseguir un obxectivo único: - A mellora da calidade de vida da poboación no seu medio e a loita contra o abandono do mesmo. - A mitigación dos efectos do cambio climático. - A fixación da poboación no territorio rural e a mellora dos servizos postos á súa disposición. En relación co segundo, o medio marítimo, debemos ter presente que Galicia é a comunidade autónoma máis importante en materia pesqueira da Comunidade Europea pola súa actividade extractiva pesqueira, polo desenvolvemento da acuicultura, pola calidade dos seus produtos, polo seu espírito empresarial e pola súa importancia económica e social, xeradora de emprego directo e inducido na poboación galega. As circunstancias expostas xustifican a necesidade dun marco lexislativo dinámico e unha organización administrativa que garanta a prestación de servizos en cada un dos sectores que integran esta área pesqueira. 1. Agricultura, gandería e montes Na tramitación dos expedientes asignados a este sector, o marco xurídico vixente está integrado polas seguintes normas: . Lei autonómica 7/1992, de pesca fluvial . Lei autonómica 3/2007, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galicia . Lei autonómica 6/2011, de mobilidade de terras . Lei autonómica 7/2012, de montes de Galicia . Lei autonómica 13/2013, de caza de Galicia . Lei autonómica 4/2015, de mellora da estrutura territorial agraria de Galicia No devandito marco normativo tamén debemos destacar a importancia dos decretos da Xunta de Galicia números 120/2016, do 1 de setembro, de medidas urxentes de axuda para a reparación de danos causados polos incendios producidos en Galicia durante o mes de agosto de 2016, e 164/2016, do 24 de novembro, que regula os órganos competentes e o procedemento para a imposición de sancións en materias do medio rural. 2. Pesca e acuicultura Tres normas son básicas na regulación deste sector: - Regulamento CE número 1380/2013, do Parlamento Europeo e do Consello, do 11 de decembro de 2013, sobre a política pesqueira común. - A Lei estatal 3/2001, de pesca marítima do Estado, que establece un marco lexislativo enunciador dos principios xerais do réxime xurídico do sector económico e produtivo da pesca. - A Lei 11/2008, modificada pola Lei 1/2009, que altera a entrada en vigor da súa disposición final cuarta, e pola Lei 6/2009, que modifica, de forma extensa e ao longo de 98 artigos, a Lei refundida 11/2008. - Real Decreto 470/2016, do 18 de novembro que modifica o Real Decreto 1549/2009, sobre ordenación do sector pesqueiro e adaptación ao Fondo Europeo da Pesca. Por último, anotamos o Decreto 8/2014, polo que se regulan as confrarías de pescadores de Galicia e as súas federacións. II . DATOS CUANTITATIVO S 1. Queixas recibidas Durante o ano 2016 recibíronse 48 queixas nesta área. Por razón do seu contido, a maioría das queixas admitidas afectan as actividades agrícola, forestal e gandeira (38), e as restantes queixas (10) están vinculadas con actividades propias da pesca marítima, acuicultura e marisqueo. Os resultados numéricos son os seguintes: Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 48 48 Admitidas 48 100 % 48 100 % Non Admitidas 0 ---- 0 ---- Remitidas ao Defensor del Pueblo 0 ---- 0 ---- 2. Estado de tramitación ao 31 de decembro de 2016: En base aos datos achegados, a situación é a seguinte: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 43 89,60 % 43 89,60 % En trámite 5 10,40 % 5 10,40 % Ademais no ano 2016 pecháronse e arquiváronse 87 expedientes de queixa procedentes de anos anteriores. Entre eles destacan os 59 expedientes individualizados e finalizados co obxecto de impulsar as actuacións programadas para evitar e compensar os danos ocasionados polos xabarís nos cultivos agrícolas no termo municipal de Forcarei. III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN. A vixencia do Plan de Desenvolvemento Rural (en diante PDR) para o período 2014-2020, impulsou no ano 2016 un programa de actuacións no espazo rural en relación coa loita contra o cambio climático, a ordenación de plans de xestión forestal, a posta en valor dos mercados de circuíto curto no sector agroalimentario, o establecemento de grupos de desenvolvemento rural en 24 territorios Leader, na creación de emprego rural para fixar a súa poboación no devandito medio ao consolidarse 4.000 empregos e crearse 1.000 postos de traballo co apoio e intervención da Axencia de Calidade Alimentaria (AGACAL). Esta procura dun rural multifucional e dinámico ponse de manifesto nos distintos expedientes de queixa que imos relacionar por sectores: 1. Sector agropecuario Nos 25 expedientes de queixa tramitados, e na súa maior parte concluídos, a institución interveu en relación coa falta de limpeza de leiras rústicas, o seu abandono, a forestación de terras agrarias, a denegación de axudas ou o atraso no seu cobro, a supervisión e seguimento da pesca fluvial, a alteración de terreos incluídos nun Tecor, a compensación de danos causados polo lobo no gando ou dos xabarís nos cultivos, e por unha mellora permanente dos camiños rurais mediante a execución do correspondente plan marco. Un capítulo especial reclama a tramitación de 6 expedientes de queixa relativos a procesos de concentración parcelaria e á dotación de vías de acceso. Segundo as previsións anunciadas para os próximos 4 anos, finalizarán 130 concentracións parcelarias decretadas, que afectan a 117.000 hectáreas e aproximadamente a 92.000 propietarios. Dentro deste marco temporal, destacamos que neste ano 2016 entregáronse os títulos de concentración en seis zonas e consolidáronse outras once, afectando a máis 13.000 propietarios. En todo caso a ordenación do proceso apóiase na nova cobertura xurídica da Lei 4/2015, de mellora da estrutura territorial agraria de Galicia, cuxas novidades anotamos no Informe do ano 2015 e que pola súa importancia reproducimos: A substitución do concepto de concentración parcelaria polo de reestruturación parcelaria, co obxecto de mellorar a estrutura territorial das explotacións agrarias mediante o estudo, en cada suposto, daquelas solucións que favorecen a súa rendibilidade, cun apoio decidido para as explotacións e agrupacións de carácter agrario. A simplificación do procedemento administrativo especial, tanto nas súas fases, como no sistema de entrega e de tramitación da documentación, sen diminución das garantías legais das persoas titulares das leiras de substitución. A introdución da figura do plan de ordenación de predios de especial vocación agraria, a participación dos titulares de leiras a través da Xunta de Propietarios que suma a súa actuación á xa permanente Xunta local de zona e ao grupo auxiliar de traballo. E a creación do comité técnico asesor de reestruturación parcelaria, encargado da coordinación entre os diferentes órganos administrativos afectados pola actividade de reestruturación. 2. Unha xestión forestal sustentable Esta expresión foi consagrada na Conferencia ministerial sobre protección de bosques en Europa, celebrada en Helsinqui no ano 1993. Comprende a administración e uso dos bosques e dos terreos forestais, en forma e intensidade, que permita manter a súa biodiversidade, produtividade, capacidade de rexeneración, vitalidade e potencialidade para desempeñar, agora e no futuro, importantes funcións ecolóxicas, económicas e sociais, a escala local, nacional e mundial, e sen causar prexuízos noutros ecosistemas. A administración autonómica forestal entendemos que debe aplicar estas directrices tendo presente as normas básicas da comunidade galega –a Lei autonómica 3/2007, de prevención e defensa contra os incendios forestais de Galicia, e a Lei autonómica 7/2012, de montes de Galicia- que se proxectan sobre varios ámbitos de actuación. Nesta liña resulta conveniente recordar que, con datos da Confemadera, se incrementaron as cortas nun 14 % no ano 2016, así como as exportacións nun 2,5 % e que participan nesta xestión 3.000 empresas con mais de 70.000 postos de traballo. O máis destacable son os 5 expedientes de queixa tramitados, en relación coa observancia das distancias establecidas entre a masa forestal, constituída por plantacións e maleza, e os terreos, instalacións, vivendas e infraestruturas da súa contorna rural ou urbana. Resulta procedente lembrar que a vixente Lei 3/2007 do 9 de abril de prevención e defensa contra incendios forestais de Galicia, modificada polas Leis 1/2010, do 11 de febreiro, 15/2010 do 28 de decembro, 7/2012 do 28 de xuño e 14/2013 do 26 de decembro, establece nos seus artigos 21, 21 bis, 21 ter e 22, as obrigacións das persoas físicas e xurídicas responsables das parcelas incluídas nos ámbitos de especial protección de núcleos, que deberán cumprir coas obrigacións de xestión do combustible vexetal (corta e roza), antes do 30 de xuño de cada ano, xestionando a biomasa vexetal nunha franxa de 50 metros perimetral ao solo urbano, de núcleo rural e urbanizable delimitado. 3. A protección da actividade extractiva, pesqueira e marisqueira no dominio público marítimo. Tramitáronse catro expedientes relacionados coas limitacións establecidas respecto dalgunha modalidade de pesca, sobre a incompatibilidade do permiso de marisqueo a socios das Rías de Arousa e Muros-Noia, o atraso das axudas solicitadas á Consellería do Mar e a prohibición da pesca deportiva a menores de idade. En todo caso debemos destacar a queixa de oficio aberta por esta institución sobre a repartición de cotas de pesca para a frota galega. Pola súa importancia destacamos o informe, nos seus propios termos comunicado pola Consellería do Mar NORMATIVA REPARTO MARCO EUROPEO O Regulamento (UE) 1380/2013 do Parlamento Europeo e do Consello, de 11 de decembro, sobre política pesqueira común, establece que os Estados Membros ao asignar as posibilidades de pesca que teñan á súa disposición, aplicarán criterios transparentes e obxectivos, incluídos os de carácter medioambiental, social e económico. Este mesmo enunciado fainos xa centrar en que as competencias para a asignación e ou distribución das posibilidades de pesca, correspóndelle aos Estados Membros, que é a quen no Regulamento de TAC e cotas de cada ano se lles asignan as cotas. NORMATIVA REPARTO NIVEL ESTATAL Tamén segundo a Constitución Española, as competencias en esta materia de asignación das cotas é exclusiva, en canto atinxen a augas non interiores, do Estado. No ámbito da súa competencia, a Lei 3/2001, de 26 de marzo, de Pesca Marítima do Estado, contempla no seu artigo 27 a distribución das posibilidades de pesca. Desenvolvendo esta normativa básica e para todo o caladoiro nacional do Cantábrico Noroeste (onde se adscriben as zonas VIIIC e IXA sinaladas no seu escrito) e para todas as frotas, aparece a Orden AAA/2534/2015, de 17 de noviembre, pola que se establece un Plan de Gestión para los buques de los censos del Caladero Nacional del Cantábrico y Noroeste. Por tanto é esta norma a que se aplica para a distribución das posibilidades de pesca polas que se pregunta. Como sinala a mesma Exposición de Motivos "la cuota global adjudicada a España para cada especie se reparte inicialmente entre los distintos caladeros, Cantábrico y Noroeste y Golfo de Cádiz, así como el porcentaje de cuota correspondiente a los buques de la modalidad de arrastre de fondo que faenan en aguas de Portugal. Asimismo en el reparto de la cuota de la caballa ha de tenerse en cuenta que una parte de esta cuota es capturada en la zona CIEM VIIIb por los buques de la flota de altura, gran altura y buques palangreros mayores de 100 TRB". Ou o que é o mesmo, antes de asignar a cada buque concreto as posibilidades de pesca, faise a cada caladoiro que comparte stocks pesqueiros, a continuación a cada modalidade pesqueira por caladoiro, e só despois aos buques concretos, permitindo ou obrigando segundo o caso, a unha xestión conxunta e non individual. PROCESO ASIGNACIÓN DE COTAS É por tanto esta norma a que, en exercicio das competencias propias do Estado, establece os criterios para a asignación das posibilidades de pesca. Conforme aos criterios mantidos no artigo 7 da Lei 3/2001 de Pesca Marítima do Estado, que á súa vez concordan, e en modo algún son opostos aos previstos no Regulamento (UE) 1380/2013, proceden a asignarse as cotas. A exposición de motivos da devandita norma estatal refire os criterios utilizados. Estes foron aplicados tendo en conta o resultado das diferentes reunións mantidas entre a Administración e o sector dende o ano 2012. A base fundamental dos criterios é o das capturas que demostrou cada buque, o que se coñece como capturas históricas ou tamén historial de capturas, que aparece tanto na norma estatal como na comunitaria. E a continuación procede a modularse con outros criterios que atenden a circunstancias socio-económicas, a capacidades dos buques, etcétera. Incluso estes criterios conviven co reparto lineal por buque no caso da frota de arrastre, na que nos atopamos con buques con grandes similitudes técnicas e de actividade. No corpo a Orden AAA2534/2015, conviven diferentes formas de xestión desde a individual que se dá no caso do arrastre ata a conxunta para artes menores, pasando pola conxunta provincial no caso da xarda doutras artes distintas de cerco e arrastre. Finalmente hai que ter en conta que existen outros stocks que non aparecen distribuídos nesta Orde e que terán unha xestión conxunta (falamos de raias, ollomol, maruca, bertorella...). COMPETENCIAS E ACTUACIÓN DA XUNTA DE GALICIA De todo o anterior despréndese que a Comunidade Autónoma de Galicia non ten competencia para establecer a asignación das posibilidades de pesca dos buques con porto base nela, posto que lle corresponde ao Estado, atopándose regulada concretamente neste momento pola Orden AAA/2534/2015. De todos os xeitos, e co fin de lograr un mellor aproveitamento das cotas de pesca, ao tempo que se trataba de dar solución aos casos de buques que por distintas razón se atoparon con cotas de pesca certamente escasas no caso do cerco, no ano 2016, a Consellería do Mar puxo os medios para que as distintas asociacións que representaban a frota de cerco retomaran as negociacións entre elas para poder atender as necesidades dos barcos con menos cota, neste caso de xurelo, tal e como se propuxera xa dende a consellería no ano 2014. Neste sentido, a resultas desta negociación auspiciada pola Consellería do Mar, acadouse o acordo de dotar os buques dun chan mínimo de quilos de xurelo (con datos de 2016), que foi ratificado por todas as entidades representativas dos buques de cerco con base en Galicia. Na análise dos datos de descargas e vendas dos buques de cerco de Galicia, obsérvase que no 2016 -a pesar de non estar os datos pechados definitivamente- se produciu un notable incremento das cantidades descargadas de xurelo, que entendemos consecuencia da reasignación efectuada a comezos de ano coa intervención e apoio da Consellería do Mar. Por maior abastanza, vese que a tendencia seguida polas descargas desde o ano 2013 (anualidade de instauración do actual reparto) é sumamente positiva, incrementándose descargas e vendas. Porén, o incremento xeral de capturas non foi acompañado cun incremento similar da facturación, o que debería levar a propoñer na frota (conforme ás súas propias organizacións de produtores, únicas entidades con capacidade de poñer en práctica estas medidas) estratexias de comercialización que, dentro do marco legal vixente nesta materia, puidesen asumir de cara a regular de forma idónea a oferta. Vendas (€ e kg) por ano de 2010 a 2016 do cerco en Galicia (Fonte: Servizo de Análise e Rexistros - Consellería do Mar) Ano TOTAL Kg Euros Prezo medio (€/Kg) 2010 41.901.425 33.693.299 0,80 2011 40.976.383 39.976.300 0,98 2012 37.867.709 40.014.067 1,06 2013 34.496.924 31.264.392 0,91 2014 48.492.110 30.453.407 0,63 2015 50.824.804 40.683.594 0,80 2016 52.225.958 36.071.248 0,69 IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO RESOLUCIÓNS DA ÁREA DE AGRICULTURA, GANDERÍA E PESCA Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/22972/14 RECOMENDACIÓN para a resolución dun expediente de investigación da titularidade dunha parcela no Lugar de Covelo Concello do Porriño 23/05/2016 NON ACEPTADA POR SILENCIO Q/22972/14 V - CONSIDERACIÓNS FINAI S Pola súa importancia e a súa incidencia no sector apícola, debemos comentar neste apartado as medidas adoptadas pola Consellería do Medio Rural para a eliminación dos niños de avespas velutinas. A Vespa velutina é unha avespa de orixe asiática con área de dispersión natural que se estende polo norte da India, China e Indonesia, en zonas de clima subtropical e bosques húmidos, e cuxa presencia en Europa foi sinalada por primeira vez en Lot-et-Garonne (Francia). Dentro das máis de dez subespecies e variedades de avespa asiática (Vespa velutina), foron os individuos da variedade nigrithorax os que apareceron e se aclimataron en Francia, e cuxos primeiros exemplares poderían ser introducidos en 2004 nun colector dun barco procedente do sueste asiático a través do porto de Burdeos. No caso de España, desde o ano 2010 existe constancia da súa presenza no norte do país. En zonas afectadas como o País Vasco, Navarra, Aragón, Cataluña ou La Rioja establecéronse medidas para o control e a vixilancia da Vespa velutina. En Galicia detectouse a súa existencia ao atoparse exemplares e niños illados en 2012 (en concreto, detectáronse dous niños), na zona norte de Lugo (Burela), e na zona sur da provincia de Pontevedra (Baiona). Isto fai pensar que a entrada en Galicia tivo lugar simultaneamente por dous puntos distintos, probablemente a través do porto de Burela polo norte, e procedente de territorios colonizados en Portugal pola zona sur. No ano 2013 detectáronse un total de 17 niños, todos eles nas zonas nas que se comprobou a presenza da avespa no ano 2012: 11 niños na zona norte de Lugo, e 6 na zona sur de Pontevedra. Na zona da Mariña Lucense os niños foron detectados nos Concellos de Burela (1), Cervo (3), O Vicedo (1), Viveiro (1) e Xove (5). Ao preverse a expansión do insecto invasor, a finais do ano 2013 a Xunta de Galicia comezou a deseñar un plan de vixilancia e control da Vespa velutina, que se puxo en funcionamento en febreiro de 2014, principalmente desenvolvido pola Consellería do Medio Rural (Dirección Xeral de Gandaría, Agricultura e Industrias Agroalimentarias), aínda que tamén participaban nel a Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio (en labores de vixilancia e detección de niños) e Vicepresidencia e Consellería de Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza (achegando cando foi posible os oportunos medios de emerxencias cando os niños se localizaban en alturas inaccesibles polos medios habituais). Este plan incluía, de maneira resumida, as seguintes actuacións: . Colocación mediante persoal propio de trampas para vixilancia entomolóxica, a través das que se pretendía detectar a presenza do insecto en zonas nas que aínda non se localizaron niños. . Establecemento dun sistema centralizado de recollida de avisos da presenza de niños ou de avespas, a través do teléfono de atención ao cidadán, 012. . Sistema de retirada de niños, executado pola Consellería do Medio Rural, cando era preciso solicitando a colaboración dos medios de emerxencias. . Trampeo para a captura de raíñas fundadoras das avespas na primavera e no outono. . Divulgación, mediante folletos, e a través de información gráfica na Web da Consellería do Medio Rural. A través do operativo implantado, no ano 2014 retiráronse ou activáronse na Comunidade Autónoma un total de 572 niños (73 na Coruña, 359 en Lugo, e 140 en Pontevedra). En todo caso, debe sinalarse que, independentemente do operativo implantado, a Xunta de Galicia nunca deu a orde aos concellos afectados de non retirar ningún niño. No ano 2015 mantívose o plan de vixilancia e control da Vespa velutina, reforzándose o persoal dedicado á retirada de niños, ante a previsión do incremento da extensión da avespa, e reforzáronse as actuacións coa realización de trampeos para a captura de raíñas fundadoras das avespas na primavera e no outono, para o que se distribuíron 3.000 trampas e botes de líquido atraente entre os apicultores das zonas afectadas. Nese ano o insecto invasor mostrou unha gran capacidade de adaptación ao clima de Galicia, superando incluso as previsións de expansión dos expertos, de tal maneira que ao longo do ano foron retirados ou inactivados un total de 5.045 niños (1.850 na Coruña, 1.553 en Lugo, 16 en Ourense e 1.626 en Pontevedra). É necesario sinalar que no citado ano creouse unha gran alarma entre a poboación, moitas veces alimentada de maneira inxustificada. Ao respecto, debe terse en conta: . No referente á seguridade das persoas, estas avespas non son máis agresivas que as autóctonas, nin o seu veleno é máis tóxico, e só atacan ás persoas se ven ameazado o seu niño, como calquera outra avespa, motivo polo que non é aconsellable achegarse a menos de cinco metros deste. En condicións normais, non existe un risco evidente para as persoas en relación a niños que estean localizados en árbores a certa altura, aínda que se tarde un tempo en retiralos ou inactivalos, ou mesmo se non se retiran, sen prexuízo dos efectos negativos que as avespas poidan ocasionar durante ese período na produción apícola. . En determinadas ocasións a localización do niño, que ás veces está a gran altura, non permite a súa retirada, mesmo cos medios mecánicos das unidades de emerxencias. Deste xeito, as actuacións desenvolvidas no marco do plan de control establecido están encamiñadas a minimizar o impacto do insecto, dándoselle prioridade a aqueles casos que se considere que afectan directamente á seguridade das persoas. Con todo, debemos ser conscientes de que a erradicación deste insecto a día de hoxe non é posible, dado que non se pode retirar a totalidade dos niños do medio natural, e non existen cebos selectivos que atraian especificamente a estas avespas. Por outra banda, nese ano 2015 determinados concellos das zonas afectadas, e tal como se tivo coñecemento a través da prensa, tomaron a iniciativa de abordar a retirada de niños con persoal propio, de maneira independente ao operativo da Xunta de Galicia, e sen que os niños retirados figuren contabilizados oficialmente. En outubro de 2015 constituíuse o grupo de seguimento da problemática da Vespa velutina, co obxecto de coordinar e supervisar todas as actuacións relacionadas con esta materia, no que participan os diversos departamentos intervenientes no programa (Dirección Xeral de Emerxencias e Interior -Vicepresidencia-, Dirección Xeral de Gandaría, Agricultura e Industrias Agroalimentarias - Consellería do Medio Rural-, Dirección Xeral de Patrimonio Natural -Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio- e Dirección Xeral de Saúde Pública -Consellería de Sanidade). Con base no traballo do devandito grupo as actuacións realizadas no marco do Plan de Vixilancia e control 2016 foron: Definición das unidades que participarían no operativo. Neste sentido: . A principios do ano 2016 celebrouse unha reunión coa FEGAMP, co obxecto de establecer unha colaboración entre a Xunta de Galicia e os concellos interesados en participar directamente no operativo, a través dos seus propios medios (persoal municipal, voluntarios de protección civil). Como resultado desta reunión, e tras as xestións realizadas pola FEGAMP, esta remitiu unha relación inicial de 116 concellos en disposición de colaborar no operativo, a través de diversas fórmulas (ben na retirada directa de niños, ben en labores de apoio, ben en actividades de información á cidadanía). . No convenio que establece as actuacións dos Grupos de Emerxencias Supramunicipais incluíuse entre as funcións destas unidades a retirada de niños de Vespa velutina. . Definíronse as situacións nas que se habilitaba a actuar directamente aos medios de emerxencias, incluso bombeiros, por supoñer situacións de risco para as persoas (niños en edificios públicos, garderías, en zonas de paso moi poboadas, etc.). . Establecéronse os concellos con Rede Natura nos que participarían na retirada de niños as unidades ambientais da Dirección Xeral de Patrimonio Natural. Deste xeito, as unidades participantes no operativo de retirada de niños neste ano foron: . Os concellos colaboradores. Actualmente existen xa 97 concellos (39 da Coruña, 17 de Lugo, 18 de Ourense e 23 de Pontevedra) aos que se facilitou material e se impartiu formación, e que colaboran coa súa propio persoal na retirada de niños. . Os Grupos de Emerxencias Supramunicipais (GES), nas súas zonas de actuación, cando o concello non tivese posibilidade de colaborar. Estes grupos encárganse da retirada de niños en 126 concellos: 27 da Coruña, 28 de Lugo, 52 de Ourense, e 19 de Pontevedra. . En zonas nas que os concellos non poidan colaborar, e nas que non exista GES, cando se trate dunha situación definida como emerxencia, os grupos de emerxencias que corresponda. . En determinadas zonas de Rede Natura, o persoal da Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio. Esta consellería retira os niños de 21 concellos: 7 da Coruña, 5 de Lugo, 5 de Ourense e 4 de Pontevedra. . No resto de zonas, o persoal da Consellería do Medio Rural. Esta consellería retira os niños en 70 concellos: 20 da Coruña, 17 de Lugo, 17 de Ourense e 16 de Pontevedra. Coordinación no Plan de vixilancia e control. En materia de coordinación, realizáronse as seguintes actuacións: . Definición das situacións nas que participaría cada unha das unidades. . Establecemento dun sistema centralizado de recepción e xestión das comunicacións dos cidadáns, tanto se se reciben a través do 012, coma se son comunicadas a través do 112. Este sistema asegura que recibe o aviso a unidade específica que debe actuar, evitando duplicidades e demoras, o que redunda nunha maior efectividade dos esforzos de todos os organismos implicados. . Adscrición de cada aviso de retirada de niños á unidade correspondente de acordo coa distribución preestablecida, segundo criterios de localización ou de urxencia. Isto traducirase nunha resposta máis áxil e evitar a actuación de diferentes unidades sobre os mesmos casos. . Centralización da información de situación e resolución de cada aviso recibido. A Consellería do Medio Rural desenvolveu unha aplicación informática de xestión dos avisos de Vespa velutina, na que se dan de alta como usuarios todas as unidades intervenientes, para xestionar a recepción de avisos, o envío destes ás unidades actuantes, e a recollida da información das actuacións realizadas por cada unidade en relación aos avisos recibidos. A recollida desta información é fundamental para ter coñecemento dos avisos xestionados, dos niños existentes e a súa localización, así como das actuacións finais realizadas (niño retirado, niño inactivado...). Formación do persoal. Realizáronse cursos de formación para todo o persoal interveniente no operativo: persoal municipal, persoal dos Grupos de Emerxencia Supramunicipais, bombeiros, persoal dos servizos veterinarios oficiais, dos servizos de explotacións agrarias, dos servizos e distritos forestal da Consellería do Medio Rural, e persoal dos distritos ambientais da Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio. Desta forma: Deste xeito, o número total de xornadas de formación celebradas foi de 28, nas que participaron un total de 957 técnicos das diferentes unidades. Dotación de medios ao persoal técnico e aos apicultores. Por parte das diferentes Consellerías realizáronse investimentos para dotar de material aos intervenientes no operativo, así como aos apicultores. Como resumo, a Xunta de Galicia distribuíu o seguinte material: . A Xunta de Galicia distribuíu 436 equipos de protección individual fronte a Vespa velutina ao diferente persoal que participa no plan. . A Xunta de Galicia distribuíu un total de 73 pértegas entre todo o persoal que intervén no operativo. . A Consellería do Medio Rural distribuíu entre os anos 2015 e 2016 5.100 trampas aos apicultores. Divulgación A Consellería do Medio Rural realizou unha amplísima campaña de información entre a cidadanía. Así, en materia de información e divulgación: . Ata o momento a Consellería do Medio Rural distribuíu 60.000 folletos e 1.700 carteis informativos sobre a Vespa velutina, que foron enviados, a través das unidades participantes no programa, a todos os Centros de Atención Primaria, a todas as Oficinas Comarcais de Medio Rural, Distritos Forestais e de Medio Ambiente, unidades de Emerxencias e a todas as asociacións apícolas. Ademais, a Consellería do Medio Rural distribuíu, en encartes realizados na prensa escrita das zonas afectadas outros 124.000 folletos, destinados a informar á poboación. . A Consellería do Medio Rural realizou tamén unha ampla campaña de difusión en prensa e radio, e en televisión realizáronse diversos programas informativos sobre a problemática da Vespa velutina. . O persoal da Consellería do Medio Rural participou tamén gratuitamente en charlas informativas organizadas por concellos e outras entidades (asociacións apícolas, asociacións locais...), en relación á Vespa velutina. Investigación A Dirección Xeral de Patrimonio Natural (antes Dirección Xeral de Conservación da Natureza) da Consellería de Medio Ambiente e Ordenación do Territorio, responsable das especies invasoras, está realizando contactos coa comunidade científica e outros organismos para facilitar un foro multidisciplinar, con coñecemento e competencias na xestión da especie invasora, que achegue coñecemento e asesoramento para incrementar a eficiencia das medidas destinadas ao control da Vespa velutina e a paliar e minimizar os seus efectos negativos sobre as especies autóctonas. Actualmente son diferentes os programas e proxectos que se están barallando, aínda que en calquera caso se considera fundamental a participación da comunidade científica, os colectivos implicados na xestión e control da especie invasora e das administracións competentes. Durante o mes de xaneiro está previsto que teña lugar unha reunión entre a Dirección Xeral de Patrimonio Natural e as áreas de xestión de I+D+I das Universidades de Vigo e de Santiago de Compostela para trazar as liñas xerais de investigación e colaboración, así como aqueles programas ou proxectos que se desenvolverán. As liñas consideradas prioritarias que están a ser valoradas son: . A mellora do coñecemento sobre o ciclo biolóxico e comportamento da Vespa velutina e os impactos que esta produce no contexto xeográfico de actuación. . Revisión e análise dos métodos existentes para a prevención e control da Vespa velutina. . Desenvolvemento dun Sistema de Alerta Temperá baseado en procedementos de teledetección e xeolocalización de niños/exemplares. . Avaliación de diferentes métodos para a captura de exemplares. . Avaliación dos diferentes métodos de destrución de niños e desenvolvemento de novos métodos. . Mellora do plan de actuación coordinado para o seguimento e control da Vespa velutina. Mediante o operativo organizado no ano 2016, e coa inestimable colaboración dos concellos adheridos ao plan, durante este ano recibíronse, con data 22/12/2016, 20.194 avisos relacionados coa Vespa velutina, procedéndose a retirar ou inactivar un total de 8.953 niños. ÁREA DE SERVIZOS SOCIAIS I. INTRODUCIÓN A maior parte das queixas da área de servizos sociais refírense a situacións de exclusión ou risco de exclusión social, en aumento desde o comezo da crise; a atrasos na atención á dependencia; e á conculcación dos dereitos de persoas con discapacidade e falta de accesibilidade. As queixas por exclusión social ou risco de caer nela requiren unha resposta inmediata; se a intervención se demora perde o seu sentido. A maioría das veces confírmase o atraso, pero non se prolonga, posto que a resposta ás queixas adoita acompañarse da resolución. Xa non son significativas as queixas por atrasos en recoñecemento das rendas de inclusión, pero si as relativas a determinados aspectos destas, sobre todo a súa retirada ou suspensión ou a falta de recoñecemento de complementos. Isto último débese en gran parte a que aínda non se desenvolveu a lei. Tamén foron necesarias actuacións contra determinadas prácticas bancarias e contra a pobreza enerxética. As queixas en materia de dependencia seguen referíndose a atrasos, pero en menor medida, sobre todo despois da aceptación da nosa recomendación para erradicar unha mala praxe que afectaba a moitos expedientes (numerosos e prolongados atrasos nas solicitudes de prestacións económicas por coidados na contorna familiar). Agora adoitan referirse a problemas cos copagos, a diminución das libranzas ou as listas de espera para servizos. As prazas residenciais son escasas sobre todo nas contornas urbanas, algo que poñemos de manifesto desde hai tempo. A consellería comprometeuse a facer diminuír os ingresos en centros afastados do anterior domicilio, co consecuente desarraigamento. Recentemente comprometéronse novas residencias nas 7 cidades. En materia de atención á discapacidade son frecuentes as queixas por atrasos nas valoracións e por falta de accesibilidade ou adaptacións. O 4 de decembro de 2017 acaba o prazo legal para moitas delas, polo que estamos a redactar un Informe Especial sobre accesibilidade no que colaboran as organizacións máis representativas. II. DATOS CUANTITATI VOS En 2016 recibíronse 217 queixas (asuntos) relativas a problemas de carácter social, algo menos que o pasado ano (300). Segue a tendencia á baixa que xa indicamos no anterior informe. Tamén diminuíron as persoas reclamantes, 274 (19840 en 2015). Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 274 217 Admitidas 259 94,53 % 202 93,09 % Non admitidas 12 4,38 % 12 5,53 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 3 1,09 % 3 1,38 % A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 196 75,68 % 139 68,81 % En trámite 63 24,32 % 63 31,19 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución en 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2014 1 1 2 2 0 2015 112 2 114 111 3 III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1. As axudas sociais autonómicas e locais Confirmamos a tendencia que comezou a percibirse o pasado ano. Antes eran abundantes as queixas (confirmadas) por amplos atrasos nos trámites das Rendas de Inclusión Social de Galicia (risgas), protagonizados pola consellería competente entón (Consellería de Traballo e Benestar) e/ou os concellos. En moitas ocasións foi preciso reclamar que se tramitasen, resolvesen e pagasen con urxencia, dado que se trata de axudas de subsistencia (abordan situacións de exclusión ou risco de exclusión social que denotan necesidades persoais e familiares perentorias) que non admiten demoras; se non se coñecen e pagan con prontitude perden o seu sentido. Fixémolo cando os informes requiridos non daban conta dunha inminente resolución e aboamento. Mesmo era habitual que as recomendacións non se cumprisen, como destacamos nos anteriores informes ao Parlamento de Galicia. En sentido contrario ao que sucedía antes, desde o segundo semestre de 2015 e agora tamén en 2016 apreciamos un importante cambio; existen menos queixas relativas a atrasos nas risgas e as que se promoven reciben respostas positivas (unha tramitación máis rápida). As axudas por situacións de exclusión social non admiten demoras; se non se coñecen e pagan con prontitude perden o seu sentido Este cambio supuxo que a maior parte das queixas por risgas xa non se refiran ás demoras que coñeciamos antes, senón a aspectos engadidos ao recoñecemento da renda, sobre todo á súa retirada ou suspensión, a atrasos dos recursos administrativos, á cuantificación e pago dos atrasos, á falta de recoñecemento dos novos tramos ou complementos, ou ao seu recoñecemento limitado. Así pois, os trámites aceleráronse, co que se evita o principal problema constatado en ocasións anteriores; con todo, aprécianse atrasos puntuais nos expedientes autonómicos ou nalgúns concellos (non envían a documentación previa no prazo previsto). Como puxemos de relevo desde a aprobación da Lei 10/2013, de inclusión social de Galicia, os atrasos nos expedientes de risga traían como consecuencia a aplicación do silencio positivo, que era a garantía do reclamante ante a súa situación de necesidade. Con todo, a lei establece condicións para aplicar o silencio, polo que a consellería competente o negaba alegándoas. A pesar desta situación (atrasos e negativa a entender tacitamente concedida a renda), o silencio positivo confirmouse en diferentes sentenzas. Hoxe a súa aplicación resulta escasa debido a que os procedementos non sofren os frecuentes atrasos que antes constatabamos. A maior parte das queixas referíronse a retiradas ou suspensións das rendas. Comprobamos que xeralmente se baseaban en motivos previstos na normativa, sobre todo o incumprimento das condicións (plans), o cambio das circunstancias económicas ou persoais, ou a súa falta de comunicación (por exemplo, por gastos de viaxes). Nestes casos resulta importante a proba e valoración dos feitos en que se basea a decisión, polo que tamén é moi relevante o tempo de resposta dos recursos. Aínda que constatamos algún atraso, en xeral os recursos resólvense en prazo ou con lixeiros atrasos, en ocasións con motivo da nosa intervención. Tamén confirmamos algún embargo irregular de ingresos procedentes de risgas, que foi corrixido (por exemplo, Q/63693/16, pola Deputación Provincial da Coruña). Resultan frecuentes as queixas por falta de recoñecemento de complementos. Confirmáronse e na súa maior parte débense ao atraso do desenvolvemento regulamentario da Lei 10/2013. Apreciamos esta importante carencia xa o ano pasado con motivo dalgunha queixa. Non se aplica o tramo de transición ao emprego previsto na lei porque se atopa condicionado á aprobación do decreto de desenvolvemento. A disposición final primeira da lei prevé que a Xunta de Galicia, nun prazo máximo de seis meses desde a súa publicación, elaborará as disposicións necesarias para o seu desenvolvemento e aplicación; e a disposición final segunda prevé que “… no caso concreto dos tramos de inserción e de transición ao emprego entrarán en vigor cando se publique o decreto no que se regulen estes tramos”. Por tanto, a imposibilidade de aplicar directamente a lei responde ao previsto, que tamén prevé que o decreto debería aprobarse en 6 meses, transcorridos hai tempo. A maioría das queixas por risgas xa non se refiren a demoras, senón a súa retirada ou suspensión ou á falta de recoñecemento de complementos Algo similar sucede coas axudas complementarias de aluguer, que se atopan limitadas á espera do desenvolvemento regulamentario. De acordo coa disposición transitoria 4ª da lei debería desenvolverse xa, cousa que tampouco se fixo. Mentres non se aprobe o regulamento o devandito complemento só é aplicable ata un límite do 10% do IPREM. Ademais, o recoñecemento deste complemento limitado supón a imposibilidade doutras axudas vinculadas ao uso de vivendas, como axudas de inclusión para pago de mensualidades debidas (art. 48.1 a) da mesma lei). Xa o pasado ano advertimos da necesidade de solucionar este atraso, que ocasiona importantes prexuízos. Trasladámosllo á Consellería de Política Social por diferentes medios (recomendacións, informe, entrevistas cos responsables da consellería); entón trasladóusenos a intención de impulsar o decreto e aprobalo canto antes. Non obstante, a día de hoxe o desenvolvemento da lei segue pendente, polo que insistimos na necesidade de aprobar as normas que permitan aplicar todas as súas previsións. O desenvolvemento da lei de inclusión atópase pendente e debera aprobarse canto antes Outros problemas trasladados nas queixas refírense á retirada das rendas debido ao incumprimento das súas condicións, fundamentalmente a residencia en fogar independente, co que os reclamantes mostran o seu desacordo. A administración aplica unha previsión da lei (unha soa renda por domicilio) e nega a posibilidade de dúas rendas no mesmo domicilio, aínda que entre as persoas non medien vínculos parentais ou doutro tipo (Q/218/16). No obstante, algunha sentenza deste ano (xulgado do contencioso- administrativo nº 1 de Vigo) cuestionou esta argumentación e aproba a compatibilidade das rendas nun mesmo fogar se non se dá a relación persoal da que fala a lei como condición para entender que existe unidade para os efectos de percepción da risga. Coincidimos coa argumentación da sentenza, posto que a lei esixe que para a consideración da unidade familiar nun marco físico (domicilio) debe darse tamén unha relación persoal. Para afrontar o aumento das rendas de inclusión a consellería competente aumenta o seu orzamento desde hai anos. Tamén aumentaron considerablemente os beneficiarios. A evolución ata este ano foi seguinte: RISGA 2012 2013 2014 2015 2016 Beneficiarios nómina mes decembro 6.718 9.300 9.175 9.713 10.761 Solicitudes rexistradas no ano 6.427 7.693 6.509 6.512 6.804 Orzamento inicial (mills. de euros) 23,7 32,7 39,7 47,7 52,7 Fonte: Xunta de Galicia. Polo que se refire ás axudas de inclusión, este ano seguiu a tendencia á baixa do número de queixas. En xeral referíronse a atrasos na súa resolución, normalmente confirmados e emendados coa nosa intervención. Tamén se recibiron algunhas relativas ao desacordo cos motivos da denegación, aínda que na maior parte dos casos xustificáronse adecuadamente. Como excepción, reclamamos aclaración (pendente) pola retirada debido a un emprego a tempo parcial cunha remuneración de 194 € (Q/63690/16). En 2016 diminuíron as solicitudes, pero aumentou o número das aprobadas. A evolución do número de beneficiarios, solicitantes e do orzamento é a seguinte: AES 2012 2013 2014 2015 2016 Total nº de axudas concedidas 2.595 2.537 2.841 2.781 2.934 Solicitudes rexistradas no ano 4.307 4.755 4.087 4.575 4.275 Orzamento inicial (mills. de euros) 3 4,5 4,5 4,5 4,5 Fonte: Xunta de Galicia. En relación coas administracións locais as queixas adóitanse referir ao atraso nas citas para valoración e intervención dos seus servizos sociais, que confirmamos en varias ocasións. Tamén se coñeceron reclamacións por atrasos nas axudas municipais, xeralmente de emerxencia, que se confirmaron e solucionaron ao pouco tempo coa nosa intervención. Os concellos complementan as axudas estruturais das outras administracións (RAI, risga, AIS…). A lei reguladora das bases do réxime local, despois da súa reformada de 2013, atribúe aos concellos a “avaliación e información de situacións de necesidade social e a atención inmediata a persoas en situación ou risco de exclusión social”. Nesta orde recibiuse unha queixa por atrasos nas axudas do Concello de Vigo (Q/23353/15). A resposta confirmou certo atraso en convocatorias con gran cantidade de solicitudes; pero antes de final de ano xa se pagaron as 1828 concedidas, e as demais estaban pendentes de pago por estimación dos seus recursos, co compromiso de ser pagadas pronto. Tamén en Vigo coñecemos unha queixa pola falta de persoal nos seus servizos sociais e os atrasos que ocasiona (Q/13307/15). O concello deu conta de melloras no persoal e de iniciativas futuras para seguir mellorando e reducindo os tempos de espera. Os expedientes municipais tramítanse en 45 días; a intervención municipal nos autonómicos (risga e AIS) realízase en 3 meses, polo que se excede o prazo legal; e para a primeira cita cos servizos sociais espéranse 35 días. O propio concello sinalou que os prazos non son satisfactorios, pero “supoñen unha redución significativa respecto dos rexistrados na tramitación destas axudas e na atención aos usuarios en exercicios anteriores”. Outras axudas municipais cuestionadas foron as bonificacións do transporte urbano de Santiago de Compostela para persoas con dificultades económicas; só se concede unha tarxeta por unidade familiar (Q/75/16). Puxemos de manifesto que a concesión aos outros membros da unidade era lóxica, dado que as circunstancias económicas e a necesidade de mobilidade afectaba a todos os seus membros. O concello así o recoñeceu (sinalou que a normativa era inxusta), polo que estuda a súa modificación para vincular as tarxetas ao nivel de renda, ao que permaneceremos atentos. Resulta esencial o papel solidario que desenvolven organizacións como Cáritas, Cruz Vermella, a rede de albergues ou de axuda ás persoas sen fogar, as cociñas económicas, os bancos de alimentos e outras moitas. Son imprescindibles para minorar os efectos das carencias institucionais, sobre todo nos períodos de crise. A colaboración das oenegués fai posible “encher” as carencias das políticas públicas en materia social. En moitas ocasións observamos como un recurso habitual dalgunha administración é a derivación ás oenegués; por iso é imprescindible que as administracións sigan apoiando economicamente a estas organizacións. 2. Outras intervencións ante situacións de risco de exclusión; medidas contra os desafiuzamentos e a pobreza enerxética Realizamos un bo número de actuacións en contra de desafiuzamentos que coñecemos, o que tratamos en detalle na área de vivenda. E hai tempo iniciamos actuacións xerais e particulares por determinadas cláusulas abusivas aplicadas polas entidades financeiras aos seus clientes en contratos de hipoteca. Actuamos de forma contundente en contra das denominadas cláusulas chan (mesmo antes da STS de 2013, despois da cal empezou a devolverse parte do cobrado indebidamente). Agora as sentenzas do TEJ e do TS obrigan a devolver todo o cobrado por este concepto, declarado abusivo, con efectos desde a súa orixe, unha decisión que confirma o noso criterio. Realizamos numerosas actuacións en contra de desafiuzamentos e de determinadas cláusulas abusivas de entidades financeiras en contratos de hipoteca En materia de pobreza enerxética, ademais das actuacións individuais que referimos na área correspondente, iniciamos unha actuación xeral, en coordinación coa FEGAMP, para coñecer detalles sobre a situación con base nos traballos dos servizos sociais comunitarios. Indicamos que o Comité Económico e Social Europeo describiu a pobreza enerxética como a dificultade ou a incapacidade de manter a vivenda nunhas condicións adecuadas de temperatura, así como de dispoñer doutros servizos enerxéticos esenciais a un prezo razoable. Estamos ante un grave problema que sofren moitas familias, o que fai necesarias medidas urxentes para atender as carencias para pagar as facturas enerxéticas con normalidade (paro, falta de eficiencia enerxética, incremento do prezo...). A Lei 3/2011, de apoio á familia e á convivencia de Galicia, preceptúa que “se dispensará especial atención ás familias con dificultades derivadas da súa estrutura ou das súas circunstancias e a aquelas que se atopen en situación de especial vulnerabilidade ou en risco de exclusión social (art. 6.2, letra c); e a Lei 10/2013, de inclusión social de Galicia, exprésase de forma similar no art. 48.1, punto 1, a) (axudas vinculadas ao uso da vivenda). Para corrixir os seus efectos desfavorables creouse en 2009 o denominado bono social eléctrico (obrigación de servizo público, Lei 24/2013, con desconto do 25% para consumidores vulnerables). Non obstante, son necesarios prezos sociais ou tarifas reducidas subvencionadas para persoas en situación de vulnerabilidade. Tamén se adoptaron outras medidas de carácter autonómico (tícket eléctrico social de Galicia, 2014, que se mantivo en 2016), e outras axudas urxentes para evitar os cortes de subministracións. Poden solicitalas as unidades cuxos ingresos non superen o IPREM e reciban un aviso de interrupción da subministración eléctrica por non pagar as facturas; pagan o 100% do importe, ata dúas facturas mensuais ao ano (ou unha bimensual), cun máximo de 200 euros/ano. Con todo, as medidas de carácter xeral resultan insuficientes e en moitas ocasións é necesario abordar os casos de pobreza enerxética con axudas de emerxencia autonómicas ou locais, e en ocasións mediante a colaboración de oenegués. Nesta liña afonda a iniciativa lexislativa popular de medidas para garantir a enerxía como servizo público e contra a pobreza enerxética, publicada no Boletín Oficial de Parlamento de Galicia do 10 de novembro, que superou o trámite parlamentario de toma en consideración. O seu art. 2 considera que unha unidade de convivencia está en situación de pobreza enerxética cando ten que destinar máis do 10% dos seus ingresos para satisfacer as necesidades enerxéticas da súa vivenda. Atópase á espera dos informes dos Grupos e de informes de expertos e organizacións. As medidas contra a pobreza enerxética non son suficientes, polo que promovemos o estudo das que resulten necesarias para suxerir solucións complementarias Pretendemos identificar, en colaboración coa FEGAMP, o perfil do consumidor vulnerable ou en risco de pobreza enerxética; son os servizos sociais municipais os que teñen un coñecemento máis detallado deste grave problema social. Pedimos información sobre o número de solicitudes de axudas para facer fronte a gastos derivados dos consumos de luz e calefacción; o número de familias ás que se lles concedeu o bono social eléctrico ou ben o tícket eléctrico social de Galicia; o nivel medio de renda das familias con pobreza enerxética e número de membros desempregados; o número de persoas que conviven no fogar e, delas, os menores, persoas dependentes e/ou con discapacidade, monoparentais…. Tamén tentamos coñecer os recursos municipais dedicados a esta materia, se as reformas normativas en curso propiciarán actuacións máis adecuadas, unha valoración sobre os proxectos (sobre todo impedir o corte a consumidores vulnerables), e se as medidas deben sufragalas as administracións e/ou as empresas. Ao peche do informe seguimos traballando niso. 3. A situación da protección á dependencia Para comezar a valoración da situación da dependencia comezamos transcribindo os datos oficiais sobre esta en Galicia, no conxunto de España e por CC.AA. DATOS DO MINISTERIO DE SANIDAD, SERVICIOS SOCIALES E IGUALDAD Nº%Nº % solicitudesNº % dictámenesNº % dictámenesNº % dictámenesNº % dictámenesAndalucía380.25123,44355.21393,4281.20422,86116.19432,7189.25525,13286.65380,70Aragón44.9702,7740.31189,6410.83926,8912.67631,4510.07024,9833.58583,31Asturias (Principado de)35.1302,1731.81790,577.03722,128.33026,188.37026,3123.73774,60Balears (Illes)25.1791,5523.34092,705.27922,627.75833,245.51323,6218.55079,48Canarias42.8362,6436.32984,8111.76832,3910.47528,838.52023,4530.76384,68Cantabria21.1851,3120.75997,995.56826,827.01633,804.84423,3317.42883,95Castilla y León117.1007,22110.11894,0428.20425,6129.59026,8728.03225,4685.82677,94Castilla-La Mancha84.7745,2380.72895,2318.44222,8422.01627,2724.09029,8464.54879,96Catalunya 290.54717,91268.55292,4352.07919,3986.74632,3078.51629,24217.34180,93Comunitat Valenciana100.4876,1985.70885,2920.37523,7725.85030,1621.94425,6068.16979,54Extremadura52.9923,2746.96688,6311.70624,9211.58624,6711.84225,2135.13474,81Galicia 79.5304,9077.80497,8324.90732,0123.56030,2818.02723,1766.49485,46Madrid (Comunidad de)170.26010,50168.98999,2545.36326,8442.98325,4438.80622,96127.15275,24Murcia ( Región de)43.0692,6542.45498,5714.39033,9016.07437,868.01218,8738.47690,63Navarra (Comunidad Foral de)18.3231,1317.98798,173.30718,395.35829,795.42130,1414.08678,31País Vasco 96.6375,9693.13296,3719.62121,0724.69726,5228.49930,6072.81778,19Rioja (La)14.9330,9214.84999,442.92519,703.77925,453.73225,1310.43670,28Ceuta y Melilla4.0000,253.90997,7390623,181.05326,9471918,392.67868,51TOTAL1.622.203100,001.518.96593,64363.92023,96455.74130,00394.21225,951.213.87379,91ÁMBITO TERRITORIALGrado II DICTÁMENESTOTAL PERSONAS BENEFICIARIAS CON DERECHO A PRESTACIÓNSolicitudesDictámenesGrado l Grado IIISituación a 31 de Diciembre de 2016 PERSONAS BENEFICIA- RIAS CON PRESTA- CIONESRATIO DE PRESTACIO- NES POR PERSONA BENEFICIA-RIANºNº%Nº%Nº%Nº%Nº%Nº%Nº%Nº%Nº%Nº Andalucía183.9628640,3674.37331,3351.57921,7313.3215,6123.5939,943.1911,3470.44529,6890,00237.375100,001,29Aragón21.0381.5566,851570,691.0014,411.3575,973.67616,184.46819,6710.49946,2200,0022.714100,001,08Asturias (Principado de)20.0345.64821,919003,493.27712,712.1958,512.98011,562.2278,648.55433,1820,0125.783100,001,29Illes Balears14.5871440,9800,003742,551.0957,471.98513,548315,6710.23569,8000,0014.664100,001,01Canarias16.852320,195333,09250,143.55420,593.42819,862.59315,027.09741,1100,0017.262100,001,02Cantabria13.37000,001.1337,588986,011.57110,513.66024,4800,007.68951,4300,0014.951100,001,12Castilla y León85.30112.59011,518.3687,6522.59620,668.3327,628.4567,7324.73722,6223.96121,913090,28109.349100,001,28Castilla-La Mancha41.3383.9757,715.94711,5410.22619,852.8545,5411.21121,763.6427,0713.66226,5190,0251.526100,001,25Catalunya 126.6681.1820,7416.02410,0021.94613,7010.7406,7027.23217,009.5965,9973.44545,85140,01160.179100,001,26Comunitat Valenciana51.5645010,904.4377,9700,006.34311,4010.50718,886.07010,9127.80049,9440,0155.662100,001,08Extremadura24.4351.0293,851.4795,537002,621.6946,344.38016,3810.40438,917.05426,3800,0026.740100,001,09Galicia 49.1013.1705,782.5554,6616.57130,206.72212,257.73814,105.0889,2712.93023,57880,1654.862100,001,12Madrid (Comunidad de)108.8173.0052,1133.25023,3431.12521,8514.72110,3322.92516,0912.7718,9724.58717,26690,05142.453100,001,31Murcia ( Región de)32.1343.5928,925.23012,982070,513.5278,764.19210,411.8584,6121.67653,8100,0040.282100,001,25Navarra (Comunidad Foral de)9.7541721,441.24410,427726,472832,371.84815,481.0779,026.54354,7920,0211.941100,001,22País Vasco 56.4491430,215.6178,116.6849,656.5359,4412.28717,741.4732,1331.24745,125.2737,6169.259100,001,23La Rioja7.5928297,872.32022,011.96918,688147,721.41613,438177,752.37522,5300,0010.540100,001,39Ceuta y Melilla2.56842212,3256916,6174321,69722,102055,9940,121.41041,1700,003.425100,001,33TOTAL865.56438.8543,63164.13615,35170.69315,9785.7308,02151.71914,1990.8478,50361.20933,795.7790,541.068.967100,001,23ÁMBITO TERRITORIALPrevención Dependencia y Promoción A.PersonalTeleasistenciaSituación a 31 de Diciembre de 2016PERSONAS BENEFICIARIAS Y PRESTACIONESPRESTACIONESCentros de Día/NocheP.E Cuidados Familiares P.E Asist. PersonalP.E Vinculada ServicioAyuda a DomicilioAtención ResidencialTOTAL Nº%Nº%Nº% Andalucía166.93070,32%70.44529,68%237.375100,00% Aragón12.21553,78%10.49946,22%22.714100,00% Asturias (Principado de)17.22966,82%8.55433,18%25.783100,00% Illes Balears4.42930,20%10.23569,80%14.664100,00% Prestación económica para 33,79Canarias10.16558,89%7.09741,11%17.262100,00% Prestaciones económica 8,50Cantabria7.26248,57%7.68951,43%14.951100,00% Prestación económica 0,54Castilla y León85.38878,09%23.96121,91%109.349100,00% Prestaciones por Servicios57,17Castilla-La Mancha37.86473,49%13.66226,51%51.526100,00% Catalunya 86.73454,15%73.44545,85%160.179100,00% Comunitat Valenciana27.86250,06%27.80049,94%55.662100,00% Extremadura19.68673,62%7.05426,38%26.740100,00% Galicia 41.93276,43%12.93023,57%54.862100,00% Madrid (Comunidad de)117.86682,74%24.58717,26%142.453100,00% Murcia ( Región de)18.60646,19%21.67653,81%40.282100,00% Navarra (Comunidad Foral de)5.39845,21%6.54354,79%11.941100,00% País Vasco 38.01254,88%31.24745,12%69.259100,00% La Rioja8.16577,47%2.37522,53%10.540100,00% Ceuta y Melilla2.01558,83%1.41041,17%3.425100,00% TOTAL707.75866,21%361.20933,79%1.068.967100,00% Situación a 31 de Diciembre de 2016 PERSONAS BENEFICIARIAS Y AGRUPACIÓN PRESTACIONESTOTALTOTAL PRESTACIONES POR SERVICIO (1) PRESTACIONES ECONOMICAS PARA CUIDADOS EN EL ENTORNO FAMILIARÁMBITO TERRITORIAL33,798,500,5457,17Prestación económica para cuidados en el entorno familiarPrestaciones económica vinculada al servicioPrestación económica Asistencia PersonalPrestaciones por Servicios (1) Las prestaciones por servicio incluyen: Prevención dependencia y promoción autonomía personal, Teleasistencia, Ayuda a domicilio, Centros de día/noche, Atención residencial. Además, se incluyen las prestaciones mediante servicios a través la prestación económica vinculada al servicio, y la prestación económica de asistencia personal. Fonte: Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. DATOS DA XUNTA DE GALICIA SOLICITUDFASE DE PIAA Coruña5.240 1.836 2.432 2.978 848 7.246 5.891 Lugo2.520 1.184 1.383 1.465 510 4.032 3.058 Ourense2.291 1.251 1.320 1.392 556 3.963 2.193 Pontevedra4.349 1.825 2.004 2.306 991 6.135 4.350 TOTAL GALICIA 201214.400 6.096 7.139 8.141 2.905 21.376 15.492 A Coruña4.079 1.039 1.706 2.462 401 5.207 4.484 Lugo1.957 607 766 928 209 2.301 1.755 Ourense1.820 662 879 1.080 228 2.621 1.979 Pontevedra3.070 1.095 1.258 1.810 631 4.163 3.222 TOTAL GALICIA 201310.926 3.403 4.609 6.280 1.469 14.292 11.440 A Coruña4.575 974 1.732 2.746 332 5.452 10.447 Lugo2.031 478 718 898 139 2.094 4.807 Ourense1.838 493 710 877 180 2.080 3.743 Pontevedra3.199 1.000 1.271 1.745 516 4.016 6.876 TOTAL GALICIA 201411.643 2.945 4.431 6.266 1.167 13.642 25.873 A Coruña5.888 1.098 1.787 2.692 474 5.577 9.400 Lugo3.028 658 817 1.082 328 2.557 4.251 Ourense2.368 691 728 898 256 2.317 4.420 Pontevedra4.406 1.216 1.475 1.997 679 4.688 7.598 TOTAL GALICIA 201515.690 3.663 4.807 6.669 1.737 15.139 25.669 A Coruña6.913 1.434 1.921 2.707 595 6.062 8.525 Lugo3.257 617 796 989 266 2.402 3.633 Ourense2.910 744 707 859 339 2.310 3.794 Pontevedra5.523 1.466 1.540 2.178 825 5.184 7.932 TOTAL GALICIA 201618.603 4.261 4.964 6.733 2.025 15.958 23.884 71.262 20.368 25.950 34.089 9.303 80.407 102.358 TOTAL GENERAL20122013201420152016RESOLUCIONES PIADATOS RELATIVOS A LA TRAMITACIÓN ACUMULADAFASE DE GRADOGrado IGrado IIGrado IIISin GradoTotal con derechoAÑOPROVINCIAINCIAL Fonte: Xunta de Galicia A Coruña2.544 1.389 Lugo1.043 434 Ourense1.121 419 Pontevedra2.334 960 TOTAL GALICIA 20127.042 3.202 A Coruña2.390 1.183 Lugo716 548 Ourense1.471 422 Pontevedra2.071 935 TOTAL GALICIA 20136.648 3.088 A Coruña2.513 6.497 Lugo975 3.645 Ourense1.189 3.216 Pontevedra2.056 6.100 TOTAL GALICIA 20146.733 19.458 A Coruña2.602 4.200 Lugo1.106 2.224 Ourense1.418 2.308 Pontevedra2.197 2.759 TOTAL GALICIA 20157.323 11.491 A Coruña2.540 2.460 Lugo1.325 855 Ourense1.370 746 Pontevedra2.498 1.893 TOTAL GALICIA 20167.733 5.954 35.479 43.193 REVISION PIAREVISION GRADOTOTAL GENERALDATOS DE SOLICITUDES DE REVISIÓN ACUMULADASAÑOPROVINCIA20122013201420152016 Fonte: Xunta de Galicia Datos a 31/12/2016 (activos) Solicitudes Ditames Persoas beneficiarias con dereito Persoas beneficiarias 79.530 77.804 66.494 49.101 P. benf. Prom. Teas. Saf cd/cn Resd. P.vincul. P.coid. P.ap Total Rt. pr./benf. 49.101 3.170 2.555 16.571 6.722 7.738 5.088 12.930 88 54.862 1,12 Total de prestacións por servizo Prestacións económicas para coidados familiares 41.932 76,43% 12.930 23,57% % de atención en relación aos beneficiarios recoñecidos con dereito: 73,84%. Fonte: Xunta de Galicia DATOS DO OBSERVATORIO ESTATAL DE DEPENDENCIA Ano Dependentes que perciben prestación Dependentes con dereito a prestación Ditames valorados Solicitudes presentadas 2011 34.092 62.404 78.608 89.625 2012 39.139 61.956 84.172 87.098 2013 38.729 56.835 80.636 82.400 2014 39.004 53.881 79.262 81.101 2015 41.823 65.495 76.654 79.244 2016 49.101 66.494 77.804 79.530 Fonte: Observatorio Estatal da Dependencia Como en anos anteriores, son frecuentes os atrasos nos procedementos de dependencia. Antes destacaron en gran medida os atrasos das solicitudes de prestacións económicas por coidados na contorna familiar. Eran frecuentes e amplos debido a unha mala praxe. Esta comezou a corrixirse en 2015, despois de que pola nosa banda se transmitisen moitas valoracións, recomendacións ou informes. Agora xa se resolven con normalidade. Comprobámolo a través das respostas ás queixas (por exemplo, Q/977/16). Destacamos o efecto positivo que ten esta nova forma de actuar, que desatascou moitos expedientes e facilita ás persoas dependentes e ás súas familias un programa de atención acorde coas súas expectativas. Numerosas actuacións da institución conseguiron erradicar a mala praxe que atrasaba moitos expedientes que solicitaban a prestación por coidados na contorna familiar Apreciamos atrasos que deron lugar a recomendacións. Na Q/13021/15 detectouse o atraso dunha atención, en concreto dunha prestación económica para un centro de día, polo que realizamos unha recomendación (ver resolución nº 5 desta área), que foi aceptada e cumprida. Na Q/1134/16 confirmamos o atraso no cumprimento do programa de atención xa aprobado (residencia); a persoa afectada seguía na lista de espera, polo que realizamos unha recomendación á consellería competente para que prestase a atención canto antes (ver recomendación nº 6 desta área), pendente de resposta. Noutros casos confirmamos atrasos da resolución final (Q/979/16) e da valoración de dependencia (Q/12638/16). Como vemos nas estatísticas, segue habendo un número considerable de persoas á espera de recibir a prestación ou o servizo que lles corresponde. En moitos casos trátase de persoas con dependencia moderada, incorporadas despois de sufrir un considerable atraso no calendario de implantación progresiva da lei de dependencia. En aplicación da normativa máis recente de carácter estatal (acordo do Consello Territorial de 2012 para a mellora do sistema para a autonomía persoal e atención ás persoas en situación de dependencia, que regula a capacidade económica e participación do beneficiario no custo das prestacións) e autonómico (Decreto galego 149/2013), están a darse reducións das anteriores prestacións económicas ou aumentos dos copagos. Confirmamos a legalidade da maior parte, pero tamén que as reducións das prestacións ou o incremento dos copagos son considerables e prexudican ás persoas con dependencia e ás súas familias. As reducións das prestacións ou os aumentos de copagos fixéronse de acordo coa legalidade, pero prexudicaron os usuarios e as súas familias En relación co copago das residencias unha queixa mencionaba que aumentara significativamente (Q/14529/15). A consellería matizou que a porcentaxe de copago ten carácter progresivo, pode ser inferior ás anteriores porcentaxes, e que se garante un mínimo vital. Efectivamente, a normativa autonómica deixa a salvo o chamado mínimo vital, unha cantidade relacionada coa capacidade económica da persoa e suficiente para atender as súas necesidades. Ademais establécense límites de cobros. A pesar da regulación do mínimo vital recíbense queixas que sinalan que non se respecta. No caso das libranzas de servizos comprobáronse situacións inadecuadas, pero a consellería rectificounas (orde do 25 de febreiro de 2015; non inferior ao 25% da contía máxima). Con todo, agora as queixas refírense a copagos de servizos, fundamentalmente prazas residenciais (públicas ou concertadas). Nos casos en que se cobran as chamadas prestacións de análoga natureza ás de dependencia (complemento de gran invalidez, de fillo a cargo con discapacidade igual ou superior ao 75 %, e axuda de terceira persoa) a consellería realiza os cálculos de tal forma que se deixan a salvo cantidades reducidísimas. No resto dos casos respéctase o mínimo vital. En diferentes ocasións reclamamos que se corrixise esta circunstancia. Formulamos unha recomendación á Consellería de Política Social para que se examine a conveniencia de facer unha interpretación da norma que permita aplicar os límites de copago e o respecto do mínimo vital para os casos de rendas análogas ás prestacións económicas de dependencia, ou que, en caso de considerarse preciso, se examine a posible modificación da citada normativa co mesmo fin (ver resolución nº 5 desta área, Q/12585/15; e Q/13382/15). A consellería respondeu que a interpretación que fai é a que se derivaba dos acordos do consello territorial; con todo, insistimos na necesidade de tratar o asunto nos ámbitos de relación interadministrativa para aclarar esta situación e evitar os prexuízos que ocasiona. A consellería cumpre a actual normativa en materia de copago e mínimo vital; con todo, descoñecemos a razón da diferenciación entre unhas rendas e outras para os efectos do mínimo vital. Non parece xustificado o efecto prexudicial de non aplicalo ás prestacións análogas. É conveniente buscar unha fórmula para respectar o mínimo vital dos copagos cando se reciben rendas análogas ás prestacións de dependencia En canto ás compensacións por falecemento sen atención, desde hai tempo tentamos que se compensen ou indemnicen de forma rápida e sinxela, sen necesidade de acudir a procedementos complexos ou á vía xudicial, cando a responsabilidade resulta clara e fácil de cuantificar. A administración non pode ser a beneficiaria dos seus atrasos, polo que recomendamos un procedemento específico e rápido, creado co Decreto 15/2010 e a Orde do 2 de xaneiro de 2012. Están a tramitarse algúns casos, pero a aplicación práctica deste procedemento resulta escasa debido ás condicións impostas. Unha desas condicións é pagar a seguridade social do coidador informal, a pesar de que aínda non se integrou no sistema de dependencia. Así, unha persoa con dependencia fora recoñecida en 2008, pero faleceu en 2015 sen atención, polo que se solicitou a compensación (o non cobrado). Foi denegada argumentando que non debe concederse se o coidador non estada dado de alta na seguridade social (Q/23347/15, Q/654/16, Q/947/16 e Q/12619/16). Indicamos que debería terse en conta que en 2007 os custos da seguridade social eran asumidos pola administración (estatal) e a alta facíase cando se aprobaba o programa de atención, o que non sucedeu neste caso. Posteriormente deixou de asumirse o custo do alta; non obstante, o alta adóitase dar, no seu caso, cando comeza a percibirse a prestación, polo que non é razoable entendela como condición para a compensación. Ademais, a maior parte dos atrasos e reclamacións para compensación por falecemento sen atención débense a propostas de prestación económica por coidados na contorna familiar, e os coidadores non adoitan darse de alta. A consellería alegou que iso era o previsto na súa orde, polo que se está obrigando a reclamar polas vías ordinarias (responsabilidade patrimonial, xudicial…), máis complexas, caras e lentas, a pesar da rapidez e simplicidade do procedemento ad hoc para compensar unha clara responsabilidade. Nalgún caso a negativa á compensación por este motivo foi corrixida por xulgados (Q/23347/15, por motivos similares aos sinalados por esta institución). Outra condición da normativa de compensacións é a falta absoluta de atención; coñecemos que se denegara unha compensación por recibir antes un servizo municipal de axuda no fogar de libre concorrencia, é dicir, á marxe do sistema de dependencia, no momento en que o grao I con que contaba o afectado non daba dereito á atención dentro do sistema (Q/13022/16 e Q/63651/16). Chegouse a cuantificar a prestación económica que correspondese, pero non se aboou debido ao falecemento despois dunha longa espera, e tampouco se aboará nada á familia, o que non compartimos. Polo anterior cremos necesario modificar a forma de coñecer as compensacións; con todo, na actualidade constátanse menos atrasos, en especial nos casos nos que se pide prestación económica por coidados na contorna familiar, como vimos, polo que se xeran menos situacións deste tipo. Sería conveniente ampliar as compensacións por falecemento sen atención a través dun procedemento simplificado e rápido Continúa a escaseza de asistentes persoais, como se comproba nas estatísticas. A aprobación destes servizos debería resultar máis común, como se reclamou na queixa Q/282/16. Con todo, a porcentaxe de asistentes persoais de Galicia só se supera en dúas comunidades. Algunhas queixas opóñense ao traslado forzoso de residencia como consecuencia do cambio de situación do usuario -de non dependente a dependente- (Q/725/16). Esa posibilidade resulta adecuada debido á diferente tipoloxía dos centros; con todo, a consellería sinalou que non faría cambios de oficio e respectaría a vontade de permanencia na medida en que resultase posible, tal e como se reclamaba. 4. Os servizos para a atención á dependencia Os servizos residenciais en lista de espera prolónganse moito tempo. Esa lista obxectiva os tempos de espera, pero non xustifica o incumprimento dos prazos legalmente previstos para facer efectivos os dereitos subxectivos. Algunha queixa refírese a que as listas de espera non son públicas (Q/607/16); a súa solución esixiría ter en conta os problemas legais que iso pode supoñer en materia de protección de datos especialmente protexidos. Desde hai tempo apreciamos un déficit de prazas residenciais nas cidades ou as contornas metropolitanas, o que con frecuencia obriga a que as familias se vexan obrigadas a pedilas en lugares afastados, algo moi prexudicial debido ao desarraigamento que provoca. Este ano volvemos a comprobalo (Q/607/16). Ante a práctica imposibilidade de acceder a unha praza próxima aconséllase que se amplíe o ámbito territorial da solicitude, o que mellora a posición na lista de espera. Por iso reclamamos da consellería que equilibre a oferta á demanda nas contornas urbanas. O pasado ano comprometeuse a abordar o problema e informou de que aprobara novas prazas nesas áreas e licitaría máis prazas residenciais. Máis recentemente aprobouse a creación de 7 novas residencias nas cidades galegas. Respondeuse positivamente á advertencia de falta de prazas residenciais nas cidades Noutras ocasións as esperas nas listas afectan os servizos municipais de axuda no fogar (SAF). É habitual que as administracións intervenientes (autonómica e local) atribúan a responsabilidade á outra. É o que apreciamos na queixa Q/266/15. A prestación material do servizo corresponde ao concello, neste caso Camariñas, pero é a consellería quen aproba o programa de atención, polo que ten que coordinarse co ente local. O servizo municipal non se prestaba todas as horas aprobadas (11 das 50 aprobadas), polo que recomendamos ao Concello de Camariñas que urxentemente aclarase as causas e solucionase a situación, e á Consellería de Política Social que aclarase a súa relación coas administracións locais para os efectos de definir as prazas dos servizos municipais que se ofertan en cada concello (ver resolucións nº 2 e 3 desta área). O concello non o aclarou, polo que debe entenderse que rexeitou o recomendado, e a consellería explicou a forma de actuar á hora de valorar o número de prazas ofertadas, en cuxa financiamento tamén debe participar a administración local. Tamén confirmamos que o Concello de Punxín non prestara o servizo de axuda no fogar aprobado no programa de atención (Q/896/16). 5. A atención ás persoas con diversidade funcional A promoción dos dereitos das persoas con diversidade funcional ou con discapacidade é unha prioridade, dada a necesidade de propiciar a efectividade dos dereitos destas persoas. Aínda que o progreso nesta materia é continuo, seguen sendo moitas as carencias que sofren e os dereitos que resultan vulnerados. A taxa de emprego entre as persoas con discapacidade resulta baixa, polo que é imprescindible o seu fomento. É especialmente relevante a reserva legal para acceder ao emprego público, que afecta ao 7% das prazas convocadas cada ano. Dentro desta cota á súa vez resérvase o 2% para persoas con discapacidade intelectual, cuxa empregabilidade padece aínda máis trabas. Insistimos na necesidade de cumprir esta cota e por primeira vez este ano convocáronse determinadas prazas da administración autonómica nesta cota (Orde do 25 de febreiro de 2016, DOG do 7 de marzo, na categoría 003 -ordenanza e outras- do grupo V de persoal laboral da Xunta de Galicia). Felicitámonos por iso, posto que é un importante avance en materia de inclusión laboral. Unha queixa reclamou que a reserva se estendese ás listas de interinos, como noutras comunidades (Q/12981/16). A consellería competente indicou que modificaría a normativa para permitilo. Trátase dunha modificación reclamada de forma especial polas organizacións de defensa dos dereitos das persoas con diversidade funcional e polo Valedor do Pobo, posto que a contratación temporal ten un peso elevado en determinados sectores da administración. Así pois, ambas as medidas da administración autonómica son un importante avance en favor do emprego das persoas con discapacidade intelectual, mesmo no ámbito privado, posto que a administración debe xogar un papel exemplarizante neste terreo. Insistimos na necesidade dunha cota para persoas con discapacidade intelectual nas oposicións. Este ano convocáronse as primeiras prazas e anunciouse que a reserva se estendería ás listas de emprego temporal Non obstante, a cota de reserva afecta a todas as administracións, tamén os concellos. Neste ámbito vímonos na necesidade de solicitar aclaración da actuación do Concello de Santiago de Compostela, que ofertou 46 prazas, pero ningunha para as quendas de discapacidade (Q/64875/16). Ao peche do informe estamos a valorar a resposta municipal. Desde hai tempo apreciamos numerosos e considerables atrasos nas tramitacións das valoracións de discapacidades, tanto as solicitudes como as revisións. A pesar de que a consellería competente nos informou de que adoptara medidas para mellorar os tempos de resposta, en especial nos equipos máis atrasados, seguimos confirmando amplos atrasos, sobre todo en Pontevedra (tamén noutras áreas). Coñecemos os amplos atrasos na área de Pontevedra postos de manifestos polos servizos sociais de Sanxenxo (Q/12869/16) e Cambados (Q/12868/16); outros tamén en Pontevedra (Q/12716/16, Q/12774/16 e Q/63797/16), con prazos de resolución de 24 meses; un na Coruña (1 ano, Q/63809/16); e outro en Santiago de Compostela (algo menos dun ano, Q/14212/15). A consellería alegaba que os atrasos non producen efectos prexudiciais porque o seu resultado se retrotrae á solicitude; con todo comprobamos que nalgúns casos os prexuízos son claros (transportes colectivos, prazas de aparcadoiro, prestacións económicas de persoas maiores, recoñecemento de dereitos en mutualidades, oposicións…). Un claro exemplo coñecémolo na queixa Q/595/16, cun atraso considerable que afectou a unha persoa que pretendía presentarse a unha oposición do SERGAS na quenda de persoas con discapacidade. Ao peche do informe estamos a realizar unha recomendación para que se eviten este tipo de prexuízos. Seguen os prolongados atrasos nas valoracións de discapacidades, que xeran algúns importantes prexuízos aos afectados Anteriormente recomendamos a creación dunha “tarxeta de discapacidade” que facilitase a acreditación voluntaria das persoas con discapacidade cando sexa preciso (resolución nº 25 da área de servizos sociais do Informe de 2014; Q/20303/14), o que aceptou a consellería, que este ano aprobou a orde do 20 de xullo pola que se crea a tarxeta acreditativa do grao de discapacidade e se regula o procedemento para a súa obtención. Recomendamos a “tarxeta de discapacidade” para facilitar a acreditación; este ano a consellería púxoa en marcha Seguimos recibindo queixas pola non equiparación das persoas con incapacidade permanente total, absoluta ou gran invalidez -e das clases pasivas- coas persoas con discapacidade, polo que reclamamos a aplicación da normativa reguladora dos dereitos das persoas con discapacidade (Real Decreto Lexislativo 1/2013, art. 4 -lei de dereitos das persoas con discapacidade e da súa inclusión social- e Real Decreto 1414/2006 -non será esixible resolución ou certificado do IMSERSO ou órgano competente da Comunidade Autónoma para acreditar a discapacidade por incapacidade permanente, que se acreditará coa resolución correspondente do INSS). Danse casos de falta de recoñecemento da extensión cando se solicita para a exención do imposto municipal de vehículos de tracción mecánica (IVTM). Iniciamos unha actuación de oficio para reclamar a xeneralización da exención. Este ano formulamos unha recomendación á Deputación Provincial da Coruña para que non se denegase a exención a unha persoa con pensión de xubilación de clases pasivas por inutilidade permanente (ver resolución nº 5 desta área; Q/224/16); o afectado tivera un coche exento anteriormente, pero cambiou de coche e denegouse a nova solicitude, en contra do criterio anterior. A deputación reafirmou o seu criterio, pero recoñeceu o carácter controvertido do asunto, polo que trasladou a nosa recomendación aos concellos para que adoptasen as medidas que considerasen. Nalgún caso xa se recoñece a exención. Tamén achegou unha sentenza dun Xulgado do contencioso-administrativo da Coruña que desestima o recurso do reclamante. Tamén recomendamos que non utilizase termos como “minusválidos” ou “persoas con minusvalía”, o que aceptou. Outro caso similar coñecémolo respecto do Concello de Oleiros, que tampouco recoñeceu o dereito á exención, polo que lle diriximos unha recomendación similar (ver resolución nº 7 desta área, (Q/13364/16), á que respondeu no mesmo sentido que a deputación. Nalgún ámbito é habitual que non se recoñeza a extensión que mencionamos, especialmente en canto a algún imposto local, como o IVTM. Por iso, ante a negativa dalgúns concellos, os afectados expoñen a necesidade de que a Consellería de Política Social recoñeza e acredite a súa discapacidade, para o que o carné pode ser un instrumento útil. En principio a consellería non se mostrou partidaria de acreditar esa extensión; entende que se trata de situacións e procedementos distintos, un relativo á capacidade para desenvolver o posto de traballo ou as actividades da vida diaria, e outro para coñecer o grao de discapacidade xeral, o que é correcto. Tamén resalta que ambos teñen equiparación legal. Non obstante, á vista da negativa dalgúns concellos a recoñecer esa equiparación e a acreditación da discapacidade coa documentación propia das incapacidades, algo que contradí o previsto no Real Decreto 1414/2006, parece necesario reformularse a necesidade de que a consellería expida un documento acreditativo das persoas con incapacidade laboral, preferiblemente o carné, aínda que cos matices que considere necesarios, de acordo coa argumentación (correcta) da propia consellería. Neste mesmo sentido pronunciouse o Defensor del Pueblo Andaluz e o departamento competente aceptouno. Esta cuestión trasladouse á consellería con motivo da queixa Q/63648/16. Danse casos de falta de equiparación das persoas declaradas incapacitadas laboralmente coas persoas con discapacidade, sobre todo no ámbito local En informes anteriores deixamos constancia da imposibilidade de usar un vaso terapéutico polos usuarios do centro de atención a persoas con discapacidade Souto de Leixa, de Ferrol, a pesar de ser un recurso moi útil para eles, polo que recomendamos insistentemente que se facilitase o seu uso. A Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria e a anterior Consellería de Traballo e Benestar asinaron finalmente un acordo polo que se establecía o uso compartido entre ese centro e o de educación especial contiguo, onde se situaba o vaso. Con todo, a súa apertura demorouse en diferentes ocasións, o que tamén coñecemos este ano (Q/13079/16), aínda que finalmente informouse que se poñería en funcionamento o 2 de decembro de 2016, é dicir, cun atraso de meses. Tamén recibimos queixas dos pais, nais e titores de usuarios do Souto de Leixa pola falta de constitución formal dos órganos de participación e pola imposibilidade de acudir ás visitas institucionais ás instalacións (Q/23072/16). No curso da queixa a consellería comprometeuse a constituír formalmente os órganos de representación e participación previstos na normativa e que se vixíe pola inspección; e a informar de forma individualizada sobre o estado dos usuarios mediante un sistema de persoal responsable e horarios de titorías, que tamén comprobará a inspección. Destaca a dificultade das persoas con discapacidade intelectual no tránsito da educación especial á atención á dependencia ao cumprir a idade establecida (ata 21 anos). Nese momento deberían contar cunha expectativa de cambio que garantise a continuidade do servizo adecuado, sen períodos de desatención. Despois das nosas intervencións a consellería cambiou a súa posición e anunciou que regularía a continuidade das persoas que finalizan o ciclo educativo na mesma entidade. O cambio fai posible a continuidade por arraigamento, como comprobamos no caso de varios usuarios dun centro asociativo de Vilagarcía de Arousa (Q/13771 a 13774/15 e Q/14272/15). En definitiva, posibilítase a permanencia nos centros nos que recibiron o ciclo educativo mediante a incorporación de prazas do sistema de dependencia. A consellería tamén comprometeuse a mellorar a disposición de prazas para a continuidade dos usuarios de centros asociativos mediante concertos sociais. Adoptáronse medidas recomendadas para evitar o desarraigamento das persoas con discapacidade intelectual mediante a súa permanencia no centro ao cumprir a idade límite de educación especial e o fomento dos concertos sociais Unha asociación de autismo transmitiu a súa difícil situación por ter que devolver parte da subvención recibida por problemas nas xustificacións (Q/126/16). A actuación da administración xustificouse, pero era conveniente apurar as posibilidades para impedir o prexuízo á asociación e aos seus usuarios. A consellería requiriu un informe da asesoría xurídica para evitar ou minorar no posible os prexuízos. Un neno con TEA (autismo) non podía estar co seu can de apoio na fila de entrada ao colexio (Q/14593/15), polo que entramos en contacto coa dirección e coa Consellería de Política Social, que se mostraron partidarios de facilitar ese apoio xustificado, para o que contactarían coa delegación territorial da consellería competente en educación, co que o asunto se resolveu sen recibir noticia de ningún incidente posterior. 6. A necesidade de resolver as carencias de accesibilidade Seguimos recibindo un bo número de queixas por falta de accesibilidade ou de adaptacións razoables. Constatamos que se necesita seguir mellorando, polo que reclamamos das administracións políticas activas e esixentes en materia de accesibilidade. O 4 de decembro do 2017 vence o prazo legal para a adaptación de moitos lugares e servizos. Por iso iniciamos un informe especial sobre accesibilidade, que pretendemos presentar no Parlamento de Galicia coincidindo con esa data. Para iso solicitamos a colaboración das organizacións máis representativas en Galicia dos diferentes sectores da diversidade funcional (COGAMI, ONCE, FADEMGA-Plena Inclusión- e da Federación galega de asociacións de xordos, todos integrantes do CERMI). Con elas asinamos un compromiso de colaboración para que acheguen a súa perspectiva dos problemas de accesibilidade das persoas con discapacidade física, visual, auditiva ou intelectual en Galicia. Agradecemos a todas estas organizacións a súa colaboración. En decembro de 2017 acaba o prazo para moitas adaptacións; estamos a redactar un Informe Especial sobre accesibilidade coas organizacións máis representativas Resaltamos a importancia do “prazo legal” para as adaptacións pendentes debido a que moitas respostas a queixas consisten en lembrar sen máis que aínda non venceu ese prazo. Pola nosa banda rexeitamos esa simplificación e adoitamos lembrar que as adaptacións progresivas esixen unha planificación e deben executarse de forma continuada durante o amplo prazo concedido. Se todas ou a maior parte esperan ao último momento o previsible é que non se realicen. A administración debe esixir tal planificación e o seu cumprimento. Lembrámolo en numerosas valoracións dirixidas a diferentes consellerías e subliñámolo nos informes dirixidos ao Parlamento. Ante a proximidade da data límite, se non se dá conta de adaptacións realizadas, da planificación das pendentes e do cumprimento dun calendario realista, á chegada desa data atoparémonos coa crúa realidade do incumprimento de moitos aspectos desta importante cuestión e con iso coa vulneración dos dereitos recoñecidos desde hai tempo, pero que desgraciadamente seguen sen cumprirse, a pesar da ampla marxe temporal que se deixou para iso. Ademais, aínda non se desenvolveu a Lei 10/2014, de accesibilidade (Q/282/16). A Consellería de Política Social respondeu que ten previsto que o texto legal se aprobe no segundo trimestre de 2017, polo que estaremos atentos ao cumprimento deste compromiso, que constitúe unha necesidade. Non se desenvolveu a lei de accesibilidade; comprometeuse para o segundo trimestre de 2017, ao que estaremos atentos Neste terreo xogan un papel principal os plans municipais de accesibilidade, que deben desenvolverse progresivamente e culminarse en moitos puntos na data límite sinalada. Ante as diferentes queixas relativas ao Concello de Ames este deu conta do seu plan de accesibilidade e da súa implantación progresiva, citando diferentes adaptacións. Este ano recibimos queixas polas carencias de taxis adoptados (Q/63717/16) e prazas reservadas para persoas con mobilidade reducida nese concello (Q/64935/16), aínda que finalmente informounos de que solucionaría ambas as circunstancias; fixera un estudo sobre as prazas, estaba a executar as melloras e acabaríaas en abril de 2017. Tamén se promoveron queixas pola falta de accesibilidade en edificios públicos dese concello (policía local, oficinas de urbanismo, xulgado de paz, rexistro civil e outras), cuxa adaptación se comprometeu (Q/63716/16, Q/63621/16 e Q/133/16). En Santiago investigamos a falta de atribución dunha praza de garaxe adaptada para unha persoa con mobilidade reducida nun edifico de nova promoción (Q/23999/14). A promotora non deu explicacións, polo que a consellería competente finalmente informounos de que “ante a falta de resposta” advertiu da posibilidade de sancionar á empresa (Ruafer), polo que estaba a adoptar as medidas adecuadas. Tratouse a falta de accesibilidade dunha casa como consecuencia do recrecemento da estrada próxima, que impedía a saída a unha persoa usuaria de cadeira de rodas de Abadín (Q/23517/15 e Q/12414 a 12470/16). Despois de diferentes intervencións ante o concello este comprometeuse a realizar as adaptacións necesarias. En Lugo reclamáronse varias actuacións que finalmente executou o concello (Q/85/16). Confirmamos deficiencias en accesibilidade en campamentos de verán organizados pola administración autonómica (Q/63585/16); despois da nosa actuación a consellería comprometeuse a determinadas actuacións para solucionar os problemas de accesibilidade e a garantir a correcta autonomía dos usuarios nas instalacións de Gandarío. Pola súa banda, o centro público de atención María Mariño, da Coruña, comprometeuse a reparar a rampla que quedara inutilizada (Q/13262/15). Para coñecer a accesibilidade nos transportes urbanos (autobuses) iniciamos unha actuación de oficio na que reclamamos información a todos os concellos (Q/402/16). Os medios de comunicación e diferentes queixas indicaban que a maior parte dos autobuses urbanos xa están adaptados para persoas con discapacidade, pero seguen tendo problemas para usalos. O presidente da Confederación Galega de Persoas con Discapacidade (COGAMI) cita como exemplo a protesta dun actor que parou varios autobuses en Madrid porque non o deixaban subir coa súa cadeira de rodas. Cualifica de pésima a accesibilidade ao transporte urbano nas cidades de Galicia; ou as paradas ou o vehículo non están adaptados. Os medios sinalaron que en Santiago de Compostela dous buses non contaban con rampla e noutro non funcionaba. Ademais, se a rampla é manual necesítase un acompañante, polo que se solicitou ao concello que modificase a ordenanza para eliminar a obrigatoriedade do acompañante, o que se rexeitou en 2014. Dos 52 vehículos, 18 teñen rampla automática e 23 manual. O concello sinalou que aínda non se cumpriu o prazo legal. Outros concellos afirman que a maioría da súa frota de buses urbanos está adaptada a persoas con discapacidade. Na Coruña e Ferrol o 100 % contan con rampla. Na primeira había algún bus de reposto sen adaptar, pero a empresa estaba a acabar a súa adaptación. Con todo, é habitual que os usuarios os vexan sen adaptar. Ferrol conta con 17 buses (13 circulan a diario), todos adaptados. Con todo, os afectados relatan as súas dificultades (algúns só contan cun espazo e non poden subir dúas persoas, ás veces o espazo está ocupado por carros de bebes, non son capaces de chegar ao condutor para aboar o billete e é el quen ten que desprazarse, e en ocasións ten que deixar o seu posto para accionar a rampla manual). En Ferrol deuse un caso similar ao protagonizado polo actor. En Vigo (121 buses) o 90 % están adaptados. Con todo, obsérvase que moitos autobuses pasan de longo porque a rampla está avariada. Pasan varios autobuses ata que chega ao que poder subir con normalidade. En Lugo 17 dos 22 autobuses son accesibles. Coa nova concesión adaptaranse o 100 %. E Ourense conta con 29 autobuses adaptados sobre unha frota de 38, e cun tren que vai ás termas (existen dúas unidades). A estes inconvenientes súmase que moitas paradas non teñen marquesiña e outras están no medio da estrada. O transporte interurbano por estrada atópase en peor situación, como sinala COGAMI. Hai empresas que teñen algún autobús de piso baixo, pero hai que avisar con varios días de antelación para telo dispoñible e para que a empresa “desmonte” os asentos; á volta non podes utilizalo. O presidente de COGAMI cualifica a situación de “terceiromundista”. O problema nas contornas rurais é aínda máis grave, con paradas afastadas das vivendas. Moitas respostas a queixas sobre este asunto consisten en lembrar que aínda non venceu o prazo de adaptación. Pola nosa banda rexeitamos esa simplificación, como xa desenvolvemos anteriormente. A resposta dos concellos con servizo de transporte urbano foi a seguinte: -Santiago de Compostela: conta con 41 autobuses adaptados (78,8 %), 18 con rampla automática e 23 con rampla manual. A distribución faise en función da demanda de viaxeiros con mobilidade reducida. O concello engade que “na actualidade está a prepararse a documentación para a prestación do servizo de transporte colectivo urbano de viaxeiros que dará cumprimento estrito á totalidade da normativa en materia de accesibilidade”. -A Coruña: dispón de 93 autobuses totalmente adaptados e con locución e aviso visual de parada. -Vigo: toda a frota dispón de sistema de accesibilidade a través de plataforma eléctrica e sistema Kneeling. Tamén dispón dun servizo porta a porta. Ademais, realizaranse revisións semanais dos sistemas de accesibilidade de toda a frota e mantementos mensuais dos sistemas, creación dun protocolo de incidencias, e plan de substitución de ramplas avariadas (en 2015, 7, e en 2016, 5). Tamén se adquiren novos vehículos con sistemas máis avanzados de accesibilidade. -Ourense: sinala que “para setembro (de 2016) sae a concurso a concesión do transporte urbano, onde o prego de condicións obriga á retirada de todos os vehículos que non teñan ramplas PMRSR”. -Lugo: ten 25 autobuses e todos teñen plataforma accesible, 11 con dobre plataforma (manual e eléctrica). Coas respostas proporcionadas constátase un continuado avance na accesibilidade do transporte urbano en Galicia e unha adecuada planificación para o cumprimento total das esixencias de adaptación no momento en que venza o prazo legal, para o que queda pouco tempo. É preocupante o estado das adaptacións dos vehículos de transporte interurbano. Estes problemas examinarémolos con detalle no próximo informe especial sobre accesibilidade que presentaremos ao Parlamento de Galicia. Constátense avances na accesibilidade do transporte urbano e unha adecuada planificación, pero é preocupante o estado das adaptacións do transporte interurbano En Vigo coñecemos que a empresa concesionaria comprometeuse a mellorar a situación despois de pedir desculpas a un usuario afectado. Permanecemos atentos a esas melloras, que trataremos no informe especial sobre accesibilidade. Máis comúns son as deficiencias nos autobuses interurbanos (Q/282/16), respecto dos que se comproban carencias con frecuencia, aínda que deben quedar solucionadas pronto, o que testaremos a través do citado informe especial. Unha asociación referiuse á falta de accesibilidade na estación de FF.CC. do Barco de Valdeorras (Q/64859/16), o que confirmamos, a pesar do cal a empresa pública responsable (dependente do Estado) non deu conta de futuras melloras. Na Q/14364/15 poñíase de manifesto que un menor con discapacidade intelectual non podía seguir os seus estudos cando debía empezar a súa etapa non obrigatoria debido á retirada do taxi que antes asumía a consellería de educación, á non adaptación do transporte interurbano e escolar, e á falta doutros recursos, como o 065 (Q/14364/15). As respostas dos órganos informantes adaptábanse aos preceptos que mencionaban. Con todo, o seu efecto e a falta de medidas de promoción levaban a confirmar a queixa, o que era tanto como confirmar a inxustiza de que esta persoa non poida proseguir os seus estudos comúns non obrigatorios, o bacharelato, nas mesmas condicións que outras persoas, polo que consideramos necesario buscar solucións. Anunciouse unha convocatoria de axudas para sufragar estes gastos (Consellería de Política Social); que se tramitarían medidas urxentes para actualizar o sistema de transporte público e se contactaría coa empresa concesionaria da zona para informala da necesidade de destinar os vehículos accesibles aos servizos demandados (Consellería de Infraestruturas e Vivenda); e que o 065 comezou a realizar algún traxecto. Pola súa banda, noutras queixas reclamáronse axudas para a adaptación de coches, que a consellería non presta (Q/589/16). Indicamos que no informe especial sobre accesibilidade incluiremos un estudo sobre a materia e un comentario para que se cren as axudas que se consideren. Si existen beneficios fiscais (exención do imposto de matriculación, de circulación e rebaixa no IVE). Tamén existen axudas da Consellería de Infraestruturas e Vivenda para a adquisición de taxis adaptados (https://www.xunta.gal/dog/Publicados/2016/20160715/AnuncioG0423-300616- 0001_gl.html). As asociacións de persoas xordas puxeron de manifesto a necesidade de instalar bucles magnéticos en lugares de uso público. Con motivo da visita da valedora a Pontevedra un grupo de persoas con discapacidade auditiva reclamou pola ausencia dese servizo en Pontevedra (Q/1081/16). A Consellería de Política Social respondeu que estaba a tramitar unha orde para subvencionar a través dos concellos melloras en accesibilidade, e entre as posibles melloras incluiría os sistemas de comunicación a toda a poboación, tales como bucles magnéticos. Pola súa banda o Concello de Pontevedra recoñeceu que aínda non os tiña nas súas dependencias, pero comprometeuse a instalalos. Tamén destacaron as carencias no acceso á cultura e o lecer das persoas con discapacidade auditiva, especialmente nos cines. En 2013 formulamos unha recomendación para promovelo; a consellería aceptouna, pero seguiron apreciándose importantes carencias (queixa de oficio Q/13680/15), posto que faltaba a tecnoloxía adecuada (lentes especiais ou atrís). Expomos á Consellería de Política Social a necesidade de promover o acceso normalizado. Comprometeuse a proporcionar ás asociacións, aos cines ou ás persoas xordas os medios complementarios que permitan gozar do lecer nas salas de cine. A Consellería de Política Social respondeu positivamente ás nosas recomendacións para axudar á accesibilidade das persoas con discapacidade auditiva ao lecer, fundamentalmente ao cine, e a instalar bucles magnéticos Reclamamos a creación de prazas personalizadas para persoas con mobilidade reducida, algo que xa existe nalgunhas cidades galegas. O Concello de Santiago de Compostela comprometeuse a iso, aínda que sen data de execución, polo que insistimos niso. 7. A chegada de refuxiados e a necesidade de mellorar as políticas de apoio Un dos problemas de maior alcance ao que nos enfrontamos na actualidade en Galicia e no resto de España e Europa é a chegada masiva de solicitantes de asilo e refuxio. Ante iso reclamamos (en unión co resto dos Defensores do Pobo Autonómicos) unha política máis activa e eficaz. Tamén solicitamos información da Xunta de Galicia (Consellería de Política Social) co fin de coñecer a situación actual das súas políticas de acollida e como se desenvolven ante o aumento das necesidades. Os Defensores do Pobo Autonómicos reclamamos unha política máis activa e eficaz para abordar a chegada masiva de solicitantes de asilo e refuxio e respectar a súa dignidade e dereitos Tanto os trámites para dar resposta ás solicitudes (no marco do Dereito Internacional e do ordenamento interno) como o programa de recolocacións e reasentamentos son materias de competencia estatal, que se planifican e xestionan polo ministerio competente a través do citado programa. Pola súa banda, as competencias en materia social das administracións autonómicas exércense (con posterioridade) en Galicia pola Consellería de Política Social. Con todo, debido ao carácter horizontal da materia, que se refire a moitos ámbitos, a intervención doutras consellerías é moi relevante (vivenda, educación, sanidade). A xestión do programa autonómico corresponde ás entidades ACCEM e Cruz Vermella. Segundo a Consellería de Política Social, as dúas entidades xestoras informan de que na actualidade hai 144 persoas refuxiadas en primeira e segunda fase. Estas persoas están repartidas entre as catro provincias galegas, nas localidades de Sarria, Coruña, Vigo e Carballeda de Valdeorras, concentrándose maioritariamente na Coruña. Trátase de persoas de nacionalidades diversas; entre as máis significativas están Venezuela, Siria, Iraq, Honduras e Ucraína, e en moitos casos trátase de familias con menores. A consellería informou de que colabora con esas entidades facilitando e resolvendo os problemas que poden xurdir na acollida, entre os que destacan os recursos residenciais que facilita o IGVS en distintas localidades, a escolarización dos menores, o acceso ás prestacións sanitarias e o acceso aos servizos sociais nas localidades de residencia. A Dirección Xeral de Inclusión Social mantén reunións de coordinación periódicas coas entidades xestoras do programa para coñecer e tratar de resolver as dificultades que se expoñan. Segundo a información que transmite o ministerio, a previsión é que nos próximos meses se axilice de forma notable a xestión das recolocacións e reasentamentos, polo que é probable que se dupliquen as prazas en Galicia. Permanecemos atentos á correcta xestión das nosas competencias para abordar adecuadamente esta grave situación que afecta os dereitos humanos de moitas persoas. Ante a crise humanitaria que afecta a numerosísimos refuxiados en Europa os Defensores do Pobo Autonómicos (Andalucía, Cataluña, Canarias, País Vasco, Aragón, Comunidade Valenciana, Castilla y León, Navarra e Galicia) fixemos pública unha declaración na que mostramos a nosa consternación pola situación que afecta os solicitantes de asilo e refuxio en todo o continente, mentres os Estados membros da Unión Europea tramitan poucos procedementos de acollida (“con contagotas”). Reclamamos que se adopten con rapidez medidas destinadas a protexer eficazmente a vida, a integridade, os dereitos e a dignidade de centos de miles de seres humanos, moitos deles nenos, obrigados a fuxir dos seus países debido a conflitos devastadores, merecedores de protección internacional. Denunciamos o escaso cumprimento dos compromisos de recolocación e reasentamento das persoas refuxiadas en toda a Unión Europea e en particular en España, o que impide que as CCAA poidamos cumprir as funcións de acollida. Reclamamos a superación do lento sistema actual de acollida e que se favoreza a coordinación coas CCAA para posibilitar unha xestión máis rápida e capaz que permita dar resposta á magnitude do problema. Constatamos que ata agora non se ofreceu unha resposta adecuada aos solicitantes, o que fai precisas outras estratexias para afrontar o “cataclismo humanitario ao que se está enfrontando Europa”. Na mesma dirección pronúnciase a Declaración de Tirana, do 8 de setembro de 2016, asinada polo Instituto Internacional do Ombudsman (IOI) e a Federación Iberoamericana do Ombudsman (FIO), organizacións ás que pertence o Valedor do Pobo (tamén a rubricaron a Asociación dos Ombudsman do Mediterráneo -AOM- e a Asociación dos Ombudsman da Francofonía -AOMF-). Para coñecer en detalle a posición dos defensores das CCAA poden consultarse os seguintes documentos: -Declaración conxunta dos Defensores do Pobo Autonómicos ante a crise humanitaria dos refuxiados e -O papel das Comunidades Autonómicas na actual crise de refuxiados; apuntamentos para a súa análise. As diferentes queixas sobre o curso de procedementos de solicitude de refuxio e asilo foron trasladas á Delegación do Goberno en Galicia e á Consellería de Política Social (por exemplo, Q/64081/16). 8. A falta de pagamento das pensións de Venezuela Iniciamos unha actuación de oficio ante a preocupación pola falta de pagamentos das pensións de persoas que traballaron e cotizaron en Venezuela. Recibíronse numerosas comunicacións por diferentes medios que daban conta de amplos atrasos nos pagos das pensións de españois, moitos deles galegos, que desenvolveron toda ou parte da súa vida laboral en Venezuela e que retornaron a España. Posteriormente recibíronse diferentes queixas polo mesmo asunto (Q/63732/16, Q/63782/16 e outras). Algúns efectos dos atrasos poden ser desafiuzamentos de vivendas, cortes de subministracións domésticas ou ter que reclamar axudas sociais ou aprazamentos de débedas. Tras confirmar esta realidade a Valedora do Pobo dirixiuse ao Defensor do Pobo da República Bolivariana de Venezuela para solicitar a súa colaboración “en prol da pronta restitución dos dereitos das persoas afectadas”. Hai moitos meses que o Instituto Venezolano de Seguros Sociais non paga estas pensións, o que está a provocar graves situacións persoais e familiares no ámbito económico e social. Recentemente coñecemos o caso dunha persoa á que non se paga desde hai 16 meses. Á vista da falta de resposta desde Venezuela pedimos a mediación do presidente da Federación Iberoamericana do Ombudsman (FIO), á que pertencemos tanto o Defensor venezolano como o Valedor. Realizamos diferentes accións ante a preocupación pola falta de pagamentos das pensións de persoas que traballaron e cotizaron en Venezuela, moitas galegas 9. A atención ás persoas sen teito Desde hai tempo coñecemos dúas queixas pola situación de varias persoas sen fogar e o seu comportamento contrario á ordenanza de convivencia de Santiago de Compostela (Q/35804/15 e Q/39390/15). Os veciños e empresarios do centro histórico padecen frecuentes alteracións das normas de convivencia (ouriñar e defecar, consumir bebidas na vía pública, increpar ou asustar aos transeúntes…), polo que moitos cidadáns evitan a zona. Tras estes feitos existe un problema social do que son vítimas persoas sen fogar nin traballo, tal e como relatan as propias queixas, polo que reclaman que se lles preste auxilio, pero tamén que se garantan os dereitos dos demais. A situación confirmouse pola ampla documentación solicitada, en especial o informe da policía local de Santiago de Compostela. O concello aceptou a existencia do problema e a necesidade de solucionalo. Como detallamos no pasado informe, realizamos un intenso labor de información e mediación, que continuamos este ano, co fin de promover solucións urxentes, atender aos afectados e evitar as continuadas alteracións das normas de convivencia cívica. O concello puxo en marcha programas de atención (pisos con características específicas, entre outras medidas), pero despois de moito tempo a situación segue igual. Tamén reclamou a participación das outras administracións, en especial a autonómica. Dado que a situación de ambos os problemas segue sendo a mesma ao peche do informe atopámonos redactando unha recomendación para que o Concello de Santiago de Compostela aborde urxentemente a situación persoal e social dos protagonistas e se garantan os seus dereitos, por medios propios, en colaboración coas outras administracións con competencia na materia, ou por derivación a medios alleos, en razón da avaliación conxunta das circunstancias; e para que de forma urxente faga cumprir as normas municipais en materia de convivencia, posto que desde hai tempo se producen habituais conculcacións. Permanentemente estanse incumprindo as normas mínimas de convivencia, o que resulta de competencia municipal. Deben achegarse os recursos asistenciais precisos en razón das circunstancias, sen que iso prevaleza ou anule o debido respecto aos dereitos do resto das persoas, como sucede. Recomendaremos ao Concello de Santiago de Compostela que garanta os dereitos das persoas sen fogar e faga cumprir as normas municipais en materia de convivencia, que desde hai tempo se conculcan habitualmente 10. A atención sociosanitaria a persoas con enfermidade mental Tamén este ano apreciamos carencias en materia sociosanitaria para a atención das persoas con enfermidade mental. A atención da Consellería de Sanidade faise desde a perspectiva da rehabilitación, a integración e a loita contra o estigma para a normalización mediante recursos hospitalarios e ambulatorios, segundo sinala. En cando aos recursos sociosanitarios, as persoas con trastorno severo con déficit funcional recuperable contan con dotacións específicas para ser atendidos; o SERGAS conta con 540 prazas para a atención do trastorno de longa evolución. Ademais, existen recursos complementarios non hospitalarios para persoas con trastorno mental crónico e severo, as unidades de apoio comunitario (pisos protexidos, unidades de apoio social intermedio e unidades residenciais). O SERGAS dispón de 192 prazas en pisos protexidos, 904 prazas en centros de rehabilitación social e 119 prazas en unidades residenciais. Tamén no ámbito sociosanitario as Consellería de Sanidade e de Política Social asinaron un convenio para o traballo conxunto de apoio e atención ás persoas con enfermidade mental de duración prolongada, curso crónico e estabilizadas desde o punto de vista sanitario. A Consellería de Política Social facilita a derivación das persoas que estean en situación de discapacidade e/ou dependencia a centros residenciais de promoción da autonomía ou atención á dependencia axustados ás súas necesidades psicosociais, sempre que non dispoñan de rede social adecuada, e o SERGAS facilita o apoio ao centro para os coidados sanitarios, en especial a saúde mental, e desenvolve un programa de formación continuada dos profesionais dos centros para os coidados de persoas con trastornos mentais. Así pois, a consellería competente en materia sanitaria conta con recursos específicos en materia sociosanitaria para a atención das persoas con enfermidade mental, pero tamén se fan derivacións a centros de promoción da autonomía e atención a dependencia de persoas estabilizadas. Neles non se descoida a atención á saúde mental; nos devanditos centros facilítase apoio para os coidados específicos e proporciónase formación dos profesionais. O exposto non quere dicir que a non se dean situacións nas que os recursos non resulten adecuados, o que habería que examinar de forma individual. Os servizos sociais normalmente orientan a súa actuación cara ao sistema de dependencia, que non sempre ten recursos específicos para atender este tipo de situacións, como comprobamos nalgunha queixa (Q/12487/16). Pero dispón de recursos de carácter sanitario ou sociosanotario (hospitalarios, extrahospitalarios, recursos de máis longa estancia, recursos sociosanitarios de ambas as consellerías…), como vimos. Non obstante, é común apreciar certas carencias no terreo sociosanitario, polo que realizaremos un estudo monográfico da materia. A administración autonómica conta con recursos sanitarios e sociosanitarios para atender ás persoas con enfermidade mental, pero aprécianse carencias neste último aspecto Na queixa Q/597/16 o Movemento Galego da Saúde Mental sinala que se dan ingresos de persoas con enfermidade mental en residencias non adecuadas; como exemplo sinala que unha enferma morreu por atragoamento nunha residencia para anciáns e discapacitados intelectuais. Con todo, unha posible relación causa-efecto do falecemento e a falta de atención adecuada coñeceríase no procedemento derivado da denuncia dos seus familiares, polo que serían estes os que coñecerían os detalles e no seu caso poderían promover as accións que considerasen. 11. As axudas por fillos menores de 3 anos A denegación de axudas por fillos menores de 3 anos motivou novas queixas (por exemplo, Q/396/16). A dedución autonómica por nacemento ou adopción de fillos non se pode facer por quen carece da obrigación de declarar, polo que se crean axudas equivalentes; con todo, en ocasións existe a obrigación de declarar sen que á súa vez se poida ser beneficio da dedución, a pesar de tratarse de situacións económicas precarias. Trátase dunha situación inxusta, o que trasladamos á consellería, que respondeu que estudaría a nosa petición. Concluíu que supoñería un incremento de gasto non consignado que resulta inviable na actualidade, aínda que seguirá estudando esa posibilidade. Pero ao tempo informou de que adoptara medidas na liña indicada; incrementara o orzamento destinado á prestación (de 1,8 millóns a 3 millóns en 2016), e puxo en marcha novas medidas de apoio, como as axudas directas de 1.200 € por nacemento ou adopción de menores dun ano, dotada con 18 millóns e que chegará a 8 de cada 10 familias. Como resposta ao criterio que lle trasladamos a Consellería de Política Social aumentou o orzamento para axudas por fillos menores de 3 anos e puxo en marcha novas medidas por nacemento ou adopción 12. Queixas non admitidas a trámite e remitidas a outros defensores Só 12 queixas (4,38%) non foron admitidas a trámite por carecer dos requisitos formais establecidos na lei do Valedor do Pobo (art. 18) ou por concorrer as circunstancias enumeradas nos seus arts. 20 e 21. As circunstancias que motivan a non admisión son o coñecemento xudicial presente ou pasado da queixa; a non actuación previa da administración competente; a ausencia de indicios de actuación irregular da administración; e a natureza xurídico-privada do problema. En calquera caso, sempre se comunica a inadmisión, explícase o motivo desa decisión, e infórmase ao interesado do máis oportuno na defensa dos seus dereitos ou intereses lexítimos, se observamos que existe unha posible actuación alternativa. Pola súa banda, 3 queixas remitíronse á defensora del pueblo (1,09%), por tratarse de asuntos de competencia da Administración Xeral do Estado. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR D O POBO RESOLUCIÓNS DA ÁREA DE SERVIZOS SOCIAIS Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/12585/15 Contía do copago dunha residencia pública Consellería de Política Social 23-03-16 NON ACEPTADA Q/12585/15 2 e 3 Q/266/15 Non prestación de horas aprobadas do servizo municipal de axuda no fogar Consellería de Política Social 4-04-16 ACEPTADA Q/266/15 Concello de Camariñas NON ACEPTADA 4 Q/13021/15 Atraso na atención á dependencia Consellería de Política Social 20-06-16 ACEPTADA PARCIALMENTE Q/13201/15 5 Q/224/16 Denegación de exención do IVTM a unha persoa con discapacidade por incapacidade laboral Deputación Provincial da Coruña 30-09-16 ACEPTADA PARCIALMENTE Q/224/16 6 Q/1134/16 Atraso no ingreso en residencia (lista de espera) Consellería de Política Social 04-01-17 PENDENTE Q/1134/16 7 Q/13364/16 Denegación de exención do IVTM a unha persoa con discapacidade por incapacidade laboral Concello de Oleiros 03-01-17 PENDENTE Q/13364/16 V - CONSIDERACIÓNS FINAI S A maioría das queixas da área refírense a situacións de exclusión ou risco de exclusión social, en aumento desde o comezo da crise, a atrasos na atención á dependencia, e á conculcación de dereitos de persoas con discapacidade. As queixas por exclusión social ou risco de caer nela requiren unha resposta inmediata; se non se tramitan, resolven e executan con prontitude perden o seu sentido. A maioría das queixas por risgas xa non se refiren a demoras; aínda así, confirmamos as reclamacións por atrasos que recibimos, pero eses atrasos non se prolongaron, posto que a resposta ás queixas adoita acompañarse da resolución. As queixas relativas a risgas centráronse na súa retirada ou suspensión ou na falta de recoñecemento de complementos. Isto último débese en gran medida a que aínda non se desenvolveu a lei. Realizamos numerosas actuacións en contra de desafiuzamentos e de determinadas cláusulas abusivas de entidades financeiras en contratos de hipoteca. Tamén foron necesarias actuacións contra a pobreza enerxética. As queixas en materia de dependencia seguen referíndose a atrasos, pero en menor medida, sobre todo despois de que numerosas actuacións da institución conseguisen erradicar unha mala praxe que atrasaba moitos expedientes (prolongados atrasos nas solicitudes de prestacións económicas por coidados na contorna familiar). Agora a maior parte das queixas por dependencia se refiren a problemas cos copagos, a diminución das libranzas ou as listas de espera para servizos. As reducións das prestacións ou os aumentos de copagos fixéronse de acordo coa legalidade, pero prexudicaron os usuarios e as súas familias. É conveniente buscar unha fórmula que permita respectar o mínimo vital dos copagos cando se reciben rendas análogas ás prestacións de dependencia e ampliar as compensacións por falecemento sen atención mediante un procedemento simplificado e rápido que evite acudir a outras vías. As prazas residenciais son escasas, sobre todo nas contornas urbanas, algo que poñemos de manifesto desde hai tempo. A consellería respondeu positivamente á advertencia de falta de prazas e anunciou medidas para corrixila, entre elas a creación de 7 novas residencias nas cidades. En materia de atención á discapacidade son frecuentes as queixas por falta de accesibilidade ou adaptacións. En decembro de 2017 acaba o prazo para moitas delas, polo que estamos a redactar un Informe Especial sobre accesibilidade coas organizacións máis representativas de defensa dos dereitos das persoas con diversidade funcional (ONCE, COGAMI, FADEMGA-Plena Inclusión e Federación de asociacións de persoas xordas). Moitas respostas a queixas consisten en lembrar sen máis que aínda non venceu ese prazo. Pola nosa banda rexeitamos esa simplificación e adoitamos lembrar que son necesarias adaptacións progresivas, planificadas e executadas de forma continuada durante o amplo prazo concedido. A Consellería de Política Social respondeu positivamente ás nosas recomendacións para axudar a que as persoas con discapacidade auditiva accedan aos centros de lecer, fundamentalmente aos cines, e a instalacións con bucles magnéticos. Non se desenvolveu a lei de accesibilidade, aínda que a consellería competente comprometeuse a que o desenvolvemento se aprobe no segundo trimestre de 2017. Recomendamos a tarxeta de discapacidade para facilitar a acreditación e este ano a Consellería de Política Social púxoa en marcha. Danse casos de falta de equiparación das persoas declaradas incapacitadas laboralmente coas persoas con discapacidade, sobre todo no ámbito local, polo que se expón a conveniencia de acreditar esta forma de discapacidade (equiparada legalmente) mediante o carné ou de calquera outra forma que evite estas situacións. Insistimos na necesidade dunha cota para persoas con discapacidade intelectual nas probas de ingreso na administración. Este ano convocáronse as primeiras prazas e anunciouse que a reserva se estendería ás listas de emprego temporal. Tamén se adoptaron medidas recomendadas para evitar o desarraigamento das persoas con discapacidade intelectual mediante a permanencia no seu centro ao cumprir a idade límite de educación especial, coa creación de prazas do sistema de dependencia, e co fomento dos concertos sociais. Os Defensores do Pobo Autonómicos reclamamos unha política máis activa e eficaz para abordar a chegada masiva de solicitantes de asilo e refuxio e respectar a súa dignidade e dereitos. Realizamos diferentes accións para que cese a falta de pagamento pensións de persoas que traballaron e cotizaron en Venezuela, moitos delas galegas. Coñecemos que permanecen sen garantía os dereitos das persoas sen fogar no centro histórico de Santiago de Compostela, polo que reclamamos do concello que aborde a súa situación e tamén faga cumprir as normas municipais en materia de convivencia, da súa competencia, posto que desde hai tempo se conculcan habitualmente. A administración autonómica conta con recursos sanitarios e sociosanitarios para atender ás persoas con enfermidade mental, pero aprécianse carencias neste último aspecto. Por iso pretendemos realizar un documento especial sobre a materia. Como resposta ao criterio que lle trasladamos a Consellería de Política Social aumentou o orzamento para axudas por fillos menores de 3 anos e puxo en marcha novas medidas por nacemento ou adopción. ÁREA DE EMIGRACIÓN E TRABALLO I. INTRODUCIÓN A área de emigración e traballo abarca as materias relacionadas con emigración e inmigración, traballo e seguridade social. Nesa área recíbese un volume importante de queixas cuxa competencia corresponde ao Defensor del Pueblo xa que, pola materia que se contempla no apartado de traballo e seguridade social, boa parte das actuacións administrativas obxecto de supervisión correspóndense con órganos dependentes da Administración central do Estado (solicitude de pensións, prestacións de desemprego, recoñecemento de incapacidades, etc.). No que se refire á área de traballo e seguridade social, o Estado ten competencia exclusiva sobre a lexislación laboral, sen prexuízo da súa execución polos órganos das comunidades autónomas (artigo 149.1.7º). No artigo 29.1 do Estatuto de autonomía de Galicia establécese que corresponde á Comunidade Autónoma a execución da lexislación do Estado en materia laboral, asumindo as facultades, competencias e servizos que neste ámbito, e no nivel de execución, ostenta actualmente o Estado con respecto ás relacións laborais, sen prexuízo da alta inspección de este. Así mesmo no artigo 33.2 establécese que en materia de seguridade social corresponderá á Comunidade Autónoma o desenvolvemento lexislativo e a execución da lexislación básica do Estado, salvo as normas que configuren o réxime económico da mesma. Correspóndelle tamén á nosa comunidade a xestión do réxime económico da seguridade social en Galicia, sen prexuízo da caixa única. A maioría das queixas que foron atendidas nesta área refírense a cuestións cuxa competencia lle corresponde ao servizo público de emprego de Galicia de forma que se admiten a trámite para seguir o procedemento habitual de investigación. Mediante o Decreto 289/1997, do 9 de outubro, a Comunidade Autónoma de Galicia asumiu as funcións e servizos transferidos pola Administración do Estado referidos á xestión realizada polo Instituto Nacional de Emprego no ámbito do traballo, o emprego e a formación, correspondéndolle á Consellería de Traballo e Benestar o exercicio das competencias e funcións, entre outras materias, no relativo ás políticas activas de emprego. Con data 5 de outubro de 2015 publícase o Decreto 116/2015, do 4 de outubro, polo que se establece a estrutura orgánica da Xunta de Galicia pasando a Consellería de Economía, Emprego e Industria a ter entre outras as competencias de propoñer e executar as directrices xerais do goberno no ámbito laboral, que engloba as competencias en materia de políticas activas de emprego e política laboral, a través da Secretaría Xeral de Emprego. Unha gran parte das queixas recibidas durante 2016 refírense a cuestións cuxa competencia lle corresponde ao Servizo Público de Emprego de Galicia, tramitándose todas elas ante a Secretaría Xeral de Emprego, afectando a maioría á Dirección Xeral de Orientación e Promoción Laboral. As queixas que facían referencia a cuestións relacionadas coa Seguridade Social unhas foron directamente tramitadas a través das distintas direccións provinciais afectadas e outras derivadas directamente ao Defensor del Pueblo, tal como exponse ao longo deste informe. II. DATOS CUANTITATI VOS No ano 2016 presentáronse 79 queixas nesta área. Foron admitidas a trámite 41 das cales 33 foron concluídas e 8 atópanse en tramitación. Foron remitidas ao Defensor del Pueblo 17 e 21 queixas foron inadmitidas. Total reclamantes Total asuntos Iniciaas 79 79 Admitidas 41 51,90 % 41 51,90 % Non admitidas 21 26,58 % 21 26,58 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 17 21,52 % 17 21,52 % A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 33 80,49 % 33 80,49 % En trámite 8 19,51 % 8 19,51 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2014 0 3 3 3 0 2015 7 13 20 20 0 III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓ Como queda sinalado no epígrafe anterior o número de queixas admitidas a trámite durante o ano 2016 foron 41. Xunto a elas tramitáronse 20 que se presentaron en anos anteriores. As queixas máis numerosas das admitidas a trámite refírense fundamentalmente a emprego, centradas esencialmente en cuestións que fan referencia aos cursos de formación, axudas para promoción de emprego autónomo, atrasos no pago de axudas concedidas para transporte e conciliación, axudas a desempregados en formación, sobre a titulación esixida para un curso de desemprego, sobre convocatoria de cursos AFD no ano 2015, etc., todas elas relacionadas coa Consellería de Economía, Emprego e Industria. Presentáronse tamén un número significativo de queixas contra o Instituto Nacional da Seguridade Social, unha gran parte delas motivadas por denegacións de solicitudes de incapacidade laboral. Outros asuntos sobre os que se presentaron queixas en relación ao INSS fan referencia a solicitude de pensión por falecemento da persoa coa que convivía, denegación da tarxeta sanitaria europea, alta médica a unha persoa que se considera incapacitada, solicitude de nova valoración da situación socio-sanitaria dun traballador autónomo, descontos na pensión de xubilación. Outras queixas presentadas fan referencia á información sobre riscos laborais, sobre o conxunto de ingresos dunha pensión contributiva do Reino Unido, etc. Como xa dixemos a maioría das queixas fan referencia a cuestiones relacionadas co emprego e a formación, e o INSS. Con todo cremos necesario detallar o contido dalgunha queixa máis para ter unha visión máis completa das cuestións que expoñen os cidadáns na oficina do Valedor do Pobo e que se tramitan nesta área. 1. Traballo Presentáronse bastantes queixas relativas a cursos de formación cuxa xestión corresponde ao Servizo Público de Emprego de Galicia. O Servizo Público de Emprego de Galicia integra todas as unidades da Administración autonómica que prestan servizos ou exercen funcións no ámbito das políticas activas de emprego na Comunidade Autónoma. Enténdense por políticas activas de emprego o conxunto de accións desenvolvidas nos ámbitos da orientación laboral, de mellora e capacitación das persoas demandantes e traballadores proporcionándolles formación e experiencia profesional, e de intermediación entre ofertas e demandas, para mellorar as posibilidades de acceso ao emprego por parte de persoas desempregadas, ou adoptar e actualizar os coñecementos e habilidades de persoas traballadoras que desexen mellorar o seu emprego. Todas as queixas presentadas nesta área gardan relación coas políticas activas de emprego desenvolvidas pola Xunta de Galicia. Aboamento incorrecto de axudas ao transporte en cursos de formación. Preséntansenos queixas por esta cuestión ao considerar que as axudas que perciben por este concepto non están a ser ben aboadas. Na queixa Q/71/16 indícasenos que lle corresponde unha axuda ao transporte con motivo da asistencia a un curso de formación subvencionado pola Xunta. Indica que o seu domicilio está noutro municipio situado a 30 Km do centro de formación, véndose obrigado a utilizar o seu vehículo particular. Aínda que está empadroado noutro municipio figura inscrito na oficina de emprego do municipio no que se celebra o curso. A Xunta abóalle en concepto de transporte a cantidade correspondente aos quilómetros que existen entre o centro de formación e o domicilio que figura na inscrición na oficina de emprego. Reclama que ten dereito a que lle paguen a cantidade correspondente aos quilómetros que existen desde o seu domicilio de residencia. Indícanos que presentou reclamación neste sentido e que foi desestimada. Solicitada información á Consellería de Economía, Emprego e Industria respóndennos dicindo que efectivamente o denunciante solicitou unha axuda de transporte en vehículo propio, por participar no curso 865/2015, ao amparo da Orde do 28 de maio de 2015, pola que se establecen as bases reguladoras e se procede á convocatoria pública de subvencións para a concesión de bolsas de axudas para persoas traballadoras e desempregadas que participan en accións formativas de formación profesional. Non puido ser atendida a súa reclamación porque a citada orde establecía que a axuda ao transporte en vehículo propio ten como domicilio de referencia o que figure na súa demanda de emprego e, en consecuencia, o que lle corresponde é a cantidade que multiplica 0.10 céntimos por 4 Km. e 74 días de asistencia. Concluíuse o expediente ao entender que non existía unha actuación irregular por parte da consellería que aplicou correctamente a norma que regulaba a convocatoria. Atraso nos pagos de axudas por cursos de formación. Son moi numerosas o número de queixas presentadas por este motivo e todas elas son similares. Axudas solicitadas e concedidas, cursos xa finalizados e demoras de varios meses no pago das mesmas. Facemos referencia a algunha da queixas. Na Q/296/16 infórmasenos que a pesar de transcorrer varios meses desde a finalización do curso non percibiu as axudas por transporte, minusvalías, fillos a cargo menores de 6 anos e itinerario personalizado de inserción, axudas concedidas e non abonadas. Solicitada a correspondente información comunícasenos que efectivamente con data 26/12/2016 aprobouse a resolución favorable á concesión da axuda solicitada, resolución fiscalizada o 06/04/2016 pola intervención territorial, atopándose pendente de pago. No expediente Q/292/16 infórmasenos que levan 9 meses sen percibir as axudas a desempregados en formación, atopándose nesta situación o 68 % das persoas con dereito a percibir esas axudas. Solicitada a información correspondente a Consellería de Economía, Emprego e Industria indica que o interesado presentou a solicitude de axuda o día 21/07/2015, aprobándose a dita solicitude o día 02/12/2015. Con data 11/04/2016 atópase o expediente pendente de fiscalización na intervención territorial e unha vez finalizado procederase ao aboamento da cantidade recoñecida. No expediente Q/366/16 infórmasenos que o día 21/07/2015 iníciase a acción formativa e o día 29/07/2015 solicita a axuda, finalizando a acción formativa o día 11/12/2015. O día 14/12/2015 a consellería informouno resolvendo a concesión dunha bolsa de asistencia vinculada a un itinerario personalizado de inserción (IPI), de 9 euros por día asistido. Ante o atraso no aboamento da axuda indícanos que se puxo en contacto telefónico en varias ocasións coa consellería sen obter ningún tipo de resposta, descoñecéndose cando se poderá levar a cabo o pago da axuda concedida. Solicitada información comunícasenos que con data 06/04/2016 fiscalizouse o pago pola intervención territorial e procederase ao aboamento da cantidade recoñecida. Idénticas ou similares situacións expóñensenos nos expedientes Q/406/16; Q/407/16; Q/430/16; Q/555/16, etc. En relación ao contido destas queixas nas que se pon de manifesto a demora no pago das bolsas e axudas a persoas desempregadas que participan en accións de formación profesional para o emprego debemos sinalar que xa no informe do ano 2015 faciamos referencia a esta cuestión. Non é posible aboar estas axudas no exercicio cando a concesión se produce nunha data na que o orzamento está pechado, tendo en consecuencia que aprazar os pagos para o exercicio seguinte. Como o orzamento non se abre ata xa avanzado o primeiro trimestre provoca que os expedientes de pago se demoren na súa tramitación ante intervención para a súa fiscalización, sen cuxo trámite non pode procederse ao aboamento da axuda recoñecida. Non entendemos as razóns que xustifican que axudas solicitadas en xullo se concedan en decembro, facendo imposible o seu pago no exercicio no que se celebran os cursos e provocando coa demora nos pagos serias dificultades en persoas que se atopan nunha situación de precariedade. No caso de que tivese que ser así entendemos que as accións orzamentarias de peche dun exercicio e apertura do seguinte deben realizarse no menor prazo posible para evitar demoras na tramitación de obrigacións formalmente recoñecidas evitando o prexuízo a terceiros. Outro tipo de queixas. Existen varias queixas nesta área que fan referencia a outras cuestións. Nos expedientes Q/902/16 e Q/12614/16 faise referencia á falta de resposta a senllos recursos de reposición tendo transcorrido longamente o prazo establecido pola lei para a súa resolución, resolvéndose, coa nosa intervención, en ambos casos. No expediente Q/63836/16 faise referencia ao mal funcionamento da páxina web do Servizo Público de Emprego de Galicia, en relación ao acceso co certificado e DNI da oficina virtual. Problema debido ás tarefas de mantemento vinculadas á renovación de certificados que obrigou a interromper o servizo durante uns días, estando plenamente operativo en todo momento o acceso por usuario e clave. No expediente Q/63726/16 pónsenos de manifesto o desacordo coa non admisión nun obradoiro de emprego, tramitada a queixa puidemos apreciar que se aplicaron os principios de igualdade, mérito, capacidade, transparencia e imparcialidade. Da casuística das queixas recibidas durante 2016 dedúcese que na súa gran maioría non se aprecian actuacións irregulares da administración en sentido estrito. Con todo entendemos que debe facerse unha reflexión relativa ao ámbito máis subxectivo dos casos, pois nas circunstancias que vivimos, cunha conxuntura económica complicada e socialmente sensible, cun nivel de paro aínda moi elevado, por parte dos servizos públicos debe de facerse un esforzo para que as persoas afectadas en procesos como os que relatamos vexan as súas expectativas e oportunidades atendidas en tempo e forma. É importante igualmente que o trato dispensado aos cidadáns, demandantes de emprego e formación, non sexa unicamente correcto e atento, senón tamén comprensivo coas, moitas veces, delicadas situacións derivadas da realidade socio-económica. 2. Seguridade Social Polo que respecta á materia de seguridade social o número de queixas non é moi elevado e tratan sobre cuestións que quedan á marxe do labor de supervisión da oficina do Valedor do Pobo. Nalgunha delas, como na que trata o expediente Q/63922/16, requírese a nosa intervención como consecuencia do procedemento iniciado polo INSS para o reintegro de prestacións da seguridade social indebidamente percibidas, téndolles que responder que son procedementos abertos non finalizados sobre os que non existe unha resolución firme, non podendo por tanto supervisar ningunha actuación e indicándolles que ao ser o INSS un organismo dependente do Ministerio de Emprego e Seguridade Social, terá que dirixirse unha vez que exista un resolución, ao Defensor del Pueblo, institución que ten a competencia para supervisar a Administración xeral do Estado. Noutros casos (Q/63848/16), infórmasenos dun problema en relación coa redución de xornada por coidado de menores afectados por cancro ou outra enfermidade grave. Debido a un problema coa Mutua non se lle estaba cotizando o 100 %, tal como establece o artigo 237.3, parágrafo segundo do Real Decreto lexislativo 8/2015, do 30 de outubro, polo que se aproba o texto refundido da Lei Xeral de Seguridade Social. Unha vez postos en contacto co INSS trasladándolle esta situación informamos ao interesado de que se comprobou a situación, debida a que non se transmitiu correctamente pola Mutua, solucionándose xa. Preséntasenos tamén unha queixa, Q/63793/16, onde se pon de manifesto que téndoselle concedido unha pensión por xubilación anticipada, aplicándoselle unha redución do 16 % sobre a base reguladora, presentara un escrito, unha vez cumpridos os 65 anos, solicitando que se revisase o importe da súa pensión. Por parte do INSS remitíuselle unha resolución denegatoria sen que presentase ningún recurso posterior. A queixa foi concluída e arquivada, despois de recibir información do INSS. Comunicóuselle que a redución da porcentaxe que se aplica sobre a base reguladora é de carácter permanente, é dicir, non se aplica só durante os dous anos que anticipou a xubilación, e as revalorizacións irán sempre calculadas sobre o importe inicial da pensión. Presentáronse tamén dúas queixas en relación coa Inspección de Traballo, na Q/63709/16, solicítase que se informe das inspeccións realizadas, como consecuencia das súas denuncias, a unha empresa. Postos en contacto coa Inspección Provincial de Traballo remítenos a información requirida que lle foi trasladada puntualmente ao interesado. Noutro caso, preséntase unha denuncia, Q/62836/16, que solicitaba o anonimato, na que se informa da situación ilegal de traballadores inmigrantes nunha empresa. Postos en contacto coa Inspección de Traballo, esta informa das actuacións levadas a cabo como consecuencia da nosa intervención. Queremos poñer de manifesto en todos estes casos, a atención, amabilidade e a pronta resposta que recibimos dos directores provinciais do INSS e os xefes da inspección de Traballo, cos que nos puxemos en contacto para a tramitación destas queixas. Colaboraron en todo momento con esta oficina para informarnos e resolver, no seu caso, os asuntos que lles expuñamos. Outro tipo de cuestións que se nos expuxo nesta área ao longo do ano 2016, estiveron relacionadas coas denegacións de solicitudes de incapacidade laboral por parte do INSS. En case todos os casos procedemos a enviar o expediente ao Defensor del Pueblo ao entender que esta institución non pode cuestionar as valoracións médicas nin as resolucións que adopta a administración con base nas devanditas valoracións, non procedendo a nosa intervención. Remitímolas ao Defensor del Pueblo ao entender que, se o estima conveniente, pode dentro das súas competencias, solicitar a revisión dos informes emitidos. 3. Queixas remitidas ao Defensor del Pueblo e queixas non admitidas. Como xa expuxemos remitíronse ao Defensor del Pueblo case todas as queixas nas que se poñía de manifesto a desconformidade coa denegación de solicitudes de incapacidade laboral. Todas as queixas remitidas ao Defensor del Pueblo relacionábanse con cuestións dependentes da Administración central do Estado, relacionadas con permisos de residencia, solicitude de pensión por falecemento da persoa coa que convivía, devolución de prestación contributiva de desemprego, alta médica polo INSS dunha persoa que se considera discapacitada, accidente laboral e actuación da mutua laboral, etc. En relación coas queixas inadmitidas a maioría ten que ver con cuestións sobre as que non recae unha actuación administrativa previa e nalgúns casos relaciónanse con denegacións de incapacidade laboral que foron recorridas no xulgado do social atopándose nalgúns casos con sentenzas firmes e noutros pendentes de sentenza. Existe algunha onde se nos solicita que lle recomendemos algún avogado especializado en temas de incapacidades, ou embargos de salarios por débedas empresariais. En todos os caso nos que se inadmite a queixa expóñense os motivos e cando é posible ofrécense solucións alternativas polas que pode optar. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO Para a tramitación das queixas incluídas nesta área, non foi necesario impulsar a súa resolución mediante recomendacións, suxestións ou a formulación de recordatorios de deberes legais. V. CONSIDERACIÓNS FI NAIS Tras a análise e valoración do actuado ao longo do ano 2016 nesta área podemos diferenciar claramente dous tipos de queixas que se centran, a maioría, en cuestións relacionadas coas políticas activas de emprego e en reclamacións por denegación de incapacidades laborais por parte do Instituto Nacional da Seguridade Social. Estes dous grandes bloques de queixas teñen tamén unha tramitación diferente. Todas as relacionadas coas políticas activas de emprego tramítanse nestas oficinas solicitando información, fundamentalmente ante a Secretaría Xeral de Emprego. Non podemos dicir que observemos actuacións irregulares por parte da administración pero si consecuencias que ocasionan prexuízos aos cidadáns beneficiarios das axudas para persoas desempregadas que participan en accións formativas. No informe do ano 2015 incidiamos nesta cuestión. Observamos que nas respostas recibidas infórmasenos que as solicitudes de bolsas e axudas se presentan a mediados de ano e resólvense no mes de decembro, facendo imposible que esas obrigacións poidan atenderse dentro do exercicio e ocasionando prexuízos ás persoas beneficiarias, a maioría en situación de precariedade, que teñen que facer fronte a uns gastos que se lles aboan meses despois de finalizar a acción formativa. Se se condiciona o aboamento destas axudas á apertura do orzamento sería necesario que as actuacións orzamentarias e contables do peche dun exercicio e de apertura do seguinte se realizasen no menor prazo posible para evitar estas demoras na tramitación das obrigacións recoñecidas e en consecuencia, adiantar os pagos. En canto ao segundo bloque de queixas, como xa afirmamos céntranse fundamentalmente en reclamacións ao INSS. Unha parte delas tramitámolas directamente coas direccións provinciais e outras remitímolas ao Defensor del Pueblo por non ter a oficina do Valedor do Pobo competencias para supervisar a actuación do INSS. Aínda que non foi necesario efectuar recomendacións nin suxestións dirixidas á administración, si consideramos oportuno, como xa fixemos constar no informe do ano 2015, que dada a natureza do problema que motiva as queixas e a especial sensibilidade e, nalgúns casos, situación de precariedade, que caracteriza aos interesados debe procurarse un especial esmero no trato ao cidadán por parte da administración, ofrecendo unha resposta máis rápida, sen dilacións nin demoras, aos problemas que estes expoñen. AREA DE SANIDADE I. INTRODUCCION A propia existencia do sistema de sanidade pública atopa amparo a nivel constitucional ao estar recoñecida a protección da saúde como un dereito fundamental do Título I “Dos dereitos e deberes fundamentais”. Son os poderes públicos os encargados de organizar e tutelar a saúde pública a través de medidas preventivas e das prestacións e servizos necesarios. O desenvolvemento deste dereito a nivel lexislativo, institucional e organizativo levou á creación dun sistema público sanitario cuxo despregamento normativo permitiu a creación dun Sistema Nacional de Saúde e o seu correspondente catálogo de prestacións co fin de garantir a todo o Estado español as condicións básicas e comúns para unha atención integral, continuada e adecuada. A estrutura organizativa dun estado de autonomías como o noso configurou un sistema sanitario complexo no que o estado central asume a responsabilidade de áreas estratéxicas como a coordinación xeral, a lexislación sanitaria básica, a definición da carteira de servizos básica, a política farmacéutica e a cooperación entre as diferentes rexións autónomas. As comunidades autónomas teñen á súa vez poderes de planificación e capacidade para organizar os seus servizos de saúde, respectando a carteira de servizos básica fixada polo goberno central. A partir da estrutura organizativa sinalada, é fácil comprender como as directrices estatais básicas condicionan a atención sanitaria prestada polo Sistema Galego de Saúde, e sen dúbida, unha das medidas con maior impacto dos últimos anos, o Real Decreto-lei 16/2012 para garantir a sustentabilidade do SNS e mellorar a calidade das súas prestacións, levou importantes e transcendentais implicacións no sistema de saúde galego. As medidas de sustentabilidade financeira orixinaron un considerable aumento de reclamacións de cidadáns que, en esencia, consideran ameazado un dos piares fundamentais do noso estado de benestar como é o da asistencia sanitaria. Este aumento da intervención do Valedor do Pobo na área de sanidade, que empezou a ter relevancia xa no ano 2013 con 147 expedientes, mantívose constante desde entón, chegando no ano 2016 a rexistrarse ata un total de 274 reclamacións (158 queixas no ano 2014 e 256 no exercicio 2015). Aínda a risco de ser redundantes, dado que xa en informes anteriores puxéronse de manifesto os aspectos fundamentais desta reforma sanitaria, consideramos que resulta de interese facer novamente un pequeno esbozo das cambios rexistrados, pois a pervivencia das medidas adoptadas continúa condicionando o tipo de solicitudes de amparo que se rexistran no Valedor do Pobo. A configuración do actual marco socio- sanitario despois do ano 2012 céntrase principalmente nos seguintes aspectos: Prescrición farmacéutica: introdución do sistema de copago en medicamentos e outros produtos farmacéuticos; ampliación dos supostos de exclusión da prestación farmacéutica no sistema nacional de saúde de medicamentos e produtos sanitarios; e sistema de fixación dos prezos para os medicamentos e de prezos de referencia, entre outros. Catálogo de prestacións do SNS: é substituído pola “carteira común de servizos”, na que se diferencia entre varias categorías de prestacións ou servizos en función do seu financiamento con cargo aos fondos públicos, establecéndose tres modalidades: básica, suplementaria e de servizos accesorios. Contémplase a posibilidade de que as comunidades autónomas poidan aprobar as súas carteiras de servizos introducindo técnicas, tecnoloxías ou procedementos non contemplados na carteira común, de forma que a carteira común é a que fixa o montante que financia o Servizo Nacional de Saúde, mínimo garantido en calquera parte do territorio español, pero que pode ser complementado pola comunidade autónoma. Recuperación do concepto de asegurado: vincúlase o dereito ao acceso da protección da saúde en función da vinculación dos cidadáns coa Seguridade Social, prescindindo do carácter universal ata ese momento vixente. Esta modificación supuxo que os inmigrantes irregulares deixaron de ser beneficiarios do cartón sanitario a partir do 1 de setembro de 2012 podendo acceder agora á asistencia sanitaria gratuíta soamente en caso de enfermidade grave ou accidente a partir desa data (exceptuando ás embarazadas e os menores de idade que si terán recoñecido o dereito). Algunhas comunidades autónomas executaron diversas medidas para atender a este colectivo, variando así a atención dun territorio a outro. En Galicia, implantouse o Programa de protección social da saúde pública. Non cabe dúbida que estas medidas condicionaron o contido dos expedientes de queixa que se tramitan na institución, e por tanto a agrupación e presentación da nosa actividade. As reclamacións sobre o acceso a determinados medicamentos ou prestacións sanitarias é un dos aspectos que perduran con maior intensidade a día de hoxe. Non obstante o anterior, noutros expedientes, os reclamantes basean a súa queixa en situacións provocadas por axustes no financiamento sanitario que non están recollidos expresamente na reforma sanitaria mencionada, senón que, ao seu xuízo, derivan de recortes orzamentarios que afectan de forma directa á asistencia sanitaria, non só no aspecto cualitativo senón tamén no cuantitativo. Así, un volume importante de expedientes orixínase por mor das queixas de usuarios que perciben cambios substanciais do sistema de xestión e provisión da sanidade pública, en aras da contención do gasto, nos que non ven mellora na eficiencia do sistema senón que, ao contrario, reprochan a minoración tanto do persoal sanitario como dos recursos materiais. As críticas inciden en que as consecuencias desta situación de control do déficit público supuxo á redución de profesionais sanitarios, incremento das listas de espera ou peches de servizos sanitarios. Ademais do anterior, tamén é preciso sinalar que o defensor do pobo galego segue recibindo reclamacións cuxa fundamentación baséase en presuntas vulneracións de dereitos que constituíron actividade ordinaria de supervisión por parte desta institución desde a súa creación. Evidentemente, algunhas materias víronse agravadas pola particular e excepcional época de crise económica que nos tocou vivir, como son os expedientes relativos ás demoras na atención sanitaria, pero outras son chamadas de atención sobre aspectos que teñen unha incidencia constante e habitual nesta defensoría, como pode ser a relación entre profesionais da sanidade e usuarios ou as discrepancias sobre valoracións médicas. II. DATOS CUANTITATI VOS O cómputo total de queixas recibidas na nosa institución durante o ano 2016 elévase a 50.368 expedientes, número que sen dúbida resulta rechamante pero que ten unha clara explicación: a institución computa expedientes de forma individualizada que se orixinan por mor da firma de numerosos reclamantes que denuncian un mesmo asunto. Neste exercicio rexistrouse unha queixa múltiple integrada por 50.042 expedientes orixinados por unha petición colectiva que esixía a reapertura do Hospital Meixoeiro con servizos de urxencias e quirófanos. Houbo tamén outras queixas múltiples pero cuxo volume de asinantes foi notablemente inferior (queixa en relación co Hospital de día oncohematolóxico do CHUS con 28 denunciantes e queixa do persoal de enfermería do Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo con 24 reclamantes). A presentación dos datos cuantitativos require expoñelos de forma que permita unha análise proporcionada, para o que se diferencian dúas columnas no cadro comparativo incluído a continuación: unha que computa a totalidade de expedientes iniciados no exercicio (total reclamantes), e outra que suma o número de queixas rexistradas contabilizando como un único expediente os dous grupos de queixas de idéntico contido ao que nos temos referimos (total asuntos). Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 50.368 274 Admitidas 50.341 99,95 % 214 78,10 % Non admitidas 27 0,05 % 27 21,90 % Remitidas ao Defensor do Pobo 0 0 % 0 0 % A situación das queixas admitidas a trámite é a seguinte: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 50.268 99,85 168 78,50 En trámite 73 0,15 46 21,50 No relativo á situación das queixas presentadas en anos anteriores, cuxo trámite estivo activo durante o ano 2016, o cadro é o seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2014 8 8 8 0 2015 80 2 82 81 1 Como pode apreciarse nos cadros estatísticos anteriores, do total das reclamacións recibidas no Valedor do Pobo, unicamente resultaron inadmitidas 27 queixas, sendo os motivos da súa inadmisión, en varios casos, a falta de concreción do problema referenciado polo actuante; noutros, a falta de intervención dunha administración pública ao referirse a controversia a unha relación entre persoas particulares ao dirixirse a reclamación contra centros sanitarios de carácter privado. Estas causas atópanse expresamente contempladas na Lei do Valedor como supostos de inadmisión. III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN As medidas adoptadas a través das diferentes normas publicadas desde o ano 2012 co obxectivo de “reforzar a sustentabilidade, mellorar a eficiencia na xestión, promover o aforro e as economías de escala”, tal e como recolle a exposición de motivos do Real Decreto-lei 16/2012, supuxo a apertura de numerosos expedientes nos que os interesados centran as súas denuncias na minoración da calidade asistencial, no incremento nos tempos de espera para a atención sanitaria, na diminución de recursos humanos e materiais nos centros de saúde e hospitalarios, ou no aumento do gasto para os particulares en medicamentos e prestacións farmacéuticas. En canto ás queixas relativas ás valoracións médicas, ao trato recibido polo persoal sanitario ou ás directamente relacionadas coa xestión administrativa, seguen formando tamén parte do elenco de materias que substancian as accións do Valedor como alto comisionado dos dereitos humanos en Galicia, que aínda que non están directamente relacionadas coas reformadas sinaladas, non cabe dúbida que as medidas mencionadas repercuten en tales aspectos pois, aínda sendo problemas habituais sobre os que se solicitou a intervención desta institución, tamén é certo que se viu incrementado o número de actuacións sobre as mesmas desde o inicio da crise económica mencionada. 1. Recursos humanos e dotación de persoal As medidas adoptadas para a contención do gasto público incidiron de forma importante no gasto sanitario galego dada a estrutura competencial sanitaria tras o proceso de transferencia das funcións e servizos de sanidade ás autonomías, afectando de forma moi notable ás principais áreas da política social (sanidade, educación e servizos sociais). Os necesarios reaxustes derivados desas medidas tiveron efecto directo en materia de persoal coa adopción de medidas expresas como pode ser a suspensión da carreira profesional ou a diminución de retribucións asociadas ás mesmas, cuestións que, polo seu contido de carácter máis laboral, enmarcáronse na área específica de Emprego Público. Pero xunto con esas disposicións publicadas nas leis de orzamentos, levouse a cabo unha adecuación do gasto para compasar a execución orzamentaria á dotación de persoal, que a xuízo dun bo número de cidadáns e de profesionais sanitarios, supoñen recortes inxustificados de persoal e que orixinou a apertura de numerosos expedientes de queixa (falta de cobertura de incapacidades temporais, reorganización de servizos, etc.). As denuncias sobre a escaseza de profesionais sanitarios refírense tanto aos centros de atención primaria como aos centros hospitalarios (urxencias, consultas especializadas externas, ou atención en planta por ingreso). Como exemplo do dito no parágrafo anterior, podemos destacar un grupo de expedientes con idéntico obxecto (Q/309/16 a Q/318/16, ambos incluídos) nos que os traballadores dunha Comunidade Terapéutica dependente da Xunta denunciaban a escaseza de persoal de enfermería durante as quendas de tarde e noite entre semana así como durante toda a xornada de sábados e domingos, ademais da falta de cobertura cando algún educador atopábase en situación de baixa por incapacidade temporal. Solicitada información sobre o asunto á Consellería de Sanidade, esta remitiu un informe detallando a dotación de persoal que a asociación xestora dese centro terapéutico tiña contratado. Sen embargo, non quedaba clarificada a distribución de todo o persoal en función do horario de funcionamento do centro, circunstancia de obrigada especificación na memoria descritiva que se presenta na solicitude de autorización para a apertura do centro. As esixencias de persoal previstas na normativa teñen como obxectivo realizar coa debida garantía o servizo durante o horario de funcionamento. Por tal motivo, consideramos preciso dirixirnos novamente á Consellería de Sanidade para aclarar estas cuestións. No informe complementario remitido por Sanidade inclúese xa un cadro do persoal actual para o ano 2016, manifestando tamén que se ten previsto cubrir a quenda de tarde en fins de semana e festivos a partir de setembro. Con respecto aos monitores, garántese a presenza dun ou dous monitores en cada quenda, incluíndo fins de semana e festivos. Dos datos anteriores dedúcese que existe vontade por parte da xerencia de incrementar a asistencia sanitaria mediante a cobertura das quendas de enfermería do fin de semana a partir do mes de setembro, compromiso que trasladamos aos autores das reclamacións. Outra queixa colectiva que abarca un total de 24 expedientes (Q/701/16 a Q/724/16, ambos incluídos) refírese á dotación de persoal de enfermería e técnicos auxiliares da planta 1 vela C do Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo (HAC), os cales solicitaban a intervención da Valedora afirmando que resulta insuficiente o persoal adscrito a esa unidade debido á confluencia das unidades de Uroloxía e Cirurxía Xeral e ao tipo de pacientes que se atenden (persoas maiores, con enfermidades crónicas e diminución de facultades mentais), o que determina que o persoal actual precise investir máis tempo con cada usuario, o que supón un claro incumprimento das cocientes de paciente/enfermeira e paciente/tae, e conseguintemente a diminución da calidade asistencial e o incremento de riscos para a seguridade sanitaria dos pacientes. A administración remitiu un escrito no que pon de manifesto que o HAC iniciou a prestación de servizos na área de hospitalización no mes de setembro do ano 2015, sendo conformados os equipos sanitarios co mesmo persoal de enfermería que prestaba servizos nos hospitais do Meixoeiro e o Xeral. A dotación de persoal dos hospitais de orixe estaba planificada en cada unidade de hospitalización para unha ocupación máxima de 30/34 persoas. Detállase a dotación existente na vela C del HAC, que se corresponde cunha previsión de ocupación máxima de 35 persoas ingresadas. A ocupación media á data da queixa é dun 90%. As ausencias e outros incidentes do persoal desta vela cóbrense ao 100% coa finalidade de garantir a asistencia ás persoas ingresadas. A consellería sinala tamén que a dotación de persoal nas plantas de hospitalización establécese en función de diversos parámetros, tanto a ocupación máxima, como a idade das persoas ingresadas, a complexidade no manexo e a necesidade de maior ou menor asistencia aos ingresados. Os pacientes nesta vela son de uroloxía, con diversas características propias como idade, autonomía, complexidade das patoloxías, dependencia asistencial, etc... A dirección de Procesos de enfermería, ademais da ocupación, ten en conta no momento de reforzar a unidade con persoal temporal os criterios indicados. Deste xeito, en diversas ocasións, xeralmente na quenda de noite, reforzouse a dotación coa presenza dun TCAE. A administración tamén indica que, do mesmo xeito que sucede noutras unidades de hospitalización, non todos os pacientes que ingresan na vela 1 C levan consigo unha gran complexidade, nin unha gran dependencia, nin teñen as facultades mentais minguadas. A asignación de persoal ao longo do fin de semana realízase en función das necesidades asistenciais, que son menores que no resto da semana, xa que diminúen as actividades programadas, e as altas dos pacientes prodúcense xeralmente os venres, quedando os ingresos para o domingo pola tarde. A consellería insiste en que o número de camas non é o único criterio que se emprega para fixar as ratios de pacientes tanto de enfermería como de TCAE. No informe recóllese que, despois das queixas presentadas polo persoal da unidade vela 1 C, a xerencia realizou unha avaliación das necesidades asistenciais, tendo en conta tanto os criterios de ocupación como as necesidades de atención aos pacientes, para decidir a vinculación do persoal de reforzo. Como consecuencia da avaliación determinouse que a dotación prevista nesta vela é suficiente. Como punto de partida da nosa análise, temos que sinalar que a Consellería de Sanidade, como administración pública goza dunha capacidade de xestión e autoorganización en virtude da cal pode estruturar os seus servizos da forma que consideren máis adecuada para unha maior eficacia. Nesta facultade de autoorganización é característica a discrecionalidade que domina o seu exercicio e que non debe confundirse coa arbitrariedade, sempre prohibida. O principio reitor da autoorganización administrativa debe ser o da busca da xestión óptima dos intereses colectivos, o que require dunha xestión eficaz cos recursos dispoñibles. As decisións administrativas adoptadas na esfera da autoorganización caracterízanse pola discrecionalidade, e para evitar que o acto padeza de arbitrariedade debe estar debidamente motivado e ter unha xustificación obxectiva. No caso que motiva este expediente de queixa, consideramos que as xustificacións sinaladas pola administración están debidamente argumentadas constando que se realizaron avaliacións específicas das necesidades asistenciais en base á concreción de datos e criterios de ocupación e ás necesidades de atención aos pacientes sobre os que basea a súa decisión. Por outra banda, consideramos que os argumentos vertidos neste expediente se substancian en aspectos estritamente técnicos, apoiados por documentación e datos que avalan a práctica realizada. Por tal razón, lamentablemente, o Valedor do Pobo non pode cuestionar tal decisión adoptada no campo da capacidade autoorganizativa xa sinalada, tendo en conta ademais que non consta que se produciran incidentes no servizo ou se xerasen actuacións indebidas indicativas dunha decisión arbitraria por parte da consellería. Como peche das nosas conclusións e do expediente, sinalamos tamén que nesta Institución tramitáronse diversos expedientes de queixa sobre a posta en funcionamento do novo Hospital vigués, debido a que o inicio como novo centro hospitalario e o traslado dos servizos desde as vellas dependencias xeraron múltiples incidencias, ante as que a administración nos foi dando unha resposta de compromiso inmediato para adecuar e axustar as deficiencias detectadas e denunciadas aos parámetros correctos de atención sanitaria. Unha demanda recorrente nos últimos exercicios en materia de recursos humanos céntrase na falta de cobertura de postos en atención primaria. Tense iniciado en varias ocasións, expedientes pola ausencia de médico de cabeceira ou de pediatra naquelas situacións no que o titular do servizo se atopa de baixa por incapacidade temporal ou outro tipo de ausencias xustificadas. Como exemplo, podemos traer a colación os expedientes Q/581/16 e Q/64915/16 referentes á ausencia de pediatra no Centro de Saúde de Noia e Chantada respectivamente, por vacacións do titular. Desde Sanidade informáronnos de que durante os días no que estivo de vacacións o facultativo titular, a xerencia tratou de cubrir a súa ausencia, sendo imposible pola falta de pediatras nas listas de vinculacións temporais. Esta problemática (carencia de médicos pediatras) foi tratada xa coa Consellería de Sanidade por mor dunha situación similar noutros centros de saúde. Parece quedar constatada que, efectivamente, na actualidade existen dificultades reais para atopar titulados en pediatría en situación de desemprego. Ante esta situación, a administración manifestou expresamente que é previsible que, como consecuencia do próximo final da formación dos novos médicos residentes na especialidade de pediatría e a resolución do concurso de traslados que está a levar adiante o SERGAS, póidase ter unha relación de titulados en pediatría en datas próximas que permita dar unha cobertura máis inmediata a estas situacións. Polo anterior, esta Institución, aínda que comparte as inquedanzas recollidas neste tipo de expedientes polas carencias de persoal, entende que a consellería asume o compromiso de proceder a través da próxima convocatoria de concurso de traslados á nova incorporación de médicos especialistas en pediatría, para dar cobertura ás prazas cuxa ausencia de titulares obriga a atención por médicos de familia. Desde esta Institución confiamos na óptima consecución destes obxectivos, e que tal compromiso se materialice de maneira efectiva. Noutro tipo de queixas denúnciase a propia inexistencia de prazas de facultativos en centros de saúde, sexan médicos xeneralistas (Q/684/16) sexan especialistas en pediatría (Q/63906/16), establecendo que os facultativos queden asignados a varios centros de saúde que atenderán segundo os días da semana previamente fixados. Os argumentos da consellería derivan nestes casos das ratios poboacionais, pois segundo a administración, tamén hai que ter en conta a calidade na prestación asistencial. Incluso considérase que a mellor forma de prestar a atención médica á poboación pasaría por centrar as actividades nun só centro sanitario que estaría dotado con recursos suficientes e adecuados. Tendo en conta os contidos dos informes da administración, é preciso facer fincapé en que as xustificacións sinaladas pola administración se substancian en aspectos estritamente técnicos, apoiados por documentación científica que avalan as decisións adoptadas. Así, o principal criterio técnico que se ten en conta é que todas as sociedades científicas e asociacións médicas están de acordo en que é desexable que a cota asistencial se sitúe ao redor de 1.500 usuarios por médico. Apoiando este criterio, aceptado por todos os servizos de saúde de España e polos organismos internacionais no ámbito sanitario, poden citarse numerosas fontes bibliográficas. A documentación ao respecto é profusa, podendo citar, como exemplo, a nivel nacional, o documento "El ejercicio de la medicina en Atención Primaria en España", editado pola Confederación Estatal de Sindicatos Médicos (CESM), organismo que, no seu papel sindical, loxicamente, fai reivindicacións de máximos. No seu capítulo 4, "Condicións necesarias para el exercicio profesional", apartado 3, cita "... Definir, en base ao anterior, cotas máximas por profesional modulados segundo carteira de servizos e características da poboación... Médico de Familia: entre 1.200 e 1.500 habitantes". Igualmente, mencionar o documento "Propostas de avance en atención primaria a iniciativa da Plataforma 10 minutos e aprobadas polos sindicatos (CCOO, CESM, SIMAP)", organismos todos eles que reivindican condicións de traballo óptimas, que cita "Proposta n°8: Antes de finalizar 2009 non debe existir ningún médico de familia cunha cota superior a 1.700 pacientes adscritos. Proposta n°9: Cando a media de todas as cotas de médicos de familia dun EAP exceda os 1600 pacientes iniciarase de forma automática a creación dunha nova praza de médico de familia para ese EAP que se fará efectiva nun prazo máximo de 6 meses." En canto ás sociedades científicas españolas de Atención Primaria, pódese traer a colación que existen tres cunha total implantación en todos os servizos de saúde. A Sociedad Española de Medicina Familiar y Comunitaria (SEMFYC) publica na súa páxina web os acordos con diferentes servizos de saúde (Aragón, Baleares, Cataluña, Galicia, Navarra e Valencia) que contemplan os 1.500 habitantes por médico como "ratio” desexable. A Sociedad Española de Medicina General (SEMG) publicou o "Decálogo de medidas urgentes para la Atención Primaria" que no seu punto número uno marca o obxectivo de non superar os 1.500 habitantes por médico. A Sociedade Española de Médicos de Atención Primaria (SEMERGEN) no seu "Proyecto de mejora de la Atención Primaria de la Salud" cita textualmente "Establecer una ratio pacientes/médico que en ningún caso supere os 1.500 habitantes por médico de familia e 900 por pediatra é unha das aspiracións que diferentes sociedades e colectivos consideran como obxectivos irrenunciables para mellorar a relación médico-paciente" e no seu punto 4.8 de "Propostas de mellora" pide unha ratio de entre 1.300 e 1.500 usuarios maiores de catorce anos por médico. Por último, cabe aludir ao documento conxunto do Foro de Médicos de Atención Primaria, participado por AEPAP (Asociación Española de Pediatras de Atención Primaria), CESM, OMC (Organización Médica Colegial), SEMERGEN, SEMFYC, SEMG e SEPEAP (Sociedad Española de Pediatría Extrahospitalaria y de Atención Primaria), no seu apartado 7, Documento 6: "Adecuar os recursos ás necesidades" cita no seu punto 3 "Revisión do número de pacientes asignados adecuándoos entre 1.300 e 1.500 por médico". Por todo o anterior, parece que a decisión da consellería susténtase en criterios obxectivos e técnicos. Non cabe dúbida de que a administración debe valorar múltiples factores na toma de decisións, pero en todo caso, estas deben estar suficientemente motivadas. Neste caso concreto, non apreciamos arbitrariedade na xestión, senón que atopamos fundamentos baseados en análises científico-sanitarios. Por outra banda, alude a consellería a razóns de calidade asistencial. Neste sentido, temos que sinalar que, efectivamente, o exceso de pacientes pode minorar a calidade da atención por dispoñer, o profesional sanitario, de menos de tempo, pero tamén é certo que un número moi pequeno de pacientes atendidos provoca que o profesional, co paso dos anos, perda práctica e, por tanto, tamén se poida ver comprometida a calidade do servizo. En definitiva, este índice de actividade é un parámetro obxectivo que permite xestionar os recursos cun criterio de equidade e xustiza distributiva. En base a todo o anterior, non se pode determinar que haxa mala praxe administrativa na decisión organizativa de dotación de facultativos nos centros de saúde afectados polo expediente de referencia. Similar contido recóllese no expediente Q/63906/16 sobre a atención pediátrica prestada nos Concello de Viana do Bolo, Vilariño de Conso e A Veiga. As reclamantes relatábannos que o servizo de pediatría de Viana do Bolo resulta insuficiente para atender aos máis de 300 nenos e nenas do concello así como os de Vilariño de Conso e A Veiga, xa que só ofrece servizo medio día á semana (4h). A administración remitiunos un escrito poñendo de manifesto que a atención préstase estando un pediatra catros días no CS A Rúa e 1 día no CS de Viana do Bolo. A poboación atendida nesta unidade de pediatría é de 928 nenos/nenas, cunha ratio asistencial de poboación atendida por pediatría óptima. A distribución dos días de atención realízase tendo en conta a porcentaxe de poboación infantil dos dous puntos de consulta. Neste caso, trasladamos as nosas consideracións sobre a potestade de autoorganización da Consellería de Sanidade, así como a constatación de estudos de sociedades científicas no ámbito da medicina que publicaron número concretos sobre cal sería a cota asistencial desexable ou razoable de atención pediatra/neno. En termos xerais, existe un consenso unificado que fixa como cota pediátrica adecuada o de 800 a 1.000 nenos por pediatra. Este criterio vén sendo aceptado por todos os servizos de saúde de España e polos organismos internacionais no ámbito sanitario. O criterio da Consellería de Sanidade non resulta arbitrario, senón que fundamenta a súa determinación en datos técnicos e estudos específicos. Actualmente, a poboación pediátrica que se atende na zona referenciada, cumpre cos parámetros fixados por organismos autorizados no ámbito sanitario, que non se circunscribe a opinións da administración, senón a parámetros establecidos por profesionais do ramo. Nesta decisión tamén debe terse en conta sen dúbida o feito de que a atención dun número baixo de usuarios provoca no profesional, co paso dos anos, perda de práctica véndose comprometida a calidade do servizo. Dado que o número de usuarios con cartón sanitario do concello é de 928 nenos/nenas, sendo coherentes co que se indica, e atendendo aos datos rexistrados das outras poboacións, parece razoable a distribución de facultativos e centros de saúde fixado. Cuestión distinta, e que xa non corresponde valorar neste expediente, pero que non cabe dúbida que resulta inherente á problemática dunha poboación dispersa como a da nosa comunidade autónoma, é a reflexión sobre a conveniencia da figura do coñecido como pediatra itinerante. Existen discrepancias tanto entre profesionais sanitarios como entre administracións acerca da mellor opción para dar cobertura idónea e de calidade nestas situacións. A xerencia sanitaria deben optar por, ben manter a actual estrutura e funcionamento das prazas itinerantes ou ben agrupar e concentrar recursos naqueles centros que, pola súa localización xeográfica, demografía, isócrona, infraestrutura e material, considérense máis oportunos. Este debate compete á administración na súa facultade de organización, respectando parámetros técnicos que fundamente con suficiente raciocinio as decisións adoptadas, prestando en todo caso, uns servizos sanitarios de calidade. Noutro orde de cousas, debe mencionarse outra casuística rexistrada en materia de persoal, como é a que se cingue a cuestións propias de condicións laborais. Destaca aquí o expediente Q/63924/16 sobre as tarefas asignadas ao persoal de enfermería en materia de fármacos tras a publicación do Real decreto 954/2015, do 23 de outubro, que regula a indicación, uso e autorización da dispensación de medicamentos e produtos sanitarios de uso humano por parte do persoal de enfermería. Sobre este asunto, esta defensoría viuse compelida a concluír o expediente sen ditar valoración propia sobre o fondo do problema, no momento no que se nos comunica que o asunto se atopa xudicializado. Así, por imperativo do disposto no artigo 20 da Lei 6/1984 do Valedor do Pobo, ao referirse a queixa ao contido dunha resolución xudicial e co fin de dar efectividade aos principios constitucionais de independencia e exclusividade na actuación dos xulgados e tribunais (artigo 117.1 e 3 da Constitución Española) debemos paralizar a nosa intervención. Dito principio de independencia, un sobre os que se constrúe o estado social e democrático de dereito constitucionalmente vixente no noso país, debe ser respectado por todos os poderes públicos e por toda a cidadanía e institucións, entre os que se atopa, loxicamente, o Valedor. As competencias desta institución, de acordo coa devandita lei, concrétanse en supervisar as actuacións da Administración pública co fin de garantir os dereitos fundamentais previstos no Título I da Constitución. Por este motivo quedan á marxe das nosas competencias todo o relativo ás actuacións da Administración de Xustiza nos asuntos da súa incumbencia, que deberán ser resoltos polos tribunais e xulgados con independencia e exclusividade. As desconformidades que poidan existir coas resolucións xudiciais soamente poden ser impugnadas mediante o exercicio dos recursos legalmente pertinentes ou accións legalmente viables, pero sempre dentro do ámbito xudicial. Tan só, en materia xudicial, podemos intervir naqueles supostos de paralización ou dilación no trámite dun proceso xudicial para coñecer as causas de tal demora, para os efectos do artigo 24 da Constitución. Con todo, trasladamos á delegación en Galicia do Sindicato de Enfermería (impulsor da queixa) o informe remitido pola Consellería de Sanidade para o seu coñecemento e efectos, e que reproducimos aquí de forma literal: “A Consellería de Sanidade ten como obxectivo fundamental promover a saúde da poboación de Galicia. Entende que o asunto que presenta a reclamante está sometido a tutela xudicial, xa que varias entidades, colectivos e sindicatos presentaron o correspondente recurso contencioso-administrativo contra o Real decreto. De feito presentouse a suspensión cautelar do artigo 3 do referido regulamento, que foi denegada pola sala do Tribunal Supremo mediante Auto do 2/02/2016, ratificado por outro do 29/03/2016. A maioría dos servizos de saúde autonómicos publicaron notas informativas respecto a como consideran que deben ser as actuacións do persoal da enfermería no ámbito da prestación farmacéutica. Nesas notas indícase que para garantir a adecuada actividade asistencial e en tanto non se aproben as normas de desenvolvemento do citado Real decreto, segundo o previsto na disposición final sexta do Real decreto, continúan en vigor os protocolos e guías de práctica clínica e asistencial que na actualidade se atopen vixentes. Con isto preténdese conseguir unha maior seguridade na práctica asistencial, e eliminar as posibles dúbidas que podían existir ao respecto. A maioría dos servizos de saúde autonómicos ten publicadas unhas notas informativas respecto ao que consideran que deben ser as actuacións do persoal de enfermería no ámbito da prestación farmacéutica. Nas devanditas notas vén indicando que para garantir a adecuada actividade asistencial dos profesionais da enfermería e ata que se proceda ao desenvolvemento regulamentario polo Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad, previsto na disposición final sexta do Real decreto 954/2015, continuarán en vigor os protocolos e guías de práctica clínica e asistencial que na actualidade se atopan vixentes. Con isto preténdese dar maior seguridade á práctica asistencial. Polo que corresponde á administración das vacinas, na maior parte dos servizos de saúde entenden que desde o momento no que a autoridade sanitaria decide incorporar entre as actuacións do sistema sanitario a administración da vacina, conforme ás indicacións, doses e procedementos contidos nos protocolos e guías de actuación, debe colixirse que existe unha prescrición realizada pola autoridade sanitaria, a proposta dun órgano colexiado constituído por expertos, e que, en definitiva, existe unha prescrición implícita. Existe ademais un protocolo de actuación para a administración da vacina, constituíndo ambos elementos os requisitos previos para a administración de medicamentos suxeitos a prescrición médica por parte do persoal de enfermería, polo que a actual situación de vacinación fai falta con todas as finalidades da prescrición. Os tribunais de xustiza non se manifestaron por sentenza firme sobre a actuación dos servizos de saúde, polo que a reclamante e o sindicato que representa están a realizar unha interpretación interesada da norma, pero que non se axusta á realidade xurídica.” 2. Xestión das listas de espera Tal e como dispón o artigo 12.2 da Lei 8/2008 de saúde de Galicia, na Comunidade Autónoma galega recoñécese expresamente aos usuarios do sistema de saúde o dereito para obter unha garantía de demoras máximas, de modo que determinadas prestacións sanitarias financiadas publicamente sexan dispensadas nuns prazos previamente definidos e coñecidos. A concreción destas garantías prodúcese mediante a publicación da Lei 12/2013 de garantías de prestacións sanitarias, vixente desde o 3 de marzo de 2014, a cal introduce medidas relativas aos tempos de espera para consultas, probas e intervencións cirúrxicas, a posibilidade de optar por centros privados, ou a consulta telefónica. No que respecta ás listas de espera, esta norma implanta un sistema de clasificación en prioridades baseado nos aspectos clínicos, funcionais e sociais do paciente. Recóllese expresamente un tempo máximo de 60 días para as intervencións cirúrxicas e de 45 días tanto para as consultas externas como para as probas diagnósticas. A interpretación da norma non deixa lugar a dúbidas en canto aos tempos máximos de espera que deben esixirse, pero a aplicación práctica da mesma non alcanzou a súa plena eficacia. Resulta evidente que o número de pacientes e os recursos existentes dificultan o pleno alcance deste dereito, pero a súa aplicación resulta de necesaria consecución. Así, o número de expedientes de queixa iniciados por mor da existencia dunha demora nos tempos para unha intervención, consulta ou diagnóstico segue sendo elevado no ano 2016, alcanzándose un total de 92 reclamacións, cifra lixeiramente superior aos 71 expedientes tramitados no ano 2015. Esta contía reflicte que unha das principais causas de insatisfacción da cidadanía atópase nos atrasos que se rexistran na atención sanitaria. É certo, e así debe destacarse, que unha porcentaxe moi elevada destas reclamacións resólvense satisfactoriamente trala intervención do Valedor do Pobo, pero o problema estrutural pervive e constitúe unha dás as críticas máis abundantes por parte dos usuarios galegos. Non podemos obviar que a demora que se rexistra nas listas de espera no Sergas leva múltiples intervencións do Valedor do Pobo, situación que resulta incompatible cos obxectivos marcados na normativa vixente, cuxa finalidade precisamente é a de evitar dilacións excesivas, tal e como recoñeceu a Lei 12/2013 de garantías de prestacións sanitarias. Aínda que na maior parte dos expedientes non é necesario ditaminar unha recomendación cominando á administración sanitaria a corrixir a súa actuación, tendo en conta que na tramitación do expediente procedeuse xa a modificar os prazos de espera, non deixa de ser un problema estrutural que debe ser reformado pola administración a un nivel xeral, e con este obxectivo continúase traballando no Valedor do Pobo. Os expedientes iniciados e resoltos satisfactoriamente no ano 2016 refírense tanto a intervencións cirúrxicas (por exemplo os expedientes Q/141/16 ou Q/303/16), e citas para consultas externas ou probas diagnósticas (expedientes Q/199/16 ou Q/63680/16, entre outros). Nalgunhas das reclamacións recibidas na Institución exponse a problemática do paciente que rexeitou a opción de ser intervido nun centro alternativo concertado. Ao amparo dos artigos 10 e 11 do Decreto 104/2005, do 6 de maio, de garantía dos tempos de espera sanitaria, unha vez esgotado o prazo máximo de espera desde a inclusión no Rexistro de tempos de Garantía para a Atención Sanitaria non urxente, o Servizo Galego de Saúde facilitará o usuario que o solicite a documentación necesaria para solicitar na dirección da área sanitaria correspondente a dispensación da atención sanitaria no centro sanitario acreditado da súa preferencia, excepto nunha serie de supostos excluídos, entre o que se contempla o rexeitamento da oferta asistencial doutro centro sanitario da Rede Galega Sanitaria de utilización pública. Deste xeito, cando non se acredita unha causa xustificada para o rexeitamento da alternativa ofertada, os prazos establecidos no Decreto mencionado deixan de aplicarse. Con todo, isto non significa que o paciente que decidise, no marco da súa liberdade de elección, ser atendido no seu hospital de referencia e polos profesionais que tradicionalmente lle prestaron a atención, deba permanecer durante períodos de tempo excesivos e esaxerados en espera da realización dos procedementos programados, xa que, ten dereito á asistencia da que está pendente, non xa nos tempos máximos comentados, pero si nos tempos que razoablemente se estean xestionando no centro elixido. Nesta liña, é importante que se informe adecuadamente destes dereitos aos pacientes afectados. Mención á parte merece o expediente Q/226/16 no que se recolle a situación dun paciente con data concertada para consulta no Servizo de Traumatoloxía no Complexo Hospitalario de Ourense para o día 1 de febreiro de 2016. O día 28 de decembro, mediante chamada telefónica, comunícaselle que dita cita fora adiantada para o propio día 28 e que debía acudir inmediatamente para ser valorado polo especialista. O problema xorde cando o paciente advirte de que ese día atópase desprazado con motivo das datas do Nadal en casa de familiares a máis de 600 km por estrada, indicando ademais que aínda estando no seu domicilio habitual preto de Celanova, e cos seus serios problemas de mobilidade, dificilmente podería presentarse ese mesmo día en Ourense. A persoa que realiza a chamada insiste en que constará que renuncia á consulta, a pesar de que o paciente explicaba que non debía entenderse así e que xa tiña unha data fixada para o día 1 de febreiro. Finalmente a cita do día 1 de febreiro foi anulada, asignándolle unha nova para o 25 de abril de 2016. Iniciado o procedemento oportuno por esta Institución, recibiuse un informe da consellería no que se sinala unicamente que a atención dos pacientes realízase conforme ao estado do mesmo e a prioridade establecida polo facultativo. Non constaba no informe alusión algunha ao feito de que, xustificada a imposibilidade de acudir o mesmo día da chamada ao Servizo de Traumatoloxía, non se mantivese a cita establecida previamente, sendo anulada e concertada nova data o 25 de abril tras ter que realizar unha nova petición de consulta. Polo anterior, esta defensoría dirixiuse novamente á consellería explicando que non se cuestionaba a prioridade clínica que determina a concreción das datas de atención especializada, senón a xestión administrativa que levou a anulación dunha cita xa fixada coas circunstancias comentadas. Este expediente atópase aínda aberto á espera de recibir informe complementario. 3. Prestacións farmacéuticas e reintegro de gastos sanitarios Un dos temas máis controvertidos en materia de sanidade, e que xerou un gran debate na xestión política e administrativa, é o financiamento do gasto sanitario. Non cabe dúbida de que o Sistema Nacional de Salud (SNS) e o das comunidades autónomas enfrontáronse a un compendio de dificultades derivadas non só da conxuntura económica dos últimos anos, senón tamén a un crecemento do gasto sanitario derivado de diversas causas como é o envellecemento poboacional, a maior extensión e complexidade das enfermidades crónicas e o maior custo dos novos medios de diagnóstico ou tratamento, produtos de farmacia incluídos. A pesar de que o financiamento sanitario comprende varios aspectos (farmacia, gastos de persoal, atención primaria, servizos hospitalarios e especializados, e traslado, prótese e aparellos terapéuticos), neste punto imos centrar na prestación farmacéutica, o acceso a determinados tratamentos e o reintegro de gastos. Pero, antes de analizar os expedientes tramitados polo Valedor, cremos conveniente esbozar brevemente a configuración do noso sistema sanitario neste aspecto para comprender a orixe e tipo de reclamacións. Aínda que o Sistema Nacional de Salud é único para toda España, son as comunidades autónomas as que teñen as competencias na xestión sanitaria e as que organizan o orzamento destinado a soster os seus hospitais e centros de saúde. A lexislación estatal establece unha carteira de servizos básicos e comúns para garantir a equidade e a accesibilidade a unha adecuada atención sanitaria en todo o territorio nacional. Esta carteira común de servizos articúlase ao redor das seguintes modalidades: a) a carteira común básica de servizos asistenciais (comprende todas as actividades asistenciais de prevención, diagnóstico, tratamento e rehabilitación que se realicen en centros sanitarios ou sociosanitarios, así como o transporte sanitario urxente); b) a carteira común suplementaria (inclúe todas aquelas prestacións cuxa provisión se realiza mediante dispensación ambulatoria e están suxeitas a achega do usuario: prestación farmacéutica, prestación ortoprotética, prestación con produtos dietéticos e o transporte sanitario non urxente); e c) a carteira común de servizos accesorios (inclúe todas aquelas actividades, servizos ou técnicas, sen carácter de prestación, que non se consideran esenciais e/ou que son coadyuvantes ou de apoio). Xunto co anterior, establécese a carteira de servizos complementaria das comunidades autónomas, que, no ámbito das súas competencias, poderán aprobar as súas respectivas carteiras de servizos, que incluirán, cando menos, a carteira común de servizos do SNS, nas súas modalidades básica de servizos asistenciais, suplementaria e de servizos accesorios, a cal debe garantirse a todos os usuarios do mesmo. As CCAA poderán incorporar nas súas carteiras de servizos, unha técnica, tecnoloxía ou procedemento non contemplado na carteira común de servizos do SNS, para o que establecerán os recursos adicionais necesarios. Nalgunhas queixas ante a Valedora fíxose alusión á desigualdade existente entre comunidades autónomas no financiamento dun determinado fármaco, vacina ou proba. A existencia dunha carteira complementaria determina que aqueles cidadáns que non ven cuberta unha determinada prestación na súa comunidade pero si noutra, insten a actuación do Valedor do Pobo ante o que consideran unha vulneración non só do dereito á protección da saúde senón do dereito á igualdade. Feitos os apuntamentos anteriores, podemos agrupar a actividade supervisora desta defensoría en tres tipos de gastos sanitarios cuxa relevancia na nosa institución resulta destacada: A) Copago farmacéutico A partir da vixencia do Real Decreto-lei 16/2012, a achega que lles corresponde a todos os pacientes, sexan activos ou pensionistas, resulta proporcional ao seu nivel de renda. Unicamente, contémplase a exención da achega en determinados supostos como afectados da síndrome tóxico, certas discapacidades, perceptores de rendas de integración social, os que non perciban pensións contributivas, parados tras a perda do subsidio de desemprego e os que teñan tratamentos derivados de accidentes de traballo e enfermidade profesional. Este novo esquema de copago farmacéutico orixinou multitude de queixas na nosa institución no ano 2013, reducíndose progresivamente estas reclamacións ata rexistrarse tan so un expediente no ano 2016. Non se pode negar que as críticas de usuarios e pacientes, principalmente daqueles en situacións máis vulnerables, continúan vixentes, pero é evidente que a corrección de certas disfuncións iniciais mediante o encaixe dalgúns afectados no tramo adecuado e a asimilación pola poboación da nova configuración do sistema, redundou na minoración destas reclamacións. No expediente Q/12581/16 a interesada cuestionaba a aplicación da exención de incapacidade no sistema de copago farmacéutico para un pensionista por accidente laboral, trasladándoselle que se estaba aplicando correctamente a normativa pois o artigo 102, parágrafo 8, letra 3) do Real decreto-lexislativo 1/2015 polo que se aproba o texto refundido da Lei de garantías e uso racional dos medicamentos e produtos sanitarios, sinala que están exentos de achega os tratamentos derivados de accidente de traballo ou enfermidade profesional, correspondéndolle ao médico de familia a utilización das receitas especiais de accidentes de traballo e enfermidade profesional. Consultada a base de datos do INSS, confirmouse que era correcta a adscrición do afectado á situación de incapacidade/pensionista, de maneira que todos aqueles medicamentos directamente relacionados co accidente laboral estarían exentos. Outro expediente que afecta a esta cuestión é o Q/34734/15, que, aínda que se iniciou no ano anterior, a súa conclusión produciuse no 2016, e que non constitúe unha mera reclamación particular sobre a concreta aplicación do tramo de achega farmacéutica, senón que cuestiona a propia normativa estatal ao considerar que se producen situacións de desamparo ao obrigar a certos enfermos para achegar a porcentaxe xenérica do 40% dos medicamentos cando carecen de ingresos económicos. É o caso dos parados que esgotan a prestación contributiva por desemprego, pero, que polas súas circunstancias persoais, non teñen dereito a un subsidio. Neste expediente, únese a dificultade engadida daqueles enfermos que, nesa situación xa de seu dificultosa de carecer de ingresos e non estar exentos de achega, padecen cancro, o que implica tratamentos longos e custosos. Dado que a regulación sobre esta materia compete exclusivamente ao Ministerio de Sanidad, a interesada acudira ao noso homólogo estatal, o Defensor del Pueblo competente para supervisar a actuación da administración do estado e instar, no seu caso, medidas que modifiquen posibles vulneracións de dereitos. Neste caso, o Ministerio non aceptou a corrección da actual regulación do copago farmacéutico recomendada pola defensoría. Por este motivo, a interesada acudiu ao Valedor para reclamar á Consellería de Sanidade medidas complementarias que palíen esta situación. Aínda que insistimos en que a normativa básica estatal é a que obriga a todos os servizos de saúde autonómico, pídeselle información á administración galega para que se pronuncie sobre as seguintes consideracións emitidas a nivel da defensoría estatal: 1- O Servizo Galego de Saúde é o organismo responsable da atención sanitaria aos usuarios do Sistema Nacional de Salud na Comunidade Autónoma de Galicia e de poñer a disposición destes o conxunto de prestacións das carteiras de servizos, o que inclúe naturalmente a prestación farmacéutica. 2.- O actual modelo de copago farmacéutico, instaurado polo Real Decreto-lei 16/2012, do 20 de abril, non ofrece cobertura para o recoñecemento de exención a varias situacións de vulnerabilidade. 3.- Na Comunidade Autónoma de Galicia, non existen nin están previstas medidas adicionais de garantía de tratamento integral para aqueles pacientes cuxas circunstancias socioeconómicas lles dificulte gravemente comprar os medicamentos prescritos polos profesionais médicos que lles atenden. Isto implica un risco para a saúde destes pacientes ante a eventual interrupción non desexada do tratamento farmacolóxico que necesitan, situación agravada no suposto das enfermidades máis graves, como as de natureza oncolóxica. Como diciamos, este expediente concluíuse no ano 2016. O informe da Consellería de Sanidade facía fincapé no feito de que a prestación farmacéutica réxese por normativa estatal sen que as comunidades autónomas poidan adoptar medidas que produzan diferenzas nas condicións de acceso aos medicamentos e produtos sanitarios financiados polo Sistema Nacional de Salud, catálogo e prezos. As medidas de racionalización serán homoxéneas para a totalidade do territorio español e non producirán distorsións no mercado único de medicamentos e produtos sanitarios. A consellería continúa dicindo que os cambios normativos xurdidos nos últimos tempos introduciron importantes modificacións na normativa reguladora da prestación farmacéutica que afectan, entre outros, ao financiamento e á achega do usuario. Con todo, os tratamentos para enfermidades oncolóxicas facilítanse, ben nos servizos de farmacia hospitalaria, ou ben se administran nos hospitais de día e, en ambos os casos, sen custo para os usuarios. Por último, a administración sinala que a prestación farmacéutica ambulatoria que se dispense por medio de receita médica oficial a través de oficinas de farmacia está suxeita á achega por parte do usuario. Podería suceder que para o tratamento dalgún síntoma asociado ao proceso oncolóxico houbese algún medicamento que se recolla na oficina de farmacia a través de receita oficial. Moitos dos medicamentos empregados nestas situacións son medicamentos dirixidos a procesos graves e crónicos, con achega reducida, nos que o usuario achega soamente un 10% do prezo de venda do fármaco cunha achega máxima de 4,24 euros, co fin de garantir a continuidade dos tratamentos. A Valedora comunicou á autora da queixa que non se podía apreciar mala praxe administrativa da consellería, lembrando que a competencia para tratar a problemática que subxace neste expediente de queixa corresponde ao Ministerio de Sanidad, de maneira que a supervisión nesta materia recae sobre o Defensor del Pueblo, ao que remitimos no seu momento denuncias de contido similar. Nesta liña, sumámonos (como así consta nos nosos informes anuais) ás consideracións que o Defensor del Pueblo publicou en aras de promover unha modificación normativa que introduza, na achega farmacéutica, cambios que teñan en conta aqueles supostos de usuarios sen rendas ou perceptoras de ingresos inferiores ao mínimo persoal e familiar. Consideramos que o copago farmacéutico debe valorar a efectos de exención, porcentaxes e límites, tanto o nivel de renda (independentemente do tipo de prestación obtida) como a duración do tratamento, en todos os apartados detallados pola actual lexislación. Efectivamente, consideramos que existen certas lagoas na regulación da prestación farmacéutica. Esta reflexión está motivada porque hai unha parte de poboación desempregada que unha vez que esgota a súa prestación non poden beneficiarse da exención do copago farmacéutico debido a que dita prestación ten carácter contributivo (a exención só se aplica para os que finalizan unha axuda ou subsidio, é dicir, prestación non contributiva) pero que, con todo, non poden acceder a ningún subsidio por incumprir os requisitos para iso ao non ter cargas familiares, non ser maior de 45 anos ou non pertencer a certos colectivos (emigrantes retornados ou liberados de prisión). Estes cidadáns quedan nunha situación comprometida dado que non poden beneficiarse da exención na prestación farmacéutica quedando asimilada a súa situación á de persoas activas que pagan o 40% dos seus medicamentos (mesma porcentaxe que o traballador que gaña ao ano menos de 18.000 euros) pero sen recibir renda algunha. Sobre a anterior situación, a nosa competencia queda totalmente limitada en tanto non cabe recomendación algunha á Xunta de Galicia dado a regulación estatal da materia controvertida, que impide á administración autonómica facer modificación algunha. Dito o anterior, centrámonos na segunda cuestión subxacente a esta queixa, centrada na interpelación á Comunidade Autónoma galega para que establecese medidas complementarias para compensar as dificultades que leva a nova regulación do copago farmacéutico para aqueles pacientes con enfermidades crónicas que impiden a continuidade da súa vida laboral. Neste punto, certo é que a administración debe adoptar medidas de política económica e social que permitan a sustentabilidade financeira e a atención das persoas e colectivos máis vulnerables. Pero non cabe dúbida que estas medidas esixen unha valoración conxunta de múltiples condicionantes, entre os que se atopan as circunstancias reais da poboación desempregada, a normativa existente en materia de subsidios e axudas a colectivos específicos, etc. As decisións adoptadas unha vez calibradas os factores anteditos, encádranse nun marco de discrecionalidade da administración, que como administración pública goza dunha capacidade de xestión e autoorganización en virtude da cal pode estruturar as súas políticas e servizos da forma que consideren máis acomodada para unha maior eficacia. Nesta facultade de autoorganización, dicíamos que destaca a discrecionalidade que domina o seu exercicio e que non debe confundirse coa arbitrariedade, sempre prohibida. O principio reitor da autoorganización administrativa debe ser o da busca da xestión óptima dos intereses colectivos, o que require dunha xestión eficaz cos recursos dispoñibles. No caso que motiva este expediente de queixa, consideramos que na Comunidade Autónoma galega existen rendas de inclusión social para tratar de paliar os efectos perniciosos das dificultades económicas da poboación afectada pola perda de ingresos económicos, e que á súa vez condicionan ou determinan o tramo aplicable do copago farmacéutico. B) Acceso a tratamentos e medicamentos Como quedou recollido no informe do ano anterior, xurdiu na comunidade galega unha alarma social importante ante a aparición de pacientes afectados por meninxites (enfermidade infecciosa aguda que afecta sobre todo a nenos pequenos e adolescentes) e a dificultade de obter unha vacina de recente aparición, pois, tras alcanzar os permisos pertinentes, un laboratorio privado introduciu o seu acceso en Europa, correspondendo a cada goberno a decisión da súa distribución, ben introducíndoa no calendario oficial, ben permitindo a súa venda nas farmacias para aqueles pais que quixesen poñela, ou ben bloqueándoa e permitindo a súa administración só para uso hospitalario, opción esta adoptada inicialmente polo goberno galego. Esta decisión orixinou múltiples queixas no ano 2015, ata que finalmente abriuse a posibilidade da súa comercialización libre. Con todo, e dado que esta vacina non está incluída no calendario oficial, aínda no ano 2016 rexistráronse dous expedientes con tal reivindicación (Q/177/16 e Q/13060/16) que foron concluídos ao non considerar reprochable a medida da decisión administrativa. Neste sentido, a Consellería de Sanidade xustificaba a non cobertura polo Servizo Galego de Saúde da vacina contra o meningococo do grupo B manifestando que a meninxite e a sepse son enfermidades graves que poden ser producidas por diversas causas e diferentes axentes infecciosos. Na actualidade o calendario xa inclúe a vacinas fronte ao Haemophilus influenzae tipo b, o meningococo C e o pneumococo. A aparición da vacina fronte ao meningococo B é unha boa e esperanzadora noticia, pero presenta certas limitacións no referido ao seu alcance, xa que se estima que protexe fronte ao 70% dos meningococos B en circulación. A falta de coñecemento dalgunha das características básicas da vacina, como son o grao de protección cando se aplica á poboación en xeral ou a duración da eficacia da mesma, dificultan a inclusión no calendario de vacinas. Por iso, tomando en consideración estas dificultades e á vista do informe do Relatorio de programas e rexistros de vacinacións, la Comisión de Salud Pública do Sistema Nacional de Salud, órgano técnico adscrito ao Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad, non considerou xustificada a introdución da vacina fronte ao meningococo B no calendario infantil de vacinacións e, unicamente, recomenda a súa utilización en situacións de maior risco ou en brotes. Nestas situacións a Consellería de Sanidade garante e facilita a vacina de forma gratuíta. Ao noso entender, e tras analizar ambas as posturas, sinalamos como punto de partida que neste asunto discútense temas de carácter estritamente técnico-científico. O feito de que o fondo do asunto se substancie en argumentos centrados no campo técnico sanitario, dentro do cal o Valedor carece da capacidade técnica idónea para discernir sobre as opcións máis idóneas, limita a nosa actuación. No debate sobre a conveniencia de incluír a vacina fronte ao meningococo B no calendario xeral atende a un conxunto de valoracións técnicas entre as que debe terse en conta a eficacia da efectividade da vacina, a seguridade e o custo. A conxunción de todos os parámetros é a que debe determinar a súa inclusión no calendario oficial, sendo técnicos especialistas os que conclúen sobre a súa conveniencia. As incertezas que subxacen neste asunto derivan de que realmente existen marxes nos ensaios clínicos na avaliación sobre a diminución da incidencia de casos de infección por meningococo, á vez que non se detectaron efectos adversos graves nos estudos realizados para avaliar a resposta antixénica da vacina. Estas afirmacións permiten autorizar o acceso libre á vacina, pero non constitúen argumentos concluíntes para a súa inclusión no calendario oficial. Neste caso, institucións como a nosa, supervisan que os procedementos fixados para alcanzar tales conclusións se sigan conforme á normativa, pero os criterios sobre o fondo do asunto circunscríbense ao discernimento dos técnicos. Por todo iso, concluímos a nosa intervención, véndonos limitados para modificar calquera criterio técnico adoptado polos profesionais do sector sanitario, tendo en conta que se comprobou que as administracións implicadas facilitaban a información precisa. Tamén se inclúen aquí unha serie de expedientes relativos a cambios de medicamentos prescritos aos pacientes ben sexa por falta de stock (caso da reclamación Q/46/16) ou ben porque o que ata ese momento se estaba a fornecer deixa de estar financiado pola sanidade pública (caso dos expedientes Q/162/16 e Q/594/16) ou por inadecuación á situación clínica do paciente (Q/622/16). Dunha ou outra forma, neste tipo de expedientes subxacen cuestionamentos clínicos sobre os que o Valedor non ten capacidade para dirimir. As conclusións técnicas sobre os requisitos e condicionantes clínicos de determinados principios activos dun medicamento, así como a súa aplicación práctica a un diagnóstico determinado, circunscríbense a criterios estritamente médicos, cuxa emisión debe quedar á marxe da nosa investigación. Outro asunto do que se fixo eco a valedora en canto acceso a tratamentos se refire, é a problemática recollida no expediente Q/83/16 sobre restricións no uso de fármacos oncolóxicos e falta de transparencia na xestión da Administración sanitaria, no que diversas asociacións oncohematolóxicas denuncian restricións no uso de fármacos oncolóxicos existindo diferenzas entre centros hospitalarios e pacientes no acceso a estes tratamentos. Ante esta cuestión, a Consellería de Sanidade informounos, entre outras consideracións, que o Servizo Galego de Saúde estableceu un procedemento de tramitación de solicitudes de acceso a medicamentos en situacións especiais, que ten como finalidade garantir a homoxeneidade e a equidade de acceso dos pacientes aos mesmos. Ante tal información, consideramos adecuado dirixirnos novamente á administración para que se nos trasladase documentación concreta relativa ao procedemento, de forma que poida avaliarse en situacións individualizadas a existencia de posibles discrepancias sobre a súa aplicación. Ante tal petición, a consellería remitiu un oficio achegando copia do documento, aprobado con data de 03-11-2014 no que se recolle o procedemento de avaliación das solicitudes de medicamentos de uso compasivo/medicamentos estranxeiros. Ao noso entender, a correcta aplicación das directrices recollidas no documento mencionado garantirían que os pacientes afectados non se verían discriminados na atención sanitaria independentemente do centro hospitalario galego no que estean a ser atendidos. Sería necesario concretar aqueles supostos nos que se poidan estar a vulnerar os dereitos que se derivan da posta en práctica dos criterios do procedemento aquí cuestionado. Por todo o anterior, co fin de valorar con rigor posibles vulneracións de dereitos que impliquen denegación arbitraria no acceso á medicamentos oncolóxicos, resulta necesario ter á nosa disposición datos de pacientes concretos nos que poida estarse producindo tal discriminación, comunicándollo así aos asinantes da queixa. Con todo, tamén debemos indicar, como noutros expedientes, que esta Institución non pode cuestionar as valoración médicas nin as resolucións que poida adoptar a Administración con base ás devanditas valoracións. Por iso é polo que, a posible supervisión en tales casos limitaríase a comprobar o cumprimento de parámetros en situacións comparables. C) Reintegro de gastos (médicos, desprazamentos e transporte) Como último ítem relativo ao financiamento de gastos sanitarios, temos que facer mención un tipo de queixa que de forma habitual tramítase nesta Institución na área sanitaria, como é a solicitude de reintegro de gastos por atención na sanidade privada, que no caso investigado neste exercicio (Q/43/16), consideramos correcta a decisión da administración. A autora da queixa indicaba no seu escrito que acudira a unha clínica privada para que ser intervida cirurxicamente por un implante coclear a raíz da perda total de audición en ambos os oídos. A excesiva lista de espera na sanidade pública galega, que implicaba maior risco de fracaso na recuperación da audición segundo os informes médicos que tiña, determinou a toma de tal decisión. A interesada reclamaba o reintegro de gastos ou unha axuda de política social para sufragar o desembolso realizado. Solicitado informe á Consellería de Política Social, a administración remitiu un escrito manifestando que non existe na actualidade unha orde de axudas ou convocatoria que inclúa dentro das actuacións subvencionables a adquisición de implantes como o que se describe na queixa formulada. A propia Consellería de Política Social consultou coa Consellería de Sanidade a posible competencia da administración sanitaria na materia, contestando esta que non se contemplan axudas desas características. Dito o anterior, consideramos que o enfoque que debe darse ao problema non é tanto a prestación de axudas actuais específicas (potestade discrecional da administración enmarcada no sector de políticas públicas) senón a posibilidade de solicitar responsabilidade patrimonial á administración sanitaria se efectivamente chegara a probarse que existiu irregularidades na actuación da Consellería de Sanidade que imposibilitase a súa atención correcta na sanidade pública, véndose obrigada a acudir á sanidade privada. Non había constancia de que a interesada presentase escrito algún sobre a esixencia de reintegro dos gastos da súa operación. As prestacións sanitarias facilítanse, en principio, polos servizos propios ou concertados do sistema público de saúde, e prevese que naqueles casos nos que a asistencia sanitaria fose urxente, inmediata e de carácter vital, a persoa interesada poida pedir o reembolso dos gastos derivados desa atención, aínda que se require que se demostre que non se puideron utilizar oportunamente os servizos públicos e que non constitúe unha utilización desviada ou abusiva desta excepción. A urxencia vital xustifica que a administración se vexa obrigada a reintegrar os gastos pola asistencia prestada na sanidade privada. A nosa xurisprudencia vén esixindo o cumprimento de varios requisitos para poder aplicar o suposto excepcional de reintegro de gastos sanitarios por asistencia en centro médico desvinculado do Sistema público de saúde. Así, requírese que a asistencia se considere de carácter vital (tanto polo risco para a vida como pola perda de órganos ou funcionalidades); que sexa de carácter urxente e inmediato (é dicir, que resulte inaprazable, apremiante e imprescindible); que exista imposibilidade de utilizar os servizos públicos sanitarios designados, imposibilidade que pode vir dada ben pola perentoriedade da situación (a urxencia fai imposible acudir a un centro público pola situación xeográfica, por exemplo) ou ben pola tardanza en recibir asistencia nun centro público debido á saturación do servizo (lista de espera); e que non se produza unha utilización abusiva ou desviada da excepción, isto é, que o paciente non acudiu á medicina privada de forma maliciosa, evitando de maneira intencionada e consciente a asistencia pública. Segundo afirmacións da reclamante, producíronse fallos de organización no Sergas que obrigaron a pospoñer a súa operación, tendo en conta que resultaba determinante o prazo da intervención para evitar a perda da audición. Se se contase con elementos de proba suficiente que permitan comprobar tales aseveracións, podería iniciarse un expediente de responsabilidade patrimonial que lle permita recuperar os gastos sufragados que deberían ser asumidos pola Consellería de Sanidade. Tamén se deben incluír aquí aquelas reivindicacións relativas ao reintegro de gastos por desprazamentos como as recollidas nos expedientes Q/77/16 e Q/271/16. En ambos casos, a administración corrixiu a súa actuación tendo en conta que no primeiro comprobouse que se produciu un erro aritmético na totalización da contía a reintegrar, e no segundo informouse debidamente ao interesado do procedemento para seguir para solicitar o reintegro no caso de aceptar a intervención da que estaba pendente nun centro concertado fóra da súa localidade de residencia. 4. Transporte sanitario O transporte sanitario non urxente contémplase especificamente na carteira común de servizos con carácter de prestación suplementaria (do mesmo xeito que a prestación farmacéutica), e consiste no desprazamento de enfermos por causas exclusivamente clínicas, cuxa situación lles impida desprazarse nos medios ordinarios de transporte. Son denuncias interpostas por pacientes que deben acudir periodicamente a sesións de tratamento de rehabilitación, de diálise ou quimioterapia, entre outros. Afirman que se producen atrasos e tempos de espera excesivos na recollida e regreso aos seus domicilios, provocando un exceso en varias horas sobre os horarios previstos. Os expedientes Q/44616, Q/608/16 e Q/681/16 orixináronse por mor dos escritos de usuarios de transporte sanitario colectivo, que é o que se realiza con vehículos adecuados para trasladar un grupo de persoas que acoden a un centro sanitario para os tratamentos indicados no parágrafo anterior. Nos tres casos, alegaban que o tempo que finalmente están na viaxe é demasiado amplo ao ter que parar durante o percorrido en varios puntos ou localidades para a subida/baixada do resto de usuarios. En todos os casos non apreciamos unha demora desproporcionada. Ao noso entender, a programación dos servizos de transporte sanitario non urxente consiste no traslado e atención de persoas enfermas que non revisten carácter de urxencia nin implica risco vital ou dano irreparable para a saúde do usuario. Este traslado é planificado con antelación atendendo ao ámbito territorial que lle corresponden a cada enfermo, debendo coordinarse a atención dos usuarios da zona. Entendemos que pode supoñer un trastorno os tempos de espera e de recollida doutros acompañantes, pero iso non mingua a calidade asistencial recibida, senón que está incardinada na mellor eficiencia dos servizos públicos que utilizan recursos limitados. A organización destes recursos debe atender a intereses colectivos, sempre, está claro, que a realización efectiva da programación sexa razoable. 5. Dereitos dos usuarios O marco legal actual é amplo no que a recoñecemento expreso de dereitos de pacientes e usuarios do sistema sanitario público refírese, tanto a nivel estatal como de comunidades autónomas. Xunto con esta afirmación, tamén é preciso lembrar que os usuarios do sistema de saúde deben cumprir cunha serie de obrigacións na mesma medida que poden e deben esixir a materialización efectiva dos dereitos recoñecidos. Podemos estruturar o elenco de dereitos esixibles polos usuarios do sistema sanitario en varios subapartados que exemplifican e permiten ofrecer unha visión xeral da actividade supervisora do Valedor do Pobo nesta materia: A) Dereito á asistencia sanitaria Coa aprobación do Real Decreto-lei 16/2012, do 20 de abril, de medidas urxentes para garantir a sustentabilidade do Sistema Nacional de Salud e mellorar a calidade e seguridade das súas prestacións, modificouse o modelo sanitario introducindo o concepto de asegurado ou beneficiario no dereito ao acceso á sanidade pública. Con esta nova regulación, aqueles inmigrantes en situación irregular non teñen cobertura a cargo dos fondos públicos coas seguintes excepcións: urxencias, menores, embarazadas e enfermidades contaxiosas. Isto provocou un controvertido debate sobre a constitucionalidade de tal precepto, que o propio Tribunal Constitucional resolveu en xullo de 2016 ditando sentenza contra a impugnación do RDL 16/2012, tanto no seu conxunto como en varias das súas disposicións. No seu ditame, o TC desestima case a totalidade das impugnacións (con excepción do punto do límite de ingresos para inclusión no dereito á asistencia sanitaria en sistema público), considerando que o Goberno razoou de forma suficiente a existencia dunha situación de "extraordinaria e urxente necesidade", centrada na esixencia de tomar medidas inmediatas para facer fronte a un "insostible” déficit nas contas públicas sanitarias", apuntando tamén que o principio de universalidade que acolle o artigo 43 da Constitución non garante o dereito incondicionado de toda persoa que se atope en España a recibir gratuitamente todo tipo de prestacións sanitarias. Os problemas concretos que chegan a esta Institución refírense fundamentalmente ao incumprimento por parte da xerencia dos centros hospitalarios en canto á gratuidade da asistencia prestada á poboación inmigrante sen papeis nos supostos cubertos con fondos públicos expresamente recoñecidos (urxencias, menores, embarazadas e enfermidades contaxiosas). Rexístranse expedición de facturas a estranxeiros sen papeis en regra aínda nos casos que, en principio, a prestación tería que ser gratuíta. Destaca neste punto o expediente Q/23381/15, que, aínda que iniciado o ano anterior, mencionamos aquí dado que está pendente de resolución. A intervención da defensoría galega xorde por mor da denuncia interposta por dúas organizacións sen ánimo de lucro cuxos fins asociativos céntranse na protección sanitaria da poboación estranxeira. Os asinantes do escrito trasladábannos as súas consideracións sobre as consecuencias que implicou a aprobación e entrada en vigor do Real Decreto-lei 16/2012, e denuncian que a pesar das excepcións recollidas na norma e a vixencia do Programa de Protección Social da Saúde Pública da Xunta de Galicia, rexístranse constantemente vulneracións ao dereito sanitario nun colectivo especialmente vulnerable. Na documentación remitida a este Alto Comisionado faise referencia a casos concretos reais, nos que se aprecian, a xuízo dos reclamantes, vulneración de dereitos. En todos os supostos remitidos a Sanidade achegouse información específica con datos concretos, e que catalogamos a continuación: - Vulneracións detectadas en menores de idade (con dereito recoñecido en todo caso): detectáronse 6 casos en tres meses, de setembro a novembro do 2014. Catro dos casos están en situación regular, con pai e nai estudando na nosa comunidade. En todos os casos a atención sanitaria normalizada se lles negou por incoherencia da documentación solicitada ou ignorancia do procedemento por parte da administración sanitaria. - Vulneracións detectadas en mulleres embarazadas (con dereito recoñecido en todo caso): Foron detectados 3 casos en 5 meses, de xullo a novembro do 2014. En todos os casos denegouse a asistencia porque a administración sanitaria requiriu documentación non fundamental, da que as afectadas non podían dispoñer. - Vulneracións detectadas en casos de atención sanitaria de urxencia: Detectados 10 casos en 6 meses, de maio a outubro do 2014. Tres casos nos que se condicionou a atención sanitaria á firma dun "compromiso de pago". Tres casos de facturación indebida. En todos os casos o seguimento médico ata resolución do problema foi negado. - Vulneracións detectadas en persoas con dereito á inclusión en Programa Galego de Protección Social da Saúde Pública: Foron detectados 14 casos en 9 meses, de abril a decembro do 2014. Solicítaselles documentación, non fundamental, da que non podían dispoñer. En tres casos, dispoñen de toda a documentación necesaria, pero son mal informados á hora de tramitala, ou se tramita de maneira deficiente. Sobre a inclusión das persoas no Programa Galego de Protección Social da Saúde Pública, os interesados facían unha mención especial á normativa pouco clara sobre a atención de urxencias ata a alta médica (unha vez que o paciente sae do hospital non se lle asigna unha facultativa ata esa alta médica) e o programa de vixilancia epidemiolóxica (dúbidas sobre quen debe de ser a persoa que inclúa ao paciente cunha enfermidade de risco para a saúde pública ou de declaración obrigatoria no devandito programa). No documento remitido pola Consellería de Sanidade tras a nosa solicitude de informe, descríbese a situación normativa previa á entrada en vigor do Real decreto-lei 16/2012 e a regulación actual, facendo mención expresa aos programas específicos que na nosa comunidade se estableceu para a atención de persoas estranxeiras non autorizadas nin rexistradas. No informe recóllese igualmente as accións da consellería en aras de formar ao persoal dependente do Sergas para posibilitar a mellor e máis clara información sobre a situación actual neste ámbito. Menciónase tamén cales son os procedementos teóricos de atención a menores, o dereito ata a alta médica, a inclusión dos pacientes con enfermidades de risco para a saúde pública ou declaración obrigatoria no Programa de vixilancia epidemiolóxico. Con todo, consideramos que a pesar de que na nosa solicitude de información incluíanse casos concretos nos que se denunciaban incumprimentos sobre a tramitación e xestión da asistencia sanitaria de estranxeiros non autorizados nin rexistrados, aos que a xuízo dos reclamantes estábaselles dificultando a asistencia ou se lles emitía unha factura pola atención sanitaria recibida a pesar da minoría de idade, a situación de urxencia ou o embarazo da muller, no informe da administración non se fai alusión algunha a estas situacións persoais, exemplos sobre a que se sustenta a denuncia que orixina este expediente. Precisamente, para evitar xeneralidades e quedarnos no ámbito puramente teórico dos procedementos, remitíronse situacións concretas a nivel de usuarios, centros e datas, que a consellería podería valorar especificamente e detectar posibles fallos no sistema establecido nas normas e instrucións aplicables. Por todo o anterior, consideramos que non é suficiente a información da administración, e que resulta imprescindible que se comproben os casos concretos mencionados, incluíndo ademais os documentos de información específicos que se lle facilitan aos estranxeiros afectados sobre os trámites para seguir (fálase da existencia de folletos no primeiro informe), ou protocolos de actuación facilitados ao persoal da consellería que permitan actuacións claras e que eviten dúbidas ou confusións nos procesos referenciados. Estamos pendente de valorar o segundo informe. B) Dereito á información e autonomía do paciente Outro dereito esencial dos usuarios é a solicitude de información, incluída aquela que conforma a historia clínica do paciente. A problemática versa sobre o acceso á historia clínica, ben sexa o propio paciente o que o require, ben sexan os familiares de persoas falecidas os que solicitan esa documentación. Habitualmente, este tipo de expedientes resólvense satisfactoriamente coa tramitación da queixa, pois a administración remite ao interesado durante a formalización do expediente a documentación que estaba pendente (Q/13072/16, Q/63697/16 e Q/64035/16). Nesta liña, atópase inconclusa á espera de información da administración a queixa Q/63721/16, na que o interesado esixe da administración a identificación dun profesional sanitario que interveu na transfusión que lle foi realizada nun centro hospitalario do Sergas e que deu lugar a un contaxio de hepatite C. Recibiuse unha primeira resposta da administración afirmando que se remitiu ao interesado toda a información que consta na súa historia clínica, ante o que o autor da queixa alegou que ese dato obviábase na documentación médica. Insistimos novamente á Consellería de Sanidade para que se nos facilite o dato concreto esixido polo interesado. Outro aspecto fundamental nesta sección sobre o dereito á información, acceso á historia clínica e autonomía do paciente o constitúe a figura xurídica das instrucións previas. A Lei 41/2002, do 14 de novembro, básica reguladora da autonomía do paciente e de dereitos e obrigacións en materia de información e documentación clínica, fixa basicamente a súa atención no establecemento e ordenación do sistema sanitario desde un punto de vista organizativo, dedicando a esta cuestión diversas previsións, entre as que destaca a vontade de humanización dos servizos sanitarios, tal e como recolle a súa exposición de motivos. Garantir o máximo respecto á dignidade da persoa e á liberdade individual, asegurando a atención sanitaria en condicións de escrupuloso respecto á intimidade persoal e á liberdade individual do usuario, resulta un obxectivo claro da norma. Refórzase así o dereito á autonomía do paciente, mencionando de forma especial a regulación sobre instrucións previas. Co número Q/64042/16 iniciouse precisamente unha queixa sobre o documento de instrucións previas debido a que unha paciente ingresada cun tratamento intensivo de quimioterapia no Hospital Álvaro Cunqueiro de Vigo, non tiña opción de manifestar a súa vontade ante o persoal da Consellería de Sanidade. A enferma non podía desprazarse aos servizos centrais da consellería por razóns obvias, e o centro hospitalario carecía de unidade habilitada. Hai que destacar neste expediente a rápida e eficaz resposta da administración dado que de forma inmediata, o Sergas habilitou a dúas persoas no Hospital vigués para formalizar o documento de vontades anticipadas, mediante o cal unha persoa maior de idade, capaz e libre, manifesta anticipadamente a súa vontade sobre os coidados e tratamentos que podería precisar no futuro e o destino final do seu corpo, co fin de que esta sexa respectada no momento en que por determinadas circunstancias non poida expresala persoalmente. A Lei 8/2008 de Saúde de Galicia, establece no seu artigo 8.3 que son dereitos relacionados coa autonomía de decisión o de outorgar o consentimento por substitución e o de manifestar as instrucións previas ao amparo do establecido na normativa reguladora básica reguladora da autonomía do paciente e de dereitos e deberes en materia de información e documentación clínica. Na comunidade galega, este documento pode outorgarse: ante tres testemuñas maiores de idade e con plena capacidade de obrar, das cales dúas, como mínimo, non poderán ter relación de parentesco ata o segundo grao por consanguinidade ou afinidade nin estar vinculadas por relación patrimonial coa persoa outorgante; ante notario; e ante o persoal do Rexistro galego de instrucións previas ou das unidades habilitadas. A consellería, ante a constatación da imposibilidade material de facer efectivo este dereito usando a terceira vía no Hospital Álvaro Cunqueiro, realizou as accións oportunas para corrixir a deficiencia detectada, habilitando de forma inmediata ao persoal necesario, o cal se puxo en contacto rapidamente coa paciente. Outra actuación de rectificación e mellora levada a cabo pola Consellería de Sanidade, e que se enmarca dentro do dereito á dignidade do paciente, é a permanencia de distintivos de carácter relixioso nun centro hospitalario dependente do Sergas (un crucifixo, concretamente). Despois de dar traslado á administración acerca desta situación detectada por un paciente no Hospital Santa María Nai de Ourense, a consellería informou de que non se recibiu solicitude de retirada de ningún símbolo das estancias dese centro por parte dos usuarios do servizo sanitario, pero que tras a petición de información, a Xerencia do Sergas ordenaba a retirada dos símbolos relixiosos existentes. 6. Práctica profesional e responsabilidade patrimonial Unha problemática que de forma recorrente xera a intervención do Valedor do Pobo é a referida ás discrepancias sobre os diagnósticos emitidos polos profesionais sanitarios. Mantense estable o número de queixas que cuestionan as valoracións médicas, tanto as relativas aos desacordos derivados de pareceres clínicos como ás xurdidas por supostos erros ou neglixencias médicas. O Valedor atopa dificultades para supervisar a actuación dos facultativos xa que carece de medios técnicos que permitan entrar a valorar cuestións nas que subxace como problema de fondo criterios clínicos. Por este motivo, o labor do Valedor circunscríbese a estudar a queixa recibida e investigar se se seguiron os trámites formais previstos, cumpríndose o establecido na normativa de aplicación. Con todo, aínda que esta institución non poida cuestionar as valoracións médicas nin as resolucións que poida adoptar a administración en base ás devanditas valoracións, obrigando en moitos casos para concluír o expediente sen un pronunciamento específico sobre a discrepancia clínica que orixina a queixa, puidemos constatar que a intervención do Valedor do Pobo, coa petición de informe aos órganos competentes para a análise ou revisión dos casos expostos, contribúe ao bo funcionamento na prestación dos servizos públicos. A esixencia de explicacións que necesariamente leva a solicitude de informe á consellería pola nosa banda, determina en numerosas ocasións que se revisen as actuacións médicas cuestionadas, e en todo caso, implica unha investigación interna da propia administración para aclarar se os profesionais implicados desenvolveron o seu labor atendendo á boa praxe médica. Exemplo claro desta situación prodúcese no expediente Q/655/16 no que o interesado denunciaba a suspensión do tratamento de rehabilitación prestado á súa filla, o que resulta contraditorio co prescrito polo médico que trata á paciente no Hospital Universitario da Paz en Madrid, onde fora derivada para a atención sanitaria inicial. A administración remitiu un escrito no que sinalaba que os médicos do Servizo de Rehabilitación son os que teñen a competencia para determinar se os pacientes poden beneficiarse ou non dun tratamento rehabilitador en función das súas características individuais e a súa situación clínica. Neste caso, o médico responsable do tratamento rehabilitador determinou dar o alta na área de fisioterapia por considerar que existe estabilización na ganancia de amplitudes articular e porque está adestrada no programa de servizos domiciliarios dirixidos a potenciar áreas máis deficitarias. A consellería indicaba que, non obstante o anterior, programouse cita para revisión da situación no Servizo de Rehabilitación. Á luz das discrepancias existentes a nivel profesional entre os facultativos do Hospital madrileño que acordaran a necesidade de continuar coa rehabilitación, e o servizo de rehabilitación de Ferrol que non contemplaba como conveniente o mantemento de tal prestación, requirimos novamente información á consellería para que se pronunciase sobre estas valoracións diverxentes, e no seu caso, cal debería prevalecer. Finalmente, a consellería procedeu á revisión do suposto, e nestes momentos a paciente está a ser tratada no seu Centro de Saúde polo persoal de rehabilitación seguindo as pautas indicadas polos facultativos que a atenderon. Un caso similar rexistrouse no expediente Q/13026/16 no que a Consellería de Sanidade revisou a denegación de atención terapéutica a unha nena menor de idade diagnosticada síndrome de down tras a petición de informe por parte da Valedora. A administración confirmou a continuidade da usuaria na Unidade de Atención Temperá da EOXI de Santiago indicando o facultativo/a de esta Unidade, como profesional responsable, as pautas para seguir e realizando o seguimento integral e continuado da nena, en coordinación con todas as unidades implicadas nas terapias que reciba. Por outra banda, ademais da supervisión e persuasión de revisión para a administración, que implica toda intervención do Valedor do Pobo, aínda cando as limitacións derivadas de criterios clínicos non permita un ditame sobre a actuación profesional e a institución deba absterse de realizar pronunciamento algún sobre o axuste daquela á denominada lex artis, usualmente infórmase aos interesados sobre os procedementos administrativos e xudiciais que poden exercer para tratar de esixir a responsabilidade patrimonial da Administración. Así, conforme ao artigo 139.1 da Lei 30/1992 “Os particulares terán dereito a ser indemnizados polas administracións públicas correspondentes, de toda lesión que sufran en calquera dos seus bens e dereitos, salvo nos casos de forza maior, sempre que a lesión sexa consecuencia do funcionamento normal ou anormal dos servizos públicos”, sendo de aplicación devandito principio no caso da responsabilidade patrimonial do Sistema Galego de Saúde e dos seus centros sanitarios concertados, polos danos e prexuízos causados por ou con ocasión da asistencia sanitaria. A determinación da responsabilidade, civil ou penal dos profesionais que interviñeron debe dilucidarse a través dun proceso xudicial onde se garante suficientemente a contradición das probas e informes que cada parte poida achegar en defensa das súas posicións, pois constitúe o mecanismo idóneo para dilucidar este tipo de situacións ao permitir un ditame profesionalizado sobre os feitos acaecidos, así como a achega das oportunas probas e alegacións. Ademais do anterior, nestes supostos nos que a imposibilidade de avaliar tecnicamente o nivel de dilixencia profesional que a actuación sanitaria esixía e efectuar o labor comparativo que permita concluír se esta axustouse ou non á boa práctica profesional, é posible que se chegue a apreciar certos déficits organizativos ou materiais que puideran ter repercusión no resultado, e que requiran a súa resolución ou mellora, comunicación que este Alto Comisionado fai chegar á administración, de ser o caso. No 2016 iniciouse o expediente Q/63658/16, pendente de conclusión, que é claramente indicativo desta apreciación. Nel, os pais dunha nena diagnosticada dunha infección micobacteriana atípica, denuncian falta de criterio e evidentes discrepancias entre dous Servizos do Hospital Clínico de Santiago que debían chegar á conclusión conxunta sobre a necesidade de intervir á menor. A denegación de proceder á cirurxía determinouse no servizo de cirurxía pediátrica, a pesar de que no servizo de infectoloxía ese parecía ser a acción adecuada. Seguíronse diversos tratamentos que resultaron ineficaces e finalmente, por circunstancias accidentais, a paciente foi operada de urxencia nun centro hospitalario da Coruña. A reclamación dos pais da nena céntrase fundamentalmente na falta de comunicación entre os servizos, a inexistencia dun protocolo ante tales diverxencias clínicas, e a imposibilidade de acceder a unha segunda opinión médica. Neste momento, estase pendente de recibir información complementaria tendo en conta que o contido do primeiro documento remitido polo Sergas ante a nosa intervención resulta claramente insuficiente e contraditorio xa que fai constar unicamente que na historia clínica da paciente está documentado que os Servizos de Pediatría e Cirurxía Pediátrica estiveron coordinados en todo momento, rexistrándose actuacións que determinan o tratamento adecuado do caso, pois a paciente recibiu diversos tratamentos con antibióticos e pasado o período establecido para a súa efectividade, os dous servizos valoraron de novo o caso e decidiron proceder á realización dunha intervención cirúrxica, aceptada polos proxenitores. A petición de aclaración fundamentámola en que os pais afirman e presentan documentación que así o avala, que non houbo tal consenso senón que a intervención produciuse nun centro doutra poboación ante a urxencia da asistencia por malestar da paciente. De aí a nosa insistencia en aclarar a denuncia sobre unha suposta descoordinación entre o servizo de pediatría e o de cirurxía pediátrica do CHUS, xa que ante a valoración e indicacións do primeiro, o segundo negouse a realizar e materializar o diagnóstico do outro. Un aspecto fundamental das reclamacións sobre a práctica profesional sanitaria constitúeo a esixencia de responsabilidade patrimonial. O Valedor do Pobo debe respectar a autonomía profesional dos facultativos, o que significa que o médico pode emitir, con toda liberdade, a súa opinión profesional conforme ás indicacións diagnóstico-terapéuticas dos seus pacientes máis adecuadas en función da evidencia científica dispoñible en cada momento, así como a elección do tipo de técnicas a utilizar, dependendo da patoloxía do paciente e as circunstancias nas que se atope a mesma, polo que esta institución nin pode nin debe, entrar a valorar, as decisións profesionais que se tomen respecto dos pacientes neste sentido. Con todo, esta autonomía non é ilimitada, pois o feito de que nunha asistencia sanitaria se produza un dano que se atopa contemplado no consentimento informado, non significa, que á administración, en todo caso, se lle exima de responsabilidade, sendo o correcto en tales supostos, a apertura do denominado expediente de responsabilidade patrimonial como o mecanismo idóneo para dilucidar este tipo de situacións, pois permite un ditame profesionalizado sobre os feitos acaecidos, así como a achega das oportunas probas e alegacións. O paciente terá a obrigación de soportar os riscos que entrañen as intervencións médicas, a condición de que as mesmas leváronse a cabo conforme á “lex artis ad hoc”, xa que a existencia de documento de consentimento informado non pode, en ningún caso, amparar a mala praxe. Para finalizar, e como fixemos xa en exercicio anteriores, queremos trasladar á Consellería de Sanidade, e en particular aos profesionais que exercen o seu labor no ámbito sanitario, que, sen cuestionar en ningún caso os criterios clínico-científicos que a súa formación e experiencia lles outorga, é fundamental que este labor exérzase facilitando un trato correcto e afable ao paciente, así como o adecuado traslado da información e a comprobación dunha boa comprensión do ditame médico. O desenvolvemento de habilidades de comunicación e relación, que reforzan a confianza entre médico e paciente, inflúen na percepción e valoración por parte dos usuarios sobre o diagnóstico e ditame médico recibido. 7. Relación entre profesionais sanitarios e pacientes/usuarios La relación entre o paciente e o persoal sanitario que o atende defínese como a interacción que se produce entre un axente da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, ou calquera outro persoal sanitario) e un paciente con necesidade de asistencia (e frecuentemente cos familiares do paciente). Esta relación é un piar fundamental da atención sanitaria, polas implicacións que ten no diagnóstico e tratamento de calquera enfermidade. Non cabe dúbida de que o vínculo entre médico e paciente experimenta hoxe en día cambios importantes debido ao desenvolvemento dunha tecnoloxía cada vez máis especializada e á necesidade de proporcionar asistencia médica a unha poboación crecente, o que provocou novas formas de organización e sistemas de operación máis eficaces. En máis ocasións das desexadas, as relacións entre médicos e enfermos volvéronse menos íntimas e satisfactorias en termos das expectativas e necesidades emocionais duns e outros, debido en boa parte á alta carga de traballo soportada polo persoal sanitario cunha elevada masificación das consultas, a introdución de tecnoloxía que reduce a proximidade entre os axentes que interactúan nesta relación, o aumento das capacidades resolutivas da medicina ou a maior información que manexan os pacientes. Ante a situación real descrita, parece oportuno agrupar baixo este epígrafe, un conxunto de queixas en cuxo fondo se atopa, non tanto a valoración ou atención médica en sentido técnico, senón o trato recibido por parte do profesional, que a xuízo dos autores das queixas, non foi o correcto, sendo eixo vertebrador de todas elas, o cuestionamento sobre a sensibilización e concienciación no trato dos profesionais sanitarios aos pacientes e familiares. A especial dificultade coa que se atopa o Valedor do Pobo neste tipo de expedientes é que, con frecuencia, existen serias discrepancias no relato dos feitos, sendo diverxentes as apreciacións do profesional sanitario e o autor da queixa en canto á situación vivida, ao trato recibido, e ás expresións e tons empregados. Na maior parte dos supostos, non existen outros medios de proba que as meras declaracións dos intervenientes, apreciándose claramente versións diverxentes, o que nos impide realizar calquera estimación ao non estar presentes no momento e lugar dos feitos, nin a obter probas determinantes do relato descrito por unha ou outra parte. Por tal motivo, o fondo do asunto non poderá ser coñecido nin valorado pola nosa institución, ao non poder confirmarse o denunciado polo autor da queixa. Con todo, e a pesar das limitacións expostas, o noso compromiso coa defensa da prestación dun servizo sanitario de calidade, obríganos en todo caso a trasladar á Consellería de Sanidade, e polo tanto, aos profesionais que se dirixen e atenden directamente a pacientes e usuarios, que o Valedor do Pobo considera fundamental que no servizo público de saúde se preste unha atención sanitaria adecuada non só no aspecto clínico, senón tamén que a atención humanitaria sexa exquisita, para o que todos os profesionais sanitarios deben coidar con esmero o trato ao paciente, e ser conscientes do impacto que as súas actitudes, palabras e silencios causan nos mesmos. Sucede na maior parte destes casos que, lamentablemente, non pode comprobarse a veracidade dos feitos denunciados, ao non dispoñer de elementos probatorios nun ou outro sentido. Con todo, consideramos que o requirimento da preceptiva información á Consellería de Sanidade coa apertura da investigación sumaria e informal instada polo particular, contribúe á mellora das relacións humanas que subxacen en toda interacción entre médico e paciente, dado que a investigación interna realizada pola propia administración para dar conta a esta institución sobre a queixa formulada, implica a supervisión dos feitos denunciados, quedando constancia expresa do malestar mostrado polos usuarios, cuxa manifestación chega ao profesional concreta que interveu. Como mostra da utilidade de petición de información, chegouse a recibir no Valedor informes confirmando o inicio de investigacións internas por parte da Inspección de Servizos para aclarar o sucedido (Q/673/16) ou a toma en consideración, a pesar da dificultade de constatar a versión dunha e outra parte, para evitar a repetición de situacións de malestar para o usuario (Q/63664/16). Lamentablemente, noutras reclamacións (Q/94, 679, 1074, 1141, 12587 e 63945/16), debemos proceder á conclusión do expediente ante a falta de probas, confiando en que o noso labor de investigación sumaria e informal derive nunha reflexión sobre o sucedido por parte dos profesionais implicados. En ocasións, ademais, o desasosego ou incomodidade que nos traslada o interesado polo trato recibido, está directamente relacionado co desacordo sobre o diagnóstico recibido, ou mesmo coa deficiente ou incomprendida información recibida sobre o problema de saúdo en cuestión, o que fai máis complexa e limitada a nosa intervención. No obstante, queremos insistir novamente no feito de que o Valedor do Pobo considera fundamental que no servicio público de saúde se preste unha atención sanitaria adecuada no so no aspecto clínico, senón que, ademais, a atención humanitaria sexa también exquisita. Todos os profesionais sanitarios deben coidar con esmero o trato ao paciente. 8. Organización e funcionamento dos servizos sanitarios A problemática que recolle este apartado ten como transfondo a organización e funcionamento dos servizos da sanidade pública galega, pero a variedade que rexistra o seu contido esixe realizar unha subdivisión segundo o tipo de reclamación, diferenciando entre a xestión de recursos sanitarios a nivel de centros, espazos e material e a xestión de carácter máis puramente administrativa, o que permite unha mellor exposición das incidencias detectadas. A) Xestión de recursos A materia para tratar neste apartado resulta relevante despois de que se rexistraron un volume importante de expedientes que cuestionan as decisións adoptadas pola Consellería de Sanidade na xestión dos centros sanitarios galegos. O Valedor do Pobo recibiu queixas das que se desprende a percepción que teñen os cidadáns de que se está producindo unha deterioración paulatina dos servizos sanitarios e por tanto da calidade asistencial derivada dunha xestión deficiente dos centros dependentes do Sergas así como da reorganización de servizos derivados dos axustes económicos practicados en aras da sustentabilidade financeira que repercuten, en opinión dos reclamantes, tanto na diminución de persoal como na deficiencia de recursos materiais. Isto tradúcese na apertura de numerosos expedientes cuxo denominador común é a percepción de certo empeoramento na atención sanitaria nos centros públicos. Como punto de partida previo ao análise dos expedientes concretos tramitados nesta defensoría, é necesario destacar que en ningún dos casos resoltos foi preciso reprobar a conduta da administración. É certo que nalgúns deles chegouse a percibir certas deficiencias nos procesos, pero, en todo caso, a administración asumiu o compromiso de mellorar o funcionamento do servizo afectado. Un asunto que tivo unha repercusión importante na institución polo volume de expedientes tramitados foi a reclamación relativa á actividade sanitaria do Hospital Meixoeiro, reclamación que viña acompañado de máis 50.000 firmas orixinando a apertura dun total de 50.042 expedientes (Q/13111/16 e Q/13536 a 63576/16), nos que se reivindicaba unha maior actividade do centro e a súa reapertura a pleno rendemento dos servizos de Urxencias e UCI, así como dos seus quirófanos. Solicitado informe á Consellería de Sanidade, a administración remitiu un escrito poñendo de manifesto que, no último ano e medio se veñen realizando na área de Vigo unha reordenación integral da atención sanitaria, coa finalidade de dar resposta ás necesidades presentes e futuras da poboación. A reordenación vén propiciada pola entrada en funcionamento do novo hospital de Vigo, deixando de estar operativas aquelas estruturas que xa non conseguían os requirimentos asistenciais adecuados. A atención hospitalaria pública na EOXI de Vigo está concentrada no Complexo Hospitalario Universitario de Vigo, composto polos seguintes hospitais: Hospital Público Álvaro Cunqueiro (HPAC), Hospital do Meixoeiro e Hospital Nicolás Pena. Desde o momento no que se planifica a apertura do HPAC establécese toda unha especialización de cada un dos edificios do complexo. Esta medida está orientada a evitar duplicidades nos servizos asistenciais que non favorecen a adecuada atención aos usuarios. Un gran número de especialidades estaban dispersas ata ese momento entre os distintos hospitais, o que propiciaba que a atención sanitaria estivese disgregada e fose pouco eficiente. A consellería continúa o seu informe indicando que o novo modelo organizativo está baseado na integración e na ordenación asistencial, realizando en cada edificio funcións propias e especializadas; así no HPAC está concentrada toda a atención urxente, a atención aos pacientes máis graves e con maior complexidade e a atención aos pacientes con maior necesidade de manexo interdisciplinar ou con maior necesidade de uso de tecnoloxía. O hospital Meixoeiro está especializado na atención ambulatoria, tanto en consultas como en cirurxía, a cirurxía de curta estancia e a atención aos pacientes crónicos pluripatolóxicos e de idade avanzada, e o Hospital Nicolás Peña concentra esencialmente a atención a pacientes con necesidades de rehabilitación psiquiátrica. Neste modelo organizativo, o Hospital do Meixoeiro ten un papel importante, diferente ao que viña realizando, pero con actividades que se realizarán en exclusiva nas súas instalacións. Recóllense as especialidades de oftalmoloxía, medicina nuclear, oncoloxía radioterápica, alergoloxía-endocrinoloxía, xeriatría, coidados paliativos, laboratorio central, unidade de lesionados medulares, rehabilitación, reumatoloxía, unidade de mama, e unidade de especialización. A estas súmanse tamén as que comparten actividade co HPAC, como son: radioloxía, farmacia, medicina preventiva, traumatoloxía e ortopedia, cirurxía xeral e dixestiva–neurocirurxía, cirurxía vascular, cirurxía plástica, uroloxía, e xinecoloxía. O informe prosegue sinalando que, en relación coa reclamación do pleno rendemento dos servizos de urxencias e de UCI, o Servizo de Urxencias do HPAC está dotado dos recursos, tecnoloxía, dimensións e número de profesionais adecuados para dar resposta de forma eficiente ás necesidades de atención urxente da poboación da EOXI. Existe, así mesmo, un dispositivo adecuado de atención ás urxencias extrahospitalarias moi accesible, xa que se puxo en marcha un PAC de alta resolución en parte das dependencias do antigo Hospital Xeral, o que mellora substancialmente a oferta existente. Segundo a consellería, coas instalacións actuais abrir as urxencias no Hospital do Meixoeiro é innecesario e sería contrario aos criterios de planificación que veñen utilizando en toda a EOXI e, ademais, traería consigo un retroceso asistencial irresponsable. No Hospital do Meixoeiro existe unha área de reanimación dotada con todo o necesario, tanto en equipamento como en recursos humanos, para resolver as necesidades de coidados críticos que se poidan producir nese hospital. Por outra banda se fose necesario dispoñer de máis recursos podería facerse xa que a estrutura do hospital permíteo. Segundo a administración, os resultados obtidos ata o momento permiten constatar que a reorganización asistencial realizada está a funcionar, así a actividade cirúrxica do Hospital do Meixoeiro incrementouse un 125%, no primeiro semestre de 2015 realizáronse 5.223 intervencións fronte as 11.727 realizadas nese período no ano actual. O resultado desta actividade é especialmente visible na redución das listas de espera, así en xuño de 2016 a espera media para cirurxía era de 86,26 días, 7,84 días menos que en xuño de 2015. O Sergas sinala que, ademais, coa finalidade de reforzar a actividade do Hospital do Meixoeiro, realizáronse obras de remodelación e de posta a punto da área cirúrxica con dotación dun quirófano adicional. Para finalizar, a consellería conclúe que, en definitiva, o Hospital do Meixoeiro é un centro de capital importancia na actual configuración do Complexo hospitalario de Vigo. É un centro con especialidades importantes que está preparado para dar unha resposta idónea ás necesidades da poboación da área sanitaria. Tendo en conta a información anterior, temos que dicir en primeiro lugar, que a Consellería de Sanidade ten a capacidade de xestión e autoorganización suficiente para estruturar os seus servizos da forma que consideren máis adecuada segundo os seus criterios para lograr a maior eficacia e a xestión óptima dos intereses colectivos. Para lograr unha xestión eficaz cos recursos dispoñibles deben adoptarse decisións coa marxe de discrecionalidade permitido pola potestade de organización propia de toda administración, erradicando por suposto a arbitrariedade. Neste caso concreto, consideramos que a Consellería dispón da potestade de organización suficiente para determinar as especialidades ou servizos médicos e cirúrxicos que deben funcionar nas instalacións do Hospital do Meixoeiro, apreciando motivación e xustificación bastante nos actos ditaminados. Por tal razón, lamentablemente, o Valedor do Pobo non pode cuestionar tal decisión, adoptada no campo da capacidade autoorganizativa xa sinalada. Da información obtida, despréndese que efectivamente a ordenación dos servizos de saúde na área sanitaria viguesa atende a razóns baseadas en análises previas, e por tanto atópase suficientemente motivada. E precisamente, o feito de que o fondo do asunto se substancie en argumentos centrados no campo técnico sanitario, impide que a nosa Institución se sitúe sobre que tipo de atención sanitaria debe prestarse no edificio da rúa Camiño Meixoeiro. En todo caso, do informe da consellería conclúese que se está levando a cabo unha reorganización asistencial dos espazos sanitario vigueses, e que ás dependencias do centro hospitalario que orixina a controversia analizada neste expediente, estáselles dotando de funcionalidades atendendo a criterios técnicos e que poñen en valor o conxunto da totalidade dos espazos de atención sanitaria da cidade de Vigo. Finalizamos así a nosa intervención, arquivando a queixa ao non apreciar actuación irregular da administración que nos permita adoptar unha resolución firme concluínte sobre mala praxe administrativa. A nivel tamén de cuestionamento de servizos atópase outra queixa colectiva recollida nos expedientes Q/243/16 a Q/247/16 sobre o cumprimento do Plan de garantía da calidade no Servizo de Radioloxía do Hospital Clínico Universitario de Santiago de Compostela, ao trasladarnos os autores da queixa a súa desconformidade co cumprimento deste Programa de Garantía de Calidade indicándonos un serie de incidentes tanto a nivel de recursos materiais como de xestión de recursos humanos. Solicitado informe á Consellería de Sanidade, a administración remitiu un escrito sinalando que o Real decreto 1976/1999 sobre criterios de calidade en Radiodiagnóstico, establece que o titular da unidade asistencial estará obrigado a implantar o programa de garantía de calidade e remitir un exemplar do devandito programa á autoridade sanitaria competente, e a Orde da Consellería de Sanidade do 22 de decembro de 2004 establece o procedemento de validación e seguimento dos programas de garantía da calidade asociados ás unidades asistenciais de radiodiagnóstico médico, radioterapia e medicamento nuclear. En cumprimento do establecido nestas normas, a Xerencia de xestión integrada elaborou o referido programa cuxa modificación última foi validada pola autoridade sanitaria o 24 de outubro de 2014. A elaboración do programa realizouse coa intervención da Comisión de garantía e control de calidade do diagnóstico por imaxe do hospital, na que están representados todas as categorías profesionais relacionadas co radiodiagnóstico. O programa está dispoñible no sistema de documentación da xerencia no relativo aos comités e, concretamente, na comisión antes referida. No que se refire ao nivel de cumprimento do programa está determinado polo control que se exerce pola autoridade sanitaria e polo Consello de Seguridade Nuclear. Para a formación do persoal que integra as unidades de radioloxía, o hospital conta co Servizo de Protección Radiolóxica, que realiza as actividades necesarias coa programación de cursos acomodados ás necesidades da institución. No referente á cobertura dos postos de traballo da citada unidade, indícase que a xefatura do Servizo de Radiodiagnóstico atopase actualmente cuberta en comisión de servizos, sendo convocada a praza no DOG do 3 de marzo estando no proceso de selección neste momento. As funcións que segundo o escrito presentado corresponderían ao Coordinador/Supervisor están a ser realizadas pola Supervisión de Área e Supervisión da Unidade. Así, contará cunha Supervisión de Unidade de Radiodiagnóstico nos Hospitais Clínico e Gil Casares e cunha Supervisión de Unidade de Radiodiagnóstico para o Hospital de Conxo, así como unha Supervisión de Área de Servizos Centrais, que coordina, entre outras, as dúas supervisións antes mencionadas. Igualmente menciónase a existencia da figura do Coordinador de Técnicos Especialistas, con funcións de coordinación da formación no ámbito de todas as especialidades. Polo que respecta á estabilización de profesionais da categoría de Técnico Superior en imaxe para o diagnóstico, neste ano estabilizáronse 5 prazas desa categoría (3 no Hospital Clínico Universitario, 1 no Hospital de Conxo e 1 no Ambulatorio Concepción Arenal). Por outra banda, o Servizo de Radiodiagnóstico está inmerso nun proceso de renovación tecnolóxica de maneira que os novos equipos dispoñerán dunha maior capacidade para a realización de probas diagnósticas o que supoñerá a modificación da estrutura funcional do mesmo. O sistema de selección do persoal temporal que realiza as funcións propias no Servizo de Radiodiagnóstico é o indicado no Pacto subscrito entre as centrais sindicais e a Administración sanitaria publicado no DOG do 9 de maio de 2011. 0 apartado 11.7 do mesmo establece a posibilidade de establecemento de áreas especiais para a cobertura de necesidades de vinculación de determinadas categorías, non atopándose a de Técnicos Especialistas entre as que se teñen establecidas, polo que debe entenderse que a contratación para as salas de TAC e RM deben realizarse pola lista xeral. En relación co anterior consta que as técnicas de Tomografía Computerizada e de Resonancia Magnética forman parte do actual currículo da titulación de Técnico Superior en imaxe para diagnostico e medicina nuclear, de conformidade co indicado no Real decreto 770/2014. As persoas aspirantes a vinculacións temporais con titulación de Técnico Superior en imaxe para o diagnóstico deben ter as competencias para desenvolver as súas funcións nas salas indicadas. O Pacto de vinculación temporal, antes referido, establece o réxime de penalizacións por diversas circunstancias, entre elas, os incumprimentos graves, tanto na condición de aspirante como no desenvolvemento da prestación dos servizos. Para facer efectivas as penalizacións previstas séguese o procedemento establecido pola dirección xeral de Recursos Humanos do Servizo Galego de Saúde, coa intervención preceptiva da Comisión de Central de Seguimento do Pacto. Por último, para o seguimento dos incidentes relacionados cos chamamentos de aspirantes existen as Comisións Periféricas e a Comisión Central de seguimento, que realizan o control das mesmas. Á vista da información recibida, entendemos que a consellería está a realizar as actuacións precisas para que nun breve e prudencial espazo temporal, sexan solucionadas as carencias e problemas denunciadas polos autores das queixas. Actualmente estase en pleno proceso de selección de persoal para atender á cobertura da xefatura do Servizo de Radiodiagnóstico. Tamén se procedeu á estabilización do persoal de técnico superior en imaxe. En canto aos medios técnicos, afírmase no informe que neste momento está a procederse á renovación tecnolóxica de equipos, que supoñerá unha importante mellora na calidade das probas diagnósticas así como a modificación da estrutura funcional do mesmo. Neste sentido, entendemos que este compromiso de actualización e mellora será realizado nos próximos meses. Por último, a administración confirma que existe control sobre o cumprimento do programa tanto a nivel da autoridade sanitaria como polo Consejo de Seguridad Nuclear. Concluímos por tanto o expediente ao remitirnos a Consellería o seu compromiso de proceder á cobertura de persoal pendente de adxudicación definitiva e á renovación do equipamento, confiando desde esta Institución na óptima consecución de tal obxectivo, e á súa materialización efectiva. Outra problemática que orixinou tamén unha queixa colectiva foi a relativa a diversos aspectos relacionados coa prestación de servizos oncolóxicos prestados no Hospital de Día Oncohematolóxico do Hospital Clínico de Santiago. Os autores das queixas Q/63970/16 a Q/63998/16 (ambos os incluídos) denunciaban as condicións asistenciais dos pacientes debido aos tempos de espera para as probas para realizar e as carencias do espazo físico. A Consellería de Sanidade remitiu un escrito poñendo de manifesto que no centro referenciado están a desenvolverse as seguintes actuacións organizativas: a) Mellora da programación das sesións na sala de tratamento, en función dos tempos de duración da infusión de medicación. b) Concreción da axenda da sala de tratamento, o que permite coñecer o número de pacientes previstos para tratamento e xestionar a reasignación de pacientes ao día/s seguinte/s (ata + 3 días desde prescrición de tratamento) en caso de superarse o límite máximo de pacientes/ día segundo a capacidade da sala. c) Ademais estableceranse as seguintes: *Sistema de chamada que permita eliminar a chamada por voz na sala de tratamento e *Número único de quenda para calquera atención que reciban os pacientes no Hospital de Día. Por outra banda, a consellería sinala que o centro xa adoptou medidas para a mellora das condicións ambientais e de limpeza. No que se refire aos equipamentos estes cumpren co establecido nos estándares. Ademais, neste ano está prevista a apertura do Hospital de día de Hematoloxía, de maneira que se realizarán os axustes necesarios para optimizar a organización da unidade e estruturar adecuadamente a actividade para desenvolver. Tamén se sinala que o Hospital de día ten unha dotación de recursos humanos suficiente para funcionar de maneira correcta coa demanda de asistencia actual. No último semestre de 2016 incrementouse a persoal cun facultativo e unha enfermeira. A cobertura por ausencias, baixas e permisos realízase de acordo aos criterios xerais establecidos garantindo sempre unha atención de calidade. Por último, no informe recóllese que no últimos tres anos veñen realizando auditorías tanto polo equipo auditor da rede de avaliadores do Sergas (auditorías internas) como polo equipo auditor de AENOR nas que certifican o cumprimento dos requisitos da norma UNE 179003:2013. Servizos sanitarios. Xestión de riscos para a seguridade do paciente. Con esta información, parece que a Consellería de Sanidade faise eco das reivindicacións contidas nestas reclamacións, afirmando que ao longo deste ano procederase a apertura do Hospital de día de Hematoloxía. Esta previsión implica loxicamente unha reorganización dos espazos físicos e dos recursos de persoal, adaptándose a organización actual ás novas estruturas. Por outra banda, no informe consta que nestes momentos están a realizarse actuacións concretas de mellora que permiten acondicionar o servizo asistencial ás demandas formuladas na reclamación. Indícase que o persoal do Hospital de día modificouse no último semestre incorporándose un facultativo e unha enfermeira. A consellería parece ser consciente de parte da problemática trasladada polos interesados e, que poñerá en marcha os mecanismos adecuados para mellorar a organización actual. A previsión inmediata dun novo Hospital de Hematoloxía precisará sen dúbida dun estudo profesional de reorganización de recursos, que deberá redundar na optimización da prestación asistencial. Neste sentido, é conveniente esperar un tempo prudencial para confirmar as palabras da administración. Non obstante o anterior, certo é que mentres se realizan os axustes oportunos, a administración debe prestar un servizo de calidade, tratando de organizar os recursos presentes para garantir unha prestación sanitaria digna. Neste sentido, resulta preciso concretar os supostos nos que se poidan constatar os incumprimentos denunciados, xa que doutra forma, a xeneralidade da formulación do problema impide esixir explicacións das actuacións á Consellería de Sanidade de forma eficaz. Por tal motivo, é necesario recibir denuncias concretas nos que se poidan apreciar demoras excesivas, para, con tales datos, valorar se a espera ou mala atención resulta inxustificada. Tendo en conta que a consellería trasládanos o seu compromiso de proceder á reestruturación do servizo coa apertura dun novo Hospital de Hematoloxía, desde esta Institución confiamos na óptima consecución de tal obxectivo, e á súa materialización efectiva, que debería redundar na mellora do espazo que orixina a apertura deste expediente. Con todo, insistimos en que poderiamos iniciar expedientes sobre posibles vulneracións concretas nas que poida estar a vulnerarse o dereito á sanidade pública. Tamén se recibiu no Valedor do Pobo unha queixa sobre o funcionamento do servizo de urxencias (Q/225/16), aínda que a falta de identificación de problemas individualizados impide ditaminar reproches concretos á administración. Ademais, a formulación do problema sobre a reorganización doutros espazos sanitarios interconectados co servizo de urxencia supón unha inxerencia demasiado ampla na capacidade de organización da consellería tanto pola discrecionalidade desta como pola falta de capacidade técnica para levar a cabo semellante valoración. Na denuncia incidíase en que no servizo de urxencias do Complexo Hospitalario Universitario de Santiago de Compostela rexístranse continuamente saturacións e sobrecarga pola demora no traslado de pacientes a planta, a pesar de existir recursos dispoñibles. Ante esta afirmación, a consellería remitiu un primeiro informe manifestando que o Servizo de Urxencias de calquera hospital está suxeito en momentos puntuais ao incremento da demanda asistencial e que os pacientes son atendidos segundo o seu nivel de gravidade, non constando parálise ou bloqueo na asistencia sanitaria. A consellería tamén indicaba que todos os dispositivos asistenciais e os recursos da institución sanitaria son utilizados na medida na que as necesidades o requiren e a situación clínica dos pacientes o permite. Sinalábase igualmente que non todos os pacientes son subsidiarios de ser ingresados en calquera unidade asistencial xa que sempre se actúa de acordo cos criterios do facultativo que atende a cada paciente, sendo adecuados os medios dispoñibles á actividade que se realiza. Unha vez trasladada esta información ao autor da queixa para que presentase alegacións, remitíusenos información complementaria que á súa vez foi comunicada á Consellería de Sanidade, solicitando da administración aclaracións sobre os datos relativos a pacientes pendentes de ingreso e pacientes nas vías de evacuación e tránsito en diferentes meses do ano mostrando que non parecía tratarse dun problema puntual (datos avalados pola Doutora do Servizo mediante informe de data 2 de agosto de 2016). A Consellería de Sanidade elaborou un segundo informe cuxo contido reproducimos de forma literal: “Ao longo de todo o ano, incluíndo o período de referencia da queixa, tense prestado asistencia sanitaria de calidade a todos os pacientes que precisaron de atención urxente no Complexo Hospitalario Universitario de Santiago de Compostela. Aínda que o Servizo de Urxencias do mesmo xeito que o resto dos Servizos Hospitalarios, conta cunha estrutura organizativa e de responsabilidades propia (Coordinadora do Servizo de Urxencias e supervisoras do mesmo) por tratarse dun servizo especialmente sensible, de difícil programación e suxeito a numerosas variables no que ao número e tipo de demanda asistencial se refire, é monitorizado pola Dirección de Procesos Asistenciais e desde a Dirección de Enfermería, de forma especial. Partindo dunha estrutura base, a posta a disposición de forma progresiva de espazos físicos e de recursos humanos realízase de forma dinámica en función da demanda que se vai rexistrando ao longo do día e nos diferentes días e épocas do ano. Prima, en todo caso, o criterio clínico dos responsables do servizo, -a coordinadora e as supervisoras-, que contan coa axuda dos supervisores xerais de garda que coordinan e concilian todas as necesidades do complexo hospitalario. Obviamente, un delegado sindical, igual que calquera persoa que traballe no servizo de urxencias pode estar en desacordo coas medidas que se adopten no mesmo, o que non significa que non sexan correctas e adecuadas ao momento no que se adoptan as decisións. A lexislación proporciona canles e foros aos representantes sindicais, no marco das relacións laborais, para tratar estas cuestións. Como xa se indicou, os servizos de urxencia son extraordinariamente dinámicos polo que a "foto" dos mesmos pode cambiar en minutos. Así mesmo, os responsables clínicos teñen toda a autonomía que precisan para organizarse e priorizar a asistencia coa seguridade de que toda a demanda será atendida coas mellores condicións posibles. Por tanto, en cada momento do día, o servizo as 24 horas, adóptanse as medidas asistenciais que correspondan, así como a realización dos movementos de pacientes nas distintas localizacións en función da prioridade dos mesmos. É facilmente comprensible que dispoñendo de máis de 100 postos asistenciais no servizo, dos que 20 son boxes de exploración (polos que necesariamente han de pasar os pacientes que se determina no triaxe), nalgún momento pode completarse o aforamento dalgunha das áreas asistenciais e os sanitarios dispoñerán, nese momento, das mellores alternativas, mobilizando aos pacientes, sempre coa premisa de atender a todos os que soliciten atención. Por tanto de forma continuada están a entrar pacientes nos boxes, pasando a ser altas ou a ser observados nas padiolas ou nas cadeiras de brazos dispoñibles e posteriormente levados á planta queda ingresado. Ao mesmo tempo nas plantas trabállase cos pacientes ingresados e libéranse camas en función da evolución dos mesmos. En definitiva, non se pode illar o funcionamento do Servizo de Urxencias do resto do Hospital, xa que na atención urxente participan desde os servizos de soporte (radioloxía, laboratorio, microbioloxía, etc...) ata os servizos de hospitalización nas plantas. Respecto aos recursos "presuntamente ociosos" sinalar que todos os recursos cos que conta o CHUS están dispoñibles para ser utilizados, correspondendo aos facultativos a conveniencia de situar aos pacientes en cada espazo, sempre en función das súas características clínicas. Para a atención aos pacientes hai que ter en conta a súa situación clínica, a dispoñibilidade no edificio concreto de especialistas e medio acomodados para atendelos, tratando de evitar a dispersión dos pacientes dunha especialidade en varios edificios e servizos, xa que isto supón ademais unha dificultade engadida para atendelos, posto que os especialistas teñen que desprazarse por todo o hospital, o que supón unha diminución da seguridade e calidade da atención sanitaria. Cada día son atendidos no Servizo de Urxencias unha media de 350 demandas exteriores, ás que se engaden as interiores e cada día dáse resposta asistencial á totalidade e ingrésanse unha media de 45 persoas cada día. Como xa se indicou os maiores picos de asistencia prodúcense no inverno, e nos días previos ou posteriores aos festivos, e tamén un maior número de ingresos. É obvio que se dispón dos recursos necesarios e os circuítos asistenciais funcionan de forma correcta, seguindo as pautas adecuadas. Seguramente a falta de información e de formación sobre as cuestións de tipo organizativo e de xestión dunha institución tan complexa como o CHUS leva a pensar, de forma errónea, na existencia de disfuncións na prestación do servizo, e a propoñer solucións "parciais" que xerarían outro tipo de disfuncións no conxunto asistencial. Cada día publícanse na páxina web do hospital os datos correspondentes á asistencia no Servizo de Urxencias e a ocupación por áreas do hospital. Nos datos que se indican de sucesivo, que van desde o 1 de xaneiro ao 31 de outubro deste ano, pódese apreciar o número de pacientes atendidos, os que se resolveron sen ingreso, os hospitalizados e a porcentaxe de ocupación das distintas áreas de hospitalización. Adultos Mañá Tarde Noite 47.712 36.648 18.392 Pediatría 8.075 12.216 5.452 N.° de ingresos desde o Servizo de Urxencias 5.373 6.152 5.952 Porcentaxe de ocupación de camas por área hospitalaria Pediatría: 30,96% Obstetricia: 10,76% Médica: 39,91% UCI: 25,52% Cirurxía: 36,85% Psiquiatría: 60,72% N.° de altas a domicilio de pacientes atendidos polo Servizo de Urxencias Mañá Tarde Noite 50.414 42.712 17.892 Finalmente dicir que o Complexo Hospitalario Universitario de Santiago e o seu Servizo de Urxencias, en concreto, teñen un elevado prestixio recoñecido tanto a nivel nacional como autonómico. Ademais da obtención de acreditacións da Fundación Ad Qualitaten e da SEMES, o Servizo foi solicitado polo Defensor del Pueblo para a realización dun estudo sobre as urxencias hospitalarias no SNS. As conclusións e recomendación do referido estudo se cumpren neste servizo e especialmente na recomendación referida a que "ante a repetición de situacións de saturación, establecéronse dependencias nas que permanecen os pacientes en espera de hospitalización, unha vez completada a atención inicial en urxencias. Aínda comprendendo o obxectivo destas medidas -evitar a permanencia en corredores e outros espazos- non deben considerarse un sistema eficaz, porque a permanencia nos servizos de urxencias de pacientes con indicación de ingreso perturba a xestión do servizo e os pacientes requiren unha atención especializada en planta de hospitalización.” Tendo en conta as alegacións anteriores, temos que invocar en primeiro lugar potestade autoorganizativa que a Consellería de Sanidade ostenta como administración pública. No caso que motiva este expediente de queixa, a organización e protocolos internos implantados no servizo de urxencias do CHUS ven determinado por análise e estudos técnicos de atención asistencial que excede das nosas competencias en tanto o coñecemento experto que implica a posta en marcha de expertos técnicos na materia. A pesar do anterior, podemos dicir que o Valedor do Pobo participou nun estudo conxunto sobre as Urxencias Hospitalarias no SNS, tendo un achegamento importante ao funcionamento destes servizos por mor da participación dos actores e axentes realmente implicados na actividade das urxencias hospitalarias (representantes dos pacientes, os profesionais sanitarios de urxencias e os xestores administrativos). Deste estudo concluíronse unha serie de posibles recomendacións que evidencian a opción de mellora á que poden acceder os servizos de urxencia en xeral, sen que fora posible, dados os recursos dispoñibles, concretar as deficiencias específicas de cada un dos centros hospitalarios que conforman a rede nacional de saúde. Efectivamente, existen diversos aspectos susceptibles de mellora relativos aos medios materiais, recursos humanos, dereitos dos pacientes ou atención a colectivos vulnerables, pero en todo caso, as defensorías evidencia a necesidade de valorar os casos concretos para detectar posibles vulneracións de dereitos. Este expediente de queixa se substancia na propia organización do servizo, sobre a que o Defensor del Pueblo carece da capacidade técnica idónea para discernir sobre a opción máis idónea. Os datos que obran no expediente, comparando os remitidos desde a Asociación de Pacientes e Usuarios do CHUS como os enviados pola propia administración, non permiten corroborar que o sistema en si provoque unha mala praxe administrativa receptora de recriminación por parte desta Institución. O principal labor do servizo de urxencias é a recepción, activación do recurso asistencial apropiado, estabilización, diagnóstico e tratamento, resolución e transferencia dos seus pacientes á instancia sanitaria máis idónea. E nesta actividade son múltiples os factores que poden entrar en xogo en cada momento sen que unha análise parcial do problema permita conseguir unha conclusión como a que se pretende neste expediente. Será cada caso concreto no que se poida valorar un posible fallo do sistema. Por todo o anterior, demos por concluída a nosa intervención procedendo ao arquivo da queixa ao non apreciar actuación irregular da administración que nos permita adoptar unha resolución firme concluínte sobre mala praxe administrativa. Pola relación funcional co expediente anterior, cabe mencionar agora a queixa Q/148/16 iniciada de oficio por esta defensoría para comprobar as medidas adoptadas pola administración sanitaria ante o pico de gripe previsto para o mes de xaneiro e febreiro de 2016. A tramitación deste expediente orixinou o envío dun completo informe por parte da Consellería de Sanidade no que se relacionan detalladamente as actuacións levadas a cabo para afrontar o pico de gripe do 2016: a) Creáronse os Comités técnicos de actuación fronte á gripe, de composición multidisciplinar coa finalidade de elaborar, implantar e seguir as medidas de continxencia para afrontar a posible sobrecarga asistencia durante os meses de inverno. Os membros que formen parte dos comités seguirán de forma puntual a curva de incidente da actividade gripal para anticiparse aos picos de demanda asistencial e reuniranse coa frecuencia necesaria en función da gravidade da situación. b) A Autoridade sanitaria e os profesionais sanitarios ofrecerán información á poboación sobre o uso correcto dos recursos asistenciais. Mellorarase a atención daqueles pacientes que, como os pluripatolóxicos ou os pacientes fráxiles, teñan un maior risco fronte á gripe. c) Potenciaranse as medidas de prevención da infección, como o fomento do uso de máscaras cirúrxicas ou a mellora da hixiene de mans, tanto en pacientes como en profesionais sanitarios. d) Establécense protocolos de seguimento, vixilancia e Memento de pacientes nos servizos de urxencias. e) No momento no que se detecte o incremento da demanda de asistencia sanitaria, adecuaranse os recursos humanos e materiais ás necesidades asistenciais, habilitando novos espazos para a atención dos pacientes. f) Abriranse, de ser necesarias, camas de hospitalización con reforzo das gardas da área médica hospitalaria. g) Reforzaranse os hospitais de día para o tratamento das persoas que o necesiten e adoptaranse as medidas adecuadas para diminuír a estancia media dos pacientes, sempre que dita alta se considere beneficiosa. h) Priorizarase, na medida do posible, o ingreso de pacientes en hospitalización a domicilio. Por outra banda, a Consellería de Sanidade utiliza distintos sistemas de vixilancia e indicadores que permiten seguir a súa evolución e tentar predicir o momento do pico; toda esta información é compartida co persoal directivo e servizos clínicos das estruturas asistenciais do Sergas para realizar o seguimento semanal e a planificación e programación de recursos. A evolución da actividade gripal cualifícase en tres categorías: a) crecente (a intensidade da actividade gripal aumenta comparada coa semana previa), b) decrecente (a intensidade diminúe comparada coa semana previa) e c) estable (a intensidade non cambia comparada coa semana previa). Este sistema permite estimar cunha antelación de 2-3 semanas e cunha marxe de erro de +/- 1 semana, o pico de intensidade gripal. Con todo, o número de persoas afectadas da poboación non é posible anticipalo, pois non existen patróns fixos. Ademais das medidas indicadas, a Consellería de Sanidade dispón dunha canle específica de información para a cidadanía na páxina web: http://gripe.sergas.es/. Finalmente anéxase documentación sobre a campaña de vacinación antigripal e os informes de seguimento da cobertura de vacinación por grupos sectarios de idade, tendo en conta que a abordaxe preventiva considerase un dos principais eixos de actuación nesta enfermidade. Á vista da información anterior, consideramos idóneas as medidas adoptadas pola consellería, facilitando unha información completa e detallada sobre as mesmas, e en consecuencia, procedemos á conclusión deste expediente. Teñen cabida aquí tamén reclamacións relativas á existencia e/ou utilización de recursos materiais; exemplo diso son os expedientes Q/13375/16, Q/63968/16 e Q/64028/16 nos que os interesados denunciaban avarías sufridas na máquina para o tratamento de radioterapia e para a realización de probas de medicamento nuclear. A consellería aseguraba nos seus informes que eran fallos mecánicos puntuais, fortuítos e por causas alleas á administración, e confirmaba a reparación da maquinaria afectada e a continuación de tratamentos e probas interrompidas. Consideramos que a administración se fixera eco das inquietudes dos afectados tendo en conta que levaron a cabo avaliacións individualizadas que permitiron un control determinante de cada paciente segundo o seu diagnóstico; a existencia dun protocolo específico e vías alternativas parece que mostra a preocupación da administración por dar solución á problemática que se atopa vinculada ademais a doenzas graves e nas que o factor tempo resulta primordial. Para finalizar a relación de expedientes tramitados nesta sección, queremos destacar a queixa Q/63964/16 pola boa receptividade das demandas trasladadas polo pai dun paciente menor de idade relativas á inexistencia ou falta de implantación do servizo hospitalización domiciliaria en idade pediátrica. Trasladada esta reivindicación á Consellería de Sanidade, obtivemos unha resposta inmediata indicando que, coa finalidade de coñecer de primeira man o problema da atención sanitaria do paciente, responsables do Servizo Galego de Saúde reuníronse co autor da queixa. A consellería afirma que, unha vez valorada a situación actual do paciente e da súa familia van realizar as actuacións necesarias para optimizar a relación entre os profesionais de atención primaria e hospitalaria, para reducir os desprazamentos ao mínimo imprescindible. Así mesmo, respecto da atención que recibe o paciente nas unidades de ámbito hospitalario - como a administración de medicación intravenosa-, serán realizadas por hospitalización a domicilio na medida na que resulte garantida a seguridade do paciente e o seguimento do mesmo. Por outra banda, a administración sinala que existe xa a atención hospitalaria a domicilio para pacientes pediátricos en supostos de realización de determinadas técnicas que precisan máis especialización a través do Servizo de Pediatría do Hospital Clínico Universitario de Santiago de Compostela. Apreciamos claramente a sensibilidade dos responsables de Sanidade coa problemática exposta, confirmándonos a posta en marcha de mecanismos adecuados para solucionar a situación que deu orixe á queixa. Desde esta Institución confiamos na óptima consecución de tal obxectivo, e á súa materialización efectiva. O propio interesado confirmou telefonicamente que se celebraron xa varias entrevistas con titulares de servizos do Hospital Clínico de Santiago de Compostela e con responsables da propia consellería para abordar o problema. B) Xestión administrativa Esta sección componse dun grupo de queixas referidas fundamentalmente a xestións estritamente de carácter xerencial, tales como xestión de citas, atención de reclamacións, solicitudes de cartón sanitario, procedementos administrativos como concesións ou licenzas, etc. Destaca aquí a recomendación dirixida á Consellería de Sanidade nun expediente que ten a súa orixe nunha queixa de fai un par de anos na que varios pacientes e familiares usuarios dun centro privado sociosanitario instaron á consellería para que se lles considerase parte interesada no procedemento sancionador instado de oficio pola administración contra esa entidade. No seu momento, concluíuse que os pacientes e familiares ven afectados na súa esfera xurídica pola resolución do expediente sancionador non só pola proposta de peche do centro contemplada no proceso sancionador senón, fundamentalmente, porque no mesmo aludíase e valoraba directamente declaracións dos propios interesados. Ao noso xuízo, os aludidos resultaban ser titulares de intereses directos e lexítimos que poden verse directamente prexudicados ou beneficiados pola resolución final do expediente sancionador, o que nos levou xa no 2013 a remitir á Consellería de Sanidade unha recomendación neste sentido, que foi rexeitada pola administración. Enlazado con este asunto, no ano 2016, unha das autoras daquela queixa dirixiuse novamente a esta Institución ao non obter da consellería acceso á documentación daquel expediente sancionador, polo que, en coherencia coa nosa postura inicial, instamos a Sanidade para que adopte as medidas necesarias para garantir o acceso á documentación solicitada pola autora da queixa en relación co expediente sancionador seguido contra a Asociación afectada, respectando en todo caso a normativa relativa á transparencia e acceso á información pública así como á protección de datos de carácter persoal. A exposición completa deste expediente atópase íntegra no punto 4 deste informe, estando esta recomendación na data de peche deste informe, pendente de contestación por parte da consellería. Encaixan tamén aquí aquelas queixas centradas fundamentalmente na falta ou deficitaria resposta por parte do servizo de reclamacións ás demandas presentadas polos usuarios ante o Servizo de Atención ao Paciente. Efectivamente, detectáronse en ocasións certos atrasos na remisión da resposta que, aínda que individualmente si foron corrixidas (Q/13385/16, entre outros), debe ser propósito da administración evitar tales demoras. O obxectivo que inspira a existencia dese Servizo é o de ser un órgano ou departamento institucional de contacto cos usuarios, e colaborar na mellora da calidade asistencial mediante o coñecemento, suxestión, reclamación e opinión dos usuarios, xa sexan pacientes ou xa os familiares que os acompañan. 9. Ámbito socio-sanitario Os cambios que experimenta a nosa sociedade a nivel demográfico, epidemiolóxico e socio-cultural expoñen demandas asistenciais que esixen a coordinación de recursos médicos e sociais para atender colectivos en situación de dependencia ou vulnerabilidade como os enfermos crónicos, as persoas con algunha discapacidade física, psíquica ou sensorial, e a terceira idade. En múltiples ocasións non é suficiente con prestar de forma illada a asistencia curativa senón que a transversalidade da súa problemática esixe actuacións conxuntas no ámbito social para lograr maior autonomía do usuario e facilitar a súa inserción social. O ámbito da saúde mental é un claro exemplo destas necesidades, e o Valedor do Pobo actúa en aras de favorecer que a xestión da administración coordine os servizos precisos de atención sociosanitaria adecuados. No expediente Q/74/16 sae a relucir a problemática das enfermidades mentais no caso dunha adolescente diagnosticada de trastorno límite de personalidade que precisa de atención continuada mediante terapias nun centro de referencia en Vigo ou piso tutelado xa que a convivencia na casa familiar, sendo xa a paciente maior de idade coas implicacións como adolescente que isto leva, resulta inviable. Neste momento, o Servizo Galego de Saúde conta con diferentes dispositivos na área de Vigo e que poden ser de utilidade para o tratamento da TLP: unidade de saúde mental, de carácter básicos para rehabilitación; unidade de Hospitalización Psiquiátrica no Hospital Álvaro Cunqueiro para períodos de crises; hospital de día, para tratamentos intensivos e continuados sen internamento; e a unidade de rehabilitación psiquiátrica hospitalaria para pacientes que requiren unha actuación terapéutica activa de duración intermedia. Ademais, existe unha Unidade de referencia autonómica de trastornos de conduta alimentaria no Hospital Gil Casares de Santiago de Compostela. Existen, así mesmo, 7 pisos protexidos concertados para a atención de pacientes con autonomía de conduta pero sen posibilidade de convivencia familiar, e unha Unidade de apoio social intermedio, para fomentar a adquisición de habilidades sociais e laborais que faciliten o acceso a un emprego. Sanidade confirma que a paciente xa iniciou un tratamento nalgún dos dispositivos antes indicados, pero non existe un programa específico para o TLP que presenta. Concorre, a maiores, a circunstancia de que no tempo entre o alta hospitalaria e a consulta da Unidade de saúde mental a paciente sofre descompensacións psicopatolóxicas que deben ser atendidas no Servizo de urxencias, polo que perde efectividade a atención prestada. Para acurtar ese período, deuse coñecemento específico á persoa responsable da área psiquiátrica de Vigo para priorizar a atención en consulta e optimizar de maneira eficaz os recursos utilizados. Por último, e ante as circunstancias do caso, a consellería confirmounos a concreción dunha inmediata reunión coa paciente e os seus proxenitores para valorar a situación e resolver dúbidas e inquietudes sobre os recursos existentes, sendo os facultativos especialistas os que determinarán cal dos recursos existentes é o máis adecuado para a atención da adolescente. Concluímos temporalmente o expediente ao entender que a consellería proxectou actuacións precisas para tratar de coordinar os recursos dispoñibles á problemática formulada, e buscar alternativas e solucións para a mellor atención da paciente. Para terminar, resulta relevante a intervención desta defensoría galega nunha problemática exposta por mor das condicións de acceso ás salas de cines para nenos diabéticos e persoas con enfermidades intestinais. Dado que as partes intervenientes no conflito pertencen ambas á esfera particular, a Institución exerceu funcións de mediación para tratar de liquidar o conflito. Durante unha visita institucional á cidade de Pontevedra en maio de 2016, representantes de familias de nenos con diabetes trasladaron á Valedora a súa inquietude ante os problemas cos que se atopaban á hora de asistir ao cine cos menores diabéticos que necesitan levar mochilas cos alimentos necesarios para compensar o seu déficit de azucre. Tras un primeiro contacto da defensoría coa xerencia do recinto en Pontevedra, no que se evidenciou a vontade de colaborar, xurdiron certos malentendidos entre as partes por mor de noticias publicadas nos medios de comunicación. Posteriormente, a Valedora reuniuse cos responsables de Cinexpo, entidade que xestiona salas de cine en Pontevedra, Ourense e Vigo, e con representantes da Asociación de Nenos e Nenas con Diabetes de Galicia e da Asociación Sociosanitaria Educativa Inflamatoria Intestinal Asseii, co fin de aclarar malentendidos e regular en condicións de seguridade o acceso de nenos con diabetes e pacientes con enfermidades intestinais a estes recintos. Como conclusión do encontro, que se realizou nas dependencias do Valedor do Pobo a petición da institución, tanto a Valedora como os xestores das salas coincidiron en que o acceso dos nenos diabéticos e outras persoas con necesidades médicas ou alimentarias específicas debe realizarse en condicións de seguridade e con todas as garantías. Neste sentido, a institución do Valedor do Pobo cre imprescindible protexer os dereitos destas persoas vulnerables e axudar tanto aos nenos con diabetes como a outros cidadáns que precisen portar medicamentos ou material sanitario específico. Estes dereitos deben ser compatibles co dereito para gozar do lecer doutras persoas presentes nas salas e cos requisitos de seguridade demandados polos responsables dos cinemas. Para garantir estas medidas, a Valedora ve razoable que as persoas con necesidades específicas poidan acreditalo aos responsables do control de acceso e que a entrada con alimentos sexa proporcional ás necesidades dos afectados para evitar posibles crises. Só deste xeito pódense equilibrar os dereitos deste colectivo cos dereitos do resto da cidadanía para asistir ás proxeccións en condicións de seguridade. Como resultado deste encontro, formulouse como solución a de facilitar a entrada dos nenos diabéticos cunha bandoleira (respectándose así a normativa sobre a entrada a espectáculos públicos relativa ao tamaño de mochilas ou accesorios similares), na que poidan levar a medicación e comida idónea ás súas necesidades, mostrando un xustificante médico que acredite a súa doenza. Coa conclusión antes dita, tanto os afectados como os responsables da empresa de exhibición cinematográfica, mostraron a súa satisfacción, comprometéndose estes últimos para transmitir aos encargados e traballadores das diferentes salas da empresa da nosa comunidade autónoma o acordo adoptado. IV. RESOLUCIONS DO VALEDOR DO POBO RESOLUCIÓNS DA ÁREA DE SANIDADE Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/667/16 Entrega de documentación relativa a un procedemento sancionador. Consellería de Sanidade 15/12/2016 NON ACEPTADA Q/667/16 2 Q/5844/14 Coordinación e avance na actualización de datos relativos aos usuarios do Sergas Consellería de Sanidade 11/01/2016 ACEPTADA Q/5844/14 IV. CONSIDERACIÓNS F INAIS As decisións políticas adoptadas nos últimos anos dirixidas a manter o sistema financeiro a través da contención do gasto público han afectado transversalmente a diversas áreas do noso sistema de benestar, entre as que se atopa a sanidade pública. A continuidade no tempo destas medidas implica que a administración sanitaria debe afrontar o importante reto de conxugar a oferta dunha sanidade pública de calidade que poida dar resposta ao crecente aumento da demanda asistencial orixinada tanto polas circunstancias demográficas, culturais e sociais, como pola precariedade económica e a consecuente diminución dos recursos individuais, preservando á súa vez un sistema de saúde eficaz, equitativo e solvente Evidentemente, se ao actual xurdimento e consolidación de múltiples factores que levan de seu un importante aumento do gasto sanitario (desde o envellecemento paulatino da poboación, ata o aumento de enfermidades cuxos tratamentos custosos, pasando polo necesario investimento en infraestruturas e a introdución de alta tecnoloxía), únenselle as dificultades inherentes a toda crise económica do alcance da rexistrada nos últimos anos, a preservación das prestacións básicas dun estado de benestar como o noso esixe reformas pensadas a longo prazo, inspiradas en criterios racionais e responsables que supoñan a adopción razoada de reformas innovadoras. Os debates e discrepancias na evolución da reforma sanitaria evidéncianse nun contexto de necesario axuste do déficit público, pero debe imperar unha formulación inspirada na oportunidade dun cambio que asegure que os recursos financeiros sexan utilizados de forma que se maximicen os seus efectos sobre a saúde da poboación. Esta institución puido comprobar que algunhas das medidas adoptadas a través das recentes reformas lexislativas xeraron claras desavinzas na cidadanía, e orixinaron un incremento da actividade supervisora por parte do Valedor do Pobo. Consideramos fundamental que os poderes públicos avalíen as consecuencias que certas medidas poden ter nos colectivos máis vulnerables. Pero xunto co anterior, existen outras problemáticas que veñen suscitando numerosas reclamacións dos usuarios da sanidade pública galega que determinaron a intervención desta defensoría xa desde os seus inicios e que non se atopan condicionadas por criterios económicos senón coa necesaria humanización da atención sanitaria. Para unha mellor valoración final da problemática rexistrada no Valedor do Pobo na área de sanidade, podemos resumir en varios aspectos as intervencións realizadas, que á súa vez ilustran os parámetros fundamentais e guías de actuación que esta Institución entende que deben terse en conta á hora de xestionar procedementos e actuacións nesta materia: - A xestión das listas de espera debe realizarse en base a criterios complexos de priorización e con total transparencia. Detectamos certa desinformación neste punto, xa que os cidadáns non teñen datos claros dos tempos de espera máximos en función da prioridade da súa doenza. Por outra banda, enténdese perfectamente que a normativa vixente establece que naqueles casos en que o paciente rexeite a alternativa que se lle ofrece para ser atendido nun centro derivado, e decide seguir esperando para ser intervido no seu centro de orixe, non lle será de aplicación o dereito de garantía de tempos máximos de espera. Con todo, recoñécese expresamente que se respectarán os seus dereitos de antigüidade adquiridos en lista de espera do seu centro. Sobre este último punto, parece existir unha grave confusión que xera certa alarma entre os pacientes ao chegar a crer estes que quedan relegados ao final das listas, o que obriga a dar unha información correcta aos usuarios. Por outra banda, a transparencia aquí resulta fundamental dado que, sendo conscientes de que, efectivamente, deberán esperar a que efectivamente se atopen dispoñibles os recursos necesarios no centro no que quere manter a súa asistencia e xa non cabe entendela suxeita á garantía de prazo de resposta, iso non quere dicir que se poida demorar sine die, pois a intervención ou consulta pendente deberá producirse dentro dun prazo razoable no marco do proceso asistencial en cuestión. - Resulta fundamental implantar iniciativas que contribúan á concienciación e sensibilización dos profesionais que traballan no ámbito sanitario para mellorar o trato aos usuarios. Á parte das queixas que de forma exclusiva se centran no deficiente trato recibido polos profesionais que interveñen en todo proceso asistencial, unha boa parte das reclamacións que se encadran noutros apartados a efectos expositivos tamén contemplan en boa medida unha problemática que transcende a mera xestión administrativa, indo máis aló da praxe profesional en todos os niveis, e que reflicte unha afirmación básica nesta materia: o dereito á protección da saúde transcende do propio sistema sanitario, porque se fundamenta na dignidade da persoa, expresada na Declaración dos Dereitos do Home e en nosa propia Constitución. É precisamente o respecto á dignidade humana o que fundamenta a necesaria humanización da asistencia sanitaria, e debe presidir a atención de pacientes e usuarios baseada na persoa e personalizada, cuxa calidade de trato sexa exquisita, e onde a información, a comunicación, a seguridade, a confianza, o fomento da autonomía das persoas e a atención integral e holística sexa un reto alcanzable no noso sistema público. - A reorganización na xestión de centros e servizos sanitarios, de espazos físicos e recursos materiais, debe garantir unha asistencia de calidade a toda a poboación afectada. Na mesma medida, toda reestruturación, organización e mobilidade do persoal sanitario require dun rigoroso proceso de análise de todos os factores no seu conxunto, co fin de evitar diminucións na devandita calidade. Aínda considerando que a potestade organizativa da administración permítelle tomar decisións neste sentido, non debe esquecerse que establecer canles de comunicación adecuados co persoal afectado ou deseñar un bo plan de transmisión dos cambios adoptados aos pacientes e usuarios contribúe sen dúbida á mellor comprensión e aceptación de moitas das medidas de necesaria implantación. Non obstante o anterior, en que se expón melloras necesarias a alcanzar no noso sistema sanitario, e que á súa vez supoñen retos fundamentais na intervención ordinaria desta Institución, é preciso sinalar que a Consellería de Sanidade atende en boa medida as iniciativas da Valedora en tanto que un bo número de expedientes finalizan satisfactoriamente debido a que se procede a corrixir a actuación administrativa durante a tramitación do expediente. Pero con todo, polo carácter ou tipo de reclamacións máis recorrentes nesta área (listas de espera, cobertura de baixas temporais en certas especialidades, trato recibido, etc.,), apréciase que os problemas que subxacen nese tipo de denuncias non diminuíron, pois se melloran os casos individuais e concretos que chegan a esta oficina, pero as disfuncións estruturais non varían. ÁREA DE XUSTIZA I. INTRODUCIÓN Como xa tivemos oportunidade de sinalar noutras ocasións, nesta área trátanse todos aqueles problemas, queixas e consultas expostas polos cidadáns en relación con materias relativas ás actuacións e funcionamento da xustiza. O obxecto das actuacións do Valedor do Pobo neste ámbito é contribuír, no marco das competencias que lle encomenda a Lei 6/1984, do 5 de xuño, do Valedor do Pobo, que son moi limitadas, a que a tutela xudicial sexa cada vez máis unha realidade efectiva. A Constitución Española no seu artigo 24.1 recolle o dereito á tutela xudicial efectiva da seguinte forma: “Todas as persoas teñen dereito a obter a tutela efectiva dos xuíces e tribunais no exercicio dos seus dereitos e intereses lexítimos, sen que, en ningún caso, poida producirse indefensión.” Regúlase o dereito á tutela xudicial efectiva como fundamental, cunha garantía de protección máxima. É un dereito dunha extraordinaria potencialidade e non impide que sexa un dereito fundamental con caracteres autónomos e cun contido individual, definido pola ampla xurisprudencia do Tribunal Constitucional. Contido que afecta as prestacións obrigatorias dos poderes públicos, dos que esixe que manteñan a Administración de Xustiza dotada dos medios persoais e materiais suficientes para facelo efectivo e que o servizo que presta aos cidadáns sexa co maior grao de eficiencia posible. Segundo a Sentenza 26/1983, ditada polo Tribunal Constitucional, o artigo 24 da Constitución Española comprende os seguintes aspectos: 1. O dereito ao libre acceso aos xuíces e tribunais. 2. O dereito para obter unha decisión xudicial. 3. O dereito á execución da devandita decisión. Este é o contido mínimo do dereito e, ao seu núcleo, engádense unha serie de garantías incardinadas na nosa cultura xurídica. 1. O dereito ao xuíz ordinario predeterminado pola lei (artigo 24.2 da Constitución Española), con prohibición dos tribunais de excepción (artigo 117 Constitución Española). 2. Dereito á asistencia letrada, a ser informado da acusación formulada, ao proceso público, sen dilacións indebidas e con todas as garantías, á utilización de todos os medios de proba pertinentes para a defensa, a non declarar contra si mesmos e a non confesarse culpable, e á presunción de inocencia (art. 24.2 Constitución) 3. Dereito ás garantías penais e penitenciarias do artigo 25 da Constitución Española, é dicir, o principio de legalidade e irretroactividade das normas penais, a prohibición de impoñer penas privativas de liberdade pola administración civil e os principios que inspiran o réxime penitenciario Esta institución ten limitadas posibilidades de intervención, limitadas ás establecidas na Lei do Valedor do Pobo, que no seu artigo 20 establece que: “O Valedor do Pobo de Galicia non entrará no exame individual daquelas queixas sobre as que estea pendente resolución xudicial e suspenderao se, iniciada a actuación, se interpuxese por persoa interesada demanda ou recurso ante os tribunais comúns ou o Tribunal Constitucional. Isto non impedirá, con todo, a investigación sobre os problemas xerais expostos nas queixas presentadas. En calquera caso velará porque a Administración resolva expresamente, en tempo e en forma, as peticións e recursos que lle foron formulados.” En consecuencia, a actuación do Valedor do Pobo está lexitimada só nos casos nos que os aspectos formais da Administración de Xustiza son obxecto das queixas, especialmente a dilación inxustificada do proceso. Sobre esta cuestión, a dilación inxustificada do proceso, incidimos reiteradamente nos nosos informes e ponse de manifesto por todos os que están relacionados co mundo da xustiza en toda clase de memoria ou estudos sobre a mesma. Non é este un problema que afecte só á nosa Comunidade Autónoma, senón que afecta o conxunto do Estado, en maior ou menor medida. A xustiza tardía non contribúe a unha verdadeira xustiza. Fálase sempre da necesaria modernización no desexo de prestar un servizo próximo ao cidadán e de calidade pois a administración de xustiza non é simplemente unha administración máis, senón o instrumento a través do cal un dos tres poderes do Estado, o Poder Xudicial, asegura a tutela xudicial efectiva dos dereitos e intereses lexítimos dos cidadáns. II. DATOS CUANTITATI VOS Durante o ano 2016 presentáronse 78 queixas das cales 32 foron admitidas, 18 foron remitidas ao Defensor do Pobo e 28 foron inadmitidas. Das 32 queixas admitidas 30 foron concluídas e 220 atópanse en trámite. Tamén se tramitaron 23 queixas pendentes de anos anteriores. Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 78 78 Admitidas 32 41,03 % 32 41,03 % Non admitidas 28 35,90 % 28 35,90 % Remitidas ao Defensor del Pueblo 18 23,08 % 18 23,08 % A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 31 96,87 % 31 96,87 % En trámite 1 3,13 % 1 3,13 % Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2015 20 3 23 23 0 III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN O labor desta institución con relación aos órganos xudiciais é moi limitada. A Constitución Española no seu artigo 149.1.5º, establece que a competencia exclusiva en materia de Administración de Xustiza correspóndelle ao Estado, e á Comunidade Autónoma, de acordo co artigo 20.1 do Estatuto de Autonomía de Galicia, correspóndelle exercer as facultades que as leis orgánicas do Poder Xudicial e do Consello Xeral do Poder Xudicial recoñezan ou atribúan ao Estado. Para os efectos da nosa función a Xunta de Galicia ten competencias instrumentais en materia de xustiza que afectan á provisión de medios materiais e de persoal auxiliar dos órganos xudiciais. Por outra banda, a nosa Constitución, no seu artigo 117.1 proclama o principio de independencia que debe caracterizar todas as actuacións que realizan os xuíces e tribunais no exercicio da súa función xurisdicional. Por respecto a este principio de independencia xudicial a Lei 6/1984, do 5 de xuño, do Valedor do Pobo, no seu artigo 20 impide a esta institución entrar no exame individual das queixas sobre as que está pendente resolución xudicial e obriga a suspender a súa investigación cando se interpuxese demanda ou recurso ante os tribunais de xustiza. Todo iso implica que esta institución non pode interferir nos procedementos xudiciais, nin revisar as resolucións que neles se ditan, no exercicio da mencionada independencia. As queixas que se presentaron esencialmente expoñen temas en relación a: - Discrepancias con resolucións xudiciais. - Demoras en procedementos xudiciais. - Xustiza gratuíta. - Discrepancias con actuación dos seus avogados. - Administración penitenciaria. 1. Discrepancia con resolucións xudiciais. Son varios os escritos de queixa que recibimos nos que se pon de manifesto a discrepancia coas resolucións xudiciais no ámbito mercantil, contencioso-administrativo, civil ou penal e de menores. Son queixas que non podemos admitir a trámite, facendo constar na resolución de inadmisión que as discrepancias coas resolucións ditadas polos xulgados e tribunais de xustiza deben substanciarse polas vías previstas nas leis procesuais, nos supostos e cos requisitos que as ditas leis prevén e ante os tribunais de xustiza. 2. Demoras en procedementos xudiciais Algunhas das queixas que se recibiron refírense a demoras ou atrasos na tramitación ou resolución dos procedementos xudiciais. A tramitación que se segue nesta institución en relación a este tipo de queixas é diferente en función da información e a documentación que se nos remite. Cando a información é moi completa e detallada dirixímonos ao xulgado correspondente trasladándolle a información que nos remiten e solicitándolle, a prol da colaboración institucional, que nos informe sobre o problema que motivou a queixa. Sempre recibimos resposta achegándonos información sobre o estado de tramitación do asunto, debendo resaltar que a colaboración con esta institución se deu sempre que a solicitamos. Cando a información que recibimos non está de todo completa remitímola á Sala de Goberno do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia para que abra, se é o caso, a oportuna investigación. No resto dos casos, se a documentación non é suficiente para decidir sobre a súa tramitación, informamos o denunciante que pode el mesmo presentar a queixa, coa achega de todos os datos que teña, directamente ante a Sala de Goberno do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia ou ante a Unidade de atención ao cidadán do Consello Xeral do Poder Xudicial. En ambos os casos facilitámoslle a dirección postal e electrónica xunto cos números de teléfono de atención ao cidadán. 3. Xustiza gratuíta. A asistencia xurídica gratuíta é un dereito fundamental recoñecido pola Constitución Española no seu artigo 24, que consagra o dereito de toda persoa a obter tutela xudicial efectiva dos xuíces e tribunais no exercicio dos seus dereitos lexítimos, sen que en ningún caso, poida producirse indefensión. Así mesmo o artigo 119 establece que a xustiza será gratuíta para os que acrediten insuficiencia de recursos para litigar. Todo cidadán que cumpra os requisitos poderá solicitar, nos termos establecidos pola normativa vixente, asistencia xurídica gratuíta nos procedementos xudiciais nos que estea interesado. É a xustiza gratuíta un servizo público que por lei xestionan os colexios de avogados, sendo a Vicepresidencia e Consellería dá Presidencia, Administracións Públicas e Xustiza, a quen lle corresponde a coordinación das sete Comisións de Asistencia Xurídica Gratuíta, que son os organismos responsables de administrar o dereito aos cidadáns. Debemos de resaltar que as relacións desta institución coas diferentes Comisións de Asistencia Xurídica Gratuíta son moi boas e sempre atopamos unha gran colaboración delas no noso labor de investigación. O pasado ano 2016 presentáronse 41.505 solicitudes de asistencia xurídica gratuíta, sendo estimadas 34.669, distribuíndose deste xeito: Comisión Asistencia Xurídica Gratuíta Solicitudes recibidas Solicitudes estimadas Santiago de Compostela 3632 3270 A Coruña 8237 7045 Lugo 4370 3804 Ourense 4641 3987 Pontevedra 9439 7053 Vigo 7977 6900 Ferrol 2709 2610 TOTAL 41005 34669 As queixas recibidas refírense fundamentalmente a: Denegación do dereito á asistencia xurídica gratuíta, ao considerar o avogado designado que a pretensión do solicitante é insostible No expediente Q/30/16 infórmasenos por parte do denunciante que lle foi denegada a xustiza gratuíta. En realidade designáraselle avogado e este presenta ante a respectiva Comisión de Asistencia Xurídica Gratuíta un escrito no que alega a insostibilidade da pretensión. O denunciante pretende ser indemnizado pola Xunta de Galicia por sufrir prisión como consecuencia da guerra civil. Na disposición adicional décimo oitava da Lei 4/1990, de Orzamentos Xerais do Estado para 1990, modificada pola tamén disposición adicional décimo oitava da Lei 31/1991, do 30 de decembro, de Orzamentos Xerais do Estado para 1992, regulouse o recoñecemento de indemnizacións para quen baixo determinadas condicións, sufrisen privación de liberdade por delitos contemplados na Lei 46/1977, do 15 de outubro, de Amnistía. Non foi indemnizado polo Estado, por non reunir esas determinadas condicións, isto é, ter cumpridos 65 anos de idade o 31 de decembro de 1990, así como acreditar que o tempo pasado en prisión fose como mínimo de tres anos. No ano 1990, o denunciante contaba con 52 anos de idade, incumprindo o requisito establecido na lei. Algunhas Comunidades Autónomas, comezaron a regular a concesión de indemnización aos ex - presos que quedaron excluídos da normativa do Estado. A Comunidade Autónoma de Galicia non regulou nada neste sentido, a pesar da recomendación realizada polo Defensor del Pueblo, Enrique Múgica Herzog á Xunta de Galicia para que se adoptasen as medidas necesarias a fin de complementar o réxime de indemnizacións por tempos de prisión previsto na normativa estatal. No ano 2007 promulgouse a Lei de memoria histórica, lei 52/2007, do 26 de decembro, na que se recoñecen e amplían dereitos e establécense medias a favor de quen padeceu persecución ou violencia durante a guerra civil e a ditadura co fin de incorporar supostos no seu día excluídos da concesión de indemnizacións por tempos de estancia en prisión durante a ditadura, neste sentido, rebáixase a idade a 60 anos cumpridos no 31 de decembro de 1990. Aínda reducíndose os requisitos de idade, o denunciante segue sen cumprir os requisitos, non podendo beneficiarse da norma estatal nin tampouco da galega por non existir norma que o regule. Ante esta situación en aplicación do artigo 33 da Lei 1/1996, do 10 de outubro, de asistencia xurídica gratuíta, o avogado designado considera insostible a pretensión que pretende facerse valer e así llo comunica á Comisión de Asistencia Xurídica Gratuíta, expoñendo os motivos xurídicos que fundamentan a decisión. Por neglixencia do avogado de oficio Recibiuse algunha queixa poñendo de manifesto a neglixencia ou falta de actividade do letrado de oficio que tiveron diferentes solucións. No expediente Q/12853/16 o colexio de avogados ante a denuncia decide abrir un período de información previa co fin de coñecer as circunstancias denunciadas e a procedencia de incoar un expediente disciplinario. Expediente que foi arquivado ao non atopar materia para proseguilo. Notificóuselle ao interesado esta resolución ofrecéndoselle recurso ante o Consello da Avogacía Galega. Neste caso lembrámoslle ao interesado, que o feito de que non se acordase polo órgano colexial a existencia de responsabilidade disciplinaria, non supón que non se poida esixir algún outro tipo de responsabilidade, ben civil ou penal, achegándolle información dos artigo 78 e 79 do Real Decreto 658/2001, do 22 de xuño, polo que se aproba o Estatuto Xeral da Avogacía. No expediente Q/63588/16 ante a queixa por falta de actividade do avogado de oficio puxémonos en contacto co secretario xeral técnico do colexio de avogados correspondente, responsable do servizo de orientación xurídica, resolveuse o asunto comunicándolle ao interesado que acudise ao colexio de avogados, presentase un escrito expoñendo os feitos e inmediatamente se lle designaría outro avogado. Por denegarlle o cambio de avogado designado Existen varias queixas por este motivo. No expediente Q/14390/15 analizado pola Comisión de quenda de oficio do colexio de avogados a denuncia presentada solicitando a designación doutro avogado e renunciando ao previamente xa designado, a Comisión decide manter a designación do letrado inicialmente designado ao “non presentar indicios ou probas que fagan tan sequera presumir que as decisións e actuacións do letrado designado fosen prexudiciais ou neglixentes para a defensa dos seus intereses.” Solicitude para que se designe o mesmo avogado por un procedemento penal e civil derivados de violencia de xénero Esta é a proposta que nos fai no expediente Q/473/16 e así foi aceptado polo Servizo de Orientación Xurídica do Colexio de Avogados, designando para un procedemento de medidas paterno filiais o mesmo avogado xa designado para un procedemento por violencia de xénero, para que unha mesma dirección letrada asuma a defensa da vítima, tal como establécese no artigo 20.1 da Lei Orgánica 1/2004, do 28 de decembro, de medidas de protección integral contra a violencia de xénero. Debemos de agradecer a colaboración que sempre atopamos nos colexios de avogados da nosa comunidade facilitándonos a información requirida e atendendo a todas as nosas consultas, peticións e suxestións. Administración penitenciaria Recibimos tamén varias queixas relacionadas coa situación penitenciaria remitidas por internos nos centros penitenciarios de Bonxe, Teixeiro e A Lama; tamén algunha de galegos que solicitan o traslado a centros da nosa comunidade. Os motivos das queixas son variados e teñen, en xeral, relación cos seguintes aspectos: desconformidade coas medidas disciplinarias impostas; desconformidade coa situación en que se atopan nos módulos sen que o equipo técnico, educador, psicólogo, traballador social e criminólogo acudan para ver como están; petición de traslado a outros centros penitenciarios; falta de dispensación de medicamentos; denegación de asistencia sanitaria, denegación de permisos penitenciarios, etc. Todas estas queixas foron remitidas ao Defensor del Pueblo ao carecer o Valedor do Pobo de competencias para supervisar a situación penitenciaria, dependente da Secretaría General de Instituciones Penitenciarias do Ministerio de Interior. 4. Queixas Inadmitidas Como xa expresamos todas aquelas queixas que manifestaban discrepancias con resolucións xudiciais non foron admitidas a trámite, igualmente sucedeu con todas as que facían referencia ao exercicio de competencias xudiciais. Tampouco se admitiron aquelas que facían referencia a un problema xurídico-privado entre avogado e cliente. Os colexios de avogados non pertencen á estrutura administrativa da nosa comunidade. Son corporacións de dereito público con personalidade xurídica propia, competentes para resolver as denuncias en relación co avogado que o asiste, cando se considera que a súa conduta e defensa é contraria á deontoloxía profesional que debe caracterizar a súa actividade. Non podemos, nestes casos, admitir a trámite este tipo de queixas por carecer de competencia para a súa investigación, aínda que facilitamos información sobre a quen pode dirixirse e como proceder. 5. Queixas remitidas ao Defensor del Pueblo No apartado de queixas remitidas ao Defensor del Pueblo, por falta de competencia desta institución, en cumprimento do artigo 38.3 da Lei do Valedor do Pobo, houbo un total de 19, delas 17 facían referencia a situacións penitenciarias, outra facía referencia a unha reclamación ante o Ministerio de Xustiza nun proceso de execución de títulos xudiciais seguido ante un xulgado de 1ª instancia de Xixón. A outra queixa remitida facía referencia á petición dun indulto por unha condena do Xulgado do Penal nº 1 de Terrassa. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO Para a tramitación das queixas incluídas nesta área, non foi necesario impulsar a súa resolución mediante recomendacións, suxestións ou a formulación de recordatorios de deberes legais. V. CONSIDERACIÓNS FI NAIS Á vista do exposto podemos destacar a cooperación tanto da Administración de Xustiza como dos Colexios de Avogados e as Comisións de Asistencia Xurídica Gratuíta no ánimo de atopar solucións ás queixas presentadas polos cidadáns. Tamén a fluidez nas comunicacións entre esta institución e o Defensor del Pueblo, dado a escasa marxe competencial con respecto a moitas das queixas que se nos presentan ao referirse a actuacións levadas a cabo pola Administración Xeral do Estado. Sen dúbida é necesario destacar estas dúas situacións que poñen de manifesto o interese por atopar solucións ás queixas presentadas polos cidadáns en materias tan sensibles como as que se recollen nesta área. Como en anos anteriores debemos resaltar o problema dos atrasos xudiciais, problema que perdura ao longo do tempo e que sen dúbida afecta á eficacia da defensa xudicial. En relación con isto é necesario apostar pola modernización permanente da xustiza para lograr un servizo público eficaz e de calidade como demanda os cidadáns. ÁREA DE ADMINISTRACIÓN ECONÓMICA E TRANSPORTES I. INTRODUCIÓN Este capítulo está dedicado a relatar as actuacións desenvolvidas, ao longo do exercicio 2016, no ámbito da administración económica e do transporte. Corresponde ter presente pois, neste apartado introdutorio, a amplitude do obxecto da análise que se acomete nesta área e a heteroxeneidade da mesma. Boa parte das queixas que se recibiron ao longo deste ano refírense a materia fiscal, tanto da Administración xeral do Estado, como da Administración autonómica ou local. Constatamos así mesmo, un incremento significativo de queixas relacionadas con actuacións de entidades bancarias nas que o usuario financeiro desconforme con determinadas prácticas, lamentablemente estendidas, mostra a irritación e o enfado polos abusos que lle afectan e polo funcionamento que consideran inapropiado do servizo de reclamacións do Banco de España. Observamos con relativa frecuencia, que o cidadán que demanda a intervención do Valedor do Pobo, solicita acompañamento ante o esgotamento e a desesperanza que a problemática lle ocasiona. Convén lembrar, que na maioría destes casos, o reclamante xa se dirixiu ao servizo de atención ao cliente da entidade, sen obter resolución favorable ningunha. De modo que cando o Servizo de Reclamacións do Banco de España, estudada a situación, verificado que se cumpriron os requisitos de admisión, emite o informe motivado, en que fai constar que este non ten carácter vinculante para ningunha das partes, o consumidor móstranos a súa indignación. Déronse casos, en que o usuario bancario expón ao organismo supervisor controversia sobre o carácter abusivo dunha determinada cláusula contractual ou sobre a valoración económica dos danos e prexuízos que eventualmente se lle causaron e atópase con que a súa reclamación é inadmitida. Nestes supostos, o usuario das entidades supervisadas, percibe unha total indefensión na súa pretensión de obter a restitución dos seus intereses e dereitos legalmente recoñecidos. En definitiva, parece resultar evidente, a xulgar polos escritos de queixas que recibimos, a escasa efectividade que ese servizo lle reporta ao usuario bancario. Os servizos de reclamacións, co actual modelo, non conseguen exercer a protección pretendida sobre os consumidores, xa que non evita que estes teñan que acudir a un procedemento xudicial ou arbitral para conseguir a satisfacción do seu dereito. Dito isto, e a pesar de que a nosa función é asegurar o efectivo respecto dos dereitos dos cidadáns por parte da administración, co fin de desenvolver a tarefa de brindar protección para evitar certas prácticas abusivas, tamén realizamos actuacións de oficio dirixidas a entidades financeiras como a relativa á cesión de créditos. Na idea de velar por que non se vulneren os dereitos das persoas consumidoras, e traballando para que desapareza a opacidade e se garanta a boa fe contractual, consideramos oportuno formular, recomendación de oficio a diferentes entidades financeiras sobre a problemática que estaba a comportar para as persoas debedoras, a cesión dos seus créditos a terceiros. Consideramos que as operacións que practiquen estas entidades deben ser rigorosamente acordes ao marco xurídico de aplicación, de modo que en todo caso se respecten sempre os dereitos das persoas usuarias bancarias. O consumidor ha de ser realmente informado (do dereito para comprar o crédito polo prezo que o acredor o vendeu a un terceiro), e notificado, a fin de que nos casos de cesión de créditos litixiosos, sexa consciente do día en que comeza o cómputo do prazo para exercitar o dereito de retracto, que o Código Civil dispón ser de nove días. Como queira que as persoas debedoras non poden opoñerse a prácticas bancarias desta natureza, é deber do Valedor do Pobo brindarlles protección na procura de que a preceptiva notificación das condicións da cesión lles sexa efectuada de modo fidedigna, clara e comprensible para que o dereito que os asiste a comprar o crédito poida ser efectivamente exercitado. Tratamos, en definitiva, de procurar que as persoas consumidoras, principalmente aquelas expostas a un contexto de maior vulnerabilidade, non se atopen nunha situación de menos protección que a que lle brinda a lei. Nos apartados III e IV daremos conta das recomendacións formuladas desde esta institución ás entidades financeiras, e do estado de tramitación. O sentido das respostas facilitadas polas citadas entidades indicarase neste mesmo capítulo 2 deste informe, no epígrafe relativo ás queixas de oficio. Tamén recibimos queixas e consultas sobre a actividade das empresas que xestionan o cobro de créditos e débedas. A este respecto sinalaremos que ao tempo en que redactamos este informe, o Defensor del Pueblo xa recomendou ao Ministerio de Justicia a regulación das actividades das empresas de recobro para protexer os dereitos dos debedores e evitar que estas compañías utilicen métodos de cobro tan pouco ortodoxos e tan coactivos como humillantes. Esperaremos pois, a que a Directiva europea 2011/7/UE se traspoña ao noso ordenamento e sexa o marco desta nova regulación chamada a ser máis protectora e garantista. Por último, e noutra orde de cousas, abordamos tamén a problemática que afecta o sistema de transporte público en Galicia, sobre todo no relativo a ausencia de liñas ou supresión e incumprimento de horarios e servizos. Tramitáronse certo volume de queixas tanto individuais como colectivas, e nalgunhas delas logo da inspección practicada e a eventual incoación de procedemento sancionador a administración impuxo sancións económicas á empresa titular da concesión do servizo. Unha vez máis, sinalaremos, como as persoas administradas, contribúen coa interposición das súas queixas á corrección de situacións irregulares e á consecución dunha administración de mellor calidade. Centrándonos no aspecto normativo, unha das máis relevantes novidades lexislativas do ano, a nivel estatal, constitúea a aprobación do Real Decreto 292/2016 polo que se modifica o Regulamento de circulación ferroviaria, e o Real Decreto-lei 1/2017 de medidas urxentes de protección de consumidores en materia de cláusulas chan, publicado no BOE do 21 de xaneiro, ao tempo en que redactamos este informe, e que por tanto corresponderá abordalo no informe relativo ao exercicio 2017. A nivel autonómico, sinalaremos como novidade normativa a aprobación da Orde do 8 de agosto de 2016 pola que se regula o establecemento dunha tarifa específica para a xente nova no ámbito do Plan de transporte metropolitano de Galicia. (DOG número 161 de 26.08.2016) Esta orde ten por obxecto desenvolver a regulación dunha tarifa específica aplicable ao colectivo de persoas usuarias do transporte público regular interurbano de uso xeral, con idades comprendidas entre os 4 e os 18 anos de idade, inclusive. Á xente nova que cumpra cos requisitos establecidos aplicaráselle unha tarifa de cero euros nas viaxes metropolitanas interurbanas realizados dentro do ámbito do Plan de transporte metropolitano de Galicia, cun número máximo de sesenta viaxes mensuais por persoa usuaria, e de acordo coas condicións de funcionamento que establece a orde. Como novidade lexislativa, queremos mencionar a aprobación da Lei 10/2016 de medidas urxentes para a actualización do sistema de transporte público de Galicia. Os efectos do acentuado ritmo de transformación social e territorial acaecido nas últimas décadas determinou un profundo cambio nos modelos de asentamentos da poboación na comunidade, manifestando unha tendencia ao reforzamento da actividade económica nas zonas atlánticas fronte á menor actividade nas zonas rurais. Os cambios que comporta esta evolución resultan claramente perceptibles en relación co sistema de transporte público. Así, xunto cun claro incremento da demanda de mobilidade recorrente ou diaria nas contornas urbanas e metropolitanas, preséntase a necesidade de manter un sistema de transporte público sustentable nas contornas rurais, nos que mesmo presenta unha clara finalidade social como garantía de dereitos esenciais como o propio dereito á mobilidade persoal ou a servizos esenciais. A evolución social e territorial da poboación demanda dunha resposta clara da Administración e do propio sector económico, debendo levar a unha revisión en profundidade dun mapa de servizos de transporte público que, basicamente, se construíu ao longo da primeira metade do pasado século, cando as necesidades da poboación e os seus asentamentos resultaban moi distintos dos actuais. O novo mapa de servizos de transporte público haberá de responder á dobre necesidade indicada anteriormente, garantindo, por unha banda, a maior cobertura territorial do sistema de transporte, para o que resultarán de gran utilidade as oportunidades que introducen as novas tecnoloxías na utilización de sistemas de transporte baixo demanda das persoas usuarias e, por outra banda, a resposta aos desprazamentos constantes e recorrentes en espazos cada vez máis poboados e conxestionados, contribuíndo á construción dun sistema de transporte público universal, alternativo ao vehículo particular, respectuoso co medio ambiente, e que contribúa ao avance da calidade de vida das persoas. Resta agardar pois, que os efectos pretendidos pola lei se vaian sucedendo a medida que a mesma se vai desenvolvendo. Antes de finalizar este apartado mencionaremos a Orde do 26 de decembro de 2016, que modifica a do 28 de decembro de 2015, pola que se regulan os medios de comprobación de valor dos bens inmobles que se utilizarán no ámbito dos impostos sobre sucesións e doazóns e sobre transmisións patrimoniais e actos xurídicos documentados. II. DATOS CUANTIT ATIVOS O número de queixas recibidas na área de administración económica e transportes durante o ano 2016 incrementouse un 7,7 % con respecto ao ano 2015. Concluíronse a data de peche de exercicio un 80%. A porcentaxe de queixas concluídas pasou dun 47 % en 2015 a un 80 % en 2016, experimentándose por tanto un incremento da porcentaxe de resolución de 33 puntos porcentuais. En 15 expedientes están a practicarse actuacións ao tempo en que se redacta este informe. Tan só o 6,25 % das queixas presentadas no ano 2016, aínda non foron concluídas a data de peche de exercicio. Inadmitíronse 44 queixas, un 15 % da cifra total. A causa maioritaria de inadmisión foi a de non ser competencia desta institución, seguida dos casos en que non había actuación administrativa previa. En 9 queixas a problemática circunscribíase a relacións de ámbito xurídico-privado e nas que tras o seu estudo e valoración, a pesar de resultar inadmitidas, orientouse ás persoas reclamantes de organismos ou oficinas ás que poder dirixir adecuadamente as súas pretensións. Tamén se inadmitiron 3 queixas por ser de competencia xudicial. Finalmente sinalar que en 1 queixa non se produciu unha actuación administrativa irregular. Remitíronse ao Defensor del Pueblo 11 expedientes de queixa, nas que o obxecto material recaía sobre tributos de competencia estatal. As queixas relativas a outros anos nas que se practicaron actuacións en 2016 ascenden á cifra de 91. Concluíronse a peche do exercicio 87 destas queixas, o que significa 65 queixas máis resoltas en relación co ano anterior. Total reclamantes Total asuntos Iniciadas 295 130 Admitidas 240 81,36% 75 57,70% Non admitidas 44 14,92% 44 33,84% Remitidas ao Defensor del Pueblo 11 3,72% 11 8,46% A situación das queixas admitidas a trámite é a que se especifica a continuación: Total reclamantes Total asuntos Concluídas 225 93,75% 60 80% En trámite 15 6,25% 15 20% Polo que respecta ás queixas presentadas en anos anteriores e pendentes de resolución nalgún momento de 2016, a situación actual é a seguinte: Ano de presentación En trámite a 31-12-2015 Reabertas Total Resoltas En trámite a 31-12-2016 2014 29 0 29 29 0 2015 44 18 62 58 4 III. ACTIVIDADE DE S UPERVISIÓN 1. Entidades financeiras Propiamente, esta non é unha área de intervención desta institución, xa que o control da actuación das entidades financeiras e de crédito escapa o ámbito competencial atribuído pola Lei 6/1984, do Valedor do Pobo; a pesar diso, estúdase e analízase o contido das queixas e tratamos de orientar a estas persoas para que poidan expor ante os organismos competentes as súas reclamacións. Nun bo número de casos tentamos mediar con éxito propiciando negociacións, ás que asistimos co fin de proporcionar protección á situación de desequilibrio na que se atopan as persoas usuarias bancarias. O número de queixas desta tipoloxía, como xa indicamos con anterioridade, elevouse substancialmente ao longo do ano 2016. Na queixa Q/34705/15, de novembro 2015, e cuxa problemática xa foi mencionada no informe do exercicio precedente, a reclamante refería perder a vivenda familiar que tiñan, por unha execución hipotecaria do Xulgado de Noia e que agora o Banco Pastor lle reclamaba 30.000 euros. Tras solicitar informe de actuacións practicadas ao Banco Pastor, logo de reiterarlles a remisión deste, recibimos escrito no que informaban: “temos que indicarlle que o crédito ao que alude no seu escrito de queixa a Sra…., xa non é titularidade de BANCO PASTOR SAU, que con data 27.11.15 cedeuno á sociedade PARA IBERIA, SLU no marco dunha cesión de carteira en globo que afectou, por tanto, a múltiples activos, que ata ese momento xestionaba o Banco. Así as cousas, a titular ha de dirixirse á indicada sociedade, a fin de iniciar as negociacións tendentes a saldar a súa débeda.” A teor do contido da mesma, esta institución dirixiuse novamente á entidade financeira solicitándolle información complementaria sinaladamente, documentación da comunicación da cesión do crédito á prestataria, agora solicitante da nosa intervención. Tendo en conta que o ámbito material sobre o que recae esta queixa resulta novo e carente de antecedentes na institución, expoñeremos sucintamente a mecánica deste tipo de prácticas bancarias. As entidades financeiras españolas viñeron realizando nos últimos anos operacións de venda de carteiras de créditos (hipotecarios e ao consumo) en situación de incumprimento, principalmente a fondos de investimento oportunistas internacionais. A prolongada crise financeira cargou de créditos en situación de falta de pagamento os balances dos bancos e as antigas caixas de aforros e estes procuran desfacerse deles co fin de mellorar as súas ratios de solvencia. Estas vendas de carteiras de créditos teñen unha configuración heteroxénea. Son dereitos de crédito de moi diversas características e condicións, que poden ir desde préstamos hipotecarios a descubertos en conta corrente, pasando por créditos corporativos sen garantía, débedas por efectos comerciais ou por tarxetas de crédito. O punto de conexión común a todos eles é que están en situación de incumprimento por falta de pagamento e a entidade financeira pode reclamar a devolución do crédito sen asumir obrigacións de achega de fondos adicionais porque o contrato está incumprido e a súa situación pode ser cualificada contablemente como risco dubidoso ou risco moi dubidoso, ademais de que poden iniciarse os procedementos de execución da débeda ou non atoparse aínda xudicializados. Para finalizar a tramitación deste expediente Q/34705/15, formulamos recomendación ao Banco Pastor, S.L.U. de acordo coa literalidade da que daremos conta no apartado correspondente a resolucións do Valedor do Pobo, que avanzamos agora foi aceptada. Con posterioridade, ao recibir diferentes consultas sobre os problemas que estas cesións de créditos estaban a comportar ás persoas usuarias bancarias, e téndose feito eco diferentes medios de comunicación da situación que afectaba xa a certo número de persoas na nosa comunidade, co fin de incrementar o respecto e a protección dos dereitos dos consumidores, consideramos oportuno iniciar no mes de xullo unha actuación de oficio. As entidades financeiras deben notificar ao cliente bancario de modo fidedigno e claro as cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos ou “fondos voitre” Dirixímola ás entidades que a continuación indicamos: Abanca, Caixa Rural Galega, Caixa Bank, Caja España-Duero, Banco Sabadell Gallego, Banco Santander, Bankia, Deutsche Bank, Bankinter, BBVA e formulámola de acordo co teor literal que na ligazón correspondente do epígrafe IV desta área reproduciremos. As respostas por parte das entidades fóronse sucedendo e a recomendación foi maioritariamente aceptada. O compromiso de revisar os eventuais casos que aflorasen e a manifestación expresa de notificar as cesións de créditos de modo claro, fidedigno e comprensible foi a tónica común ás respostas facilitadas. En dous casos, Abanca e Banco Sabadell Gallego, cursouse petición de entrevista coa titular da institución, que foi celebrada e da que podemos destacar o clima de entendemento e a vontade de cooperación e colaboración en prol de minimizar e paliar os efectos que no seu caso, puidesen ocasionar estas cesións, ás persoas vulnerables necesitadas dun maior ámbito de protección. No mes de decembro, o alto comisionado parlamentario do Defensor del Pueblo, concernido pola problemática que acabamos de expoñer, iniciou investigación e consulta vía páxina web, o que motivou que desde esta institución nos dirixísemos nos seguintes termos: “Excma. Sra.: En novembro de 2015 recibimos o expediente de queixa L.8.Q/34705/15 relativo a unha familia que perdera a súa vivenda habitual con ocasión dunha execución hipotecaria. Tendo coñecemento, a través da investigación practicada desde esta Institución, de que Banco Pastor, S.L.U. no marco dunha cesión de carteira en globo cedera a unha sociedade o crédito pendente de pago, unha vez valoradas a totalidade das actuacións desenvoltas, apelando ás canles de colaboración establecidos coa referida entidade, formulouse unha recomendación que foi aceptada. Con posterioridade, tivemos coñecemento a través de diferentes medios de comunicación e tamén de consultas que nos foron efectuadas, de que estaban a aflorar problemáticas de similar natureza entre consumidores en situacións de especial vulnerabilidade e diferentes entidades financeiras. Así as cousas, o pasado mes de xullo, co ánimo de velar por que non se vulneren os dereitos das persoas consumidoras e co fin de brindarlles protección de modo que non resultasen privadas do exercicio dun dereito que a lexislación lles confire, incoamos as queixas de oficio que figuran numeradas máis arriba neste escrito. A día da data, as recomendacións foron maioritariamente aceptadas, e o compromiso de practicar as notificacións das cesións de créditos de modo fidedigno, claro e comprensible foi posto de manifesto polas diferentes entidades. Actualmente restan catro entidades por contestar, e confiamos que en próximas datas as respostas poidan ser incorporadas aos respectivos expedientes. É por iso, que tendo coñecemento de que o alto Comisionado das Cortes Xerais, concernido polos problemas que comporta a cesión de créditos por parte das entidades financeiras a sociedades xestoras de fondos, e ao obxecto de obter información directa das persoas afectadas, está a elaborar unha consulta vía web; amparándonos no espírito da Lei 36/1985 que regula as relacións entre a Institución do Defensor del Pueblo e as figuras similares nas distintas Comunidades Autónomas, e convencida da conveniencia de articular as funcións que nos son propias, maniféstolle a vontade desta Institución do Valedor do Pobo de Galicia, de colaborar e coordinar en canto estime oportuno. Quedo á súa disposición para facilitarlle calquera dato ou información complementaria que puidese resultar de interese. Saúdalle atentamente.” As entidades bancarias deben actuar de acordo á lei e o consumidor debe ser realmente informado (do dereito para comprar o crédito polo prezo que o acredor o vendeu a un terceiro), e notificado fidedignamente. Nos casos de cesión de créditos litixiosos, debe coñecer o día en que comeza o cómputo do prazo para exercitar ese dereito de retracto, que o Código Civil dispón ser de 9 días. A data de redacción deste informe continúanse practicando actuacións por parte do Defensor del Pueblo. Pódese participar na enquisa a través da ligazón que figura a continuación: https://www.defensordelpueblo.es/consulta-sobre-cesion-de-creditos/ 2. Tributos estatais Tributación das pensións percibidas de Alemaña por pensionistas retornados en aplicación do Convenio entre a República Federal de Alemaña e o Estado Español para evitar a dobre imposición e previr a evasión fiscal do 5 de decembro de 1966. O 19 de novembro de 2015, recibíase na institución unha representación dun colectivo de pensionistas retornados do Morrazo integrado por 600 persoas. No transcurso desta, manifestaron o malestar e os prexuízos que lles estaba ocasionando o transcurso de tanto tempo esperando a solución da problemática que lles afectaba. O Tribunal Económico Rexional (TEAR) de Galicia, de competencia estatal, viña denegando sistematicamente as reclamacións económico-administrativas sobre rectificacións das declaracións- liquidacións en concepto de IRPF. A vía xudicial á que parecían estar abocados antollábase custosa e lenta. Analizada a situación e estudado a fondo o contido da queixa Q/23123/15, sendo esta de ámbito estatal, o 26 de novembro de 2015 este comisionado parlamentario solicitaba colaboración ao alto comisionado das Cortes Xerais, Defensor del Pueblo, na que se expoñía a situación na que solicitaba a mediación ao amparo do preceptuado polo artigo 30 da Lei 6/1984, do 5 de xuño do Valedor do Pobo e de acordo co artigo 54 da Constitución Española. “Sra. Defensora: Ante esta Institución, iniciouse expediente de queixa como consecuencia do escrito de Dª … , (con domicilio en Cangas do Morrazo. Pontevedra) solicitando a nosa intervención, en representación do colectivo de Pensionistas retornados do Morrazo, quen a título individual xa formularan diferentes queixas sobre a problemática que lles estaba comportando as liquidacións complementarias do IRPF anteriores ao ano 2013 con respecto á tributación das súas pensións procedentes de Alemaña. ANTECEDENTES Tras manter numerosos encontros e reunións con representantes do colectivo e diferentes persoas afectadas, que na Comunidade Autónoma de Galicia viñan solicitando a nosa mediación e sabendo que o IRPF é un imposto estatal do que soamente está cedido ás C.C.A.A o 50% do importe da recadación líquida efectivamente ingresada polos residentes no seu respectivo territorio (artigo 2 da Lei 22/2009, do 18 de decembro polo que se regula o sistema de financiamento das Comunidades Autónomas de réxime común e Cidades con Estatuto de Autonomía e se modifican determinadas normas tributarias), quedaba de manifesto que os actos obxecto das numerosas queixas presentadas emanaban da Administración do Estado. A situación de ambigüidade xerábase, tendo en conta que a redacción do artigo 19.2 do Convenio entre a República Federal de Alemaña e o Estado Español para evitar a dobre imposición e previr a Evasión Fiscal do 5 de decembro de 1966 - en diante convenio Hispano- alemán de 1.966 - en vigor ata o 31 de decembro 2012, adoecía tanto da claridade do artigo 19.2.a de o Convenio Modelo da OCDE, como da nitidez do artigo 18.2 do novo Convenio hispano-alemán do 13 de febreiro de 2011, en vigor desde o 1 de xaneiro de 2013. A problemática esencialmente exposta, motivou a interposición de numerosos recursos contenciosos- administrativos contra as resolucións ditadas polo Tribunal Económico-Administrativo Rexional de Galicia, en diante TEAR. A controversia centrábase ao redor da interpretación que había de darlle ao disposto no artigo 19.2 do Convenio Hispano-Alemán de 1966, e por tanto, en orde a cal ha de ser a orixe das pensións para que poidan quedar exentas de tributación en España. Mentres que os recorrentes sostiñan que a orixe podía ser dobre, público ou privado, a Administración afirmaba que só gozarían de exención as pensións públicas pagas polo Estado en virtude do desenvolvemento dun emprego público anterior. CONSIDERACIÓNS XURÍDICAS PRIMEIRA: Criterio xurisprudencial na Comunidade Autónoma de Galicia Son numerosas as sentenzas de diferentes Tribunais Superiores de Xustiza das que se desprende que o matiz diferencial entre a natureza pública ou privada do emprego anterior ha de referirse á procedencia dos fondos cos que se abonan as pensións e remuneracións. Así, a sentenza do T.S.J de Galicia 652/2012 do 29 de outubro; ou a 744/ 2014 do 10 de decembro de 2014 na que se di: “Alega a actora na súa demanda que o tenor literal do artigo 19 do Convenio do Instrumento de Ratificación do Convenio Hispano-Alemán para evitar a dobre imposición, é claro e conciso cando sinala que as pensións e remuneracións similares pagadas por ou con cargo a fondos creados por un Estado contratante, un land, ou un dos organismos autónomos, autoridades ou administracións locais, en consideración a un emprego anterior, están exentas de impostos no outro Estado contratante, facendo referencia a que a pensión ou remuneración o sexa en consideración dun emprego anterior, non establecendo en ningún punto referencia algunha a que este deba ser un emprego público. Sostén igualmente, a continuación da formulación antes exposta, que haberá que ter en conta o que para o lexislador español constituirá pensión pública, acudindo ao disposto no artigo 46 da Ley General de la Seguridad Social, e por tanto, o serán segundo sexan as características da personalidade xurídica da entidade xestora da pensión, e se estas son corporacións de dereito público con personificación pública, os fondos que xestionan o serán de réxime público. A AEAT sostén que ao non haberse acreditado que as percepcións obtidas en concepto de pensión traen causa dun emprego público, non resultan amparadas pola exención prevista en aplicación do mencionado Acordo Hispano Alemán para a evitación da dobre imposición. No presente suposto e do mesmo xeito que no caso contemplado na sentenza ditada por esta Sala e sección de data 11 de novembro de 2010 (Recurso 16601/2008), a controversia xira ao redor da interpretación que haxa de darse ao disposto no artigo 19 do Acordo Hispano Alemán para evitar a dobre imposición, e por tanto, en orde a cal ha de ser a orixe das pensións para que poidan quedar exentas de Tributación en España, pois mentres a actora sostén que a orixe pode ser dobre, público ou privado, a Administración afirma que só gozarán de exención as pensións públicas pagadas polo Estado en virtude do desenvolvemento dun emprego público anterior e que no presente caso a actora non probou que as pensións percibidas polo seu traballo en Alemaña proveñan dun emprego público anterior. E aquí, como alí, ha de darse a razón á recorrente, aplicando o criterio desta Sala, que xa se recollía en sentenzas anteriores como a recaída no recurso 15271/2008, onde dixemos: "O demandante expuxo a devolución de referencia en aplicación do artigo 19 do Convenio Hispano-Alemán do 5 de decembro de 1966 para evitar a dobre imposición, sendo rexeitada tal petición tanto en sede de xestión como de reclamación baixo o argumento de que en virtude de tal Convenio as pensións públicas tributarán en Alemaña entendendo por tales as percibidas en razón a un emprego público anterior de xeito que, estimando as percibidas con cargo á Seguridade Social dentro das privadas, iso implica a tributación en España, do que se segue o rexeitamento da petición do recorrente. Tal formulación, a resolución recorrida, aínda o formula dun modo máis contundente ao significar que só gozarán de exención, segundo o Convenio Hispano-Alemán de referencia as pensións pagas polo estado en virtude do desenvolvemento dun emprego público anterior”. Para continuar dicindo: “…e como queira que no presente caso a Administración non cuestionou a orixe das pensións percibidas pola actora, nos termos nos que debe ser interpretado o artigo 19 do Acordo Hispano-Alemán, procede estimar o recurso presentado por aquela. Por tanto, procede anular o acordo impugnado e a liquidación de referencia con devolución do importe ingresado máis os intereses correspondentes.” En igual sentido a sentenza T.S.J de Galicia 350/2015 do 25 de xuño, na que tendo en conta que os pronunciamentos sobre os diferentes recursos contenciosos-administrativos interpostos fronte aos acordos do TEAR e sustanciados ante ese Tribunal, viñan reiterando, advirte: “SEGUNDO.- Certamente este Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, nas súas sentenzas, non crea xurisprudencia nin, segundo os puntos de vista, poida que tampouco xere doutrina con todo o cal é de sinalar que as súas resolucións, cando son permanentemente reiteradas, son a expresión dun criterio que, por suposto, vincula a este Tribunal Superior, salvo grave quebra dos principios de igualdade e unidade de doutrina, a reserva de motivada variación de criterio. Non é obxecto deste recurso nin debe agora ocupar a nosa atención se iso debe vincular ou, cando menos, interesar ao TEAR á hora de decidir unha reclamación, deixando constancia de que tal vez con iso evitaríanse litixios de idéntico contido e cun signo final previsible, evitando igualmente o uso innecesario de recursos públicos e gastos aos contribuíntes. E é que o signo favorable ás teses da demanda non é obxecto dunha resolución illada deste Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, senón un criterio amplamente reiterado nos últimos anos do que son expresión as sentenzas de 27/1/10 (recurso 15271/08); 14/10/10 (recurso 16600/08); 11/11/10 (recurso 16601/08); 29/10/12 (recurso 15635/11); 20/3/13 (recurso 15636/11); 23/7/14 (recurso 15047/14); 17/10/14 (recurso 15046/14 ); 22/10/14 (recurso 15092/12); 29/10/14 (recurso 15611/13); e 10/12/14 (recurso 15153/14). En todas elas, con idénticos ou similares argumentos resaltamos que «O demandante expuxo a devolución de referencia en aplicación do artigo 19 do Convenio Hispano-Alemán do 5 de decembro de 1966 para evitar a dobre imposición, sendo rexeitada tal petición tanto en sede de xestión como de reclamación baixo o argumento de que en virtude de tal Convenio as pensións públicas tributarán en Alemaña, entendendo por tales as percibidas en razón a un emprego público anterior de xeito que, estimando as percibidas con cargo á Seguridade Social dentro das privadas, iso implica a tributación en España, do que se segue o rexeitamento da petición do recorrente. Tal formulación, a resolución recorrida, aínda o formula dun modo máis contundente ao significar que só gozarán de exención, segundo o Convenio Hispano-Alemán de referencia as pensións pagas polo estado en virtude do desenvolvemento dun emprego público anterior.” “Do anterior xa se desprende que o matiz diferencial entre un e outro apartado refírese, non como pretende a resolución recorrida, á natureza pública ou privada do emprego anterior, senón á procedencia dos fondos cos que se abonan as pensións e remuneracións similares e, ambos os casos, en consideración efectivamente, a un emprego anterior, sen distinguir a súa natureza de xeito que están exentas de tributación no Estado español aquelas cuxa procedencia sexa pública, tal como séguese sen dificultade do precitado artigo 19.2 do Convenio.” Procede, así mesmo sinalar, que nas sentenzas anteriormente citadas, impoñíanse costas á Administración demandada. Así a TSJ de Galicia 744/ 2014 do 10 de decembro de 2014: “SEGUNDO.- De conformidade co disposto no artigo 139 da Lei Xurisdicional, na redacción dada pola Lei 37/2011, do 10 de outubro, as costas causadas neste procedemento á parte actora han de impoñerse á Administración demandada na contía de ata 1.500 euros.” E a T.S.X de Galicia 350/2015 do 25 de xuño: “TERCEIRO.- Dispón o artigo 139.1 da Lei Xurisdicional, na redacción dada pola Lei 37/2011, do 11 de outubro, que, en primeira ou única instancia, o órgano xurisdicional, ao ditar sentenza, impoñerá as costas á parte que vise rexeitadas todas as súas pretensións, salvo que aprecie e así o razoe, que o caso presentaba serias dúbidas de feito ou de dereito. Para ese efecto, é de ter en conta o disposto no artigo 394.1 da Lei de Axuizamento Civil, aplicable supletoriamente ao presente proceso por imperativo do disposto na Disposición Final Primeira da Lei Reguladora conforme ao cal para apreciar, a efectos de condena en costas, que o caso era xuridicamente dubidoso terase en conta a xurisprudencia recaída en casos similares.” SEGUNDA: Criterio xurisprudencial noutras C.C.A.A. A maiores da situación anteriormente exposta, na que as persoas perceptoras de pensións procedentes de Alemaña residentes na nosa comunidade, víronse abocadas á interposición de numerosos recursos contenciosos-administrativos ante o TSX de Galicia, para anular os acordos do TEAR, é en recentes datas que o homólogo da Rexión de Murcia vén ditar o 22.06.2015 resolución baseada nos seguintes fundamentos de dereito: “Segundo.- A cuestión controvertida queda referida a resolver sobre se as pensións percibidas atópanse exentas e, en definitiva, se se axusta a dereito a liquidación provisional impugnada e a sanción correspondente”. “… Pola súa banda as Sentenzas do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, de datas 15 de marzo de 2006, 27 de xaneiro de 2010, e 19 de outubro de 2012, dispoñen que “a clave para dilucidar a cuestión exposta reside no que deba entenderse por “pensión pública”, termo que aínda que non define especificamente o referido Convenio, haberá de ter en conta a tal fin o que dispón o seu art.3.2, cando expresa que “para a aplicación do presente convenio por un Estado contratante, calquera expresión non definida doutra maneira terá, a menos que o texto esixa unha interpretación diferente, o significado que se lle atribúa pola lexislación deste Estado Contratante relativa aos impostos que son obxecto do presente Convenio”. “Por tanto, a similitude dos sistemas de protección social español e alemán, debe levarnos á conclusión de que as pensións satisfeitas polo seguro de Pensións Alemán, do mesmo xeito que as satisfeitas pola seguridade Social española, teñen a natureza de pensións públicas, sendo a elas ás que se refire aquel precepto do Convenio. Nese sentido xa se ten pronunciado o TSJ da Comunidade Valenciana, na súa sentenza do 18 de abril de 2001, ao razoar: “toda a materia do preito queda reducida a unha cuestión de proba e da certificación que obra en autos despréndese que o actor "… é perceptor dunha pensión de xubilación do organismo de pensións alemán, Landesversicherungsanstalt Rheinprovinz, por un valor de ... Que o mencionado organismo é unha corporación de dereito público suxeito á vixilancia do Estado, equiparable ao INSS ... Ambos son entidades xestoras da seguridade Social recollidas no anexo 2 do Regulamento Comunitario 547/72 de 21.03.92, polo que se establecen as modalidades de aplicación do Regulamento (CEE) 1408/71… Que o financiamento do seguro de pensións alemá efectúase a través das cotizacións dos asegurados e empresarios, a partes iguais, e das subvencións do Estado…” En parecidos termos a sentenza do TSJ de Cantabria do 27 de setembro de 2002, ao razoar: “xa que tan só esíxese para a súa exención de tributación en España que as pensións sexan pagadas por ou con cargo a fondos do Estado alemán, un land ou un dos seus organismos autónomos, o que acaece no suposto de autos, a través da documentación presentada pola actora, provista dos correspondentes selos oficiais, sen que se esixa a condición de funcionario do pensionista, polo que cumpríndose os requisitos para a exención tributaria…" Estas Sentenzas do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia declaran o dereito do demandante á exención no IRPF respecto da pensión de xubilación percibida do Estado Alemán.” Para finalmente estimar por parte do Tribunal Económico-Administrativo Rexional de Murcia (TEAR) as reclamacións, anulando os actos impugnados en cuestión. CONCLUSIÓN A lei 6/1984 de 5 xuño do Valedor do Pobo permite que “ se o Valedor do Pobo de Galicia, como consecuencia das súas investigacións, chegase ao convencemento de que o cumprimento rigoroso dunha norma pode provocar situacións inxustas ou prexudiciais para os administrados, poderá suxerir ao Parlamento de Galicia ou á Administración a modificación da mesma”. (Art.30) Con todo, no caso examinado trátase da posibilidade de examinar certas prácticas da Administración Xeral do Estado, e o órgano constitucional habilitado para supervisar a esa administración, como ao resto das administracións españolas é o Defensor del Pueblo (art. 54 CE ). Como consecuencia do tratado na queixa realizamos a presente exposición e solicitamos o seu exame por parte desa institución e que no seu caso se procure pola vía que se considere adecuada a modificación da situación. Finalmente prégolle que todos os trámites que V.E. considere oportuno practicar sexan postos en coñecemento da representante da plataforma de afectados.” Así as cousas, o Defensor del Pueblo practicou as actuacións oportunas ante a Agencia Estatal da Administración Tributaria e o Ministerio de Hacienda y Administraciones Públicas (Dirección General de Tributos). O 27 de xuño recibiamos do Defensor del Pueblo a seguinte comunicación dando conta da recomendación formulada e que lle era xa trasladada ao colectivo de afectados: “En relación con su queja, la Agencia Estatal de Administración Tributaria (AEAT) indica que los Convenios para evitar la doble imposición que han sido firmados por España responden al modelo aprobado por la OCDE, del que se desprende la regla general de que las pensiones pagadas por un Estado a un residente en otro Estado se someten al impuesto del Estado de residencia, salvo que se trate de pensiones percibidas por empleados públicos que no tengan la nacionalidad del Estado de residencia. Por consiguiente, si la persona residente en España tiene nacionalidad española su pensión siempre estará sometida al IRPF, mientras que si el residente no tiene la nacionalidad española se someterá al IRPF su pensión salvo que la esté percibiendo como consecuencia de haber desempeñado un empleo público en el Estado que la satisface. La AEAT señala que estas reglas se encuentran recogidas en los distintos convenios, aunque en el caso concreto de Alemania el antiguo Convenio de 5 de diciembre de 1966 (BOE de 8 de abril de 1968) utilizaba unos términos que han dado lugar a una interpretación distinta, consistente en entender que con el Convenio de 1966 gozan de exención en España todas las pensiones percibidas de Alemania. La Agencia indica que si bien esta segunda interpretación ha sido acogida por algún Tribunal Superior de Justicia, la interpretación de los órganos de la Administración tributaria (Tribunal Económico-Administrativo Central, en resoluciones de unificación de criterio de fechas 25 de marzo de 1999 y 8 de octubre de 1999, Dirección General de Tributos, en contestaciones a las consultas V3946-15, V0787-12; V0014-01; 0031-05; 1981-02; 0284-00; 0936-98; 1988-98 y 2316-97), la posición de la Agencia Tributaria, entidad cuya actuación se encuentra vinculada por los criterios de los órganos previamente citados, siempre ha sido y sigue siendo la de considerar que el Convenio de 5 de diciembre de 1966 recoge la regla general de los Convenios que responden al modelo aprobado por la OCDE, y esta conclusión se ratifica por el hecho de que el nuevo Convenio con la República Federal de Alemania de 3 de febrero de 2011 (BOE de 30 de julio de 2012), con efectos para el IRPF de los años 2013 y siguientes, contiene una redacción que se ajusta perfectamente al modelo de convenio OCDE. Por otro lado, se ha recibido respuesta de la Dirección General de Tributos en la que indica que el Convenio Hispano-Alemán para evitar la doble imposición y prevenir la evasión fiscal en materia de Impuestos sobre la Renta y sobre el Patrimonio, regulaba en su artículo 19 la tributación de las pensiones para residentes en España o en Alemania, cuando la pensión proviene del otro Estado donde no reside fiscalmente el pensionista. El párrafo 1 del artículo 19 del Convenio establece el principio general de tributación en el Estado de residencia: "Las pensiones y remuneraciones similares pagadas a un residente de un Estado contratante en consideración a un empleo anterior, sólo pueden someterse a imposición en este Estado". Sin embargo, el párrafo 2 del artículo 19 establece que: "No obstante las disposiciones del párrafo 1, las pensiones y remuneraciones similares pagadas por o con cargo a fondos creados por un Estado contratante, un Land, o uno de sus organismos autónomos, autoridades o administraciones locales, en consideración a un empleo anterior, están exentas de impuestos en el otro Estado contratante". Finalmente, el párrafo 3 aplica este régimen para las pensiones pagadas en compensación de daños consecuencia de hostilidades o persecuciones políticas. La Dirección General señala que este Convenio se basa en el Modelo de Convenio Tributario sobre la Renta y sobre el Patrimonio de la OCDE (MCOCDE) de 1963, que ha ido evolucionando hasta el Modelo actual, última versión de 2014, sin prácticamente cambios en su redacción y que regula la tributación de las pensiones en dos de sus artículos (18 -Pensiones- y 19.2 - Pensiones Públicas- del MCOCDE). La numeración de los artículos en el Convenio Hispano-Alemán no se corresponde con la numeración de los artículos del MCOCDE. Las pensiones reguladas en el párrafo 1 del artículo 19 del Convenio (equivalente al actual artículo 18 del MCOCDE) son las que derivan de trabajos dependientes desarrollados en el sector privado. Por su parte, las previstas en el párrafo 2 del artículo 19 del Convenio (equivalentes a las reguladas en el artículo 19.2 del MCOCDE) son las pensiones generadas por servicios prestados al Estado o a una de sus subdivisiones políticas o entidades locales. Ateniéndose a los Comentarios al MCOCDE, de acuerdo al texto original del artículo 19 del Proyecto de Convenio de 1963, el Estado pagador tenía derecho a gravar los pagos efectuados con cargo a fondos creados por ese Estado, por razón de servicios prestados a dicho Estado o a una de sus subdivisiones políticas o de sus entidades locales. Dicho principio es, asimismo, conforme al concepto de cortesía internacional que inspira el artículo, así como a las disposiciones de los Convenios de Viena sobre Relaciones Diplomáticas y Consulares. El Modelo actual se expresa en los mismos términos. La Dirección General resalta el valor de los Comentarios que, como se señala en la propia introducción al MCOCDE, son fuente de interpretación de los convenios para evitar la doble imposición que se basan en ese Modelo y referentes que ayudan en "la aplicación e interpretación de los convenios y, en particular, en la resolución de controversias". Son ampliamente utilizados tanto por las Administraciones tributarias de los países miembros como por los contribuyentes o por los tribunales, que, cada vez como mayor frecuencia, prestan atención a los convenios tributarios bilaterales y utilizan cada vez más los Comentarios para emitir sus fallos. Con carácter general y siguiendo el criterio previsto en el MCOCDE, las pensiones a las que se refiere el artículo 19.2 del actual MCOCDE tributarán en el país pagador de la misma, salvo que la persona que la perciba sea residente y nacional en el otro país. Por lo expuesto, concluye que, por aplicación del Convenio Hispano-Alemán, las pensiones pagadas a personas físicas residentes en España están sometidas a tributación exclusivamente en España con excepción de las pensiones públicas definidas en el artículo 19.2 y de aquellas pensiones reguladas en el párrafo 3 a las que es aplicable el régimen de las públicas. Tanto la Administración española como la Administración alemana han interpretado y aplicado el artículo 19 referido a las pensiones de la manera anteriormente señalada. Por ello, las pensiones procedentes de Alemania y percibidas por residentes en España, dependiendo de si se perciben en consideración a un trabajo prestado al Estado o no, han tributado o bien en España o bien en Alemania, de manera exclusiva. Este criterio de interpretación y aplicación del artículo 19 del Convenio Hispano-Alemán de 1966 ha sido respaldado por algunos Tribunales Superiores de Justicia, (TSJ Andalucía, de 21 de noviembre, N° Resolución 732/2010, de 8 de noviembre, y N° Resolución 1859/2012, de 21 de junio; TSJ Castilla y León, Resolución 2072/2006, de 21 de noviembre) negando la exención en la tributación de las pensiones no públicas procedentes de Alemania y percibidas por residentes fiscales en España. Asimismo, otros Tribunales Superiores de Justicia (principalmente el TSJ de Galicia y otros como el TSJ de Valencia) no han respaldado dicha interpretación y aplicación del artículo 19 declarando procedente la citada exención. En este sentido, señala que las sentencias de un Tribunal Superior de Justicia (como en el presente caso) no constituyen "Jurisprudencia", es decir ser fuente de derecho, en el Derecho español (artículo 2.6 del Código Civil). Solamente las sentencias del Tribunal Supremo tienen ese privilegio y para ello es necesario que sean reiteradas (que existan al menos dos en un mismo sentido). Por este motivo, los criterios establecidos en cualquier sentencia y tribunal que no sea el Tribunal Supremo y de forma reiterada no vinculan a la Administración, ni a ningún otro Tribunal, que puede libremente realizar cualquier otra interpretación. En definitiva, los efectos interpretativos o de criterio con valor jurídico vinculante de estas sentencias a lo sumo podrían utilizarse como meras referencias o citas que alegan las partes en procedimientos análogos para orientar, en el sentido más conveniente para sus intereses, a quien deba resolverlo, pero sin fuerza vinculante o normativa para ningún Tribunal o Administración Pública. Por tanto, la Dirección General concluye que el criterio de la Sentencia en cuestión no vincula jurídicamente y sus efectos se limitan exclusivamente a los hechos juzgados. Considera que con esta interpretación, se evita un tratamiento diferenciado y potencialmente discriminatorio entre personas residentes fiscales en España que perciben pensiones de jubilación de terceros países. Por otra parte, señala que mediante la disposición adicional única de la Ley 26/2014, de 27 de noviembre, por la que se modifican la Ley 35/2006, de 28 de noviembre, del Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas, el texto refundido de la Ley del Impuesto sobre la Renta de no Residentes, aprobado por el Real Decreto Legislativo 5/2004, de 5 de marzo, y otras normas tributarias, cuya entrada en vigor se produjo el 1 de enero de 2015, se estableció un procedimiento de regularización de deudas tributarias correspondientes a pensiones procedentes del extranjero y la condonación de las sanciones, recargos e intereses liquidados por este concepto. Así, según dicha disposición, los contribuyentes del Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas que habían percibido pensiones procedentes del exterior sujetas a tributación por dicho impuesto y no habían declarado tales rendimientos en los períodos impositivos cuyo plazo de declaración en período voluntario había concluido a la fecha de entrada en vigor de la disposición, pudieron regularizar su situación tributaria, sin exigencia de recargos, intereses ni sanciones, mediante la presentación de autoliquidaciones complementarias en los términos previstos en la propia disposición. Dicha regularización pudo efectuarse en un plazo desde la entrada en vigor de la disposición hasta el 30 de junio de 2015. El pago de la deuda tributaria resultante pudo aplazarse o fraccionarse según lo dispuesto en la Ley 58/2003, de 17 de diciembre, General Tributaria, y su normativa de desarrollo. Ante la postura que mantienen tanto la AEAT como la Dirección General de Tributos y considerando que no parece posible que modifiquen su criterio, se ha procedido a la FINALIZACIÓN de las actuaciones iniciadas con ambos Organismos y se ha decidido formular, de conformidad con lo dispuesto en los artículos 28 y 30 de la Ley Orgánica 3/1981, de 6 de abril, reguladora del Defensor del Pueblo, a la Secretaría de Estado de Hacienda la siguiente recomendación: "Interpretar el artículo 19.2 del Convenio entre la República Federal de Alemania y el Estado Español para evitar la doble imposición y prevenir la evasión fiscal de 5 de diciembre de 1966 conforme al sentido propio de sus palabras, de tal forma que se consideren exentas en España las pensiones pagadas por o con cargo a fondos públicos". De la respuesta que a tal RECOMENDACIÓN se reciba será informada, así como de las actuaciones que en su caso procedan.” O 22 de setembro, se recibía comunicación co seguinte teor literal: “En relación con su queja, se ha recibido respuesta de la Secretaría de Estado de Hacienda en la que rechaza la Recomendación formulada para que se interprete el artículo 19.2 del Convenio entre la República Federal de Alemania y el Estado Español para evitar la doble imposición y prevenir la evasión fiscal de 5 de diciembre de 1966 conforme al sentido propio de sus palabras, de tal forma que se consideren exentas en España las pensiones pagadas por o con cargo a fondos públicos. La Secretaría reitera los argumentos esgrimidos por la Agencia Estatal de Administración Tributaria y la Dirección General de Tributos, alegando que los Convenios para evitar la doble imposición que han sido firmados por España responden al modelo aprobado por la OCDE, del que se desprende la regla general de que las pensiones pagadas por un Estado a un residente en otro Estado se someten al Impuesto del Estado de residencia, salvo que se trate de pensiones percibidas por empleados públicos que no tengan la nacionalidad del Estado de residencia. Asimismo, mantiene que si bien algún Tribunal Superior de Justicia ha entendido que según el Convenio gozan de exención en España todas las pensiones percibidas de Alemania, la interpretación de la Administración tributaria es la de considerar que el Convenio recoge la regla general de los Convenios que responden al modelo aprobado por la OCDE, lo que se ratifica a su juicio por el hecho de que el nuevo Convenio contiene una redacción que se ajusta al referido modelo. Además, advierte que los tribunales mantienen distintos criterios en relación con esta cuestión, existiendo pronunciamientos contradictorios. Entre las sentencias que fallan a favor de la Administración, confirmando las liquidaciones practicadas, cita la sentencia del Tribunal Superior de Justicia de Galicia 698/2007 y las sentencias del Tribunal Superior de Justicia de Castilla y León 178/2008, de 25 de enero, y 2072/2006, de 21 de noviembre. Por lo que respecta a los efectos prácticos de las sentencias que no han respaldado la interpretación de la Administración, indica que las mismas, sin perjuicio de los efectos propios respecto a los hechos juzgados y para el demandante, no modifican el criterio de la Administración española porque no constituyen jurisprudencia y no vinculan jurídicamente a la Administración, limitándose sus efectos exclusivamente a los hechos juzgados, es decir, la tributación por el Impuesto sobre la Renta de las Personas Físicas por los ejercicios regularizados y para los contribuyentes que fueron parte del procedimiento. No obstante, aclara que los órganos de la Agencia Tributaria ejecutarán en sus estrictos términos las sentencias judiciales que sigan la segunda de las interpretaciones expuestas y declaren exentas de tributación en el IRPF español las pensiones de cualquier tipo percibidas de Alemania. La Agencia Tributaria procederá a devolver las cantidades indebidamente ingresadas por los contribuyentes a los que se refieran las sentencias judiciales que no compartan el criterio administrativo y concluyan que las pensiones procedentes de Alemania están en todo caso exentas de tributar por el IRPF español. Como puede apreciar, y a pesar de las actuaciones realizadas por parte de esta institución, no parece posible que exista posibilidad de que la Administración tributaria modifique su criterio, lo que motiva que, con independencia de que el Defensor del Pueblo incluya en su Informe Anual esta cuestión, proceda a la FINALIZACIÓN de las actuaciones iniciadas. A AEAT e a Dirección General de Tributos non aceptan a recomendación de interpretar o art. 19.2 do Convenio entre Alemaña e España de 1966 conforme ao sentido propio das súas palabras, de modo que se consideren exentas en España as pensións pagadas por ou con cargo a fondos públicos. 3. Facenda autonómica Na queixa 249/16, presentada en febreiro, manifestábase e documentábase, esencialmente, que a Axencia Tributaria de Galicia denegáralle a solicitude de fraccionamento de pago con dispensa de garantías, sen motivalo suficientemente. Tiveran pois, que interpoñer recurso de reposición contra esta. O importe da sanción era de 115.114,58 euros. Solicitado informe de colaboración á Consellería de Facenda, infórmasenos que o recurso de reposición interposto o 12 de febreiro resolveuse con data 25 dese mes estimando parcialmente as alegacións formuladas no sentido de anular a resolución denegatoria da solicitude de fraccionamento e procedendo a ditar unha nova resolución debidamente motivada. Así as cousas concluímos o expediente. Na queixa 153/16 a promotora sinalaba o silencio da administración tributaria galega en resposta a unha solicitude de rectificación de auto liquidación do imposto de sucesións e doazóns en relación cun ben inmoble propiedade do seu irmán e o posterior silencio tamén do Tribunal Económico Administrativo Rexional ante a reclamación presentada. Todo o anterior relacionábase cunha valoración dun ben inmoble tomado da páxina web da Consellería de Facenda en data 12 de xuño do 2012 na crenza de que ese valor era vinculante para o contribuínte e que por iso se trasladou á auto liquidación correspondente ao imposto pola sucesión do seu irmán, coa confianza de que esa cifra dada pola administración era o valor real. O valor do inmoble ascendía á cifra de 290.399, 55 euros. Achegábase documentación de canto se manifestaba na queixa entre a que é necesario destacar a taxación de técnico competente sobre ese inmoble, referido a esa data de 2012 por importe de 180.000 euros. Sinalábase, que tal e como se fixo constar na solicitude de rectificación de liquidación, os efectos na masa hereditaria e na base impoñible de considerar esta cifra como valor do inmoble supoñerían unha cota íntegra de 13.128,72 euros en lugar dos 16.177,97, de modo que resultaba unha diferenza a favor do contribuínte de 4.842,82 euros. Valorada a documentación achegada co escrito inicial de queixa e a resposta ofrecida pola Consellería de Facenda e tendo en conta que formulamos recomendación ao órgano, remitímonos pois, ao apartado IV deste informe, onde se ofrece detalle da mesma, así como da súa aceptación. A Oficina Virtual Tributaria da ATRIGA informará na súa páxina web na guía de cada imposto, que a ferramenta de valoración de inmobles que ofrece é de utilización voluntaria para o contribuínte Nos expedientes 435 e 436/16, formulábanse queixas relativas á liquidación tributaria polo imposto de sucesións e doazóns, polo que solicitamos información á Consellería de Facenda. Nesta indicábase: “Os reclamantes, como consecuencia da doazón formalizada na escritura autorizada ante notario o día 23 de decembro de 1998, presentaron declaración para tributar polo imposto sobre sucesións e doazóns. O Servizo de Xestión Tributaria da extinta xefatura territorial en Lugo da Consellería de Facenda practicou liquidación provisional, unha vez efectuada a comprobación de valores prevista no artigo 18 da Lei 29/1987, do 18 de decembro, do imposto sobre sucesións e doazóns, dita liquidación notificouse o 21 de decembro de 2009. Contra o devandito acto administrativo os interesados interpuxeron recurso de reposición en base aos seguintes motivos: - Omisión do trámite de audiencia - E prescrición do dereito da Administración para liquidar o imposto xa que desde o 1998 ata agosto de 2005 non tiveron coñecemento de actividade algunha da Administración para comprobar, liquidar ou recadar o imposto. Finalizaban o seu escrito solicitando a anulación da liquidación impugnada. O artigo 66 da Lei 58/2003, do 17 de decembro, xeral tributaria (en diante LXT) dispón que: Prescribirán aos catro anos os seguintes dereitos: a) O dereito da Administración para determinar a débeda tributaria mediante a oportuna liquidación. (...). Pola súa parte o apartado b) do artigo 68.1 da devandita Lei, dedicado á interrupción dos prazos de prescrición, establece que: 1. O prazo de prescrición do dereito ao que se refire a liña a) do artigo 66 desta lei interrómpese: (...) b) Pola interposición de reclamacións ou recursos de calquera clase, polas actuacións realizadas con coñecemento formal do obrigado tributario no curso das devanditas reclamacións ou recursos, pola remisión do tanto de culpa á xurisdición penal ou pola presentación de denuncia ante o Ministerio Fiscal, así como pola recepción da comunicación dun órgano xurisdicional en que se ordene a paralización do procedemento administrativo en curso. A liquidación impugnada é consecuencia da Sentenza do 30 de xaneiro de 2008 do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, que estimou o recurso contencioso-administrativo que o obrigado tributario promovera contra a resolución do TEAR de Galicia do 30 de marzo de 2006 que confirmara a providencia de constrinximento xirada pola falta de pago en período voluntario da liquidación inicialmente practicada. Ao practicar nova liquidación, o servizo de xestión tributaria entendeu interrompida a prescrición coa presentación do recurso contencioso-administrativo. Con todo, o motivo de que o TSXG estimara aquel e anulase a providencia de prema radica precisamente en que a liquidación "lle foi exclusivamente notificada a título de presentador á terceira persoa desde logo allea a aquel promovente antes referenciado -sen que con todo constátese que se realizase efectiva notificación algunha ao respecto do que di a recorrente..." e aínda que no artigo 36.2 da Lei do imposto equiparábase a efectos de notificacións a figura do presentador do documento á dos obrigados ao pago do imposto (xa que dicía expresamente que: O presentador do documento terá, polo só feito da presentación, o carácter de mandatario dos obrigados ao pago do Imposto, e todas as notificacións que se lle fagan en relación co documento que presentase, xa polo que afecta á comprobación de valores, xa ás liquidacións que se practiquen, así como as dilixencias que subscriba, terán o mesmo valor e producirán iguais efectos que se se entenderon cos mesmos interesados.) "dita provisión normativa-tributaria foi declarada inconstitucional e polo tanto nula por aquela Sentenza n° 111/06, do 5 de abril, do Tribunal Constitucional". En definitiva, o TSXG anulou a providencia de constrinximento por falta de notificación da liquidación, o que implica que carece efecto interruptivo a liquidación notificada o 21 de abril de 2005. Polo que o Departamento de Xestión Tributaria da Delegación da Axencia Tributaria de Galicia en Lugo acordou o 12 de maio de 2016 estimar o recurso interposto, declarar a prescrición do dereito da Administración para liquidar o imposto e a anular a liquidación provisional ditada. En relación aos avais que achegaron os interesados para suspender a execución das liquidacións que recorreron, o artigo 33 da LXT establece que: 1. A Administración tributaria reembolsará, despois da acreditación do seu importe, o custo das garantías achegadas para suspender a execución dun acto ou para aprazar ou fraccionar o pago dunha débeda se dito acto ou débeda é declarado improcedente por sentenza ou resolución administrativa firme. Cando o acto ou a débeda se declaren parcialmente improcedente, o reembolso alcanzará a parte correspondente do custo das garantías. Regulamentariamente regularase o procedemento de reembolso e a forma de determinar o custo das garantías. 2. Co reembolso dos custos das garantías, a Administración tributaria abonará o interese legal vixente durante o período en que se devengue sen necesidade de que o obrigado tributario o solicite. Para estes efectos, o interese legal se devengará desde a data debidamente acreditada en que se incorrese nos devanditos custos ata a data en que se ordene o pago. (...) Ao anularse ditas liquidacións o Departamento de Recadación vai acordar tamén a devolución dos custos dos devanditos avais e a abonar os intereses que procedan.” Así as cousas, finalizamos con resolución satisfactoria ambos os expedientes ao coñecer que se lles devolverían os avais e os intereses procedentes. No expediente Q/173/16 unha sociedade limitada queixábase con respecto a unha liquidación complementaria do imposto de actos xurídicos documentados. O día 10 de novembro de 2014 presentara unha auto liquidación, en concepto de actos xurídicos documentados, correspondente á compra dun local comercial ingresando a cantidade de 405 euros. Así pois, solicitamos información á Consellería de Facenda. Unha vez recibida observouse que a comprobación de valores realizouse utilizando como medio de comprobación o de prezos medios no mercado, aprobado pola Orde da Consellería de Facenda do 28 de xullo de 2011, actualizada para 2014 pola Orde do 27 de decembro de 2013. Obtívose un valor de 38.765,88 euros e notificouse o trámite de audiencia e a proposta de liquidación, na que se tomou este valor como base impoñible. Como a representación da obrigada tributaria non formulou alegacións practicouse liquidación nos termos da proposta. Contra a liquidación, notificada o 23 de xullo de 2015, interpúxose recurso de reposición o día 24 de xullo de 2015, desconforme co valor comprobado. Ademais, solicitaba a suspensión da liquidación en tanto non obtiña a devolución do IVE da AEAT. O recurso desestimouse mediante resolución notificada o 8 de setembro de 2015. A actuación do mencionado Departamento de Xestión Tributaria non foi correcta xa que se debeu acordar a suspensión da débeda tributaria en virtude do disposto no artigo 62.9 da Ley 58/2003, do 17 de decembro, general tributaria. Polo que se procedeu á revogación de oficio da liquidación provisional ditada polo Departamento de Xestión Tributaria segundo o disposto no artigo 219 da LGT. A operación debe tributar no imposto sobre transmisións patrimoniais e actos xurídicos documentados polo concepto transmisións patrimoniais onerosas e non polo concepto actos xurídicos documentados. Así mesmo, e segundo o disposto no artigo 10.2 do Real decreto 520/2005, do 13 de maio, polo que se aproba o Regulamento xeral de desenvolvemento da LGT, en materia de revisión en vía administrativa, o órgano competente para acordar o inicio do procedemento será o superior xerárquico daquel que o ditase. Neste caso o órgano competente para iniciar o devandito procedemento é o Delegado da Axencia Tributaria de Galicia de Lugo, e unha vez que se acorde e notifique ao interesado o seu inicio procederase a súa tramitación. Así as cousas, do informe do órgano conclúese que foi un erro o feito de non acordar a suspensión da débeda tributaria de acordo co artigo 62.9 da Lei 58/2003 General Tributaria; polo que unha vez coñecido que ían proceder á revogación de oficio da liquidación provisional a través do órgano competente (Axencia Tributaria de Galicia de Lugo), demos por finalizadas as actuacións, tendo en conta que serviron para a solución da problemática. Noutra queixa a 208/15 os comparecentes queixábanse de que como consecuencia da resolución do procedemento de taxación pericial contraditoria promovido dentro do expediente 2011/15/03386 do imposto sobre sucesións e doazóns recoñeceuse a cantidade de 5.452,87 euros ao seu favor, e que ata o momento non se efectuou o reembolso da mesma por parte da Delegación da Axencia Tributaria de Galicia na Coruña. A Axencia Tributaria de Galicia devolverá 5.452,87 euros ao contribuínte dun imposto de sucesións e doazóns despois de practicarse unha taxación pericial contraditoria Recibido o informe de colaboración solicitado ao órgano competente, no que se manifestaba que xa se lles solicitara aos promotores da queixa que indicasen o número de conta a cada beneficiario da devolución, unha vez efectuado o aboamento nestas, (5.452,87 euros e 151,63 euros de intereses) procedeuse a finalizar a tramitación do expediente. 4. Tributos locais No expediente de queixa 480/16 o promotor esencialmente, indicaba que no ano 1994 por diversos motivos fóranlle embargadas as súas propiedades, entre elas o seu vehículo marca Opel Kadett, que fora precintado dentro dunha das súas propiedades. O BBVA vendera a propiedade e el refería non saber nada do vehículo desde entón. Despois de tantos anos o Concello de Vilagarcía de Arousa embargáballe a súa conta bancaria onde cobra a pensión alegando que debía os impostos de circulación do referido automóbil. Efectuara diferentes actuacións administrativas tanto ante o Concello de Vilagarcía de Arousa como ante a Xefatura Provincial de Tráfico de Pontevedra. Practicadas cantas actuacións se consideraron pertinentes, finalmente, puidémoslle comunicar ao promotor da queixa que segundo nos tiñan comunicado do departamento xurídico de recuperacións desta entidade en data 23 de xuño de 2016, solicitouse por parte do devandito departamento a cancelación do embargo trabado sobre o vehículo e o levantamento do precinto. Despois de 22 anos cancélase o embargo trabado sobre un vehículo no Rexistro de Bens Mobles de Pontevedra e levántase o precinto Posteriormente a citada entidade achegounos mandamento do Xulgado de 1ª Instancia núm. 1 de Vilagarcía de Arousa, de data 29-6-2016 dirixido ao Sr. Rexistrador do Rexistro de Bens Mobles de Pontevedra, comunicándolle a cancelación do embargo sobre o vehículo citado. Na queixa 23189/14 iniciamos expediente como consecuencia dun escrito relativo á liquidación de taxas do lixo no Concello de Padrón, que o promotor consideraba non lle correspondían. Recibida a información que nos foi remitida por ese concello na que se poñía de manifesto que tentada consultar a citada referencia catastral esta era errónea, solicitamos novamente informe aclaratorio complementario e así puidemos informar o promotor da queixa que os recibos da taxa de recollida do lixo, foron dados de baixa finalmente no padrón de recollida do lixo unha vez que se puido contrastar que a referencia catastral figura como de titularidade catastral descoñecida, polo que se procedeu a dar por resolta a queixa. O Concello de Padrón non xirará recibo de taxas de lixo ao verificarse que a titularidade catastral da propiedade é descoñecida Na queixa 13361/16 iniciouse expediente como consecuencia dun escrito relativo ao cobro do IBI por parte da Deputación Provincial de Pontevedra, nunha finca que de acordo co manifestado pola promotora da queixa non era da súa propiedade. Documentaba a reclamante varios escritos nos que comunicaba ao citado organismo a situación exposta. Ante esa problemática solicitamos informe de colaboración á Deputación Provincial de Pontevedra, que nos foi remitido. Do seu contido extractamos polo seu interese o seguinte: 1. A parcela figura a nome da recorrente como consecuencia da tramitación do Procedemento de Valoración de Carácter Xeral de Bens Inmobles Urbanos desenvolvido no termo municipal de Sanxenxo no exercicio 2014 con efectos desde o exercicio 2015, sendo a mesma notificada o día 29/08/2014. 2. O 13/10/2015 a contribuínte presenta con rexistro de entrada 2015106470, modelo de recurso catastral que é remitido á Xerencia Territorial do Catastro de Pontevedra para a súa resolución, constando como data de rexistro nesa administración o 17/12/2015 e número 942572.36/15, figurando pechado desde o 17/02/2016. 3. O 08/06/2016 a contribuínte presenta con rexistro de entrada 2016061284, alegacións ao escrito recibido desde a Xerencia Territorial do Catastro de Pontevedra relativo ao expediente 942572.36/15. Ditas alegacións son rexistradas nesa administración o 20/06/2016 co número 548881.36/16. 4. O 13/07/2016 a contribuínte presenta solicitude de devolución compensación que é proposta para a súa resolución estimatoria o 17/10/2016 conforme á tramitación, no mesmo sentido estimatorio, do expediente 548881.36/16 o mesmo día por parte da Xerencia Territorial do Catastro. Na devandita proposta proponse a devolución do valor relativo ao exercicio 2015 e baixa do relativo ao exercicio 2016. Este expediente atópase pendente de fiscalización a día de hoxe. Como consecuencia da ausencia do feito impoñible do IBI (art. 61.1 do TRLHL) ao carecer a interesada da calidade de titular catastral e, por tanto, de suxeito pasivo do imposto procede anular os actos tributarios ou recadatorios que se estean levando, especialmente, a anulación do exercicio 2015 e a súa devolución, a anulación e baixa no padrón do 2016, e, por tanto, a anulación da providencia de constrinximento e dilixencia de embargo sobre unhas débedas xa inexistentes para a interesada. 5.O 03/08/2016, a contribuínte presenta recurso sobre a dilixencia de embargo que é resolto de forma desestimatoria polo Servizo de Recadación desta Deputación de Pontevedra - ORAL o 29/09/2016 ao figurar na base de datos do Catastro Inmobiliario o inmoble coa mesma titularidade nesa data. Aínda que ao ter tramitada a devolución e baixa do concepto para embargar, IBI dos exercicios 2015 e 2016, tal e como se indica no punto anterior, a dilixencia de embargo queda sen efecto por inexistencia de débeda a embargar. Convén lembrar, nesta orde de cousas, que a xestión tributaria do IBI corresponde aos concellos (art. 77.1 do TRLHL) e, neste caso, a competencia osténtaa a Deputación Provincial de Pontevedra por delegación inter subxectiva do propio Concello de Sanxenxo (art. 7 do TRLHL). Con base na competencia asumida, a Deputación de Pontevedra-ORAL resolveu os escritos presentados pola interesada en materia de xestión tributaria. Segundo o indicado ata agora, resulta claro que se actuou de acordo coa normativa reguladora do IBI, respectando a xestión compartida que legalmente vén establecida do devandito imposto. Respecto dos escritos/recursos presentados pola contribuínte, foron resoltos estimatoria ou desestimatoriamente, á vista da titularidade do ben inmoble no catastro. E, unha vez modificada o 5 de outubro pola Xerencia Territorial a titularidade catastral do ben, a Sra. … ten a posibilidade de presentar o Recurso Extraordinario de Revisión previsto no art. 244.1.a) da Ley 58/203 General Tributaria (que aparezan documentos de valor esencial para a decisión do asunto con posterioridade ao acto recorrido) ou ben instar a revogación de oficio regulada no art. 219.1 da mesma Ley General Tributaria (especialmente, circunstancias sobrevidas que poñan de manifesto a improcedencia do acto ditado. Así as cousas, unha vez valorado o informe da Deputación Provincial e a documentación achegada co escrito de queixa, ao inferir que a administración competente xa estaba a tramitar a devolución do ingreso indebido relativa ao IBI do exercicio 2015, e a baixa para o período 2016, unha vez liquidada a problemática finalizamos actuacións. Na queixa 12799/16, expúñase a difícil situación que lle afectaba á solicitante da intervención do Valedor do Pobo e o seu fillo, perceptores de pensión de incapacidade permanente total e de discapacidade respectivamente, que recibirían providencia de embargo por débeda do imposto sobre vehículos de tracción mecánica (IVTM). A débeda tributaria atopábase en período executivo de recadación, por non ser atendida no período voluntario de pago. A interesada non solicitara fraccionamento nin aprazamento da débeda, a fin de acceder a unhas condicións máis favorables que lle permitisen facer fronte ao pago da mesma. A providencia de constrinximento, que deu inicio ao procedemento de cobro en vía executiva, tampouco fora recorrida pola interesada. Ao non resultar posible localizala no seu domicilio, a notificación da débeda en cuestión efectuouse a través do boletín oficial da provincia da Coruña. A interesada figuraba como propietaria de tres vehículos, sen que ao longo dos últimos quince anos efectuase pago ningún do IVTM (imposto sobre vehículos de tracción mecánica). A pesar das numerosas débedas acumuladas por distintos conceptos tributarios, non había constancia da realización de actuacións tendentes á súa regularización, de modo que o incumprimento dos deberes tributarios era sistemático. Tendo en conta que o embargo efectuado afectaba a un anticipo de deducións por discapacitado a cargo do imposto sobre a renda das persoas físicas, en aplicación do artigo 4 do Real Decreto-ley 9/2015, do 10 de xullo, de medidas urgentes para reducir la carga tributaria soportada por los contribuyentes del impuesto sobre la renta de las personas físicas y otras medidas de carácter económico, e a teor do disposto no apartado 3 do artigo 607 da Ley de Enjuiciamiento Civil, logo da intervención e investigación levada a cabo, o concello acordou paralizar as actuacións de embargo iniciadas e devolver as cantidades xa embargadas no marco do procedemento de constrinximento, polo que finalizamos a tramitación da queixa, ao resolverse favorablemente. Paralízanse as actuacións de embargo iniciadas e devolveranse as cantidades cobradas a conta do anticipo de deducións por discapacidade do IRPF No expediente 998/15 o reclamante manifestaba que non recibira resposta por parte do Concello de Burela en relación coa solicitude de devolución de ingresos indebidos e dun recurso contra o IBI da referencia catastral … Unha vez solicitamos información ao Concello de Burela, foinos remitido o preceptivo informe de colaboración. De acordo co contido deste xa se emitiu informe-proposta de resolución polo interventor municipal, co obxecto de comprobar as circunstancias que, de ser o caso, determinasen o dereito á devolución, a realidade do ingreso e a súa non devolución posterior, así como a titularidade do dereito e a contía da devolución. De conformidade co establecido nos artigos 32 e 221 da Lei 58/2003, do 17 de decembro, General Tributaria, 18.4 do regulamento xeral de desenvolvemento da Lei 58/2003, do 17 de diciembre, General Tributaria, en materia de revisión en vía administrativa, aprobado polo Real decreto 520/2005, de 13 de maio, e 21.1. f) e s) da Lei 7/1985, do 2 de abril, reguladora das bases do réxime local e resolvéndose recoñecer a cantidade de 190,66 euros de principal en concepto de ingresos indebidos ao Sr… e recoñecéndose o dereito para percibir xuros por mora por importe total de 42,58 euros, demos por concluído o expediente. Queremos destacar, que a administración local competente, trasladounos xunto ao informe anteriormente referido copia da constitución de depósito en efectivo por importe de 233,24 euros. Así as cousas, finalizamos o desenvolvemento das funcións de supervisión encomendadas pola Lei 6/1984. O Concello de Burela devolve 190,66 euros de principal e 42,58 euros de intereses do recibo do IBI, tras a solicitude de devolución de ingresos indebidos Noutro expediente, o 63969/16, o promotor manifestaba que non lle correspondía un recibo do IVTM por importe de 77,57 euros, tendo en conta que xa o dera de baixa na Xefatura Provincial de Tráfico. Unha vez solicitado o informe, o Concello de Noia comunicounos que mediante resolución de alcaldía número 1055/2016, de data 5/7/2016, acordouse a devolución da cantidade de 77,57 euros a favor de Don … en concepto de ingreso indebido Imposto sobre vehículos de tracción mecánica polo vehículo con matrícula número C-…-BD, tendo en conta que fora dado de baixa na Xefatura Provincial de Tráfico con data 31/03/2015. Así pois, unha vez tivemos coñecemento de que se ordenou a transferencia polo referido importe á conta designada polo interesado finalizamos a tramitación do expediente. Na queixa 12561/16 presentada o 17 de xuño do 2016, manifestábase esencialmente, que presentaran en data 10 de xuño do 2015 na oficina de atención ao contribuínte do Concello de Santiago de Compostela un recurso administrativo, e que transcorrido xa un ano, aínda non obtiveran resposta. Sinalaban e documentaban que o día 3 de xuño do ano 2015 recibiran unha comunicación postal da entidade bancaria La Caixa, na que se daba conta da retención nos seus depósitos por un importe de 641,11 euros, por orde do concello de Santiago de Compostela. O embargo era orixinado por débedas administrativas ou fiscais en vía de constrinximento e se transcorridos 20 días naturais desde a data da retención, o organismo citado non ordenaba a suspensión do embargo, farían efectivo o importe retido. O 24 de xuño do 2015 dábase efectividade ao embargo polo importe mencionado. Manifestaba o reclamante non recibir ningunha notificación formal do inicio do expediente e que ao recibir a carta do banco e dirixirse á oficina de atención ao contribuínte, indicáranlle que o embargo fora debido á falta de pagamento dos recibos do imposto de vehículos de tracción mecánica correspondentes aos exercicios 2010, 2011, 2012 e 2013 do vehículo matrícula…GRT e aos exercicios 2011,2012 e 2013 do vehículo matrícula…FPV. Tendo en conta que investigada a problemática e tras a práctica de distintas actuacións formulouse recomendación ao Concello de Santiago de Compostela, que a data de redacción deste informe aínda non foi contestada. Damos conta da mesma no apartado IV do seguinte epígrafe relativo ás resolucións do Valedor do Pobo, na ligazón correspondente. 5. Transportes No expediente 12403/16 incoado como consecuencia dun escrito relativo a cambios de horarios da empresa Castromil, SA no itinerario O Grove-Vilagarcía de Arousa; solicitamos informe de colaboración e aclaratorio complementario á Consellería de Infraestruturas e Vivenda. Unha vez que se nos deu conta de que se efectuaron inspeccións, con data 21 e 23 de setembro de 2016 e que se levantaron as correspondentes actas, as cales deron lugar á incoación dos correspondentes expedientes sancionadores, que xa foron notificados á empresa contratista, e se manifestou que : “Está a revisarse en profundidade o mapa de servizos de transporte público, realizando unha nova planificación e un novo deseño da totalidade dos servizos para adaptalos á realidade actual, proxecto que se materializará con novas licitacións dos servizos de transporte. Nesta liña de traballo, na que se deseñará o novo Plan de transporte público de Galicia para os próximos anos, resultará esencial tanto a mellora do sistema de transporte público nos ámbitos comarcais e rurais como, en tanto se implanta este novo mapa de servizos, manter o actual sistema de transporte público cun nivel de cobertura de servizos adaptado á demanda, razóns polas que a queixa será valorada de cara a mellorar a xestión do servizo público de transporte tanto no curto como no medio prazo.” Ao desprenderse a vontade da administración competente de revisar en profundidade o mapa de servizos de transporte público na nosa comunidade a fin de procurar un máis adaptado ás necesidades actuais, finalizamos a nosa intervención co compromiso de mencionar a situación exposta, no informe anual. Dado que do informe remitido pola administración e das comunicacións mantidas durante a investigación deste expediente de queixa, se desprende o compromiso da Consellería de Infraestruturas e Vivenda de proceder a activar as correspondentes actuacións de inspección e por conseguinte de imposicións de sancións, no seu caso, procedemos a finalizar a intervención no expediente Q/730/16 a 895/16. IV. RESOLUCIÓNS DO V ALEDOR DO POBO RESOLUCIÓNS DA ÁREA DE ADMINISTRACIÓN ECONÓMICA E TRANSPORTES Nº EXPEDIENTE MOTIVO ADMINISTRACIÓN E DATA RESPOSTA ENLACE 1 Q/153/16 Información da Oficina Virtual Tributaria (OVT) na páxina web de Axencia Tributaria de Galicia (ATRIGA). Consellería de Facenda. 16/5/2016 ACEPTADA Q/153/16 2 Q/34705/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos e revisión do expediente da promotora da queixa Banco Pastor-Grupo Banco Popular 19/07/2016 ACEPTADA Q/34705/16 3 Q/12841/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Abanca Corporación Bancaria 27/10/2016 ACEPTADA Q/12841/16 4 Q/12842/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Caixa Rural Galega 27/10/2016 ACEPTADA Q/12842/16 5 Q/12843/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de Caixa Bank 27/10/2016 ACEPTACION PARCIAL Q/12843/16 fondos 6 Q/12844/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Caja España-Duero 27/10/2016 ACEPTADA PENDENTE DE EFECTIVIDADE Q/12844/16 7 Q/12845/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Banco Sabadell Gallego 27/10/2016 ACEPTADA Q/12845/16 8 Q/12846/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Banco Santander 27/10/2016 ACEPTADA Q/12846/16 9 Q/12847/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Bankia 27/10/2016 ACEPTADA Q/12847/16 10 Q/12848/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Deutsche Bank 27/10/2016 ACEPTADA Q/12848/16 11 Q/12849/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos Bankinter 27/10/2016 ACEPTADA PENDENTE DE EFECTIVIDADE Q/12849/16 12 Q/12850/16 Cesións de créditos litixiosos a sociedades xestoras de fondos BBVA 27/10/2016 ACEPTADA Q/12850/16 13 Q/12561/16 Que se acorten os tempos de resposta dos recursos presentados e se proporcione información detallada aos contribuíntes en caso de embargo Concello de Santiago de Compostela 29/12/2016 PENDENTE Q/12561/16 V - CONSIDERACIÓNS FINAI S Corresponde mencionar, que é elemento común á maioría das queixas presentadas ao longo deste ano en materia de tributos, que con frecuencia o administrado solicita a intervención do Valedor do Pobo ao percibir que a administración non lle responde en tempo. Constatamos, tamén na maioría delas, que esa percepción é correcta, polo que aproveitamos esta liñas para instar as administracións competentes do ámbito local e tamén autonómico a que redobren esforzos dentro do marco orzamentario a fin de proporcionar resposta motivada en tempo e forma. Noutras ocasións, preséntanse queixas, nas que a persoa obrigada tributaria expresa a súa desconformidade coa normativa dun tributo coa que disente. Nestes casos, tratamos de explicarlles as nosas competencias e como desenvolvemos as funcións que nos son propias, á vez que os orientamos indicándolles que a mera discrepancia coa regulación dun tributo non lexitima de seu, a intervención do Valedor do Pobo. Xa noutra orde de cousas, queremos este ano agradecer non só a colaboración dispensada polas entidades financeiras ás que nos diriximos, senón tamén a presteza nas comunicacións que nos remitiron. Esa dilixencia, os fluídos contactos e a prontitude na consecución de acordos transaccionados propiciaron, en boa medida, que os tempos de resolución dos expedientes tramitados se acurtasen sensiblemente en termos comparativos interanuais. Con respecto á problemática das cesións de crédito a terceiros, sobre a que formulamos recomendación de oficio, significaremos que as propias entidades recoñeceron a complexidade da operativa das notificacións ás persoas debedoras. Preocúpanos o feito, de que por falta de coñecemento do funcionamento desta institución, nos casos de mala praxe bancaria, se puideron dar situación